[USA] Klaus Henderson em entrevista sobre seu novo single
Feb 5, 2023 17:58:35 GMT
Post by andrewschaefer on Feb 5, 2023 17:58:35 GMT
(DIVULGAÇÃO PARA THE LIGHT)
Nessa semana, o produtor musical Klaus Henderson compareceu ao talk show americano Late Night with Seth Meyers após o lançamento de The Light, seu novo single em parceria com a cantora Hina Maeda. Durante a entrevista, Klaus conta como foi o processo criativa da faixa, compartilha o que podemos esperar de seu próximo álbum de estúdio e ainda comenta sobre a noite do Grammy, na qual ele performou no tapete vermelho.
Seth inicia a entrevista pedindo a Klaus que introduzisse sua música nova aos que ainda não conheciam ou a haviam ouvido.
- Bem, Seth, esse é um trabalho extremamente difícil para ser sincero, haha. Eu sinto que sou uma espécie de caverna e quanto mais longe e fundo você vai, mais assustadoras as coisas ficam; quanto mais tempo você passa dentro da caverna, mais amedrontadora ela parece. Digo isso pois quando comparo a minha música hoje com a música que eu costumava fazer no começo da carreira soa tão diferente, sabe? Eu sempre fui fascinado pela música eletrônica e pela possibilidade de criar música sem instrumentos convencionais, somente um computador, um sintetizador e uma mesa de som. Essas coisas são consideradas instrumentos musicais! Lembro que no começo de minha carreira eu fazia muitas músicas comerciais, o Dark Diamond Music Vol. 1 é a maior prova disso, algumas das músicas como Ambitions, fizeram muito sucesso na época. Porém eu sempre gostei de inovar e experimentar e eu sinto que a cada trabalho que faço, minha música vem ficando cada vez mais experimental e talvez inacessível, eu diria. Caso tenha alguém em casa que não conheça o meu trabalho e nunca tenha ouvido o meu nome antes, altamente não recomendo que procure minha música mais recente. Pelo contrário, procure a mais antiga e vá explorando a caverna por sua conta e risco, ouvindo a minha discografia em ordem cronológica até os dias atuais. Vamos ver o quão longe você chega.
- Sobre essa música que lancei na sexta-feira, ela resume muito bem todo o sentimento que planejo entregar em meu próximo álbum. É como um tweet que fiz há um tempo: "O meu próximo álbum não é tão profundo quanto os anteriores, mas é tão profundo quanto um túmulo". Bem, a música se chama The Light e é uma colaboração com a cantora Hina Maeda, que possui vocais incríveis, sendo sincero. É uma música que pega o melhor do Dark EDM e combina com elementos do Witch House para criar algo único. A produção é linda, modéstia à parte.
- The Light é sobre a morte, literal e metaforicamente. É uma música agressiva e explícita; gore, eu diria. Mas tudo tem seu significado, inclusive a forma de morrer que descrevo na letra: um rasgão na garganta e você sufoca em seu próprio sangue. Imagino que esteja claro a metáfora disso já pelos primeiros versos da música que dizem: "Olhos bem abertos, corações bem quebrados, palavras não ditas, engula-as, engasgue nelas". Normalmente gosto de deixar que as pessoas interpretem as minhas letras sozinhas e não costumo fornecer explicações tão detalhadas, mas acredito que essa música seja tão clara quanto a luz, então não vejo problema em explanar seu significado aqui. O sangue representa as palavras que não foram ditas e ficaram entaladas na garganta. Obviamente quando nos contemos para expressar o que estamos sentindo, nos acarreta muitos outros sentimentos negativos causados pelo rancor. E o rancor é exatamente esse rasgão na mente do qual falo depois na música. De todo modo, o eu-lírico morre de forma literal e metafórica. A luz que ele vê não representa esperança, é simplesmente a luz da morte. A música é sobre isso, morrer.
- Uma vez a minha amiga Agatha Melina disse: "a morte está na moda!". Eu concordo, mas ao mesmo tempo acredito que a morte nunca saiu de moda, sempre esteve conosco desde o começo de nossa existência. Após fazer um álbum sobre o começo de tudo - sinal de aspas - pensei: por que não fazer um sobre o fim de tudo? Sobre a morte? Não vou revelar mais detalhes, haha, deixo para vocês descobrirem quando o álbum sair.
