YOUNGBLOOD - Young Diary
Oct 10, 2024 2:38:32 GMT
Post by Ramprozz on Oct 10, 2024 2:38:32 GMT
Ouça Young Diary de YOUNGBLOOD aqui.
Nota: 81
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O primeiro grupo masculino da Butterfly Entertainment, YOUNGBLOOD, finalmente faz o seu debut com o primeiro mini-álbum intitulado Young Diary. Outros grupos da empresa incluem os aclamados BELLA e BLOOM, que sempre apostaram em um conceito jovial e refrescante, então não poderia ser diferente com o YOUNGBLOOD, visto que o álbum conta com a produção de Caterpillar, que também produz as músicas dos outros dois grupos ativos da agência.
O título “diário jovem” nos remete a muitas coisas, mas principalmente ao misto de emoções vivido nessa fase da vida, então a expectativa inicial é de que estes sejam os temas abordados pelo grupo em sua estreia. Em até certo ponto, essas expectativas são supridas, mas ainda há alguns pontos negativos que destacaremos mais a frente. Também é importante mencionar que o álbum teve três faixas lançadas como single, o que representa metade dele. Essa escolha é um pouco questionável, visto que as músicas não possuem diferenças tão grandes entre si no quesito instrumental, ou seja, não é como se o grupo estivesse mostrando vários lados, provando diferentes habilidades ou experimentando novos conceitos, então perde um pouco do sentido lançar tantos singles para um projeto que já é pequeno.
Começamos o mini-álbum com a faixa Role Model que, sem dúvidas, é uma das melhores. O termo “Role Model” significa “um modelo a seguir”, alguém que você se inspira no jeito de agir, falar e se vestir. YOUNGBLOOD se coloca nessa posição de ser Role Model de outrem. É uma canção egocêntrica, mas não em um sentido ruim, visto que é exatamente esse o intuito; mas também coloca um pé na crítica social ao falar sobre a responsabilidade que um idol tem para com as pessoas que o admiram, que às vezes pode parecer um peso, mas eles ainda precisam manter a cabeça erguida. Esse tipo de pressão infelizmente é comum na indústria do entretenimento e ver um grupo falando sobre isso de uma forma camuflada é um passo importante para a quebra desse paradigma.
Day & Night vem em seguida com a melhor produção de todo o álbum. A sua letra é tem um cunho sexual que, apesar de também fazer sentido quando pensamos na juventude, soa desconexo quando colocada em sequência a uma canção como Role Model, que fala sobre um tema tão diferente e tão mais delicado.
Virando a página do diário, encontramos as faixas OK OK e Memories, as duas músicas falam sobre sentimentos de uma maneira mais direta e clara, exatamente o que esperávamos de um álbum chamado Young Diary. Em OK OK, o que ouvimos soa como uma consolação, dizendo-nos repetidamente que tudo vai ficar bem e que não estamos sozinhos. Já Memories é uma ballad que fala sobre criar memórias com as pessoas importantes para você, de uma maneira quase romântica a depender da sua interpretação, casando assim perfeitamente com a faixa anterior. Esta música tem uma das melhores letras do projeto.
A última música em grupo é Our Season, que mergulha de vez nesse romantismo, passeando pelas estações do ano com a pessoa amada e, nesse processo, criando diversas memórias com ela.
Por fim, o álbum é finalizado com o solo do integrante Jungwoo, um dos vocalistas principais do YOUNGBLOOD. A faixa ainda bebe do lago de ballads românticas, mas colocada ao lado das demais músicas com esse mesmo estilo que estão presentes no disco, soa completamente desconfortável, mas surpreendente, não repetitiva. As letras, apesar de tratarem temas semelhantes, sempre o abordam de formas divergentes, o que ajuda a manter a fluidez e praticamente erradica uma possível sensação de cansaço ao ouvir o disco.
Concluindo, Young Diary é um álbum muito bom, melodicamente coeso, com faixas realmente memoráveis tanto em questão de produção como em questão de letra. Todavia, é inegável que poderia ter sido construído de uma forma diferente. Role Model e Day & Night, que possuem as melhores produções e também possuem letras ótimas, parecem não ter nada a ver com o restante do disco, então talvez deixá-las para uma outra ocasião fosse a escolha mais sábia; no entanto, sem essas duas músicas, também é um fato de que o álbum não seria tão bom quanto é, então a sugestão para o grupo é apostar em transições líricas, ou seja, fazer com que essas nuances entre um tema e outro sejam feitas de forma fluida através do uso de ganchos ou de algumas menções ao próximo tema espalhadas nas letras. Sabemos que muitas vezes a questão lírica não é tão importante para o K-Pop, mas não podemos deixar de observar esse ponto fraco do álbum avaliando-o por completo.
