[EUROPA] Ninette Silk no Quelle Epoque
Oct 7, 2024 1:18:04 GMT
Post by fakepunk on Oct 7, 2024 1:18:04 GMT
DIVULGAÇÃO PARA CONCRETE COWBOYS
Ninette Silk esteve hoje no talk show francês Quelle Epoque para falar um pouco sobre o seu mais recente single Concrete Cowboys, também sobre o seu álbum SILK, que foi anunciado para o dia 18 de outubro. A cantora também falou um pouco sobre ela mesma, e se apresentar para o grande público.
Host: Boa noite, pessoal! Hoje temos uma convidada incrível no palco: a talentosa artista belga Ninette Silk! Vamos dar as boas-vindas a ela!
[Aplausos enquanto Ninette entra e se acomoda no sofá.]
Ninette: Obrigada! Estou tão feliz de estar aqui!
Host: É um prazer tê-la conosco, Ninette! Vamos começar falando do seu novo single, "Concrete Cowboys". O que você pode nos contar sobre essa música?
Ninette: "Concrete Cowboys" é uma música sobre um sentimento que eu acredito que todos nós temos após o término de uma relação, que é aquele momento em que você está à procura de preencher aquele vazio que você tem dentro de si de estar sentindo falta de uma relação mais íntima com alguém, mas ainda assim você está com medo de se jogar em uma nova relação, passar pelas mesmas coisas etc. Então, o que resta em um caso como esse é o sexo completamente por diversão, o que pode parecer LOUCURA, mas funciona bem. Por isso a frase final da música apesar de ser um pouco explícita, é verdade, corações partidos só se colam com... Você sabe.
Host: Sabe, eu adorei esse conceito de explorar um sentimento tão específico. O que inspirou você a escrever essa canção?
Ninette: Na verdade, o que me inspirou foi meu término de namoro mesmo *risos*. Na verdade, o meu álbum inteiro é fruto de um término de namoro, e fala principalmente sobre o uso de sexo e relações líquidas para preencher o vazio. Em Concrete Cowboys em específico, foi um momento em que eu percebi que em uma semana, eu já tinha ido para cama com três garotos diferentes e eu comecei a pensar “Uou. isso é selvagem” e então eu comecei a pensar comigo mesma o porquê eu tinha baixado tanto o meu nível, e comecei a perceber que faz parte do término do relacionamento, da raiva e da minha própria necessidade. Então, escrever essa música foi uma forma de externalizar como eu estou usando sexo casual para esquecer dos meus reais problemas e sentimentos.
Host: Isso é, na verdade, muito profundo para uma música tão sexual como Concrete Cowboys. E como se relaciona com o seu álbum "SILK"? O que podemos esperar desse trabalho?
Ninette: Bom, eu sou uma artista do indie sleaze, eu estou tentando trazer essa estética de trashy girl de volta para o ano de 2028. Então, além de letras bem explícitas, sinceras e diretas, vocês podem esperar uma sonoridade que mescla muito o pop, a música eletrônica e o punk. É como se fosse um álbum de eletropunk em pleno 2028. O meu álbum fala muito de usar outras pessoas para superar alguém, sobre pensamentos intrusivos que eu tenho ao pensar no meu relacionamento, sobre minha vontade incontrolável de fazer sexo com qualquer homem que seja bonito e me dê bola. Não sei se esse álbum vai se dar bem nos charts ou até mesmo com a crítica, mas posso garantir que é um álbum totalmente sincero sobre as minhas experiências desse último ano.
Host: Você mencionou uma mistura de gêneros. Como foi o processo de criação do álbum? Trabalhou com outros artistas?
Ninette: Trabalhei sim, inclusive agradeço muito ao Apollyon e a BABUSHKA por terem produzido esse álbum, acredito que a fusão dos dois na produção foi algo muito bom e que funcionou muito bem. Além disso, estou contando com a presença de artistas incríveis logo no meu primeiro álbum, como o KJ e o Lucca Lordgan, que são artistas enormes aí na indústria da música, ou o próprio Apollyon que além de me ajudar com a produção do álbum, ainda topou em participar de uma das músicas que é LAME DATE. Eu estou realmente muito orgulhosa do álbum.
