[EUR] Plastique Condessa no El Hormiguero
Jan 13, 2023 2:42:42 GMT
Post by fakepunk on Jan 13, 2023 2:42:42 GMT
Pablo: E hoje nós estamos aqui com uma das artistas mais antigas ainda ativas. Com quatro álbuns de estúdio e preparando o terreno para o lançamento de seu quinto projeto, vencedora de diversos prêmios, e com quase uma década de carreira, PLASTIQUE CONDESSA!
*Plastique entra no palco acenando para a plateia. Ela então, se acomoda e se senta para enfim começar a entrevista*
Pablo: Plastique, primeiramente é um prazer ter você aqui, principalmente se pararmos para pensar que já faz quase sete anos desde sua última aparição em um programa de televisão, mesmo você já tendo lançado dois álbuns no período desde a última entrevista até hoje. O que fez você se afastar tanto dessas aparições públicas?
Plastique: Bom, quando eu estava na era Behind The Sun eu experimentei muito do sucesso que eu tanto buscava e eu não gostava muito, não gostava de ter que fazer tantas aparições públicas, de estar sempre na frente de uma câmera ou com um microfone na minha frente me fazendo perguntas. Então, quando eu fiquei grávida, eu vi ali a oportunidade de descansar de tudo isso.
Pablo: E você ficou sete anos grávida? *Risos da plateia*
Plastique: *Risos* Não, eu teria me matado se eu ficasse tanto tempo grávida. Nada contra você Rurik, mas é péssima a sensação de estar grávida, sabe o que digo? Eu virei uma bomba de hormônios, chorava por qualquer coisa e o coitado do meu ex-marido sofreu tanto que pouco depois de eu ter o bebê se separou de mim de tão psicótica que eu fiquei. Mas sobre o sumiço, é que eu percebi como era bom ter PAZ. Então adotei essa vida onde eu não era uma pessoa pública de verdade, só queria lançar as minhas músicas. Ano passado apenas, eu voltei a fazer umas aparições públicas aqui e ali, mas nada muito grande, até porque acho que meu hype para charts já passou há sete anos. *Risos*
Pablo: Eu acho que não passou tanto assim, você teve alguns hits aqui e ali ano passado por exemplo. Aliás, sua música tem parceria com uma das maiores artistas da atualidade. Como surgiu essa ideia e essa aproximação com a Sofía para fazer essa música?
Plastique: Sabe, eu sempre achei a Sofía uma artista muito interessante, desde quando ela estreou. Eu tinha essa vontade de fazer uma parceria com ela há muito tempo, porém ela surgiu bem no período do meu hiato de cinco anos entre o Live In Hardcore e o La Ambición de Guadalupe. Eu pensei em chamar ela para o La Ambición, porém esse é um álbum muito denso, e eu quando estou fazendo parceria com outros artistas, gosto de botar algo da personalidade deles na faixa também. Então, quando comecei a produzir meu quinto álbum de estúdio, essa foi a primeira faixa a ficar pronta, e eu só pensei "cara isso é perfeito. É pop e é gótico na medida certa". Então, ela foi a primeira pessoa que me veio à cabeça. Eu adoro minha relação com a Sofía, pois é uma relação de admiração mútua, da mesma forma que ela admira muito meu trabalho, eu admiro muito o trabalho dela. Então, tudo se encaixou muito bem, e espero poder colaborar com ela novamente em um futuro próximo.
Pablo: Quando falamos em sua carreira, falamos em quase uma década já de você música. O que você acha que mais mudou da Plastique de Catholic Boy para a Plastique de Stories Of The Night?
Plastique: Eu acho que a resposta seria maturidade, por conta que… Vendo a minha evolução como artista, eu passei por muitos altos e baixos em minha carreira, já fiquei reclusa, já fui uma artista de sucesso, eu já fui tudo isso, e hoje… Eu acho que o tempo já me preparou para tudo o que pode vir nessa nova era. Acho que a Plastique de 2027 já não tem tanto medo da fama, não tem tanto medo do que as pessoas vão achar ou não, e obviamente, escreve muito melhor, por conta que minha escrita em 2019 era bem pior comparada a hoje em dia (Risos).