Nota: 73
Escrita por: -
Escreveriam nesse diário jovem? YOUNGBLOOD, primeiro grupo masculino da Butterfly, se lançou recentemente na indústria musical com seu primeiro EP, intitulado "Young Diary". Suas músicas principais como "Role Model", "Memories" e a faixa-título "Day & Night", combinam elementos de Pop e Dance, e também exploram alguns subgêneros como Pop Rock e Ballad.
O álbum começa com a música que não caiu muito no meu gosto, "Role Model" é uma faixa cheia de surpresas, e algumas delas nem tão positivas assim, achei o início meio desconexo de uma certa forma, além da distribuição de linhas totalmente injusta, mas, não podemos ignorar o forte e importante significado por trás da letra dessa música, pontuando sobre a rivalidade e disputa entre os artistas musicais hoje em dia para terem os holofotes para si. A próxima música é a principal deste álbum, eu gostei muito dela porque ela é algo mais divertido e descontraído (e até meio comico), "Day & Night" é uma canção animada que trás uma sonoridade mais Dance, ela diz sobre o amor num dia quente e em uma noite divertida. Seguindo no ritmo Dance, "OK OK" é uma faixa bem OK mesmo, nada de interessante para dizer sobre ela, apenas que é uma faixa bem veranesca e divertida assim como a faixa anterior. Agora vem a masterpiece desse álbum, "Memories"... Ah... Memories... O que dizer sobre essa música tão impecável? Essa faixa é perfeita! Ela não é só uma música, é um sentimento em si. Tem rap bom, vocais excepcionais, instrumental emocionante... Tem de tudo que um SOTY leva de critério. A próxima faixa é "Our Season", uma faixa ballad que mesmo sendo mais calma que as faixas anteriores ela tem sua profundidade e sentimento próprio, essa faixa transmite um sentimento muito bom e tranquilo para o ouvinte. Por último, a faixa que encerra o EP, é o solo do membro Jungwoo, "1/2" que segue a mesma linha das ballads anteriores, mas, mais calma e emocionante.
O álbum em si é bem coeso e emocional, ele transmite várias mensagens que criam uma confusão em nossa cabeça quando somos jovens, é realmente como se fosse um "diário jovem" que fala sobre amor, o desejo de criar memórias com as pessoas que amam, sentimentos profundos e principalmente confusão mental, a única faixa que, tanto na sonoridade quando na letra foge dessa linha é a primeira faixa "Role Model" que, ainda sim, eu acredito que também possa ter o significado de comparação excessiva com outras pessoas, o quê encaixa no sentido jovem de ser. Uma coisa que eu também senti falta foi mais fotos, um mini spoiler do photoshoot que seja, só para mostrar mais do conceito e visual do álbum lançado. E outra coisa que me incomodou um pouco foi a capa, não sei se eu gostei... Não senti que combinou tanto assim com o que os produtores quiseram passar... Mas, eu entendi o que quiseram fazer, como se fosse um diário escrito. O álbum é um ótimo começo na carreira dos 11 meninos e principalmente o recomeço do tão famoso Jooyeon. Fico feliz de poder acompanhá-los desde já.
Nota: 70
Escrita por: Choi Youngnam
O primeiro boy-group da Butterfly Entertainment YOUNGBLOOD tomou o começo de 2028 de surpresa, com um integrante já bem conhecido pelo público, além de um cronograma bem trabalhado com três singles para mostrar logo de cara as facetas que o grupo tem a oferecer. Definitivamente, é sempre complicado determinar o que um artista está se propondo a ser, diretamente em sua estréia, mas em Young Diary, o boygroup parece cobrir a maioria das bases de sua personalidade musical, o que definitivamente adiciona pontos interessantes ao que se espera do YOUNGBLOOD.
A identidade visual do álbum é focada em elementos escolares, como se fossem páginas de um caderno, ou como diz o nome do projeto, um diário, onde os jovens estão escrevendo suas vidas conforme ela acontece. As fotos do álbum também são ambientadas nos tons de cores neutras em sua maioria, o que adiciona uma camada interessante de sobriedade ao projeto (que neste caso, não necessariamente está comunicando a sonoridade do mesmo). A escolha de cores planas para o design da capa acaba infelizmente criando uma visão um pouco simplista demais do que parecia um conceito visual interessante: quando se imagina um diário (ou até mesmo um caderno escolar, que seja) se pensa num recorte íntimo da personalidade da pessoa, sendo algo que está diretamente refletindo os detalhes intrínsecos de como o autor está vendo sua vida… o que definitivamente deixa a desejar, quando é colocado em diferentes tons de cinza, um ao lado do outro.
