FORNiX - the villainess?
Oct 13, 2024 1:31:36 GMT
Post by Ramprozz on Oct 13, 2024 1:31:36 GMT
Ouça the villainess? de FORNiX aqui.
Nota: 81
Escrita por: Jong Seokmin
Mais uma unit do FORNAX estreia, e mais um álbum completo é lançado. Contando com produções do Tokuto e do Caterpillar, e adicionando uma regravação de canção do RAVEN, o FORNiX estreia de um jeito surpreendente.
Com nove faixas, a unidade explora o Electropop ao máximo. “mmory” inicia o álbum com um grande pé esquerdo e inicia uma sequência de faixas boas durante o projeto. “REborn”, um dos dois singles, é incrível. Apesar de ter uma letra fraca, a faixa se mantém estável e com uma alta qualidade. Ao contrário de “missing you”, que tem uma letra incrível, e mesmo que soe fora do conceito dark, a faixa é a melhor do projeto. O deep house é um gênero que parece combinar com o FORNAX, independente de qual vertente seja.
No meio, nos deparamos com “dead man” e “keep on”, duas faixas que são de tirar o fôlego, seja por sua aura misteriosa ou pelas vibrações que elas trazem. A segunda citada é uma abordagem solo da integrante Kami, que fez um bom trabalho na canção com essa mistura do House e Pop.
E finalizamos então com “ring ring a bell”, a primeira canção lançada pela unidade em 2025. É uma das melhores do grupo, e é uma grande pena ter sido esquecida e largada de qualquer jeito.
the villainess? se consagra como o melhor projeto do FORNAX – seja levado em consideração as unidades ou o grupo –. As nove faixas são incríveis, que transmitem esse Pop com pegadas obscuras e bem produzidas. Só há alguns deslizes com as faixas, como a composição sendo, infelizmente, rasa em algumas faixas e o fato de algumas faixas destoam da energia caótica. É uma grande surpresa, pois o grupo parecia tentar atirar para qualquer lado para se consagrar, mas com esse álbum, conseguiram caminhar um pouco adiante para a sua redenção.
CHECKMATE
Nota: 77
Escrita por: -
Apostando em uma imagem dark e assim mostrando um lado diferente do que já havia sido apresentado com o grupo, o debut da unit FORNiX é revelado e dá continuidade ao projeto de apresentação das diferentes units do FORNiX. Entitulado de "the vilainess?", que significa "a vilã?", o álbum cria uma atmosfera bem trabalhada diretamente em sua primeira faixa, trabalhando com percussões e outros repetitivos elementos sonoros para deixar o ouvinte inquieto. A faixa pede que o amante do eu lírico dance com ela de forma inebriante, criando um conceito de feitiço que é diretamente associado com o nome do álbum, e aumenta as expectativas para a experiência proporcionada pelo que virá a seguir no CD. Em "t4ke", a atmosfera perigosa é mantida, mas rapidamente se distorce de forma a representar a agressividade das garotas. Cantando sobre sua agora obsessão com seu amor, não há mais sedução enfeitiçante, e sim ordens claras e promessas de sangue sobre ser a única na vida de seu amante. As faixas se complementam muito bem, e funcionam como uma introdução para a title, que vem a seguir. Acelerando o tempo e adicionando um groove inconfundível, o grupo autointitula o projeto FORNiX como um renascimento. Talvez isso represente o renascimento do FORNAX em um geral, por meio da unit. Em sua letra, o grupo referencia diversas das canções presentes no álbum, bem como outros projetos do universo do FORNAX em si. Impulsionando-se com bastante raps e chanting, a faixa é um sucesso instantâneo, criando uma imagem inconfundível em nossas mentes. Durante todo o álbum, nos questionamos se o eu lírico é realmente cruel, ou se é apenas dessa forma que ele é pintado, por conta do ponto de interrogação em seu título. Homenageando as percursoras do dark concept de forma respeitosa e marcante, na próxima faixa, o FORNiX realiza um cover de Poisoned, do grupo RAVEN. Apesar de ser relativamente estranho apresentar um cover dentro de um álbum completo, é completamente entendível a referência ao RAVEN quando se analisa o trabalho completo.
Em "dead man", chegamos ao pico de ódio da nossa vilã, na qual sua fúria é liberada através dos vocais rancorosos da canção. Através de uma forte e clara influência do R&B, a faixa se encaixa perfeitamente como uma continuação de suas antecedentes, criando ainda mais excitação para o restante do álbum. Infelizmente, toda essa expectativa é quebrada na faixa seguinte, "Keep On". Não é novidade para ninguém que grupos de K-Pop costumam enfiar projetos solo ou de unit completamente desconexos com a sonoridade do disco quando lançam um full álbum, mas isso não é desculpa de forma alguma para destruir a coesão perfeita que estava sendo construída anteriormente. Isoladamente, a faixa solo da membro Kami apresenta uma influência disco e uma letra jovem e divertida, sendo assim um sucesso por si só, mas não tendo vez no conjunto da obra.