Host: Estou ficando realmente curiosa e animada para ouvir isso! E como você vê seu crescimento na indústria da música? Quais são suas metas para o futuro?
No momento, eu não acredito que eu seja grande coisa, na verdade eu sou somente uma artista que está iniciando a sua carreira. Eu não tenho charts, não tenho prêmios, não tenho nada, mas o meu objetivo é trazer essa fusão do eletrônico e o punk para o mainstream, acredito que meu álbum é um projeto muito fácil de se relacionar e que pode se adequar ao mainstream, pois também é bem fácil de ouvir. Então eu estou criando bastante expectativa com esse meu projeto. Minhas metas é algum dia chegar ao nível da Agatha Melina, por exemplo, que é uma artista que eu gosto muito, e que saiu de um país aleatório da Europa diretamente para o estrelato fazendo música alternativa. Bom, eu sou uma artista de um país aleatório da Europa, fazendo música alternativa e eu almejo o estrelato. Acredito que ela é uma das minhas grandes inspirações e alguém que eu boto como um objetivo de onde quero chegar.
Host: Aliás Ninette, vendo onde a música está chegando, eu gostaria de saber: como foi a recepção de "Concrete Cowboys" até agora, para você? Você já recebeu algum feedback interessante dos seus fãs?
Ninette: Recebi vários na verdade, tanto positivos e negativos. Minhas DMs estão cheias de gente elogiando a música, ou gente de chamando de pervertida, não tem um meio termo, e eu acho incrível o que uma música com essa temática pode causar. Mas é como eu disse, é um sentimento sincero que acredito que todo mundo já teve ou tem na vida. Mas fico feliz quando eu percebo que os comentários me elogiando fazem maior volume do que os comentários me xingando, o que está me deixando mais segura de continuar com essa coisa de artista que eu inventei de fazer recentemente.
Host: Você tem alguma colaboração em mente para o futuro?
Ninette: Tenho sim, adoraria trabalhar com Plastique Condessa, com Agatha Melina e com a Sky White. Na verdade, adoraria trabalhar com os The Headless Angels. Eu acho que eles têm uma vibe parecida com a minha, assim como a Hina Maeda. A Kierah também, eu adoraria fazer uma música em francês com ela... Eu acho que são esses os que eu mais quero trabalhar, mas obviamente tem uma lista muito maior de pessoas dessa indústria que eu quero trabalhar.
Host: E como foi o processo de criação do álbum "SILK"? Você se envolveu em todas as etapas, da composição à produção?
Ninette: Eu participei bastante do processo, todas as canções foram escritas por mim, eu todas foram escritas em um momento muito eufórico da minha vida. Eu lembro que eu tinha acabado de terminar e estava um caco quando eu escrevi a primeira música do SILK, e eu apresentei essa música em uma das boates que eu me apresentava em Paris. O Apollyon me viu, pois ele estava de passagem na França, e me ofereceu para assinar com a Arcade, fazendo parte da gravadora da Plastique, que é para artistas mais alternativos. Foi muito divertido trabalhar com o Apo no estúdio, ele é uma pessoa realmente maravilhosa, e ele é muito talentoso. Estou muito empolgada para que todos possam ver o que fizemos juntos.
Host: O que você acha que distingue sua música no cenário atual da música pop, ou do mainstream?
Ninette: ...Acho que bastante coisa, para falar a verdade, eu já vi alguns atos na indústria que flertam com o indie sleaze e com o eletropunk, mas o meu projeto é completamente centrado nesse estilo, eu acho que isso é algo inovador na indústria. Eu acho também que o meu estilo de escrever e os temas das minhas letras nesse álbum também contam como um diferencial.
Host: Como você lida com a pressão e as expectativas que vêm com o sucesso na indústria musical?