Apesar do conceito ser realmente interessante, a parte "caprichosa" e "personalizada" que um diário trás fica completamente a desejar pela identidade visual do álbum, o que também se reflete na capa dos três singles "Memories", "Role Model" e "Day & Night". Tendo uma sonoridade tão colorida, YOUNGBLOOD poderia ter dedicado um pouco mais de atenção a estes detalhes para arredondar ainda mais o seu debut.
Talvez YOUNGBLOOD tenha feito, dentre as opções disponíveis, a pior escolha para iniciar seu álbum: a faixa "Role Model". Apesar de na primeira ouvida, o ouvinte ainda não saber que a faixa eletrônica de rap e hip-hop não tem absolutamente NADA a ver com qualquer outra coisa deste álbum, o instrumental até parece interessante, com boas melodias vocais acompanhando, e um refrão que causa um impacto bem forte (que, ainda sim, não tem nada a ver com o resto do álbum). Porém, o maior erro, ênfase na palavra MAIOR, é a letra de "Role Model".
Sendo descrita terrivelmente como se YOUNGBLOOD estivesse fazendo o maior esforço desesperado do mundo para soar “diferente”, é uma das letras mais cringe que eu vi em toda a minha vida. A letra definitivamente sofre muito da síndrome do rapper que acha que o mundo todo tem inveja de dele, quando ele mesmo não tem nada a oferecer. Não dizendo que o YOUNGBLOOD não tenha nada a oferecer, mas uma letra DESSAS num álbum DESSES, soa com a motivação mais vazia que consegue existir, quase como se tivessem escolhido uma música forte pra dizerem que fazem "de tudo um pouco"; nas outras coisas que o grupo faz, eles definitivamente tem uma potência muito mais carismática, mas "Role Model" definitivamente é um fiasco dentro do disco.
Literalmente, cada verso desta música é um verso mais medíocre e desconectado do verso anterior, como se cada um tivesse tendo uma ideia do que significa ser "foda" depois de verem um valentão descolado de filme da Disney. Quero pontuar bem enfaticamente o verso "I'm fearless, I’m fancy, Drew up my rap, call me Nancy"... quer dizer, pra que pensar em fazer sentido numa música dessas, né? Definitivamente é catastrófico mencionar Nancy Drew numa letra que não tem o mínimo de sagacidade ou complexidade, sendo mais um "qualquer coisa" jogado no meio da letra, e a única relação com mistério que é mostrada aqui, é a pergunta sem resposta de por que essa música não ficou apenas no papel.
O YOUNGBLOOD diz a música toda que vai dar uma lição de "como ser como eles", mas se dependesse somente de "Role Model", essa seria a última coisa que qualquer pessoa gostaria de ser.
Felizmente, daqui em diante, o álbum só melhora, saindo de uma das piores músicas para uma das melhores: o single "Day & Night". A letra usa algumas metáforas interessantes que criam um cenário onde o ouvinte fica descobrindo se a letra está sendo romântica ou ousada, o que deixa a música muito divertida. Usando um sample de "Ice Cream" do BUDDY, definitivamente foi uma ótima escolha para o maior single do projeto, carregando muito mais o que a identidade de "Young Diary" promete ser. Conforme a música progride, da metade para o fim, a letra definitivamente acaba se tornando repetitiva, e a parte divertida de saber se é carinho ou flerte acaba ficando um pouco previsível, como se fosse a única tática que a letra tem a oferecer.
Um pop suave, e uma surpresa muito boa ao álbum, a faixa "OK OK" continua o Young Diary com a vibe jovial brilhando ao máximo. Mesmo sendo uma bside, a faixa traz um exemplo muito interessante do YOUNGBLOOD em sua melhor forma, não dizendo que o grupo deve ser X ou Y, mas é algo que soa divertido e autêntico com o que o álbum está se propondo a ser.
