[AM] DELILAH x GQ America
Nov 1, 2024 1:23:24 GMT
Post by guimaddox on Nov 1, 2024 1:23:24 GMT
THE BIG BANG!
DELILAH (by Fleur of Englang)
GQ: Olá, DELILAH! Como você está?
DELILAH: Me sentindo adorável!
GQ: Como está sendo a experiência de estampar a capa de uma revista pela primeira vez?
DELILAH: É um sonho, de verdade! Já dei entrevista para revista antes, mas ser capa é uma das coisas mais incríveis que já aconteceram na minha carreira.
GQ: Você deu entrevista para a Teen Rocket Magazine, certo?
DELILAH: Sim, exatamente. Na época estava bem no início da minha carreira, acho que nem mesmo a minha própria empresa tinha certeza do sucesso que eu poderia fazer... E eu fiz!
GQ: Você deve ter trazido orgulho para eles, e para todos.
DELILAH: Com certeza, mas o importante para mim de verdade é o orgulho que sinto de mim mesma. Quer dizer, sinto que já fiz história. Tudo que vier a seguir é lucro!
GQ: Boa forma de se enxergar as coisas. Mas, agora, vamos ao que interessa! Você fez o seu retorno com o single promocional Just In Case. Conte-nos um pouco sobre a música!
DELILAH: Just In Case é a minha nova queridinha. Eu sinto que Explode é uma música mais diurna, enquanto Just In Case é uma versão mais noturna, sabe? Ela grita nightclub, ao mesmo tempo que grita aquele pulinho no motel depois da balada, ou aquela ligadinha pro boy quando você tá na saudade.
GQ: Sabemos que sua maior inspiração foram seus discursos, mas antes de adentrar neles gostaríamos de perguntar se tem outras experiências que influenciaram.
DELILAH: Por mais que eu não tenha o crédito principal na composição, ela com certeza carrega um pouco de mim, afinal sempre discuto temas e histórias interessantes com o Apollyon e ele é extremamente criativo pra transformá-las em música, mesmo que seja adaptando uma nova. Essa música, em especial, me lembra um dia na minha adolescência, no qual eu estava doida pra beijar na boca, mas estava sem saco algum pra conhecer alguém novo. Tinha um cara, ele era um pé no saco, estava obcecado por mim, e até era gostosinho, mas eu não queria nada sério. Nesse dia, eu falei pra ele "quer vir aqui em casa, sem compromisso?". Eu sou assim, sabe? Então sinto que essa letra passa essa vibe, de "tô afim disso no momento, então eu vou fazer". Vocês já me conhecem, eu sou impulsiva, p** louca mesmo, então se me der vontade, eu tô dentro, mas não vem esperar que eu vá me comprometer só por causa de uma ficada, rs.
GQ: A canção era uma demo descartada da artista francesa Yves, certo? Como foi feito esse contato? Você e ela chegaram a conversar sobre?
DELILAH: Na verdade, apesar de eu admirar muito a Yves, nós ainda não tivemos a oportunidade de nos conhecer, ou mesmo de conversar. Ela não é de sair muito, vocês sabem! Então esse contato foi feito através do Apollyon mesmo. Eles tinham feito a versão inicial dessa música para o tão aguardado álbum dela, mas conforme o tempo foi passando, decidiram descartar, por não combinar tanto com o tema do álbum. Eu e Apo estávamos discutindo algumas possibilidades futuras pra minha carreira, jogando conversa fora, você sabe. Querendo ou não, ele é como se fosse meu padrinho nessa indústria, e muitas vezes me dá um apoio maior do que algumas pessoas ligadas de forma mais direta com a minha equipe. Quando ele me trouxe essa canção, e eu fiquei viciada no instrumental. Começamos a ter ideias pra desenvolver a letra, mas acabamos mudando bastante até a versão final, e ainda assim sentíamos que faltava alguma coisa... Foi daí que veio a ideia de adicionar uma participação especial. Mas, voltando à pergunta inicial, não, não tive contato com a Yves sobre, apesar de ser grata pelo mimo! É uma honra, não ironicamente. Já vi haters fazendo meme na internet meu vasculhando o lixo dela pra fazer meu próximo single, e, honestamente, eu adorei!
