[LATINO] AWA se apresenta no Encontro
Nov 17, 2022 17:27:43 GMT
Post by luis on Nov 17, 2022 17:27:43 GMT
[Single principal: Código Vermelho
Single secundário: exorcismo ]
O famoso programa da Globo, Encontro, recebeu nessa manhã o cantor AWA para conversar sobre seu novo álbum e seu novo single. Apresentado por Patrícia Poeta e Manoel Soares, o programa também recebe o grande poeta Braulio Bessa, autor do livro Poesia com Rapadura.
Patrícia já deu as principais notícias do dia quando convida AWA para o palco.
"E quem vamos chamar agora é uma pessoa muito querida que já conquistou corações pelo Brasil todo. Ele tem hits, atualmente está promovendo seu novo álbum Marés e em breve, vai sair em turnê no seu próprio cruzeiro. Seja muito bem-vindo AWA!"
AWA entra acenando pro público e abraçando Patrícia, Manoel e Braulio. Ele está muito sorridente e usa um terninho azul-escuro, com o cabelo penteado para o lado. Ele se senta no sofá e pega o microfone.
AWA: Obrigado gente, que saudades de vir aqui! Acho que eu não venho desde a época do BBMD. Caramba, como o tempo passa voando.
Manoel: Voou mesmo e olha só onde a gente tá agora. De finalista do BBMD a um dos maiores cantores do Brasil atualmente. Como você se sente?
AWA: Eu me sinto nostálgico, as vezes ainda não cai a ficha. Eu já tinha iniciado minha carreira quando entrei no reality, mas ainda tava tão no comecinho. A coisa foi deslanchar mesmo muito depois, então eu sei que se cheguei a esse ponto hoje, foi por muito esforço. Eu tenho uma equipe incrível que tá do meu lado desde o Ribuliço e sei que não seria capaz de nada disso sem eles.
Manoel: É muito impressionante ver esse seu sucesso com você sendo quem você é né? No país que a gente vive, você teria muitos motivos pra ser odiado ao invés de amado.
AWA: Isso mesmo, Manoel. Eu acho que meu caso é especial porque o reality pôde mostrar quem eu realmente sou além dos esteriótipos que as pessoas costumam pôr. Eu sei que muita gente me julgou por ser gay, ou nordestino, e eu achei que minha arte teria uma resistência por isso. Mas eu fiquei tão feliz de ver a recepção que eu tive depois de sair da casa. As pessoas tinham gostado de mim, mesmo com tudo isso. E gostaram porque me assistiram lá, 24 horas, sem poder fingir nada. Foi uma exposição que me humanizou muito, com certeza.
Braulio: É muito bacana ver uma arte nordestina rodar assim o Brasil. Te admiro muito.
AWA: Ah, Braulio! Muito obrigado, viu? Seu apoio importa muito pra mim, tenho um Poesia com Rapadura sempre aqui comigo (risos). Acho que se eu tô aqui hoje é por outros nordestinos que mostraram a cara também e abriram esses caminhos pra mim. Tieta, te amo mãe! Ainda quero gravar contigo.
Patrícia: Mas agora eu tô curiosa... Você lançou recentemente seu segundo álbum, o Marés, que já vendeu mais de 50 mil cópias (aplausos). O que tá por trás desse sucesso?
AWA: Obrigado gente, de coração mesmo! Então Patrícia, esse álbum foi produzido pelos meus queridissimos Lucas Silveira, Iuri Rio Branco, Rafael Barone e a Marcela Vale, todos grandes amigos meus que já estão comigo desde o meu primeiro álbum. A gente levou cerca de um ano pra produção desse álbum, que conta com a participação de uma das minhas melhores amigas também, a Sofia. É um projeto bem... íntimo, eu acho que é a palavra. Foi tudo criado entre amigos, num clima bem caseiro. Todas as letras foram escritas por mim e eu tenho muito orgulho desse álbum, com certeza.
Patrícia: Do que você acha que esse álbum se trata?
AWA: O Marés se trata de um período muito bonito da minha vida, em que eu tinha saído de um relacionamento e comecei a relembrar de todos os outros, lá desde o começo. O álbum fala dos amores de infância, adolescência, de vida adulta. Fala da desilusão entre eles também. Acho que ele é uma retrospectiva bem bonita de como o amor funciona assim na nossa trajetória de vida. Eu ainda acho que tô no começo dela, mas com certeza tentei tirar bastante experiência dos relacionamentos que vivi até agora.
