Coluna Pamela Niven: 2027 é um ano... sem pistas
Jan 19, 2023 4:21:03 GMT
Post by luis on Jan 19, 2023 4:21:03 GMT
4 de Janeiro - 15 dias atrás
"Oi pessoal, aqui é Pamela Niven. São três da madrugada agora aqui em Berlim, onde eu vim passar o ano novo na minha cobertura. Eu deveria estar dormindo agora porque tenho um vôo longo amanhã cedo de volta para a Colômbia, mas eu senti que precisava vir aqui antes porque... que loucura... eu nem sei muito o que dizer. Hm, vou tentar ser bem breve. Eu finalmente ouvi o novo álbum da Harmon Moore e eu precisava compartilhar isso agora, ou não ia conseguir dormir. Eu tô sentindo agora uma mistura de emoções indescritível. Meu marido tá cansado, meu filho tá cansado, minhas empregadas estão cansadas. Eu vou tentar refazer esse vídeo amanhã no avião. Mas era só isso. Eu ouvi o novo álbum da Harmon Moore. Caramba. Hm, é isso. Até mais."
4 de Janeiro - Mais cedo naquele mesmo dia
"Pamela, Pamela Niven! Feliz ano novo! O que você tem a dizer sobre o que vem aí pro ano de 2027? Onde você está indo agora?"
"Eu tô com muita pressa, meu piloto particular é bem apressado (risos)... Eu mudei de planos e não vou voltar para a Colômbia hoje com minha família. Tudo que posso dizer é pra prestarem muita atenção em Harmon Moore. Tchau pessoal! Bom dia pra vocês."
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Você deve estar se perguntando para onde eu fui a 15 dias atrás, de tanta importância que sequer voltei com minha filha pra casa. Entreguei ela para minha babá e parti com o meu marido para um destino bem interessante. Deve estar se perguntando o porquê de tanta euforia com o novo álbum de Harmon. Bem, antes de mais nada: feliz 2027. Já aviso previamente que essa edição vai ser um pouco mais diferente do que estamos acostumados aqui na Coluna Pamela Niven. Curiosos? Vocês vão descobrir tudo agora.
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Você deve estar se perguntando para onde eu fui a 15 dias atrás, de tanta importância que sequer voltei com minha filha pra casa. Entreguei ela para minha babá e parti com o meu marido para um destino bem interessante. Deve estar se perguntando o porquê de tanta euforia com o novo álbum de Harmon. Bem, antes de mais nada: feliz 2027. Já aviso previamente que essa edição vai ser um pouco mais diferente do que estamos acostumados aqui na Coluna Pamela Niven. Curiosos? Vocês vão descobrir tudo agora.
SIM! Eu estou com um novo corte de cabelo, renovada para 2027. Nunca quis tanto ser uma nova mulher, principalmente depois do ano passado, um ano muito importanta para mim profissionalmente. Cheguei a um nível de prestígio que eu sempre sonhei, e isso teve também seus custos: nunca fui tão comentada na mídia, e tão seguida por paparazzis. Eu quero estar preparada para isso agora.
E por falar nisso, vocês me surpreenderam com a repercussão que minha fala no último vídeo teve. Fui parar em primeiro lugar nos trending topics mundiais. Pamela Niven, aquela mulher do mundo que ouviu e SABE sobre o próximo disco da Harmon Moore. Estavam mesmo assim tão ansiosos? Vou ser franca: eu não estava. Mas agora estou. Harmon sempre foi uma incógnita para mim. Adoro Harmony, sua estréia. Mas depois veio aquela música pop com KJ que me deixou... confusa. Eu nunca soube exatamente o que esperar dela, mas tudo estava bem em frente aos meus olhos o tempo inteiro. Acreditem, quando vocês ouvirem, vão se sentir tão tolos como eu. Vocês vão pensar: como eu não imaginei que Harmon Moore lançaria um álbum assim? Era óbvio!
Era, na verdade, o único passo possível que Harmon poderia tomar se quisesse continuar sendo autêntica. Ninguém precisava de mais rock e folk. E também não precisávamos de conceitos super avançados e complicados. E nem de batidões sem sentido. Deus, será que era assim tão difícil encontrar uma linha tênue? Será que é tão difícil na indústria não ser um 8 ou 80? Para mim, Harmon conseguiu. Escolheu um caminho próprio pra seguir.
Bem, eu avisei que a Coluna seria um pouco diferente dessa vez. O que vocês vão ler agora, é na verdade, uma conversa com Paul McWood, diretor da Manhattan School of Music, uma das maiores academias de música do mundo. Além disso, um antigo amigo que entende música de VERDADE! Muito mais que sua leiga amiga Pamela Niven. Boa entrevista.
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(Do lado esquerdo, o risonho Paul. Do direito, meu marido Oscar. Ficamos extremamente bêbados nesse dia logo após a nossa conversa. Eu quero esse dia de novo!)
Dou início a gravação assim que entro na sala de Paul McWood.
Paul: Pamela! Eu vim assim que soube. Você está bem? Você parece péssima!