GQ: Você tem um humor excepcional. Antes de falar da parceria, quer compartilhar um pouco da letra descartada da faixa?
DELILAH: Hummm, acho que posso dar um gostinho a vocês. Ia ser uma vibe bem mais sexy, e bem mais focada na temática de lingerie, que até combinaria melhor com a parceria com a Fleur... Mas estava um pouco vulgar demais, e não estávamos conseguindo desenvolver bem o restante da letra. Mas seria algo mais ou menos como "In case you want to do spooning, I bought this red lingerie / If you want it doggy-style, then I'll wear the black one", algo nesse estilo, sabe?
GQ: Voltando para a letra original, como foi para você reviver o seu momento viral nessa canção?
DELILAH: Acho que foi uma forma de transformar algo que poderia me trazer vergonha e humilhação em algo divertido, icônico e memorável. Não vou me fazer de coitada, desde o início levei essa situação na brincadeira, ainda que quando eu tenha me dado conta senti um frio na barriga, um medo de ter feito besteira sem perceber. Mas, como eu já disse, isso foi muito mais algo divertido e que rendeu diversos memes engraçados para mim do que alguma publicidade negativa. Trazer essa história para a música foi a melhor forma de eternizar esse momento tão icônico na minha carreira, então estou muito grata dessa canção ter finalmente saído.
GQ: Convenhamos que esse momento icônico da sua carreira seria eternizado de qualquer forma quando você levou os três prêmios para os quais estava concorrendo direto para sua casa no MTV MIAW. Como foi a sensação?
DELILAH: Eu acho que foi uma das melhores validações que eu poderia ter, principalmente por ter sido fruto do esforço dos meus fãs. Muitos artistas não se importam verdadeiramente com prêmios dados com base em voto público, mas, sinceramente, eu acho o oposto: prefiro agradar uma massa de pessoas do que uma pequena bancada de críticos. É claro que isso não significa que eu não almeje conseguir prêmios mais sérios e com bases mais confiáveis, mas saber que existem pessoas que me amam e amam meu trabalho e estão dispondo de tempo de suas vidas para mim é uma honra imensa. Também não quero encorajar hábitos que prejudiquem a saúde, então, DELIGHTs, certifiquem-se sempre de não perder seu sono quando estiverem voltando! Eu amo vocês.
GQ: Você exibe seus troféus em algum lugar específico?
DELILAH: Confesso que tenho um em cada parte da minha casa. Tenho um na estante sala de estar, onde costumo relaxar no tempo livre, um no meu quarto, pra não me esquecer dele antes de dormir, e um no estúdio de casa, que me motiva quando estou escrevendo ou gravando. Sou bastante orgulhosa de mim mesma e um pouquinho auto centrada demais, mas não posso não me dar o crédito merecido, sabe?
DELILAH: Cara, isso é absurdo. Jamais imaginei que poderia fazer parte de um apanhado de recordes como esse, ainda mais tão cedo. É insano como sou agraciada por todo esse apoio em minha estreia, que demandou um esforço do c****. Não me arrependo de nada. Tudo pode mudar e recordes podem ser quebrados, mas o impacto causado pela minha estreia jamais poderá ser removido. E espero que todos saibam disso!
GQ: Voltando a falar de sua música, que tal falarmos um pouco sobre a parceria?
DELILAH: Ah, eu tô doida pra falar pro mundo como o Asher é um dos artistas mais incríveis que eu já conheci!
GQ: Segundo apanhados feitos por fãs e colunistas, vocês se viram pela primeira vez no MTV MIAW e se conheceram melhor no Victoria's Fashion Secret Show, certo?
DELILAH: Foi exatamente isso. Eu não sou a pessoa mais conhecedora do universo de K-Pop, mas é impossível não conhecer alguns artistas tão relevantes e impactantes, certo? Principalmente por ter contatos próximos bastante envolvidos com esse nicho. O grupo do Asher, MAELSTROM, fez um verdadeiro estrondo, como eu. É icônico saber que, após minha estreia, houveram algumas explosões em estreias também, principalmente nesse mercado. Não posso não sentir que tenho algo a ver com isso, sabe? É claro que minha primeira semana não se compara de forma alguma com a deles, mas falo sobre deixar sua marca mesmo sendo um artista recém lançado, isso é importantíssimo e maravilhoso para nós. Enfim, voltando a falar do Asher, nós simplesmente nos conectamos tão bem, sabe? Foi super inesperado, estávamos sentados perto, ele me reconheceu e puxou papo. Eu já tinha ouvido falar em seu grupo, mas não sabia seu nome e quem ele era, mas, depois daquela noite, foi como se nos conhecêssemos há vidas. Ele não tem essa masculinidade tóxica e chata, então pude ficar fofocando sobre o desfile a noite inteirinha com ele. Foi realmente um achado!