Ninette: Eu não sei muito bem, porque para lidar com o sucesso o primeiro passo é você ter feito sucesso, que não é algo que ocorreu comigo ainda, mas eu acho que as expectativas e a pressão nesse momento vêm justamente de você ter que se provar a todo momento, mostrar para o mundo por que você merece fazer sucesso, e mostrar que você tem algo bom para mostrar ao mundo. Além da pressão que eu tenho comigo mesma, se eu sou capaz de enfrentar essa grande indústria e tudo que ela pode me trazer, seja bom ou ruim.
Host: Em outras palavras, ao perguntar sobre seu álbum, você o descreveu sendo sobre baixa-autoestima após um relacionamento. O que esse conceito significa para você e como ele se reflete na sua música?
Ninette: Na verdade, acho que você conseguiu capturar bem a essência do álbum pois ele é basicamente sobre isso mesmo (risos). Para mim, essa é uma parte que todo mundo vai passar, mesmo que já tenha superado a pessoa, pois você não fica triste por ter perdido a pessoa, você fica triste por ter perdido aquela vida, aquela rotina que você se acostumou anteriormente, e é um sentimento muito estranho. Você realmente se submete a algumas coisas que você não se submeteria anteriormente, e eu não falo somente de sexo, pois cada um tem seu jeito de lidar com isso, mas sempre vamos tentar preencher esse vazio com alguma coisa.
Host: Qual é a sua canção favorita do álbum "SILK" e por que ela é tão especial para você?
Ninette: Eu acho que a minha música favorita do álbum é Softest Anger, pois foi uma música onde eu realmente me abri sobre toda a fúria que eu sinto. Meu término de namoro não foi nada saudável, e teve muita coisa não dita que estava me torturando. Em Softest Anger, eu realmente deixei tudo sair de forma pura. Além dessa música, eu também daria destaque a I Fucked Everyone, com o Lucca Lordgan, que eu acho que é uma música muito divertida e sarcástica, e Cannibal, que foi a música onde eu consegui ser mais grotesca do meu álbum, que é algo que eu acho muito divertido também.
Host: Como você vê a evolução da música francesa no cenário global e qual o seu papel nesse contexto?
Ninette: É quase inexistente, para falar a verdade, a presença de artistas franceses no mainstream é muito baixa. Até mesmo eu não sou francesa, eu sou belga, eu só falo francês. Mas o meu álbum é majoritariamente em inglês, tendo só um verso em Sexy Dépression Françoise com o KJ, que é realmente em francês. Infelizmente francês não é uma língua que fica muito em alta, como o inglês e o espanhol, então para esse primeiro momento na minha carreira, eu acredito que não tenho feito muita coisa. Porém, é um plano meu fazer com que músicas em francês também tenham seu espaço na mídia.
Host: Você se considera uma artista engajada? Há questões sociais ou políticas que você gostaria de defender através da sua música?
Ninette: Não me considero uma artista muito política, eu falo bastante sobre minha vida pessoal e sobre minhas experiências sexuais. Na verdade, eu acho que esse lado da música de ser mais sexual e mais apelativo é de certa forma, algo que ainda incomoda mesmo nós estando quase em 2030. Se notarmos, letras que são mais explícitas ainda são tratadas como algo cringe ou algo ruim apenas pelo fato de falarem sobre sexo, e eu não acho que essa seja uma visão justa, pois o sexo também faz parte da experiência pessoal de seres humanos.
Host: Há alguma canção em particular em que você acha que conseguiu expressar sua visão sobre sexualidade de forma mais intensa ou impactante?
Ninette: Sim, em Concrete Cowboys e em South Pole são músicas onde eu fui mais fundo nesse tema. Outra que eu gostaria de destacar é a já citada Cannibal, que além de ser uma música sexual, ela faz menções ao canibalismo, o que deixa ela mais sombria e até mesmo um pouco nojenta. É sinceramente uma das músicas que eu menos tive limite, e eu achei isso muito divertido.
Host: Você se inspira em outros artistas que também abordam a sexualidade de forma irreverente? Quem são eles?
