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Post by luis on Jul 27, 2022 2:16:34 GMT
Data de Lançamento: 13 de Janeiro na HBO+, 21 de Janeiro nos cinemas Gênero: Drama, Romance Direção: Nanwom Joseon, Josh Boone Roteiro: Nanwom Joseon, Damien Chazelle, Olivia Hamilton, Jennifer Niven Produtor Executivo: Leo Kwan Duração: 45 minutos
Lançado pela HBO+ e distribuído globalmente pela Warner Bros, em parceria com a ROCKET.
Sendo o único herdeiro restante, Louis Baker (Nanwom Joseon dos Golden Castles) é notificado pelo governo que sua antiga casa está prestes a ser demolida para a construção de um novo parque local. Com o prazo de 1 semana, Louis deve decidir se vai ceder e esvaziar a casa em que passou sua infância ou se irá assumir a posse, voltando para morar com sua nova família. Ao voltar pra sua cidade natal, Louis deve enfrentar demônios do passado e definir suas verdadeiras prioridades enquanto há tempo. Agora, prestes a tomar uma decisão crucial, relembrar cada momento inesquecível se torna um ato desafiador.
Elenco Principal: Nanwom Joseon como Louis Baker Sam Claflin como Gabriel Baker Noel Cho como Anne Baker Jean Smart como Nicole Yoon Kirby Howell-Baptiste como Karla Asher
Trilha Sonora do filme: Golden Castles - My Camera Roll - Holy Groove - Honey, I'm Home - Won't Walk Alone - I'm That Mist (with Caleb Roth) - So Violet
Abaixo estarão apenas as cenas em que as músicas foram tocadas, em momentos chave do filme. Não vou criar um filme inteiro mas as cenas mais memoráveis sim.
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Post by luis on Jul 27, 2022 19:49:15 GMT
Quando o sino pro último trem toca, Louis acorda num susto. Esperava o dia todo por aquele trem, o único para Yellowtown. A cidade costeira, longe de tudo, só possuía um trem, ás 18:00. Depois disso, só no dia seguinte. Ou ir de ônibus, se preferir. Ele corre no corredor quase vazio, se atrapalhando com o casaco, cachecol e sua maleta.
Ele entra se espremendo nas portas automáticas, quase ficando de fora. Todos no trem o observam, mas ele parece não se importar, tão aliviado que pôde entrar.
Louis senta em uma das cadeiras do fundo do trem, se escondendo dos olhares constrangidos. Ele põe a maleta em cima da mesa, tira o cachecol e rapidamente saca o celular para ligar Gabriel, seu marido.
"Consegui-pegar-o-trem... Meu Deus, acho que nunca corri tanto na vida."
"Você tá bem?"
"Claro, só cansado. Vocês tem certeza que vão ficar bem sem mim? Vai ser uma viagem rápida, devo estar de volta em três dias. Ei, não esquece que de colocar os cubinhos de beterraba que deixei na geladeira no suco da Anne. O médico disse que ela precisa de ferro e-"
"Já tivemos essa conversa mil vezes, Louis. Eu também sou pai dela, lembra?"
"Claro, desculpa. Lembra do nosso combinado?"
"Chamar a polícia se você não ligar num intervalo de 4 em 4 horas? Isso é ridículo, Louis".
"Eu tô falando sério. Yellowtown é um lugar estranho... Eu te ligo quando chegar lá, ok? Amo vocês".
"A gente também te ama. Anne tá dormindo, mas depois te ponho no telefone com ela, tá bom? Vai dar tudo certo. Eu confio em você."
O filme começa a tocar Won't Walk Alone e as próximas cenas são do trem andando, Louis olhando pela janela até chegar na cidade. A cidade é costeira e bonita no inverno.
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Post by luis on Jul 27, 2022 20:20:20 GMT
Louis está sentado em frente a antiga casa, observando o mar. A casa já está em condições prejudicadas pela maresia, visto as cercas derrubadas e a tinta desbotada da casa. Venta bastante e o filme tem uma fotografia muito bonita. Louis olha pro horizonte, reflexivo.
Então chega Karla, a provável nova dona da propriedade. Ela se senta ao lado de Louis e o cumprimenta com um sorriso. Interpretada por Kirby Howell-Baptiste, a atriz chega em cena de forma muito sutil. O que segue depois disso é um diálogo muito importante pro desenvolvimento do filme.