DELILAH: Ao contrário do que pensam, Just In Case não foi escrita desde o zero a partir desse momento, afinal, como todos já sabem, tratava-se de uma demo de Yves, e estávamos procurando a parceria perfeita. Sinceramente, depois de conhecer o Asher, nós chegamos a conversar sobre isso do bordão e ele sugeriu que eu transformasse isso em música, falou assim brincando, sabe? Quando cheguei em casa e fui assistir tudo que podia sobre o seu grupo, o que me fez instantaneamente pensar: "E se...?", e foi dito e feito. Ele foi extremamente ágil escrevendo o seu verso, e, uau, que verso... Ele deu o sabor exato que precisávamos. Essa música não teria o mesmo significado sem ele, de verdade.
GQ: Você acha que Just In Case pode superar Explode?
DELILAH: Não faço ideia de como será a recepção do público e o desempenho, mas posso dizer que ambas são como músicas irmãs para mim, como eu falei, o dia e a noite. É claro que minha estreia sempre será um ponto icônico e marcante, mas minha primeira parceria musical e com uma marca também não pode ficar de lado!
GQ: Como se sentiu lançando uma música nova após o sucesso de Explode?
DELILAH: De início, tive muito medo. Sentia que jamais conseguiria equiparar o sucesso de Explode, e tinha medo de me tornar uma artista de um hit só. Felizmente, me livrei desse sentimento, porque não quero deixar essa preocupação me impedir de fazer o que quero. Algumas músicas farão sucesso, outras não, e faz parte. Estou feliz com o momento em que estou agora.
GQ: E sobre sua performance no Ball-O-Ween 2028 com ele, como foi essa experiência?
DELILAH: Foi uma das performances mais divertidas que já fiz em toda a minha vida. Eu já estava animada por poder cantar nesse evento tão divertido, vestida como uma pirata sexy, mas compartilhar essa experiência com Asher e poder estrear meu single no evento foi coisa de outro mundo. A energia estava maravilhosa, os dançarinos entregaram tudo, e fiquei feliz que bastante gente comentou!
GQ: Você inclusive chegou a viralizar entre o público geek com suas fantasias. Você esperava por isso?
DELILAH: Olha, honestamente, achei que poderia causar algum burburinho com minha fantasia de Arachne, por ser uma roupa coladinha e por eu me parecer com a atriz principal do filme, mas jamais imaginaria que me vestir de pirata seria associada a uma personagem de jogo! Fiquei até mesmo com vontade de experimentar jogar isso, mas alguns amigos me desencorajaram. Quem sabe um dia! Não sou muito boa em jogos, mas gostaria de tentar. Enfim, fiquei muito surpresa com a repercussão!
DELILAH: Eu estava doida pra causar, e quis referenciar o fato de me criticarem por andar muito com o jatinho de Caleb. Então, seus sem vergonhas, agora estou andando no helicóptero dele, que tal? Mas, brincadeiras à parte, foi muito divertido. Todos estavam muito bem vestidos e entregaram tudo com as fantasias.
GQ: Qual foi sua fantasia favorita?
DELILAH: A da Baby, com certeza! Ela destruiu tudo. O alien cunty, meu deus? Icônico. Lendária demais! Ela merecia ganhar algo no concurso, sem sombra de dúvidas.
GQ: Curioso você citá-la, visto que estão sendo comparadas na internet.
DELILAH: Sinceramente, as pessoas adoram comparar coisas e pessoas que não tem nada a ver. Não conheço Baby e nem tenho nada contra ela, mas simplesmente não fazemos o mesmo estilo de música, não temos a mesma estética e nem somos parecidas. Aparentemente, ter o cabelo loiro é suficiente pra gerar comparativos, as vezes nem disso precisa. Enfim. Todo o meu apoio a Baby, não quero ninguém me comparando com outras artistas não, até porque na minha cabeça eu sou única!
