Hina Maeda - Sometimes I Get Scared
Nov 11, 2022 22:42:43 GMT
Post by jottavi on Nov 11, 2022 22:42:43 GMT
por Bruce Bailey
Sometimes I Get Scared é, sem sombra de dúvidas, o melhor álbum rock lançado ultimamente, o que é impressionante para uma artista novata que chegou em meio a veteranos do rock. Hina Maeda, nesse excelente álbum, não fez muito além do que as lendas da era de ouro do rock já fizeram, mas isso seria totalmente desnecessário para ela, que tem uma personalidade gigante, tão marcante quanto seus antecessores, e ainda sim, tem uma perspectiva singular sobre tudo, como a artista prova na ótima faixa Courtney Love. Se livres de parcialidades sociais e históricas, o público do gênero rock 'n roll admitiria que Courtney Love é tão talentosa e inteligente quanto o grande Kurt Cobain, e isso é uma das coisas que Hina expressa sem medo de críticas de velhos de 80 anos que dizem que o rock morreu. Pois bem, se o rock 'n roll esteve morto, Hina Maeda acaba de ressuscitá-lo, coisa que Banshee tentou durante sua vida. Sometimes I Get Scared não é revolucionário, não é nenhuma produção superconceitual, como a indústria vem tentando ser cada vez mais, e ele absolutamente não precisa ser porque ele é simplesmente ótimo exatamente como ele é. Muitas vezes, no estado atual da indústria musical, nos vemos perdidos em conceitos complexos, nos preocupando com visuais, com storytelling e muitas camadas de glamourização de um álbum que vão além da música, mas em Sometimes I Get Scared não. Aqui, só há uma jovem fazendo música boa, sem se preocupar com o que os outros pensam ou o que alguém acha que pode estar faltando, e é exatamente isso que o mundo da música precisava nesse momento. Não há nada de errado em criar um mundo complexo, introduzir referências dos universos de J. R. R. Tolkien ou Mike Pondsmith em suas músicas, mas às vezes, tudo o que precisamos é de algo refrescante, animador, eletrizante, algo que só nos faça querer viver e não nos conformar, e é exatamente esse recesso revigorante que Hina Maeda é. O álbum tem nuances completas, desde a vulnerabilidade até vários comentários empoderadores sobre si mesma, além de comentários sobre a música e a indústria em si, mostrando que ela é alguém com muito mais senso crítico, poder e personalidade do que sua antiga gerência a permitia mostrar, e Hina Maeda nunca esteve tão brilhante. Essa garota rock 'n roll acaba de provar que é uma artista altamente indispensável e impressionante.
95
por Cathleen Prior
A princesinha do Pop Punk retorna após meses do seu álbum de estreia, o “EDGY AF!”. Mostrando uma evolução evidente – apesar de ainda ter um feat com o Lucca Lordgan –, Hina Maeda parece se mostrar mais madura após brigas, traumas e confusões que arranjou ao longo dessa sua curta carreira.
Já iniciamos o disco com uma diss track para a ex-CEO da Rocket – gravadora a que a Hina pertence –, mostrando o quão ela consegue reunir suas forças e provar que é uma fênix em seu ato de reviver das cinzas. Também poderíamos ter o exemplo de Jesus Cristo, mas talvez não caiba no contexto. Algumas faixas parecem não ter tanto destaque e podem passar batidas, mas não é o caso das canções “Prom Queen”, “BREAK!” com Lucca Lordgan – que ainda assim tem uma letra com pontos sem sentidos e hilários, como “No matter who you are / if you’re asian / or if you’re gay” –, “I Wanna Get Old” com Yves e Saori, e o lead single “Courtney Love”.
Em toda a sua trajetória, “Sometimes I Get Scared” se mostra um disco interessante e até peculiar. A estética da cantora é como um ponto que podemos levantar, sendo bastante divertida de se analisar, dando um charme e podendo até ser a cereja do bolo. A composição lírica do disco tem algumas estrofes surreais, mas percebemos que já é uma caractéristica de escrita da cantora. Hina Maeda é uma artista que tem uma grande presença e consegue sim mostrar os motivos de estar onde chegou, que é o caso desse projeto.
79
por Dani Frahm
Vulnerável e glorioso, Hina Maeda nos presenteia com um belo compilado de canções que revelam um espectro intimista na vida da intérprete ao longo de uma jornada de auto conhecimento a partir das experiências vividas.
O álbum possui muito pontos positivos em suas composições e particularmente é muito boa a maneira em que Hina mistura um instrumental totalmente agitado e veloz com uma letra de partir o coração. Talvez a ordem das músicas tenha ficado um pouco confusa e poderia ser melhor pensada parar dar um fechamento merecedor ao disco ao invés de "I Wanna Get Old".
O álbum começa muito bem nas três primeiras faixas e decai em "Prom Queen" que não soou muito interessante comparada as outras que vieram antes. "Doubts" e "Courtney Love" são boas músicas, principalmente a segunda que soa quase como uma ode de Hina a si mesma, coroando como pioneira do rock & roll feminino.
Mas é nas faixas seguintes que Hina brilha como nunca antes. "Melacholic Songs" e "Cry" são duas jóias lapidadas pelas lágrimas de Hina. A letra é tão tocante e a mensagem é tão forte que com certeza são as jóias da coroa de Sometimes I Get Scared.
No os feats são facilmente descartáveis pois Hina brilha sozinha e muito bem, as vezes menos é mais, e no contexto de Sometimes I Get Scared, Hina nos apresentou tudo o que sentia. As vezes Hina pode ficar assustada, e são nesses momentos que a sua arte floresce.
76