"Senhor Baker? Oi, nos falamos por telefone. É um prazer te conhecer pessoalmente. Eu sou Karla Asher, mas me chame só de Karla."
"Por favor, só Louis. O prazer é meu."
"Hm, desculpa, não sei como começar essa conversa. Imagino que essa casa seja importante pra você."
"É mais do que eu pensei que era. Karla, me desculpe mas... Isso é um pouco mais difícil do que eu achei que seria. Eu não vinha pra Yellowtown a anos. É... uma sensação muito diferente."
"O que acha da gente entrar? Eu tenho as chaves. Vamos ver e conversar lá dentro. Está ventando bastante aqui."
Os dois se levantam e andam até a casa. Louis dá uma olhada pela janela, respirando fundo e olhando pros cômodos. Ele observa Karla com um sorriso falso, mas realmente nervoso por estar entrando na sua casa de infância depois de tanto tempo.
Quando mostra a casa por dentro, a câmera precisa vir de cima pra mostrar todos os detalhes. Está entupida de coisas empoeiradas e Karla até tosse um pouco ao chegar na sala. Louis anda até a sala e tenta controlar a emoção ao ver as coisas.
"Ai meu Deus... Eu não acredito. Está exatamente como era. Cada detalhe. Como?"
"Nós preservamos a casa o máximo que conseguimos, na esperança que algum herdeiro voltasse. Era uma das mais bonitas aqui da costa. Mas... nós temos outros planos agora."
"Ok, calma. Fique exatamente aí onde você está."
Louis corre igual uma criança até um canto perto da cozinha, onde só quem realmente morasse ali conhecesse. Ele pega um disco e mostra pra Karla, nostálgico. Ele sorri e diz:
"Ouvíamos esse aqui todos os domingos. Minha mãe dizia que era como um mantra. A gente tinha certeza do nosso lar estar aqui, sempre. Essa música era uma celebração disso... Eu amo mesmo. Espero que essa vitrola ainda esteja funcionando."
Então a vitrola começa a tocar Honey I'm Home. Karla fica parada, com um sorriso constrangido, observando Louis cantando a música a plenos pulmões enquanto abre as janelas e anda pela casa, em uma cena realmente muito fofa do filme.
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Post by luis on Jul 27, 2022 20:50:37 GMT
A cena em que I'm That Mist é uma das mais impactantes do filme, acompanhada por um show de atuação de Nanwom Joseon que com certeza competirá ao Oscar graças a ela.
Aqui, já se passaram dois dias desde que Louis chegou a cidade e passou por várias experiências nostálgicas em Yellowtown misturadas aos seus flashbacks quando pequeno — como sua visita ao museu da cidade, sua primeira vez passando em frente a escola em que estudou na infância depois de anos, seu encontro com um pescador clássico da cidade (e sua surpresa em ver que ele ainda está vivo).
Mas então, Louis esqueceu de ligar pra Gabriel, seu marido. Ele também tem dormido na sua casa antiga e não têm respondido as ligações de Karla, que precisa rápido de uma resposta. A cena é impactante pela discussão muito forte no telefone dele com seu marido.
"Louis, o que você pensa que tá fazendo? Você não dá notícia a dias."
"Ei, ei, calma. Alguém tá nervoso aqui."
"É claro que eu to nervoso. Você lembra do combinado que VOCÊ fez, aliás?"
"Lembro e eu peço desculpas. Olha Gabriel, isso tá sendo muito difícil pra mim. Eu tive uma vida inteira aqui."
"Mas você tem uma vida agora. Você tem uma filha, Louis. Você tem um emprego, uma casa. Então, de novo, o que você pensa que está fazendo?"
"Gabriel, eu já pensei em tudo. Vocês podem vir pra cá. Tem uma escola, a que eu estudei, que fica a umas três quadras. A casa não precisa de muita reforma, só o básico. Eu posso atender meus pacientes on-line, e você pode abrir sua padaria aqui. Considere como uma franquia, sabe? Aqui tem tudo que a gente precisa." — Louis diz sonhando alto.
"Você sabe que não funciona assim."
"Por que? Por que não? Gabriel, essa é a MINHA casa. É a MINHA vida, a MINHA infância. Tudo que vivi tá registrado nessas paredes. Cada quadro, cada pegada de areia ainda tá aqui, nesse quarto. Isso faz parte de mim, então por favor, eu te imploro..."