GQ: Você chegou a interagir com alguém no evento?
DELILAH: Não tive muito tempo por estar correndo com a performance, mas conversei um pouco com a Harmon. Nós assistimos a performance icônica da Lucy de Elvira e gritamos muito por ela. Fico feliz que minha garota está conquistando seu espaço e encantando artistas mais experientes. A Harmon é uma querida com as novatas, acho isso importantíssimo para um artista novo se sentir bem vindo.
GQ: Você e Lucy estão cada vez mais próximas. Como foi essa aproximação?
DELILAH: Eu não esperava que fossemos nos dar tão bem, sabe? Sou um pouco defensiva às vezes, mas pensei em como ela poderia estar se sentindo meio nervosa no SNL, então achei que o ideal seria ajudá-la a se sentir confortável. Acontece que isso fez a gente ficar tipo super próximas. Eu, no auge dos meus 21 aninhos e sabe deus quantos poucos meses de carreira, dando conselhos. Quem diria, né? Só duas doidas mesmo pra se meterem nessa. Mas era coisa do destino, ela é literalmente minha irmãzinha mais nova. Ela trabalha duro demais pro pouco reconhecimento que recebe, mas estou feliz que Melody tem subido nas paradas. Essa música é incrível!
GQ: Como foi sua viagem para o Brasil?
DELILAH: A melhor coisa do mundo, sério. Sabia que adoraria o Brasil quando o conhecesse, mas não tinha noção do quanto. Foi uma das melhores viagens da minha vida! Quero voltar lá assim que puder.
GQ: Voltando na música, nos conte sobre o remix lançado. Explode ganhou um EP só de remixes, o que fez o único remix de Just In Case surgir?
DELILAH: Na verdade, foi pedido do próprio Asher. O Logan, que também é do MAELSTROM, é produtor e adorou nossa música, e pediu que pudesse mexer nela, então Asher me apresentou a ideia e eu achei que seria divertido. Esses garotos são realmente muito talentosos. Infelizmente não pude conhecer todos eles ainda, mas estou ansiosa para isso. O remix ficou INCRÍVEl, espero que todos tenham gostado!
DELILAH: É definitivamente uma das coisas mais divertidas que já pude fazer até o momento. Acho que é o sonho de qualquer artista poder representar uma marca, sabe? E não tem marca mais minha cara que a Fleur of England. Foi a combinação perfeita!
GQ: O que fez com que essa escolha fosse realizada?
DELILAH: Assistir ao Victoria's Secret Fashion Show me deixou ainda mais fascinada por lingeries de luxo que eu já era, e olha que tenho essa fixação desde a minha adolescência. Quer dizer, não é como se fizesse tanto tempo desde que eu era uma adolescente, hahahah! Mas, de qualquer forma, isso era literalmente um sonho. Sabe, não um sonho no sentido de objetivo, no sentido de um SONHO mesmo. Já me deitei para dormir e sonhei várias vezes em como seria divertido modelar com essas peças decoradas e elegantes, simplesmente combina comigo. Então, eu já conversava com a minha equipe sobre essa possibilidade, mas participar do evento fez com que eu ficasse ainda mais sedenta. Felizmente, minha equipe trabalha sem parar e já estava ciente das minhas vontades e prospectando contatos para fechar essa collab. Quando me trouxeram alguns dos briefings disponíveis... Não poderia ser outra. Eu já conhecia a Fleur of England, mas não estava tão familiarizada por se tratar de uma marca europeia, mas, eu juro pra vocês, conforme fui folheando o portfólio, eu literalmente conseguia me ver naqueles ensaios fotográficos.
GQ: E então você chegou a se reunir com a marca?
DELILAH: Sim, a partir desse momento entrei em contato com eles e nos reunimos em um meeting online. Infelizmente ainda não pude conhecer o time pessoalmente, mas já estou me planejando para me deslocar até a Europa e poder tomar um brunch com eles. Na call, comentei que seria o momento perfeito, pois estava prestes a lançar meu novo single, então eles adoraram a combinação. Foi o melhor momento para ambos!
