[US] Caleb Roth - Coletiva de Imprensa do álbum Hillbilly

“Hoje eu estou muito, muito, muito feliz! Sinto que o ‘Hillbilly’ é muito mais que meu segundo álbum. É um condessado de todos esses anos de carreira artística”, iniciou Caleb, antes de exibir pela primeira vez o áudio de “Born in America”, que ela enxerga ser o “Cartão de visita” do álbum.

“Sempre quis que essa música estivesse atrelada ao álbum e puxasse o lançamento do disco de alguma maneira. Sempre foi meu planejamento inicial”.

CONCEITO DO NOME E FAIXAS FAVORITAS

Na hora de descrever o Hillbilly, descreveu: “Quando comecei a pensar no conceito do álbum, queria um nome que eu pudesse usar eternamente, e que me representasse de alguma forma, foi a época em que a internet caiu matando me chamando de caipira, como se isso fosse me incomodar de alguma forma, e nada, isso apenas me deu forças para tornar isso um termo pop. Ou melhor, um termo country. Me emocionou muito esse nome, pois também serve como uma carta de amor aos homens da minha vida, que se não fosse essa expressão “ofensiva” em minha vida, não teria metade da força para me expressa do jeito que eu sou.

Quando eu disse lá atrás que essa seria a maior Era da minha carreira, eu joguei para o universo e recebi muito. Mas eu não esperava que houvesse uma coisa chamada Charlotte Avenue que eu queria que fosse apenas um clipe bobo, mas entreguei o que as pessoas queriam naquele momento, e fico feliz com a recepção, já ganhei dois prêmios com ela, e é apenas o começo.

Em relação às canções que mais gosta do álbum das que não foram lançadas, Caleb escolheu quatro do álbum: Born in America, Hillbilly, Route 66 e Win for Us. Em relação a cantar as músicas ao vivo, descreveu: “Está muito difícil montar uma setlist desse show, pois agora tenho muito mais músicas e as do álbum “Pink Houses” que não pude fazer uma turnê específica. Mas isso logo irá se tornar realidade.

INSPIRAÇÕES, PARCERIAS E CARREIRA

Caleb então descreveu o que espera do álbum: “Eu tive a sorte de crescer em uma época que o country estava muito alto e cheio de criatividade, e busco entregar um projeto na mesma qualidade que esses hinos que vi surgir. Busco sempre fazer as referências na hora certa, e a arte é isso, gerar identificação e representação para aqueles que irão escutar no futuro. Busco unir todos os Calebs passadas para dar uma versatilidade maior à minha arte. Não sei onde Hillbilly vai chegar. Minha mãe afirma que quando chego na linha de chegada, costumo jogar ela longe, atrair mais sonhos. Mas tenho vontade de ver até onde posso chegar, do que sou capaz”.

RITMOS E FÉ NO COUNTRY MUSIC


Em dado momento, Roth comentou sobre tantas inspirações no country e no rock: “Quando penso nesses ritmos, lembro das minhas vivências na escola na oficina do meu avô, e isso me puxa de volta para minha vida. A importância disso aqui é de colocar em um projeto de altíssimo nível e reafirmar eles como construção da arte americana, na qual tenho orgulho de contribuir”, garantiu o cantor.

Sobre lançar um álbum após sair da gravadora, Caleb revelou: “Fiz um álbum agora porque eu tinha gravado tudo em meu estúdio (risos). Sempre quis fazer isso com esse investimento, custou caro pois tudo foi feito no sul do país. Sou um cantor de country no Idol, minha caminhada tem altos e baixos. Mas ao mesmo tempo, fui calcando degrau em degrau, então é natural chegar até aqui sem precisar de uma gravadora me levantando. Tenho fé no country e no rock, que nem sempre é valorizado apesar da qualidade, se continuarmos apostando, iremos dar muito o que falar mundo afora!”

Ainda, ele ressaltou a importância do primeiro single: “Como tudo na minha vida, crio em cima do visual que imagino, e ‘Charlotte Avenue’ é o ‘suco’ que resume o álbum, lá tem um country tradicional falando de crime passional, coisa que era comum nas letras dos anos 60, tudo que tem no álbum trás uma referência a quem eu sou, e mesmo sem ter o álbum completo, lancei sentindo que ela era esse resumo do que o Hillbilly seria”.

ADMIRANDO ARTISTAS E IMPORTÂNCIA DAS PERFORMANCES 

Em dado momento Caleb foi questionada sobre sua amizade e uma parceria com Golden Castles: “Tínhamos essa vontade de fazer algo juntos há um tempo, e veio no momento certo. Eu já admirava a banda há anos, mas recentemente nos aproximamos mais, e o ‘Something is Missing’ foi uma das grandes inspirações para o álbum”.

Em seguida o artista ressaltou a importância das performances na carreira, além de falar de como é conquistar coisas grandes como estar cantando em muitas premiações “Sempre busquei trazer a performance na minha carreira como um amigo, uma maneira de transmitir visualmente um pouco do que é a música em questão e também, trazer os fãs para perto, deixar a arte ainda mais acessível como no BBMA’s que eu chamei alguns donos de fã-clubes para o heliponto do evento. Todas essas coisas grandiosas que consigo como Caleb Roth eu lembro do Caleb, filho da Loretta e do Jhonny, sonhador, que queria tudo isso na infância e adolescência, então é a realização de um sonho”. Afirmou.