Pamela: Ah, Paul... Eu não consegui dormir. Peguei o primeiro vôo pra Nova York porque eu precisava vir aqui e conversar com você. Só você vai me entender agora. Essa conversa tinha que ser a sós. Deixei minha filha voltar pra Colômbia e Oscar está esperando no carro. Vai me levar pra beber depois daqui.
Paul: Então é verdade... você ouviu o novo álbum?
Pamela: Isso. Queria ter essa conversa registrada pra minha coluna. Você entende muito bem de música. Pensei em a gente ouvir juntos e discutir depois.
Vou realizar um corte agora. De fato, ouvimos o álbum em sua jukebox. Oscar desistiu de me esperar e foi lanchar. Vou avançar para a parte que finalmente falamos sobre o disco.
Pamela: E aí ela me mandou um e-mail dizendo: Pamela, você pode ouvir meu álbum? Daí eu mandei a minha chave pix e agora eu estou tão emocionada, Paul. Que sentimento!
Paul: O que entendi do *CENSURADO* é que é um pop bem consistente porém solto ao mesmo tempo. As letras são pessoais e divertidas, descontraídas. As produções também são divertidas, mas caprichadas. Não tem nada de preguiçoso nesse disco. Definindo de forma bem breve: é oitentista, romântico e pessoal. Eu preciso destacar o trecho "I’m grinding right out of hell, so I can find myself". Mas minha faixa preferida mesma foi "Like I Would". Ela não tem vergonha de expressar o que pensa, não importa o que vão pensar. Eu gosto dessa ideia de ser falho e cantar isso. É bem maduro. Vai ser uma surpresa bem legal para os fãs.
Pamela: A minha predileta mesmo foi Sidelines. Tem um momento em que Harmon diz "baby, will you say yes for me?" e eu respondo: YES! Eu digo yes pra essa música! Eu entendi tudo que ela quis dizer no final, sabe? Eu tô com vontade de reviver o meu casamento, Paul.
Paul: Agora eu entendo porque você veio até aqui. Vá atrás disso, Pamela. Liga pro seu marido agora e vão tomar o drink de vocês. Eu apareço mais tarde. Muito obrigado por essa conversa e por ter me deixado ouvir esse disco. É muito bom. Isso vai pra coluna? Se sim, vou falar: a música pop tem muitas vertentes! Tenham o coração aberto, e só relaxem. Nem tudo precisa ser tão sério como a gente pensa. É irônico um diretor de uma academia de música dizer isso, mas as vezes, pouco é muito. Eu consegui ver muita grandeza na simplicidade desse álbum. Espero que vocês também possam.
Eu encerro a gravação e me despeço de Paul, emocionada.
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19 de Janeiro - Hoje
Digito o fim dessa coluna bastante pensativa. 2026 foi um ano muito bom pra música no sentido conceitual, mas quero que esse ano seja diferente. Eu vejo uma chama reacendendo dessa vez. Vejo um cenário mais despreocupado, sem se prender tanto nas garras dos conceitos e da atmosfera pesada e séria. 2027 é o ano de se divertir de novo. De ser verdadeiro, com os gêneros que você gosta, e dançar e cantar de um jeito totalmente livre. O último vencedor do AOTY já era um spoiler disso. Vimos a simplicidade e a verdade vencer. Esse ano, espero muito mais disso. Depois de ouvir esse disco, acredito que seja verdade. É hora do amor falar um pouco também, dessa vez um pouco mais desbocado.
Desculpe decepcionar, mas não posso dar muitas informações sobre o disco (além das que eu acidentalmente vazei). Bem, é um disco pop de 40 minutos. Tem 11 músicas e apenas uma parceria, que é incrível! Isso é tudo que vou contar pra vocês.
No fim daquela conversa, eu tive uma conversa incrível com meu marido e nós nos amamos, muito. Eu percebi que tinha uma pessoa incrível comigo, e que me completava. Abri os olhos da amargura e resolvi me entregar. E bom, eu acho que me entreguei demais...
Bem Harmon... Acho que entrei, de novo, no jogo do amor. Eu não vejo a hora de vencê-lo. Sem pistas dessa vez.
EM BREVE NA COLUNA PAMELA NIVEN
- A linha tênue entre o teen e o amadurecimento. O dilema da ROCKET.
- When the pawn hits the... espera, é esse o nome? O longo segundo álbum de Vivien Turner.
- Já é quase carnaval! O que esperar dos hits do verão do IDOL?
Pamela Niven não responderá judicialmente por qualquer informação citada nesse artigo. Colunista de 2011, a colombiana começou a escrever ainda nova para aclamadas revistas musicais. Esse artigo pertence a ROCKET Magazine.
EM BREVE NA COLUNA PAMELA NIVEN
- A linha tênue entre o teen e o amadurecimento. O dilema da ROCKET.
- When the pawn hits the... espera, é esse o nome? O longo segundo álbum de Vivien Turner.
- Já é quase carnaval! O que esperar dos hits do verão do IDOL?
Pamela Niven não responderá judicialmente por qualquer informação citada nesse artigo. Colunista de 2011, a colombiana começou a escrever ainda nova para aclamadas revistas musicais. Esse artigo pertence a ROCKET Magazine.