BELLA - Lake of The Mirrors
Nov 14, 2022 14:11:46 GMT
Post by jottavi on Nov 14, 2022 14:11:46 GMT
por Jeon Junseo
Há um único ponto negativo em Lake of the Mirrors: nenhuma das faixas é um destaque. Felizmente, isso acontece por um motivo bem simples: todas as músicas são igualmente marcantes e excelentes. Durante todo o álbum, é possível perceber o motivo que o fez ter esse título muito bem pensado. Ele é cheio de auto-reflexão e as lições originadas nisso, até transformando elas num conselho direcionado às garotas mais jovens, como mostrado em Butterfly, que é uma faixa primorosa, ótima em todas as camadas de sua produção, seja lírica, seja sonora. Todos os outros artistas da indústria coreana ainda precisam lançar uma canção que seja tão solene quanto essa, que é só a primeira faixa da obra-prima que é Lake of the Mirrors. Butterfly é seguida de Utopia, outra faixa impecável que já é conhecida por todos e também ótima, mas um dos pontos altos é a facilidade com que o grupo BELLA amarrou Dreams Come True a Butterfly: com o verso “Into the blue wing light”. Isso é um detalhe que parece ínfimo, mas que faz muita diferença, pois mostra o esforço que a equipe de composição teve para produzir algo que realmente parecesse destinado a estar junto e isso é o que pode se dizer de todo o mini-album: produzido não só para entregar sete faixas em um projeto, mas para entregar sete elos de uma mesma corrente. BELLA acaba de mostrar como deve se executar o uso de múltiplas e diferentes fontes musicais em uma mesma obra. Temos pop, dance, r&b e ballad, mas ainda sim, temos um álbum coeso, até cinematográfico, excelente, transcendente, revigorante, até espirituoso. Nem mesmo o próprio BELLA fez algo tão bom quando Lake of the Mirrors. Parabéns a todos os envolvidos. Nenhum elfo da Terra Média descreveu a famigerada música que escutam quando embarcam no navio para Valinor, mas é provável que ela seja algo muito próximo da experiência etérea que o grupo BELLA nos deu nesse belo presente (e sim, todos nós, redatores da Extraordinary Machine, somos nerds, bem lá no fundo).
100
por Troy Winters
Crescendo e mudando, Bella nos apresenta outro lado do grupo e refaz seus passos como uma nova sonoridade, agora sóbria, limpa e muito lapidada, puxando muito de inspiração grupos antigos e bebendo disso, mas servindo algo novo para a mesa da indústria pop. Na carreira do grupo, esse álbum é sem dúvidas um ponto de foco, brilhante e talvez o melhor que lançaram até agora, porém, é um desafio se destacar com sonoridades assim em uma indústria que parece se amadurecer junto e mostrar semelhantes. É sem dúvidas um ótimo passo para o grupo e uma boa colaboração ao mercado musical.
84
por Emmet Fox
Não é dúvida que o BELLA é um grupo muito ativo e frequente, afinal, estão lançando seu terceiro mini-álbum em um período impressionante. Mas depois de um full álbum a pressão é sempre maior, principalmente quando seu full é o ótimo “Love in Space”. São muitas as expectativas, mas depois de uma sequência considerável de lançamentos e ter uma imagem já formada do grupo, é muito difícil se deparar com um “Lake of the Mirrors”. A intenção é clara: depois de um combo de dois minis e um full, o grupo quer começar um novo capítulo dando um passo para a maturidade. Mas em “Lake of the Mirrors”, parece que o BELLA pulou vários desses passos e aterrissou direto em outro território, que não combina com a face do grupo e não soa como uma evolução natural do que elas têm feito até agora. Claramente, existe uma mudança em busca da quebra de expectativa… mas isso só deve acontecer quando a identidade do grupo se mantém, acima de tudo.
Mesmo assim, não é um mini de todo ruim. Utopia é definitivamente a melhor title do grupo até agora, e é uma pena que as outras músicas não tenham seguido o mesmo estilo. Nós já conhecemos o BELLA e sabemos que as mudanças são complicadas. Mas um passo de cada vez é sempre a melhor alternativa.
70