BUSCANDO A MELHOR VERSÃO DE SI PRÓPRIO

Por conta da qualidade, Caleb foi perguntado sobre sempre se superar, e ele afirmou que o melhor é sempre comparar a si mesmo, e não a outros artistas: “Essa minha individualidade me ajuda. Eu não sinto que estou competindo com outro artista, mas sim estou correndo atrás de melhorar aquilo que fiz anteriormente, e não posso sair de casa querendo sempre quebrar conceitos, ninguém é perfeito ou não passível de erros. Eu vejo beleza na simplicidade, tudo aquilo que construí lá atrás é importante também. Eu digo: sempre mire em você, busque ser o melhor que você puder. Pois sendo o melhor que você puder, você vai impactar alguém sempre, nem que seja com uma fala”. Finalizou recebendo uma salva de palmas da imprensa.

Aproveitando, o cantor comentou sobre o processos criativo do projeto: “A melhor parte da produção e do processo criativo é poder tirar a ideia da cabeça com amigos do lado, bebendo, claro com a ajuda de profissionais incríveis que trabalhei, era chegar com a letra e a música na cabeça, e nascer horas depois. É tudo para o artista na hora da criação!”

Outro ponto abordado por Caleb Roth foi sua relação com saúde mental: “Para minha saúde mental, a importância é de ser eu e estar sempre com pessoas que sempre estiveram comigo, como meus pais, meu irmão, meus amigos e meus fãs. Também gosto da relação que tenho com a minha equipe, de estar atento a tudo, sempre de olho, confio neles de olhos fechados então ouço muito.”

EVASÃO A TUDO QUE SEMPRE FOI E SONHOU

Voltando a falar da vindoura turnê do álbum, Caleb contou: “Essa turnê vai ser o carimbo final, quero trazer versatilidade e amor por onde eu passar” Em um dos momentos chaves da coletiva, o cantor garantiu que busca sempre dar evasão a tudo aquilo que sonhou ou almejou um dia, e ser uma inspiração por causa disso: “Espero aproximar ainda mais essa vivência como pessoa caipira, trazer para fora esses lugares que vivi. Mas sei que, quando eu existo na TV, no clipe, no Youtube, dou evasão para o caipira que está aqui. Ele tem vivências, não está na sombra de ninguém, não é pet de ninguém. Ser caipira da evasão ao que eu sou e sempre quis ser. Tornar a vivência de alguém mais palpável, mais aparente, é algo que vou levar por muito tempo, pois é uma importância gigantesca, e fico feliz de ver isso acontecendo com meu trabalho, apesar da tecnologia de hoje em dia, esse tempo no Tennessee me trouxe aos olhos uma infância de crianças não tão pretensiosas, que sonham em cuidar de seus animais, cuidar do agronegócio, tomar conta do negócio do pai. É o que eu falo em My Hometown”. Com o gancho da representatividade, o artista aproveitou para falar de “My Hometown”, faixa que revela um Caleb arrependido de ganhar o mundo “Eu venho de uma infância na qual era conhecido por ser um grande montador, que o mundo me via de maneira angélical e Caleb Roth foi contra isso. My Hometown é uma volta para quem eu era. Sem empregados ou lençóis de muitos fios, apenas uma vida simples e da roça. Essa imagem mais ‘bad-ass’, é algo que nunca fui, mas que a fama me projetou a ser”.

O artista então exaltou mais uma vez a importância do country, e aonde se enxerga dentro desse fenômeno que ganhou tanta força no último ano.

“Sinto sim ainda essa resistência da cultura country, que a gente catapultou com notoriedade. Pode ter impressão de que é só um momento, que ‘daqui a pouco passa’, mas busco com o ‘Hillbilly’ mostrar que viemos para ficar. Se eu fosse um cantor de K-pop ou de pop mesmo mas que minha arte fosse tirar a blusa e dançar de forma afeminada, talvez Charlotte Avenue e Still My Dream tivesse sido #1, mas eu não me importo.

SINGLES E AGRADECIMENTOS

No final da coletiva, Caleb Roth já comentou sobre os singles e quais as canções mais difíceis de serem feitas: “As músicas são bem diferentes entre si, e espero amarrar sempre os dois lados do álbum, tanto o caipira romântico quanto o revoltado com a vida, e já tenho pensado nisso. ‘Dancing in The Dark’ foi uma das mais difíceis de fazer, pois eu e o Springsteen buscamos um arranjo country mas não conseguíamos, acabou se tornando um rock dançante e eu amei o resultado. ‘Win for Us’ também foi difícil por conta da mensagem, foram pra lá de 30 takes até eu conseguir gravar, a voz embargada e o choro sempre vindo, as vezes pode até ser notório na canção finalizada, eu escrevi na mesma semana que Rob morreu, conta uma história real e me emociona muito”.

Na conclusão, Caleb declarou: “Devo esse sucesso a vocês, fãs, o sucesso da era Hillbilly só existe porque vocês que me apoiam sempre e são a razão de tudo isso”. Gostaria de dedicar esse álbum à família Roth, que é minha base, às minhas ex’s Vivien e Chelsea, que são aquelas mulheres que viveram comigo parte das coisas que tiveram no álbum, e com a minha equipe que sonha e cresce junto comigo. É muito legal ver o crescimento de quem está sempre com você!”