[ASIA] Hina Maeda no MTV Japan
Jul 30, 2022 23:35:16 GMT
Post by fakepunk on Jul 30, 2022 23:35:16 GMT
Hina Maeda esteve hoje na MTV Japan, para dar a primeira entrevista sobre o seu segundo álbum de estúdio Sometimes I Get Scared. Diferentemente de sua era anterior, onde a gestão de Norma não permitia que Hina fizesse divulgação em países asiáticos, a nova era se inicia justamente com uma sequência de divulgações no país de origem de Hina. Na entrevista, Hina deu alguns detalhes sobre a produção de seu novo álbum de estúdio e falou sobre o single, Courtney Love, e suas influências para o novo disco.
E hoje nós estamos aqui com uma das cantoras que abalou o inverno europeu no ano passado, e agora está de volta com mais um single, para o seu segundo álbum de estúdio. Hoje vamos falar com Hina Maeda, dona de mais um novo single de sucesso, "Courtney Love". Hina, você passou por um escândalo de gravadoras e vendas de seus direitos há pouco, e você está se reerguendo após esse baque. Como você está se sentindo nessa nova época da sua vida?
Olha, eu não vou dizer que não está sendo difícil porque está, ter todos os meus direitos violados da maneira que aconteceu, e o jeito como aconteceu me deixou um pouco na defensiva. Porém, eu estou gostando dessa minha nova era, eu sinto que eu estou tendo mais liberdade artística, e eu já entrei com um processo contra a Norma, já que eu tenho o direito de ter as minhas músicas já que eu escrevi todas elas praticamente sozinha, tirando o featurings. Eu tenho mais direito sobre esse álbum do que qualquer um, eu escrevi ele e estive presente em todo o processo de produção. Não é justo que as masters sejam vendidas dessa maneira.
Aliás, você acabou sumindo na segunda metade do ano, após ter tido uma grande sequência de hits na primeira metade. O seu sumiço repentino tem alguma coisa a ver com essa relação abusiva que você tinha com a gravadora durante a era EDGY AF?
Sim, teve absolutamente tudo a ver, quero dizer, eu entrei em uma gravadora que estava colapsando e colhi as consequências disso tudo. A gestão era péssima, então meus singles não tiveram o retorno que deveriam, ainda mais considerando que no começo do ano, eu fui a pessoa que mais deu retorno para a gravadora. Por algum motivo, eles acabaram me jogando para escanteio, talvez por conta que me manter estava se tornando algo caro, na medida em que eu estava crescendo como artista. Então, eles começaram a boicotar a minha carreira e isso resultou no meu sumiço. Mas esse sumiço foi bom, porque o tempo em que eu não estava divulgando, eu entrei no estúdio e comecei um projeto perfeccionista para esquecer a cagada que eu fiz em assinar aquele contrato. Concluiu que esse álbum, na minha opinião, está infinitamente superior ao EDGY AF!, e eu só quero fazer direito dessa vez, e fazer uma era do jeito que ela deve ser feita. E eu espero que a nova gestão da gravadora me ajude a fazer da era Sometimes I Get Scared gigante, porque eu tenho esse intuito com esse álbum (risos).
E como você descreveria esse seu segundo álbum?
Hum... Eu acredito que descreveria como uma versão mais madura de mim, ainda sem perder a minha essência adolescente. Quer dizer, meus fãs também estão crescendo, assim como eu estou crescendo... Ainda mais que toda essa experiência do mundo musical me fez ficar um pouquinho mais melancólica e mais criativa também. Eu acredito que ele passe uma mensagem sobre crescer sem deixar de ser rebelde, ou crescer sem deixar de perder o brilho da juventude. Quer dizer, eu acredito realmente que é possível crescer sem perder a essência, e é esse caminho que eu quero seguir nessa minha nova jornada. Acho que meus fãs vão ver uma Hina mais fragilizada, que pode acabar chocando algumas pessoas.