- O processo criativo de The Light foi muito bom, na verdade. Eu fiz primeiramente a melodia enquanto testava diferentes texturas de som. Não sei se vocês repararam, mas algumas partes da música são mais silenciosas e soam quase vazias, isso é porque a melodia era para meu álbum anterior, o The Origin, mas acabei descartando. Há alguns meses, decidi pegar novamente a música e ver como poderia melhorá-la, daí fui experimentando sonoridades até encontrar algo que me agradasse e devo admitir, o resultado me agradou bastante, então comecei a escrever em cima da melodia e desenvolvi outras músicas com sonoridade semelhante. Quando terminei de construir o esqueleto do álbum, eu o ouvi repetidas vezes para escolher uma faixa boa o suficiente para ser o lead single, mas não tinha como ser outra!
- A partir de então, o meu maior desafio foi encontrar um artista para cantar a música! A primeira pessoa em quem pensei foi a Agatha Melina, e ela chegou a me enviar um áudio de testes, mas sua voz era grave demais para a música, eu precisava de uma voz fina. Sem brincadeira, passei um mês revisando minha lista de contatos dia e noite tentando pensar em alguém que poderia dominar aquela melodia e cantar aquela letra com perfeição. Só então, em conversa com um outro amigo artista, ele me recomendou a Hina Maeda. Eu conhecia seu trabalho e achava genial, mas nunca havia conversado com ela antes, então estava um pouco receoso. Felizmente, nossa compatibilidade artística foi imensa e ela aceitou logo que ouviu a demo.
- Quando recebi o convite para performar no tapete vermelho do Grammy, não pensei duas vezes. Convidei a Hina para se apresentar comigo e bolamos toda aquela situação de invasão zumbi, haha. Eu achei bem legal o cenário que criamos. Quis levar vários elementos que lembrassem a morte como aquele globo de luz em forma de caveira. Eu mesmo estava vestido de morte, a Hina era um anjo da morte e chegou em um caixão, além dos zumbis. Os efeitos com as luzes acendendo e apagando simbolizaram presença fantasmagórica. Enfim, foi uma apresentação que apesar de simples devido a limitação, foi bem pensada e executada na minha opinião.
A entrevista foi encerrada com a música The Light tocando enquanto Klaus e Seth dançavam de forma desengonçada e riam um para o outro.
Seth inicia a entrevista pedindo a Klaus que introduzisse sua música nova aos que ainda não conheciam ou a haviam ouvido.
- Bem, Seth, esse é um trabalho extremamente difícil para ser sincero, haha. Eu sinto que sou uma espécie de caverna e quanto mais longe e fundo você vai, mais assustadoras as coisas ficam; quanto mais tempo você passa dentro da caverna, mais amedrontadora ela parece. Digo isso pois quando comparo a minha música hoje com a música que eu costumava fazer no começo da carreira soa tão diferente, sabe? Eu sempre fui fascinado pela música eletrônica e pela possibilidade de criar música sem instrumentos convencionais, somente um computador, um sintetizador e uma mesa de som. Essas coisas são consideradas instrumentos musicais! Lembro que no começo de minha carreira eu fazia muitas músicas comerciais, o Dark Diamond Music Vol. 1 é a maior prova disso, algumas das músicas como Ambitions, fizeram muito sucesso na época. Porém eu sempre gostei de inovar e experimentar e eu sinto que a cada trabalho que faço, minha música vem ficando cada vez mais experimental e talvez inacessível, eu diria. Caso tenha alguém em casa que não conheça o meu trabalho e nunca tenha ouvido o meu nome antes, altamente não recomendo que procure minha música mais recente. Pelo contrário, procure a mais antiga e vá explorando a caverna por sua conta e risco, ouvindo a minha discografia em ordem cronológica até os dias atuais. Vamos ver o quão longe você chega.
