RAVEN - Purple Light
Jan 21, 2023 1:48:14 GMT
Post by jottavi on Jan 21, 2023 1:48:14 GMT
por Troy Winters
Um trabalho explosivo, cheio de emoções e até mesmo cheio de sonhos. PURPLE LIGHT é um álbum que entrega de início grande potencial ao grupo, que vem tendo uma crescente em sua carreira, e apresenta outras facetas ainda não mostradas do grupo, mas que acaba com na mesmice, não trazendo algo tão novo grupo em relação à crescimento, é sempre bom ver uma evolução e o álbum acaba sendo no mesmo nível que o grupo entrega, um nível alto, mas que não é ultrapassado, você deve ouvir sem muitas expectativas para que as músicas por si já lhe satisfaçam, como trabalho ao todo, é um EP competente.
77
por Choi Youngnam
Aos meus olhos, o que está acontecendo com o RAVEN é: ter revelado grande parte das suas surpresas de cara nos primeiros trabalhos, e agora aos poucos se aprofundarem em detalhes do que já foi dito. Sempre me disponho a julgar um álbum, claro, com meu embasamento criterioso, mas também pelo que o álbum se propõe a ser; então dito isso, Purple Light do RAVEN não é um passo para trás… mas também não é um passo para frente.
Apesar de RAVEN ser um dos grupos de K-Pop que (felizmente) dá detalhes ricos e claros sobre a história do grupo, fica-se com uma impressão que os materiais didáticos não são tão bem traduzidos na obra em si. Podemos começar pela capa como um bom exemplo; apesar de clichê, o nome da introdução “Wonderland” parece amarrar bem melhor a estética visual escolhida com as mensagens do álbum, visto as inúmeras referências ricas da obra “Alice no País das Maravilhas” (que é inclusive citado como inspiração para o álbum), assim como dando uma justificativa mais convincente às escolhas sonoras. De cara, certamente a fonte “LIVE LAUGH LOVE” usada no título “Purple Light” foi uma escolha ruim, não remetendo ao som, nem ao conceito, nem a foto de fundo… não remetendo à nada. Todo o trabalho de lettering poderia ter sido executado pensando mais no conceito, que já sem dúvidas elevaria o trabalho. A foto de fundo apesar de básica trás mais pontos por trazer de forma subliminar os dois corvos citados no álbum. Talvez seja mais um trabalho que irá aparecer no Revenant Redesign.
Sobre a sonoridade, temos uma introdução incrível ao álbum com a faixa Wonderland, que além de trazer uma abertura épica, flui perfeitamente para o começo de title-track "Dawn". Começando pelos destaques em Dawn, o electro-rock poderoso já chega arrepiando todos os poros, com os vocais sombrios realmente dando a impressão de estar mediante a uma situação de desespero. Sem dúvidas o maior destaque do álbum, assim como um feito já indústria do Kpop é a vocalização gutural depois do primeiro refrão. Isso é tão único, nunca feito antes que praticamente chega a perdoar as mínimas partes negativas da música. É algo de uma genialidade impressionante, que faz a experiência ainda mais incrível. O que traz um contraste não tão interessante é a melodia colorida de mais. Mesmo que o álbum seja alegadamente sobre as conquistas das personagens, a aura sóbria é quebrada com o coro de voz leve. A faixa que carrega o nome do álbum, Purple Light traz um som igualmente interessante, mais sóbrio quase melancólico conseguindo acertar nos pontos que Dawn errou, mas com a letra sendo a parte detrimental, já que por trazer o título não consegue amarrar o significado do todo, até soando mais confusa do que metafórica as vezes, o que infelizmente será mais comum daqui pra frente no álbum. Bloody Crown é uma estranha surpresa no álbum; se Raven fosse fazer um pop sombrio, seria este, mas aqui seria o ponto de ruptura do conceito, terminando de quebrar a atmosfera sombria e desconcertante (no bom sentido) que as primeiras faixas construíram. É sempre bom ver o uso das referências internas do grupo, que deixam universo rico, apesar de nessa música a própria "Bloody Crown" parecer trocar de significado algumas vezes. Chego a ficar triste ao falar de Feather por ter ficado tão impressionado com o começo da música, tendo tudo pra ser uma b-side perfection … só não nesse álbum; Feather vir logo depois da bagunça que Bloody Crown fez na sonoridade parece uma tentativa retomar a trajetória como se nada tivesse acontecido, que até consegue se amarrar com a última faixa Memories, cheia de vocais poderosos.
Não é nem de longe um álbum ruim; Raven segue impressionando com a qualidade e densidade de seus álbuns, mas precisa de um pouco mais da polidez que o trabalho anterior Nevermore apresentou tão bem. Na noite do dia 16 de Janeiro de 2027, a equipe da GIM foi ao zoológico abandonado Griffith Park para realização da análise e produção desta crítica. Apesar do espaço aberto parecer menos propício para presenciar atividade, o clima que o álbum propõe em seu começo foi o suficiente para detecção de atividade com o para-microphone. Quando o data show que exibia a capa foi desligado, pode se ver um vulto posando na mesma posição que estava a pessoa na capa, desaparecendo logo. O leitor EMF começou a sumir a partir da quarta faixa, mas não passando no nível 2. Nenhuma atividade agressiva ocorreu durante a exibição do álbum, e como teoricamente ainda é um álbum pequeno (já que as duas últimas músicas são instrumentais), não usamos nenhum objeto paranormal para aprofundar a crítica de acordo com o lado de lá.
75
por Jong Seokmin
Em seu segundo EP, o grupo feminino Raven retorna com o projeto intitulado “Purple Light”. Mesmo abraçando o Rock de vez, o Mini Album mostra uma decaída na qualidade do quinteto.
Algumas faixas aqui são muito boas, principalmente a b-side “Bloody Crown”, acho que a coroa do projeto deveria ser entregue a ela. Também a música que dá o nome ao EP merece o seu destaque. Por mais que o single, “Dawn”, pareça perturbadora, consegue entrar no top 3 das melhores faixas. Mas aqui é que tudo decai.
As duas últimas faixas são as piores do EP, principalmente “Feather” - que me parece que foi uma demo roubada do porão da Furever Records que seria entregue a banda masculina ALPHA -. “Memories” parece um pouco entediante e uma música que não acaba nunca, mesmo tendo poucos minutos de duração.
Em geral, o projeto ainda consegue ser proveitoso em alguns aspectos: a coesão não é tão tangenciada; as letras são o ponto forte, pois conseguem contar uma história sequencial e ainda tem ligações com o Nevermore; e também é um projeto bem produzido. Purple Light consegue, ao menos, ser algo único na indústria do K-pop atualmente, quando é colocado na balança com outros lançamentos.
Queria ter visto o Raven se superar, já que o Nevermore foi um grande começo. Caso o grupo decida continuar em uma linha similar - mas que também saiba evoluir. -, já seria uma boa escolha.
72