Pablo: Outra coisa curiosa sobre vocÊ, Plastique, é que você não tem muito uma métrica de lançamentos, como por exemplo… Entre Stories Of The Night e o La Ambición de Guadalupe, temos um ano, agora entre o La Ambición de Guadalupe e Live In Hardcore, temos cinco anos. Qual você acha que é a métrica, de quando você sabe se vai demorar ou não para lançar um álbum?
Plastique: Hm… Eu sou o tipo de artista que é extremamente perfeccionista. Primeiramente, a ideia tem que estar muito madura na minha cabeça e eu ter a certeza que é realmente aquilo que eu vou fazer, e é importante que não seja algo genérico ou algo que eu já fiz anteriormente na minha carreira. Por conta de pensar em todos esses pormenores, pode ser que esse processo demore muito tempo para maturação, ou ele pode vir em um surto de criatividade. Esse foi o caso do Stories Of The Night, apesar que eu tive muitas ideias até chegar na ideia final.
Pablo: E você poderia nos contar uma dessas ideias? Adoraríamos saber!
Plastique: A minha preferida foi a ideia inicial do álbum, que primeiramente ele seria um álbum industrial e post punk seguindo a ideia que eu tive na minha cabeça, e o álbum na verdade seria sobre um assassinato em uma discoteca, e o disco giraria em volta de várias pessoas que estavam na discoteca, sendo que uma delas era o assassino. Mas a única coisa que todas as ideias tinham em comum, é o conceito de ser um álbum dançante. Desde o início eu percebi que era isso o que eu queria para o quinto álbum de estúdio. Eu acho que o La Ambición de Guadalupe foi um álbum muito denso, dessa forma, preferi diminuir um pouco essa densidade.
Pablo: Percebemos que muitas pessoas falam sobre você não fazer o mesmo sucesso que fazia antes, quando você ainda estava na era Behind The Sun. Como você se sente sobre esses comentários, e você acha que realmente não tem a mesma força comercial que tinha há sete anos atrás?
Plastique: Isso é mais que óbvio, se eu negasse eu estaria sendo louca. Eu realmente estava muito mais nas paradas musicais em 2020, e meu nome era muito mais relevante. Porém, as coisas mudaram, problemas aconteceram, e eu decidi seguir um caminho mais independente. Tanto que eu cancelei o Notorious Handmade Hell, que era pra ser o meu terceiro álbum e que estava indo bem nas paradas musicais, por vários motivos. Quando eu voltei, eu não assinei mais com nenhuma gravadora e fiz a era Live In Hardcore totalmente independente. Foi uma era modesta, sem nenhum clipe, nenhuma divulgação, nem nada, então meu nome foi perdendo força que eu consegui recuperar no La Ambición de Guadalupe, com muito esforço pois continuava independente. Mas eu não me sinto ofendida, tempos vêm e vão, e eu ainda estou na ativa, não é como se eu tivesse desistido da minha carreira ou coisa do tipo. As pessoas pensam que quando uma artista passa dos trinta anos, a sua carreira acabou.
Pablo: Você espera algo grande para essa era, Stories Of The Night?
Plastique: Olha… É o meu primeiro projeto sob uma gravadora nos últimos oito anos, então é impossível não estar ao menos com o mínimo de mania de grandeza. Mas o sucesso comercial nunca foi o que me moveu, e não é hoje que ele vai me mover. Na minha carreira, sempre prezei por coerência acima de hits, e toda minha batalha foi para ser uma artista respeitada. E por mais que não queiram, eu consegui. Eu acredito que as pessoas ou artistas que me criticam por conta da minha idade ou por conta da forma que eu me expresso artisticamente e comercialmente, não tem munição o suficiente para me atacar porque simplesmente ainda não fizeram o suficiente.
*Plateia aplaude Plastique*
Pablo: E essa foi nossa entrevista com a Plastique Condessa! Fiquem agora com Get Down at Night e Coduciendo un poco ebrio!
*Plastique performa as músicas e a entrevista acaba*
DIVULGAÇÃO PARA GET DOWN AT NIGHT E CONDUCIENDO UN POCO EBRIO