Sobre Courtney Love, é uma música que exalta muito o poder feminino no Rock n Roll. O que te inspirou a fazer essa música? Foi alguma situação em específico?
Acho que essa faixa é uma das que se enquadra nas minhas fragilidades, porque fala basicamente sobre todos os preconceitos que eu já sofri por ser uma mulher fazendo rock n roll, uma mulher fazendo punk. Eu comecei a receber muito hate, então eu comecei a pensar cara "cara... É sempre a mesma coisa. Toda vez que uma mulher chega ao topo no mundo do rock, ela recebe hate, a Courtney Love por exemplo, chegou a fazer sucesso lá nos anos 1990 e sofreu tanto na época quanto depois, sendo até hoje uma peça importante em teorias da conspiração absurdas sobre ela ter matado o próprio marido, apenas pelo fato de não gostarem dela." Então, resolvi fazer uma homenagem para a mulher que abriu caminhos, e sofreu hate antes de todo mundo para que mulheres como eu pudessem fazer essas músicas riot grrl sem medo. Courtney é uma inspiração para muitas pessoas, e eu sou uma das pessoas que é imensamente inspirada por ela.
E quem você acha que hoje em dia está no mundo do rock que te inspire?
Hoje em dia eu estaria falando algo muito errado se eu não citasse a Agatha Melina como uma das maiores rockstars que já existiu. Eu juro, eu amei a nova música dela, a forma como tudo que ela faz é perfeccionista simplesmente me fascina. Plastique e Agatha foram nomes gigantes para o rock moderno, e eu me considero apenas alguém que está começando agora a trilhar o meu próprio caminho. Nunca que eu me colocaria no mesmo patamar que nenhuma dessas duas.
E pelo que parece, você ainda vai seguir nesse álbum por esse caminho do pop punk, vendo a sonoridade de Courtney Love, não é?
Hum... Eu diria que sim, meu álbum novo ainda tem muito pop punk. Mas tentei ser um pouco mais eclética em questão das minhas inspirações na parte do rock n' roll, e também me organizar um pouco melhor. Eu tirei muita inspiração do grunge, do punk e até mesmo do country e blues rock. De alguma maneira, ele ficou muito bem organizado. E eu acho que a diferença que esse álbum tem com o EDGY AF!, é que ele não tem ou tem muito pouca da "cota pop" que o EDGY AF! tem. Eu realmente tenteio fazer um projeto totalmente rock n' roll dessa vez, e eu acredito que eu consegui. Eu acho que, não sei, eu me considero uma rockstar. Eu achei que eu deveria pesar mais no rock dessa vez.
Você é uma das pessoas conhecidas por apresentar uma espécie de "contra cultura" em adolescentes e jovens adultos, aqueles que "não gostam de música pop" ou que "não são como os outros" são o seu público em sua maior parte. O que você acha sobre esse tipo de pensamento mais "diferentão"?
Eu gosto que eu esteja servindo de inspiração para pessoas que querem se rebelar. Sei lá, às vezes pode ser uma coisa besta tipo pensar que seu gosto não é parecido com o de todo mundo, ou que se você escutar certo artista você vai ser diferente das outras pessoas, de certa forma é um começo para uma cultura um pouco mais rebelde e que não acata qualquer coisa que digam que é boa para ela. Eu acho que esse tipo de pensamento, de uma forma ou outra, ajuda a fomentar o senso crítico. E eu acho isso louvável, por mais cringe que seja. Então (diz ela olhando para a câmera) se você me escuta para se sentir diferente, mesmo que você não seja diferente no final, eu apoio você.
O seu lema, alegadamente, é "acreditar em nunca crescer". Como seria isso?
