Coluna Pamela Niven: O que Stefan Lancaster está aprontando?
Jul 24, 2022 0:58:07 GMT
Post by luis on Jul 24, 2022 0:58:07 GMT
Quem acompanha meus storys do Instagram, viu que eu estava em um resort na Grécia, prestes a dar minha primeira colherada em um parfait de frutas vermelhas que sou grande fã, quando recebi uma notificação intrigante do meu e-mail. Assim que li o título, paguei minha conta, me despedi das minhas amigas e da querida Sandy, e peguei o primeiro táxi diretamente pro meu hotel.
Ao chegar, não perdi tempo: o notebook já me esperava com os fones de ouvido plugados. Foram 2 minutos rápidos que francamente, valeram pela minha viagem completa.
Eu sou Pamela Niven, redatora-chefe da ROCKET Magazine e sim, eu ouvi os primeiros passos de Stefan Lancaster pro seu terceiro álbum de estúdio. E aqui está o que eu acho!
Admito que não confiei de primeira. O e-mail repentino, com letras garrafais escrevendo "SL3" não me convenciam. Mas precisei arriscar pra ter certeza e quando ouvi aqueles vocais, tive sim. Era ele em sua mais pura essência.
Me considero uma grande fã. Lembro de tocar Sparks no aniversário de 9 anos do meu filho. Lembro de cantar Journey com alguns amigos em uma roda de fogueira num inverno divertido de 2019. Estava intrigada. Qual seriam seus próximos passos, afinal?
Eu esperava ouvir guitarras pesadas e algo ainda mais potente depois do ótimo ON/OFF que o introduziu, de forma bem leve, ao rock. Esperava essa evolução mainstream que já estamos bem habituados. Mas o caminho que Stefan escolheu seguir me surpreendeu. Tiro essas conclusões baseadas em apenas 2 minutos, mas posso dizer:
Aos fãs de Unbalance e Oath — dois hits amados pelos que acompanham o cantor — vejo uma forte influência dessas duas em sua nova sonoridade. É uma evolução muito natural de tudo que Stefan já fez até hoje, nunca se dobrando ao ritmo das rádios. Ele usa backing vocals, guitarras sutis — não afiadas como punk, mas ritmosas. Usa pianos e claro, seu melhor instrumento, seus vocais bem marcantes. É como se Agatha Melina e Vivien Turner tivessem um filho — um primo um pouco próximo de Golden Castles. São muitas influências, mas nada que se aproxime do seu fator único. Não existem nomes como Stefan Lancaster hoje em dia.
Suas letras estão no auge. Ouso dizer que são as melhores da sua carreira (o que é bem impressionante para quem compôs Complete Me). Me senti lendo um diário quando as ouvi: Stefan está inconformado, cirúrgico e com um coração tagarela. Ele precisava pôr essas coisas pra fora, e eu senti isso na primeira ouvida.
Definitivamente, não é um disco de verão. Nem inverno. Eu chuto outono, talvez. É o tipo de música que eu ouviria em uma noite de jogos com amigos — mas em algumas músicas, precisaria de uma pausa pra ir no banheiro e chorar um pouquinho. Com certeza, vai marcar e muito o ano de 2026.
Só o que posso dizer é o nome do projeto é longo (4 palavras ou mais!) e a nomeação das faixas também é bastante... incomum. Stefan sabe como atrair os holofotes. Ele já esteve fora do palco por bastante tempo, mas sempre que volta... é pra nos bombardear com sua verdade gritante. Ansiosa. E pronta pra me divorciar do meu marido se eu ouvir mais uma break-up song desse rapaz.
Pamela Niven não responderá judicialmente por qualquer informação citada nesse artigo. Colunista de 2011, a colombiana começou a escrever ainda nova para aclamadas revistas musicais. Esse artigo pertence a ROCKET Magazine.