Alec Bradshaw - Bittersweet Beginnings
Jan 19, 2023 14:17:13 GMT
Post by jottavi on Jan 19, 2023 14:17:13 GMT
por Troy Winters
Começando forte e terminando forte, o álbum de estreia de Alec Bradshaw nos entrega dois grandes momentos entre um álbum com muitas canções que além de suas letras, não são tão memoráveis, o que é não é um problema para um artista em início, buscando seu som ainda, ajustando a melhor forma de entrega músical. Como dito, o álbum tem como as letras têm como atrativo principal, é o que lhe mantém atento no trabalho, mesmo com algumas músicas muito bem exploradas no quesito produção, são raros os momentos que aquilo se junta ou sobressai das letras. De certa forma, esse álbum também traz muito do que se toca hoje, é algo atual, mas que trás uma nova visão ao Pop e ao Rock do cenário, traz um frescor e uma esperança de novas vozes, cheias de potencial, surgindo para o estrelato em um futuro.
77
por Martina Graaf
Estamos de volta aos anos 2000 no novo álbum de Alec Bradshaw. E quando eu me refiro aos anos 2000, eu não digo o pop rock do final da década, o pop punk do começo da década ou até mesmo do final dos anos 90. Eu estou falando de tudo junto e misturado.
Sabe aquela onda que ficou mais ou menos no meio dos anos 2000, conhecida popularmente como post grunge? Pois é, eu acredito que boa parte do álbum de Alec se enquadra nessa descrição, principalmente se pegarmos do meio pro final do álbum, que é a parte onde Alec brilha tanto em questão das composições serem mais pessoais, quanto as faixas que seguem certa linearidade.
Poderia ter sido uma ótimo proposta, se não fosse o começo do álbum; eu acredito que não tenha sido uma boa ideia colocar um pop punk e uma faixa que é o mais puro grunge seguidas uma da outra. São dois movimentos que, apesar de estarem dentro da bolha do rock, não se conectam entre si. Podemos ver a influência do punk de Alec em Self Inflicted, seguida do ápice instrumental do álbum (Broken Promises). Em questão de composição, Inner Security brilha e é a mais bem escrita faixa do álbum. Em resumo: vemos muitas influências aqui, e isso é algo muito bom, porém, nenhuma delas foi tão bem desenvolvida. Em seu álbum, Alec mostra ter potencial, só precisa se encontrar em sua música.
68
por Bruce Bailey
Bittersweet Beginnings é uma decepção não por si mesmo mas por como ele é vendido. Se o ouvinte está procurando por Heavy Metal ou mesmo um Hard Rock, não se engane, não há NADA disso aqui. O que não significa, de maneira nenhuma, que as músicas sejam essencialmente ruins, só não são nada além de decentes, em sua maioria. A faixa introdutória, Veins, já nos mostra o que podemos esperar das 5 primeiras faixas da obra: assuntos fáceis de se identificar, porém, enjaulados em analogias batidas que provavelmente qualquer artista da música pop já usou em rimas não-convincentes e construção sem muito esforço, com destaque especialmente negativo para Self Inflicted, Powerful Energy e Broken Promises, que não se desenvolvem em nada diferente do primeiro verso e primeira estrofe de cada e tão repetitivas que fica mais do que óbvio que a pretensão delas é nada mais que conseguir bons números através de coreografias virais do aplicativo Tik Tok, o que não é nada negativo nem motivo para definir uma música como ruim, mas algo bem contraditório para um artista que define a si mesmo como rock progressista, alternativo e metal. Em Opposites, algo começa a mudar, já que essa faixa é ainda pop, mas talvez seja o mais rock que o álbum chega a ser e apresenta pela primeira vez uma metáfora que salva o conteúdo lírico com o vesto "I can no longer bleed on you for I know you won't stitch my wounds" que é bem melhor e começa a mostrar o forte de Alec. A partir daí, o álbum decide ir pelo caminho do soft rock e essa foi a melhor decisão que o artista fez pelo álbum, porque sem sombra de dúvidas, o soft rock é o que ele faz de melhor, com letras honestas, cruas e sem tentar ser algo além do que realmente é, principalmente no ótimo alt pop de Do You Think About Me?, uma das melhores faixas do álbum. em suma, Bittersweet Beginnings falha miseravelmente em sua primeira parte, uma tentativa de ser um ato punk rock que acha que, para isso, o suficiente é uma música pop com acordes de guitarra no fundo e talvez até um solo de guitarra, mas se coloca em seu lugar e faz maravilhas nele em sua segunda parte, abraçando a suavidade, a melancolia e a esperança embrulhada em melodias soft rock e alt pop. Sendo assim, o album tem um balanço de cinco faixas decepcionantes, uma faixa boa e quatro faixas que transitam entre boas e ótimas. A nota, portanto, é respeito às ótimas Disappear e The Persistence of Memory, bem como às outras duas faixas boas presentes no último ato.
65
por Margareth Lond (redatora convidada)
Alec Bradshow, um jovem cantor em ascensão, lança seu primeiro álbum de estúdio, BITTERSWEET BEGINNINGS, com a premissa de compartilhar suas angústias com o fim de ciclo e início de outro. A narrativa ilustra bem o quanto a juventude — e a imaturidade — é presente em Alec. Destaco, em primeiro lugar, a monotonia que acompanha todo o trabalho da composição das faixas: a paixão como motor propulsor de uma vida juvenil que, alheio ao mundo, dedica-se a escrever sobre alguém que o deixou desamparado, relembrando os bons e maus momentos; é um álbum que trabalha com a memória e por isso mesmo possa soar tão cansativo para quem já deixou de lado a inocência e o fervor da juventude desvairada.
No mais, o início do álbum é promissor com a ótima VEINS, mas as faixas seguintes mostram-se opostas, elemento que acaba por prejudicar a recepção do ouvinte. Normalmente, se há uma quebra entre os estilos, faz-se com maior sutileza. As faixas VEINS, Self Inflicted e Opposites formam o trio de ouro do disco. Já as faixas Inner Security e Do You Think About Me? possuem composições fracas, como se fossem o resultado de uma mera sobreposição de palavras sem quaisquer tentativas de transformá-las em música; além de, como recorrente no disco, versarem sobre temáticas semelhantes entre si.
Um álbum que apesar de todas as ressalvas, merece ser ouvido, inclusive pelo próprio Alec. O seu potencial é demonstrado, mas torna-se muito mal aproveitado em um conceito que não corresponde ao que foi mostrado ao público. A disposição de faixas que não se conectam entre si é o principal problema do disco, que se pretende forte e emocional, mas deixa a desejar nos quesitos organização, originalidade e coesão.
64