É uma filosofia que eu tenho. Eu acredito qu8e a juventude é algo que morre apenas se nós deixarmos. Então quando eu digo sobre "nunca crescer", eu não digo para continuar tendo atitudes imaturas, e sim crescer sem perder aquele fervor que você tem quando você é adolescente, aquela angústia, aquela vontade de fazer o mundo um lugar melhor. É esse tipo de pensamento que eu acredito que o mundo mata aos poucos à medida que nós vamos crescendo, e eu me recuso a fazer parte disso. Então, sim, eu acredito em nunca crescer e continuar com nossas filosofias.
Hina, foi um prazer te entrevistar. Fiquem agora com o clipe de Courtney Love, a nova música de Hina Maeda!
*A entrevista acaba e Courtney Love começa a tocar*
Olha, eu não vou dizer que não está sendo difícil porque está, ter todos os meus direitos violados da maneira que aconteceu, e o jeito como aconteceu me deixou um pouco na defensiva. Porém, eu estou gostando dessa minha nova era, eu sinto que eu estou tendo mais liberdade artística, e eu já entrei com um processo contra a Norma, já que eu tenho o direito de ter as minhas músicas já que eu escrevi todas elas praticamente sozinha, tirando o featurings. Eu tenho mais direito sobre esse álbum do que qualquer um, eu escrevi ele e estive presente em todo o processo de produção. Não é justo que as masters sejam vendidas dessa maneira.
Aliás, você acabou sumindo na segunda metade do ano, após ter tido uma grande sequência de hits na primeira metade. O seu sumiço repentino tem alguma coisa a ver com essa relação abusiva que você tinha com a gravadora durante a era EDGY AF?
Sim, teve absolutamente tudo a ver, quero dizer, eu entrei em uma gravadora que estava colapsando e colhi as consequências disso tudo. A gestão era péssima, então meus singles não tiveram o retorno que deveriam, ainda mais considerando que no começo do ano, eu fui a pessoa que mais deu retorno para a gravadora. Por algum motivo, eles acabaram me jogando para escanteio, talvez por conta que me manter estava se tornando algo caro, na medida em que eu estava crescendo como artista. Então, eles começaram a boicotar a minha carreira e isso resultou no meu sumiço. Mas esse sumiço foi bom, porque o tempo em que eu não estava divulgando, eu entrei no estúdio e comecei um projeto perfeccionista para esquecer a cagada que eu fiz em assinar aquele contrato. Concluiu que esse álbum, na minha opinião, está infinitamente superior ao EDGY AF!, e eu só quero fazer direito dessa vez, e fazer uma era do jeito que ela deve ser feita. E eu espero que a nova gestão da gravadora me ajude a fazer da era Sometimes I Get Scared gigante, porque eu tenho esse intuito com esse álbum (risos).
E como você descreveria esse seu segundo álbum?
Hum... Eu acredito que descreveria como uma versão mais madura de mim, ainda sem perder a minha essência adolescente. Quer dizer, meus fãs também estão crescendo, assim como eu estou crescendo... Ainda mais que toda essa experiência do mundo musical me fez ficar um pouquinho mais melancólica e mais criativa também. Eu acredito que ele passe uma mensagem sobre crescer sem deixar de ser rebelde, ou crescer sem deixar de perder o brilho da juventude. Quer dizer, eu acredito realmente que é possível crescer sem perder a essência, e é esse caminho que eu quero seguir nessa minha nova jornada. Acho que meus fãs vão ver uma Hina mais fragilizada, que pode acabar chocando algumas pessoas.
Sobre Courtney Love, é uma música que exalta muito o poder feminino no Rock n Roll. O que te inspirou a fazer essa música? Foi alguma situação em específico?