GQ: E foi aí que eles decidiram patrocinar Just In Case?
DELILAH: Eles praticamente me apadrinharam. Estavam tão animados quanto eu com a parceria. Dei algumas ideias e eles simplesmente devolveram o dobro, como eu poderia recusar? Parece um sonho virando realidade. Eles toparam o patrocínio antes mesmo da canção estar completamente finalizada!
GQ: E eles tiveram alguma parte na letra?
DELILAH: Não, como eu disse, a inicial estava ficando meio vulgar, mas eu e Apo decidimos ir trocando, então quando mostrei a eles a versão final, eles disseram: isso aqui vai ser perfeito pra nós, que tal agendarmos um ensaio para sua capa?
GQ: E como foi essa experiência?
DELILAH: Eu adoro modelar para fotos, mas foi a primeira vez que tive toda uma equipe diferente trabalhando comigo dessa forma. É claro que o pessoal que trabalha comigo me acompanhou, mas foram os representantes da Fleur que me vestiram, fotografaram e filmaram. Nós aproveitamos que faríamos fotos para a capa e decidimos engatar o máximo de takes possível, e, sinceramente, não poderia ter sido melhor. Passei o dia todinho trocando de lingerie e posando, mas passou tão rápido que nem me cansou!
GQ: Estamos felizes por sua equipe ter topado compartilhar algumas de suas fotos para a marca em primeira mão para disponibilizarmos na revista. O que você achou do resultado final?
DELILAH: Achei que eu fiquei uma GOSTOSA! Então, saiu como planejado. Quero colar essas fotos em todo lugar, ficaram simplesmente incríveis, não tem o que falar. Tenho certeza que vou agradar muita gente com elas, de vários públicos!
GQ: Sendo ela uma marca europeia, como está sendo essa parceria a distância?
DELILAH: Apesar de possuir representantes aqui na América, as peças da Fleur of England são todas fabricadas na Europa, então eles me enviam tudo que uso deles. Inclusive, eles já deram início a peças personalizadas e a uma linha nova que eu mal posso esperar pra que fique pronto e que eu possa mostrar pra vocês! Temos grandes planos, posso garantir.
DELILAH: Além da elegância, versatilidade e conforto, um ponto importante que posso destacar é a consciência dela. Eles adicionaram uma base de tule aos bordados que é feita completamente de garrafas plásticas recicladas, 100% mesmo. Posso não falar muito sobre ativismo, mas quero deixar claro que não sou nenhuma idiota e estou do lado do bem, da proteção humana e da natureza. Atualmente, é preciso deixar essas coisas bem claras, para que não role nenhuma acusação de oportunismo, certo?
GQ: Foi anunciado que a marca entrará no mercado de roupas de banho, comum entre os nichos de nightwear e lingeries de luxo. Você está envolvida nesse start?
DELILAH: Tenho muito orgulho e prazer em dizer que sim! Eles estão me enviando alguns esboços e eu mal posso esperar pra poder vesti-los, vocês sabem como adoro praia, deixei bem claro na capa de Explode!
GQ: Como mulher, como está sendo essa experiência de posar para uma marca de lingerie? Imagino que haja desafios relacionados à sua imagem ser atrelada a esse tipo de conteúdo.
DELILAH: Sinceramente, desde o início deixei claro que defendo a liberdade sexual consensual e que sou uma mulher desinibida e orgulhosa de si. Não me diminui de forma alguma ter pessoas me desejando ou querendo opinar sobre o que faço com meu corpo: muito pelo contrário, me coloca no patamar de deusa influente que já sei que estou, muito obrigada! Mas, brincadeiras à parte, eu acho que o uso das lingeries de luxo faz com que nós, não apenas mulheres, mas todas as pessoas que usem, se sintam de uma forma inexplicável. E não é apenas sobre luxo, é possível se sentir assim mesmo com marcas mais acessíveis, é uma questão de trabalhar sua própria imagem e visão de si e usar a seu favor o que tem disponível. Quero poder ser um símbolo não só de sexo e tesão, como também inspirar autoconfiança e bem-estar, porque no fim do dia, não tem nada melhor do que se sentir bem consigo mesma.
GQ: É claro. Você tem alguma peça favorita da marca?