Então, chegamos na melhor faixa do álbum, e no melhor dos três singles do projeto: a faixa "Memories". O single acaba mostrando que é um pouco parte da identidade das composições deste disco a abundância de clichês líricos com romances adolescentes, e aqui, isso é um ponto positivo. A letra realmente não aborda amor, paixão, e memórias de uma forma muito elaborada, ficando no básico, mas o que se destaca aqui é sem dúvidas o instrumental. "Memories" tem camadas de sensibilidade e sentimentos no instrumental que fazem a música soar até emocionante, principalmente somado a incrível demonstração vocal dos integrantes na faixa. O rap antes do último refrão quebra um pouco a essência da música, mas e logo seguido do melisma poderoso que abre o último refrão, e as guitarras e percussão a todo vapor, deixando a música grandiosa e marcante.
A penúltima faixa do disco "Our Season" é mais uma expansão muito satisfatória da sonoridade do Young Diary. Com mais uma letra fofa sobre amor e se apaixonar, é uma das poucas letras do disco que realmente criam algo especial na composição; as metáforas de transformar um amor em algo perpétuo, como se não fosse acabar mais ao fim das estações, é um grande acerto.
O último refrão, cantado de peito aberto, é definitivamente um encerramento ótimo para música, também servindo para deixar ela impactante e grandiosa.
A joia mais preciosa do álbum Young Diary está guardada na última faixa, "1/2" o solo do integrante Jungwoo. É sempre de se preocupar quando vê que haverá um solo de algum integrante no meio do álbum, por que muitas vezes, acaba sendo uma música que foca somente na identidade pessoal deste integrante, e negligencia todo o resto do som do álbum, mas felizmente, "1/2" passa muito longe disso.
A faixa se encaixa no fim do disco como se fosse um suspiro suave depois de tanta emoção, e definitivamente, é a melhor letra de todo o disco. É notável como aqui, os clichês conseguem ser evitados em sua maioria, e transformados em sentimentos reais, realmente parecendo que são algo que uma pessoa está sentindo e aprendendo como lidar. Além disso tudo, a metáfora do nome "1/2" ao mesmo tempo ser um paralelo de duas pessoas, mas também significar ½ como meio, metade, sendo citado na letra como as duas pessoas costumavam ser metades de um amor, foi uma sacada genial, realmente sendo algo romântico e emocionante, e a emoção mais crível de todo o Young Diary.
A equipe da Ghosted IMG foi até a a escola abandonada Pennhurst State School and Hospital na Pensilvânia para ouvir e realizar a crítica do álbum Young Dairy do grupo YOUNGBLOOD.
No começo, tivemos alguns problemas quando projetamos a capa do álbum na parede, com o nosso projetor constantemente se desligando sozinho, e mesmo depois de muita insistência, a mesa onde tinhamos colocado o projetor se partiu, danificando o aparelho, como se algo que não conseguimos ver tivesse derrubado, e tivemos que continuar sem poder projetar a capa na parede.
Por um momento, acreditamos que devíamos ter ouvido os sinais e parado por ali, já que assim que demos play na primeira faixa, coisas muito ruins começaram a acontecer. Durante a metade de "Role Model" diversas cadeiras da sala de aula que estávamos começaram a ser arremessadas contra as paredes. Livros velhos voavam das estantes, e em pouco tempo identificamos que os objetos eram jogados na direção da caixa de som, imediatamente parando quando um dos membros da nossa equipe tropeçou no fio da caixa de som e a desligou. Para a segurança de nossa equipe, pulamos a faixa na hora, e terminamos de escutar a "Role Model" na van da equipe, quando voltávamos para casa, já que o que quer que estivesse conosco na escola estava disposto a machucar nossa equipe caso aquela música tocasse novamente.
Neste clima hostil, demos play na próxima música do álbum e as coisas começaram a melhorar gradativamente. Nenhuma cadeira mais foi jogada ao ar, e em pouco tempo, as janelas se abriram, como se o vento limpasse aquele clima desagradável e pesado criado pela primeira faixa. Quando terminamos de escutar a útlima faixa, ouvimos vários passos do lado de fora da sala, como se muitos seres estivessem ali, curiosos e animados para ouvir, mas foram embora assim que estavamos partindo.
No geral, o debut do YOUNGBLOOD não consegue emplacar uma identidade marcante para o grupo, o que não é o fim do mundo, já que apesar disso, o grupo mostrou que consegue muito bem endossar uma identidade interessante e única quando não estão desesperado para parecerem descolados. Sem dúvida nenhuma, a primeira faixa do projeto é insalubre, e prejudica muito a experiência do que é o "Young Diary", e apesar de não entrar pra história como um debut marcante, definitivamente foi o primeiro passo para apresentar ao mundo um grupo talentoso e promissor como o YOUNGBLOOD.