Acho que essa faixa é uma das que se enquadra nas minhas fragilidades, porque fala basicamente sobre todos os preconceitos que eu já sofri por ser uma mulher fazendo rock n roll, uma mulher fazendo punk. Eu comecei a receber muito hate, então eu comecei a pensar cara "cara... É sempre a mesma coisa. Toda vez que uma mulher chega ao topo no mundo do rock, ela recebe hate, a Courtney Love por exemplo, chegou a fazer sucesso lá nos anos 1990 e sofreu tanto na época quanto depois, sendo até hoje uma peça importante em teorias da conspiração absurdas sobre ela ter matado o próprio marido, apenas pelo fato de não gostarem dela." Então, resolvi fazer uma homenagem para a mulher que abriu caminhos, e sofreu hate antes de todo mundo para que mulheres como eu pudessem fazer essas músicas riot grrl sem medo. Courtney é uma inspiração para muitas pessoas, e eu sou uma das pessoas que é imensamente inspirada por ela.
E quem você acha que hoje em dia está no mundo do rock que te inspire?
Hoje em dia eu estaria falando algo muito errado se eu não citasse a Agatha Melina como uma das maiores rockstars que já existiu. Eu juro, eu amei a nova música dela, a forma como tudo que ela faz é perfeccionista simplesmente me fascina. Plastique e Agatha foram nomes gigantes para o rock moderno, e eu me considero apenas alguém que está começando agora a trilhar o meu próprio caminho. Nunca que eu me colocaria no mesmo patamar que nenhuma dessas duas.
E pelo que parece, você ainda vai seguir nesse álbum por esse caminho do pop punk, vendo a sonoridade de Courtney Love, não é?
Hum... Eu diria que sim, meu álbum novo ainda tem muito pop punk. Mas tentei ser um pouco mais eclética em questão das minhas inspirações na parte do rock n' roll, e também me organizar um pouco melhor. Eu tirei muita inspiração do grunge, do punk e até mesmo do country e blues rock. De alguma maneira, ele ficou muito bem organizado. E eu acho que a diferença que esse álbum tem com o EDGY AF!, é que ele não tem ou tem muito pouca da "cota pop" que o EDGY AF! tem. Eu realmente tenteio fazer um projeto totalmente rock n' roll dessa vez, e eu acredito que eu consegui. Eu acho que, não sei, eu me considero uma rockstar. Eu achei que eu deveria pesar mais no rock dessa vez.
Você é uma das pessoas conhecidas por apresentar uma espécie de "contra cultura" em adolescentes e jovens adultos, aqueles que "não gostam de música pop" ou que "não são como os outros" são o seu público em sua maior parte. O que você acha sobre esse tipo de pensamento mais "diferentão"?
Eu gosto que eu esteja servindo de inspiração para pessoas que querem se rebelar. Sei lá, às vezes pode ser uma coisa besta tipo pensar que seu gosto não é parecido com o de todo mundo, ou que se você escutar certo artista você vai ser diferente das outras pessoas, de certa forma é um começo para uma cultura um pouco mais rebelde e que não acata qualquer coisa que digam que é boa para ela. Eu acho que esse tipo de pensamento, de uma forma ou outra, ajuda a fomentar o senso crítico. E eu acho isso louvável, por mais cringe que seja. Então (diz ela olhando para a câmera) se você me escuta para se sentir diferente, mesmo que você não seja diferente no final, eu apoio você.
O seu lema, alegadamente, é "acreditar em nunca crescer". Como seria isso?
É uma filosofia que eu tenho. Eu acredito qu8e a juventude é algo que morre apenas se nós deixarmos. Então quando eu digo sobre "nunca crescer", eu não digo para continuar tendo atitudes imaturas, e sim crescer sem perder aquele fervor que você tem quando você é adolescente, aquela angústia, aquela vontade de fazer o mundo um lugar melhor. É esse tipo de pensamento que eu acredito que o mundo mata aos poucos à medida que nós vamos crescendo, e eu me recuso a fazer parte disso. Então, sim, eu acredito em nunca crescer e continuar com nossas filosofias.
Hina, foi um prazer te entrevistar. Fiquem agora com o clipe de Courtney Love, a nova música de Hina Maeda!
*A entrevista acaba e Courtney Love começa a tocar*