DELILAH: Não sou muito boa em me decidir, mas atualmente é a peça roxa. Não sei se ela será incluída nessa revista, mas vocês em breve me verão usando ela por aí!
GQ: Que mensagem você espera transmitir com essa parceria?
DELILAH: Que se cuidar e se sentir bem tem que sempre ser uma prioridade na vida de todos. Muitas vezes lutamos contra obstáculos que, se estivéssemos em nossa melhor forma, seriam batalhas fáceis, mas nós mesmos não estamos do nosso próprio lado. Acredito que, estando bem consigo mesmo, é muito mais fácil de enfrentar algumas barreiras.
GQ: De que forma a música influencia sua visão sobre moda e lingerie?
DELILAH: Eu acredito que sou o tipo de artista que gosta de vender essa imagem empoderadora e sexy, e lingeries, querendo ou não, estão atreladas ao íntimo. Acredito que as duas coisas podem andar juntas, e quero poder me expressar através da minha música estando bem vestida, pois o apelo visual colabora com uma experiência única na música. É claro que isso que estou falando não é nenhuma novidade, se o apelo visual não influenciasse o consumo da música, não existiriam clipes, coreografias, shows... Então a moda também faz parte disso.
GQ: E como você se sente vendo sua música e a marca se unindo dessa forma?
DELILAH: Sinto que é como um sonho, um casamento perfeito. Acho que não tem pessoa melhor pra ser o rosto disso, lamento soar egocêntrica, mas é verdade. Sinto que consigo alinhar muito bem as duas áreas.
DELILAH: Queremos atingir pessoas que se importam. Que se importam com sustentabilidade, com bem-estar, não apenas mulheres, mas todos que se sentirem confortáveis. Queremos ser aliadas dos nossos fãs e clientes, e assim ajudar a proporcionar uma experiência transformadora.
GQ: Você tem alguma dica de estilo para quem quer usar as lingeries da Fleur of England?
DELILAH: Honestamente, apenas confiem na equipe da marca, eles sabem o que estão fazendo e definitivamente podem orientar a encontrar a melhor peça que realce seu corpo e te faça sentir bem. No fim das contas, é isso que importa: sentir-se bem.
GQ: Como a recepção do público te influenciou após o anúncio da parceria?
DELILAH: Acho que não foi muito chocante para o público... Quer dizer, uau, uma artista que canta sobre experiências sexuais fazendo parceria com marca de roupa íntima, sabe? Mas quero mostrar para todos que não estou aqui só pra te servir sexo em uma bandeja. Lingeries e nightwears são muito mais que apenas feitas para serem arrancadas, e acho que isso me representa muito bem.
GQ: Quais são suas expectativas para o futuro dessa colaboração?
DELILAH: Olha, são tantas... Quero poder aproveitar essa união o máximo que puder, e sei que o sentimento é recíproco. Quero poder expandir os horizontes da marca, ao mesmo tempo que quero alcançar novos patamares com o apoio dela, sempre em um benefício mútuo, uma mão lavando a outra. Tenho muitos sonhos a serem realizados, e alguns já estão sendo, então a tendência é que venham cada vez mais.
GQ: Por mais que você seja uma artista recente, pode dar algum conselho para artistas que desejam explorar o mundo da moda?
DELILAH: Tenho duas dicas. A primeira é: seja visto. Não importa se existem pessoas ignorando você ou boicotando você, fingindo que você não existe e te prejudicando, você precisa se mostrar, o mundo quer te ver. Encontre a melhor forma de fazer isso e seja você mesmo, sem querer tentar ficar agradando a todos, porque muitas vezes você vai colocar um p*** esforço em agradar alguém e essa pessoa no final vai literalmente te deixar de lado, te apunhalar pelas costas. Existem muitas pessoas falsas no mundo. A segunda dica é: encontre o que é a sua cara. Conforme você for sendo visto, ou vista, você vai ter acesso a novos horizontes e vai poder explorar melhor o que combina com você. Muitas vezes, mais vale se sentir bem em uma colaboração coerente do que se vender para algo que não tem nada a ver com você apenas para se beneficiar em cima disso.
GQ: Pode nos contar um pouco mais sobre o movimento de slow fashion do qual a Fleur of England faz parte?