"Louis, eu não acredito. A gente tinha conversado sobre. Como você quer mudar pro interior com nossa filha CEGA? Anne já se acostumou com os amigos da escola, com a casa, com os parentes perto. Eu não posso mover minha padaria de uma hora pra outra. Você devia ser um pouco menos egoísta e olhar pro mundo além do seu umbigo."
"Gabriel, por favor. Eu te imploro".
Gabriel desliga e Louis chora de forma dramática, agarrado nas paredes da casa. É quando I'm That Mist começa a tocar, arrepiando pelo cenão dos dois, principalmente pelo destaque de Nanwom.
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Post by luis on Jul 27, 2022 21:11:13 GMT
A versão de So Violet que toca no filme é apenas instrumental e acontece em um flashback. Louis sobe até seu antigo quarto de infância e remexe seus brinquedos, e brinca com as cortinas azuis. Depois, ele olha pra sua pequena cama. Aqui, acontece um flashback onde a incrível Jean Smart interpreta Nicole, sua mãe.
Na cena, Nicole acaricia o filho e diz:
"Bom dia amor. Que tal ajudar a mamãe com a decoração de Natal mais tarde? Precisamos de uma linda, cheia de luzes, a maior da cidade, pra chamar a atenção do papai Noel. Você me ajuda?"
"Ajudo, claro que sim".
Nicole sobe até o sótão para buscar os enfeites, mas aí o flashback se mistura com a atualidade. Quem aparece lá em cima já é o Louis adulto, que pega os enfeites lentamente, um por um, e os encara chorando. É quando ele desaba de chorar, abraçado às luzes de pisca-pisca. É outro cenão.
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Post by luis on Jul 27, 2022 21:21:34 GMT
E então a cena onde toca My Camera Roll, que é a mais silenciosa porém mais intimista do filme. Em uma sequência lenta, Gabriel aparece de carro com Anne em Yellowtown. Preocupado com o marido, ele resolveu ir de carro para finalmente buscá-lo. Não há mais diálogos a partir dessa cena. Louis se abaixa e abraça sua filha Anne, emocionado, enquanto encara Gabriel com um sorriso grato. Os três se abraçam juntos, na areia em frente a casa.
My Camera Roll toca enquanto Gabriel e Louis levam várias caixas, cheias de mobílias antigas, pro porta-malas do carro. Eles se ajudam em um silêncio que já fala por si só. As próximas cenas são de Louis assinando alguns papéis e abraçando Karla, a parabenizando pelo lote.
Ele volta de carro, olhando pela janela e segurando os enfeites de natal. Gabriel pergunta o porquê das luzes, mas nem espera uma resposta. Ele só sorri e parte de volta para casa.
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Post by luis on Jul 27, 2022 21:34:53 GMT
A cena final do filme é um diálogo muito simples, mas significativo. Eles chegam em casa finalmente, e Louis fala antes de saltar do carro:
"Podemos pôr essas luzes na casa? Tipo, amanhã?"
"Mas Louis... Já é Janeiro."
"Eu sei, mas... Eu aprendi a lidar com cada obstáculo na minha vida, atenta a cada detalhe que ela quer me passar. Eu entendi bem aqui que não tenho que provar ou mostrar nada pra ninguém. Eu só tenho que lutar com meu coração. E me concentrar no que eu quero dizer para o mundo. Mas merda Gabriel, essas luzes são o que eu quero dizer. Elas dizem que eu ainda estou aqui. Meu passado ainda está aqui comigo. Durante esses dias que estive lá, eu entrei num momento, num estado de espírito tão bom. Eu queria aproveitar essa energia pra melhorar coisas comigo mesmo. Eu quero passar mais tempo com minha família, quero viajar com meu marido, quero fazer coisas que nunca fiz antes. E isso me fez refletir, me fez refletir sobre como é minha vida e como eu realmente quero que ela seja. Essas luzes são isso."
"Caramba... Então, as luzes são realmente tudo isso, né? Muito mais que luzes."
"É sempre mais."
Então Louis olha pra trás e chama Anne: "Você vai ajudar o papai a colocar as luzes?"
"Sim!"
Eles três se encaram e começam a rir dentro do carro. Então Holy Groove começa a tocar, enquanto eles colocam decorações de Natal por toda a casa, mesmo sendo janeiro. Os vizinhos olham estranho e alguns adolescentes passam apontando, intrigados. Mas a família parece tão feliz. Os créditos começam então a subir com uma casa cheia de luzes e com Louis sorrindo, emocionado.
FIM!
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