BABUSHKA - Pieces of Peace
Nov 11, 2022 22:28:42 GMT
Post by jottavi on Nov 11, 2022 22:28:42 GMT
por Troy Winters
Denso, pessoal e impactante, a cantora nos entrega um compilado de músicas que te fazem pensar e refletir a cada verso, levando o ouvinte em uma jornada por sua mente e insegurança. A sonoridade do álbum abraça o eletrônico e experimental, dando um tom mais dinâmico para as letras. É uma excelente sequência ao álbum anterior e expande muito mais o potencial artístico da cantora, nos dando um prato cheio para a conhecer melhor como pessoa, indo além da parte extravagante como artista e persona construído pela mídia.
88
por Cathleen Prior
Deixando todo o romantismo de lado, Babushka volta com o seu CD mais pessimista possível, “Pieces of Peace”. Trazendo uma contradição óbvia ao ler o título e ouvir o disco, a cantora explora um lado filosófico que mostra o quão a vida é uma merda – descrito pela mesma –.
Com sintetizadores com bastante presença, o álbum é aberto com “Midas”, fazendo referências diretas ao rei grego nos trechos “like Midas we turn the straw into gold / we've received pain we'll response with love”, e apesar de ter oito minutos, a música passa de uma forma bastante prazerosa, nem percebendo a sua duração longa. A faixa que fala sobre exaustões diárias – “I think it's killing me / hiding my weakness behind those arms they gave to me” –, “Octopus” é surpreendente, seu ritmo que parece misturar uma melancolia e felicidade pesam na balança e tudo parece se equilibrar na medida certa. “tragicomic”, o único single da era, é absurdamente dramática e irônica, a letra aborda sobre grandes acontecimentos e ainda consegue dar um spoiler óbvio da nossa vida.
“Pieces of Peace” é um álbum bem escrito e composto. Sendo uma mistura de electropop e synth-pop com elementos claros de um hyperpop – em “hurt to the bone” – e até um pop punk com rock alternativo. Seus trinta e nove minutos parecem soar equilibrados, tendo momentos pesados e leves. É um álbum que, apesar de alguns problemas – como a tediosa “animal” e o álbum parecer decair aos poucos em sua duração, mas logo se reergue –, consegue entregar o que se propõe.
79
por Pamela Niven
A estrela alternativa BABUSHKA lança seu terceiro disco em um pequeno período de tempo, nem um pouco suficiente para digerir o que estava por vir em “Pieces of Peace”. Se soubéssemos que depois de Glam in Gloom, teríamos faixas com letras viscerais como Sidewalks, teríamos pedido um intervalo maior.
Mesmo assim, é bom ver que aqui BABUSHKA alcançou seu auge. É, sem dúvidas, o álbum que fixa sua personalidade de vez. Foi a partir desse disco que se concretizou o conceito de “BABUSHKA type of sound”. É um som experimental e que quase nunca se prende em moldes básicos, como a ótima opening “midas” e sua sequência “octopus’”, que merecia ter sido um grande hit. O álbum tem highlights excepcionais no começo e no fim, mas parece se perder um pouco no meio. De “animal” até “universe as an egg”, as músicas entram em um ritmo muito destacado e com letras muito óbvias, se tornando uma sequência desinteressante. As mensagens pessimistas com toques muito leves de otimismo expressam muita verdade nas letras de BABUSHKA, mesmo incomodando o ouvinte.
Num total, o álbum é mais um daqueles imersivos onde você realmente se põe na pele do artista e sente invadir seu mundo particular. Nem sempre o mundo é parecido com o seu ou te agrada, mas faz você entender o porquê do artista estar seguindo certo caminho. Para BABUSHKA, mesmo talvez não sendo o melhor, é seu disco mais necessário.
72