DELILAH: É claro! Slow fashion diz respeito a esse movimento da moda no qual a sustentabilidade possui um valor imensurável quando se trata das roupas, diferentemente do Fast fashion, que prioriza uma produção rápida, massiva e lucrativa. Apesar de ser prática impossível escapar do consumismo ultimamente, e eu sinceramente nem tento muito porque adoooro gastar, acho importante evitar desperdícios e valorizar a experiência personalizada e única que algumas marcas como a Fleur podem nos proporcionar. E, é claro, envolve também algumas coisas como pagar justamente seus funcionários, que é mais do que justo em qualquer indústria. Infelizmente no mundo da moda e produção de roupas ainda existe muita desvalorização e trabalhos em condições insalubres, então temos sempre que ter isso em mente e lutar pelos direitos dessas pessoas, para que possamos viver em um mundo melhor.
GQ: Você parece mais politizada do que costumávamos ver, o que mudou na sua vida recentemente para trazer essa nova perspectiva? Você passou por algum tipo de treinamento de mídia?
DELILAH: Acho que apenas quero provar pra algumas pessoas que sou além de um rostinho muito bonito e um corpinho muito gostoso. Não é porque sou brincalhona que não sou inteligente. É claro que não sou nenhuma gênia metida a espertinha, sei que tenho muito a aprender na vida ainda, mas alguns acontecimentos recentes me deixaram pensativa sobre como nós artistas nos portamos perante a indústria e a população. É inacreditável como algumas pessoas mantêm pensamentos ignorantes mesmo depois de tanto tempo trabalhando com isso.
DELILAH: Caleb é ciumento mas confia em mim, desde o início ele sempre soube que eu jamais vou deixar de fazer o que quero e me limitar por alguém. Ele faz questão de deixar bem claro para todos o nosso status, e eu acho isso uma gracinha da parte dele. Ele é como um gigante com coração de manteiga. Nós combinamos de uma forma inexplicável, e quero poder aproveitar nossa dinâmica até onde a vida nos deixar. Sou eternamente grata por ele e não me canso nunca de falar isso.
GQ: Pensamos que sua próxima música seria para ele, como Bad Desire foi para você, suponhamos. Pretende escrever músicas para Caleb?
DELILAH: Imagino que tenham pensado isso, mas sou mestra em surpreender e seguir um caminho inesperado. Não esperem nada de mim! Eu sou maluca. Mas, é claro, por que não? Quando vocês menos esperarem, uma dessas pode surgir.
GQ: Agora que ele iniciou sua turnê, imagino que não estejam se vendo tanto, enquanto não chega o dia que você vai abrir o show dele.
DELILAH: Ambos temos trabalhado incansavelmente, então infelizmente não, mas sei que tô nos pensamentos dele como ele vive nos meus.
GQ: Está ansiosa para o dia de abrir o show para ele? Como está se sentindo?
DELILAH: Cada dia mais doida pra isso acontecer, ainda mais agora que finalmente começou! Ver os sonhos e projetos dele se concretizando é como ver os meus, ele é um pedacinho de mim, não tem jeito. Quero todos comprando ingressos para nos ver, é pela caridade!
GQ: Como você tem passado seu tempo? Ouvimos dizer que tem descansado bastante.
DELILAH: Sim, tirei um tempinho de descanso recentemente, até comentei em live semana passada. Mas essa semana já estou de volta a ativa. Quer dizer, descansei em partes, porque estava me preparando para a performance, preparando o single, preparando a colaboração com a marca… Mas fiz isso tudo meio por trás das câmeras, nos bastidores. Tenho assistido bastante televisão. Tem um dorama bem legal passando, do grupo UNi. Eu estou meio viciada, já assisti todos os episódios.
GQ: DELILAH, foi um prazer fazer essa entrevista com você, mas nosso tempo já está se esgotando. Muito obrigado por essa participação tão especial, e obrigado a Fleur of England pelo patrocínio.
DELILAH: Eu que agradeço! Foi um prazer imenso, e estou feliz de finalmente poder realizar esse sonho, principalmente ao lado da Fleur. Nos vemos em breve!
[DIVULGAÇÃO PARA JUST IN CASE E EXPLODE | CF - Fleur of England]