- Sobre essa música que lancei na sexta-feira, ela resume muito bem todo o sentimento que planejo entregar em meu próximo álbum. É como um tweet que fiz há um tempo: "O meu próximo álbum não é tão profundo quanto os anteriores, mas é tão profundo quanto um túmulo". Bem, a música se chama The Light e é uma colaboração com a cantora Hina Maeda, que possui vocais incríveis, sendo sincero. É uma música que pega o melhor do Dark EDM e combina com elementos do Witch House para criar algo único. A produção é linda, modéstia à parte.
- The Light é sobre a morte, literal e metaforicamente. É uma música agressiva e explícita; gore, eu diria. Mas tudo tem seu significado, inclusive a forma de morrer que descrevo na letra: um rasgão na garganta e você sufoca em seu próprio sangue. Imagino que esteja claro a metáfora disso já pelos primeiros versos da música que dizem: "Olhos bem abertos, corações bem quebrados, palavras não ditas, engula-as, engasgue nelas". Normalmente gosto de deixar que as pessoas interpretem as minhas letras sozinhas e não costumo fornecer explicações tão detalhadas, mas acredito que essa música seja tão clara quanto a luz, então não vejo problema em explanar seu significado aqui. O sangue representa as palavras que não foram ditas e ficaram entaladas na garganta. Obviamente quando nos contemos para expressar o que estamos sentindo, nos acarreta muitos outros sentimentos negativos causados pelo rancor. E o rancor é exatamente esse rasgão na mente do qual falo depois na música. De todo modo, o eu-lírico morre de forma literal e metafórica. A luz que ele vê não representa esperança, é simplesmente a luz da morte. A música é sobre isso, morrer.
- Uma vez a minha amiga Agatha Melina disse: "a morte está na moda!". Eu concordo, mas ao mesmo tempo acredito que a morte nunca saiu de moda, sempre esteve conosco desde o começo de nossa existência. Após fazer um álbum sobre o começo de tudo - sinal de aspas - pensei: por que não fazer um sobre o fim de tudo? Sobre a morte? Não vou revelar mais detalhes, haha, deixo para vocês descobrirem quando o álbum sair.
- O processo criativo de The Light foi muito bom, na verdade. Eu fiz primeiramente a melodia enquanto testava diferentes texturas de som. Não sei se vocês repararam, mas algumas partes da música são mais silenciosas e soam quase vazias, isso é porque a melodia era para meu álbum anterior, o The Origin, mas acabei descartando. Há alguns meses, decidi pegar novamente a música e ver como poderia melhorá-la, daí fui experimentando sonoridades até encontrar algo que me agradasse e devo admitir, o resultado me agradou bastante, então comecei a escrever em cima da melodia e desenvolvi outras músicas com sonoridade semelhante. Quando terminei de construir o esqueleto do álbum, eu o ouvi repetidas vezes para escolher uma faixa boa o suficiente para ser o lead single, mas não tinha como ser outra!
- A partir de então, o meu maior desafio foi encontrar um artista para cantar a música! A primeira pessoa em quem pensei foi a Agatha Melina, e ela chegou a me enviar um áudio de testes, mas sua voz era grave demais para a música, eu precisava de uma voz fina. Sem brincadeira, passei um mês revisando minha lista de contatos dia e noite tentando pensar em alguém que poderia dominar aquela melodia e cantar aquela letra com perfeição. Só então, em conversa com um outro amigo artista, ele me recomendou a Hina Maeda. Eu conhecia seu trabalho e achava genial, mas nunca havia conversado com ela antes, então estava um pouco receoso. Felizmente, nossa compatibilidade artística foi imensa e ela aceitou logo que ouviu a demo.
- Quando recebi o convite para performar no tapete vermelho do Grammy, não pensei duas vezes. Convidei a Hina para se apresentar comigo e bolamos toda aquela situação de invasão zumbi, haha. Eu achei bem legal o cenário que criamos. Quis levar vários elementos que lembrassem a morte como aquele globo de luz em forma de caveira. Eu mesmo estava vestido de morte, a Hina era um anjo da morte e chegou em um caixão, além dos zumbis. Os efeitos com as luzes acendendo e apagando simbolizaram presença fantasmagórica. Enfim, foi uma apresentação que apesar de simples devido a limitação, foi bem pensada e executada na minha opinião.
A entrevista foi encerrada com a música The Light tocando enquanto Klaus e Seth dançavam de forma desengonçada e riam um para o outro.