E, para piorar, de repente, após esse solo, o álbum parece se transformar completamente, perdendo tudo que estava sendo construído anteriormente. Possivelmente em uma forma de representar o renascimento anunciado na title, o álbum literalmente se vira 180 graus e parte em outra direção, mantendo a inspiração disco do solo de Kami e seguindo com ele atende o fim.
Apesar de trazer uma letra bem trabalhada e condizente com a imagem do grupo, é impossível não se sentir estranho com a presença de "finding me" no álbum. Talvez a TELESCOPE tenha unido dois projetos de mini álbum em um full, apenas para não perder o seu costume de debutar as units do FORNAX com full álbuns. O mesmo se repete em "stomach butterflies", o que nos faz sentir que esse lançamento foi uma oportunidade desperdiçada, pois separadamente, essas faixas possuem forte potencial. O disco é finalizado com a faixa bônus "ring ring a bell", que aparentemente tenta casar a dualidade trazida no restante do álbum, sem sucesso aparente. Por ser uma faixa bônus, ela não representa muito no CD, mas não deixa de ser uma faixa incrível: bem produzida, inovadora e diferenciada.
A conclusão da nossa análise desse disco é que álbuns completos no K-Pop não devem ser lançados como artifício de surpresa ou tentativa de forçar uma credibilidade inexistente. Pecando em um dos principais critérios avaliativos de um álbum que é a coesão, o FORNAX novamente deixa a desejar e faz com que continuemos a sonhar: como seria se o potencial desse grupo fosse melhor explorado?
Nota: 75
Escrita por: Angela Petrescu
O grupo FORNAX é conhecido pelo seu esquema de diversas units com conceitos diferentes. Desta vez, fomos apresentados ao FORNiX. O termo “fórnix” está relacionado a uma parte do cérebro responsável pela criação de memórias a longo prazo e uma coisa que este álbum conseguiu, definitivamente, foi ficar em nossa memória. Em seu primeiro álbum completo, chamado “the villainess?”, ou “a vilã?”, a unit FORNiX nos deixa intrigados - a interrogação chama a atenção pois coloca este termo como um questionamento e gera uma curiosidade no ouvinte que é importante para o rumo que o álbum vai tomar.
O projeto possui 9 faixas que poderiam facilmente ser divididas em 2 mini-álbuns diferentes, visto que na metade do disco há uma mudança de sonoridade e conceito para quase o oposto, inevitavelmente provocando uma confusão. Vamos destrinchar mais sobre isso a seguir.
As cinco primeiras músicas (mmory, t4ke, a title track REborn, o cover de Poisoned do grupo RAVEN e a faixa dead man) são as melhores do projeto e evocam todo esse sentimento de vilania que o título do álbum nos promete. Tanto sonoramente quanto liricamente, o disco se mantém coeso, fluido e muito interessante, tudo parece se encaixar perfeitamente até esse momento.
A grande quebra de expectativa vem com o solo de Kami, a música “Keep On”, que inclusive é a pior do projeto. A faixa traz um retro-pop colorido que se distancia do conceito dark que o grupo estava explorando tão bem anteriormente. Esta mudança de conceito se estende para finding me, stomach butterflies e ring ring a bell. Sendo assim, a excitação que havíamos criado até dead man é inteiramente dissolvida em músicas com melodias divertidas, letras felizes e até mesmo românticas (como é o caso de stomach butterflies). A segunda metade do álbum também é boa e contém a fantástica faixa finding me com a melhor letra de todo o material, mas o sentimento de estranheza pelo distanciamento com o conceito inicial é tão grande que pouco se consegue aproveitar da experiência de ouvir as quatro faixas finais, até porque passam tão rápido que logo quando percebemos, já chegamos ao seu final e o que restou foi uma pergunta pairando no ar: cadê a vilã?
Concluindo, “the villainess?” é um álbum bom, mas teria sido melhor ainda se tivesse acabado em “dead man” ou se fosse transformado em dois mini-álbuns diferentes, talvez até mesmo com conceitos opostos. Como mencionado no começo da crítica, o álbum certamente ficou em nossas memórias e é um dos mais prováveis e favoritos a ser indicado em álbum do ano no Mnet Asian Music Awards deste ano.