Manoel: E a música principal foi "exorcismo", né? Chegou no top 10 das paradas globais. (Aplausos).
AWA: Pois é... Nome polêmico, né? (risos). Mas apesar do nome eu considero uma música muito bonita, e quis lançar por ser a minha favorita do disco. É uma música sobre tentar esquecer do passado e ser sua melhor versão para um próximo amor. Infelizmente, não tive tempo de gravar um clipe pra essa música, mas mesmo assim ela conseguiu fazer sucesso porque muita gente ouviu. Acredito que bastante gente se identificou pela letra. Obrigado pessoal, obrigado mesmo.
Patrícia: Você canta uma palhinha pra gente enquanto puxamos o comercial?
AWA: Claro, simbora!
AWA levanta do sofá e se junta a banda do Encontro, trocando o microfone e iniciando a performance do seu hit "exorcismo". AWA sorri pra câmera e o publico canta junto no refrão, até o comercial ser chamado.
Quando o comercial volta, Braulio está de pé, com uma anotação em uma mão e o microfone no outro.
Braulio: Eu tomei a permissão de fazer uma poesia que vai estar presente no meu segundo livro, Poesia com Goiabada. E é uma homenagem ao Marés. Espero que gostem.
"Quando a vida bater forte
e sua alma sangrar,
quando esse mundo pesado
lhe ferir, lhe esmagar...
É hora do recomeço.
Recomece a LUTAR.
Quando tudo for escuro
e nada iluminar,
quando tudo for incerto
e você só duvidar...
É hora do recomeço.
Recomece a ACREDITAR.
Quando a estrada for longa
e seu corpo fraquejar,
quando não houver caminho
nem um lugar pra chegar...
É hora do recomeço.
Recomece a CAMINHAR."
No fim, todos aplaudem e AWA se emociona, limpando as lágrimas que caem do rosto. Ele abraça Braulio e o agradece pela linda homenagem. Todos se sentam novamente no sofá e a conversa continua.
Manoel: Isso de recomeçar com certeza combina bastante com você, né AWA?
AWA: É, sem dúvidas (risos). Eu tive uma história bem complicada antes de ser o AWA de hoje. Nunca fui de falar muito sobre isso, mas precisei mesmo recomeçar muitas vezes. Tive que recomeçar quando saí de Castanhal e vim pra São Paulo tentar meu primeiro contrato. Tive que recomeçar quando perdi minha casa num deslizamento. São memórias realmente muito... árduas, sabe? Mas que me transformaram em quem eu sou hoje.
Patrícia: Como foi voltar pra Castanhal depois da virada na sua vida?
AWA: Lá é um lugar bem pequeno então com certeza, foi muita festança, por dias. Quando saí do BBMD e voltei pra lá, a cidade inteira me conhecia e torcia por mim. É um lar que eu amo demais mesmo e nunca quero esquecer. Infelizmente, não posso morar lá por conta da carreira e das obrigações que tenho aqui. Mas sempre que posso voltar pra gravar algum clipe ou fazer um editorial, quero ir pra lá. Não consigo largar de jeito nenhum. Mas também amo minha vida nova. É muito gratificante dar uma casa pros meus pais quando nós já perdemos uma, sabe? É uma sensação de dever cumprido.
Patrícia: Que incrível, né? Você já tem planos pro que vem depois?
AWA: Me chamem de apressado, mas eu já comecei as produções do meu terceiro álbum (aplausos). Hm, claro que ainda falta muito, mas eu não gosto de ficar parado. Ele já começou, mas por enquanto, quero viver o Marés o máximo que eu posso. É um projeto que eu realmente tenho orgulho e apego. Acho que é impossível não se apegar né? Tem muito esforço nisso.
Manoel: Você vai lançar outra música pra promover, né?
AWA: Isso mesmo. Hoje vou estar lançando minha música Código Vermelho, e dessa vez com clipe! É uma das que eu mais amo no disco também, sem dúvidas.
Manoel: Você canta pra gente encerrar o programa?
AWA: Com todo prazer. Bora lá, pessoal. Com vocês, meu lançamento, Código Vermelho.
AWA se junta novamente a banda, dessa vez se sentando em um banquinho e fechando os olhos. Ele canta "Código Vermelho" e dá tchauzinho pra câmera, enquanto Patrícia e Manoel se despedem do público. Os créditos do programa começam a sumir e acaba.