Ninette: Eu me inspirei bastante no Lucca Lordgan e no KJ, porém coloquei a minha própria pessoalidade nas canções. Mas por exemplo, Party for Three é uma música que eu amo. Inclusive, vendo que meu álbum tem os dois, agora podia ser Party for Four hahaha é só uma ideia, Lucca, se você quiser eu topo, mas é só uma ideia, só uma brincadeira.
Host: Você se sente confortável lidando com temas sexuais nas suas letras, ou já enfrentou resistência ou críticas por isso?
Ninette: Na verdade, eu me sinto bem confortável falando sobre sexo, eu não encaro como se fosse um tabu. Às vezes a nossa conduta e como nos comportamos sexualmente tem muito mais a dizer sobre nossos sentimentos do que qualquer outra coisa, mas não é explorado. Eu estou tentando explorar essa conexão, que o sexo tem com as emoções humanas.
Host: Você tem planos de realizar uma turnê para promover o álbum? Como você imagina que será essa experiência?
Ninette: Eu tenho sim e na verdade, isso me deixa um pouco nervosa. Sei lá, eu já me apresento em boates desde que eu cheguei a Paris, há cerca de um ano, mas uma turnê ia ser completamente diferente. É uma experiência que eu tenho curiosidade para saber como é, tipo, como é para fazer a preparação para uma turnê? Eu não faço ideia de como eu vou fazer isso haha. Mas sei que eu pretendo que a minha música me leve para conhecer o mundo.
Host: Como você se sentiu ao finalizar o álbum e vê-lo pronto para o mundo? Houve um momento de realização?
Ninette: Sinceramente, foi um alívio, porque apesar de ter sido escrito em sua maioria durante um surto meu, o SILK foi um álbum que demorou para ficar pronto, porque depois eu tive que alinhar todos os pontos para fazer o projeto se tornar uniforme. E depois disso, teve toda aquela coisa, de edição das letras para ficar melhor, ajustes nas produções, etc etc, que acabou me levando mais um tempo de produção.
Host: Como você decidiu a ordem das faixas no álbum? Existe uma narrativa que você queria seguir?
Ninette: Não tem uma narrativa. A ideia é realmente deixar o álbum um pouco mais bagunçado, pois as emoções apresentadas nele também são bagunçadas. Mas posso dizer que eu considero como um álbum muito sólido, e que segue uma mesma temática durante todo o seu decorrer. Todas as faixas, de certa forma em maior ou menor grau, tem relação com as outras.
Host: O que você mais gosta de fazer nos seus momentos de lazer quando não está trabalhando na música?
Ninette: Ai, eu gosto muito de ir para festas, eu me considero uma garota da noite. Eu estou sempre por aí nas noites de Paris, e eu gosto bastante do clima de uma balada ou de uma festa. Mas também tenho momentos de lazer mais íntimos, por exemplo, eu gosto muito de cuidar de plantas, eu sou a louca das plantas. Gosto de pintar também... Enfim, eu tenho esse outro lado que é um pouquinho mais desligado.
Host: Se pudesse fazer uma turnê com qualquer artista, vivo ou falecido, quem seria e por quê?
Ninette: Olha, acredito que seria com a Agatha. Eu sei que talvez o nosso som não tenha nada a ver, mas ela é uma artista que eu admiro muito. Tirando a Agatha, acho que eu gostaria também de fazer turnê com a Plastique e com Lucca, a Plastique porque acho que o som eletrônico dela tem muito a ver com o meu e o Lucca porque além dele ter a mesma vibe que eu, foi ótimo trabalhar com ele. Com certeza é uma pessoa que eu quero que seja meu amigo.
Host: Como foi a experiência de compor durante o processo de criação de "SILK"? Você se sentiu mais inspirada por alguma situação em particular?
Ninette: Eu compus a maioria das faixas enquanto estava com raiva. Isso foi algo que me ajudou bastante no processo de composição, a necessidade de externalizar sem cometer nenhum crime, ou ir parar em um manicômio. Acho que na verdade, o SILK é sobre isso haha
Host: Para finalizar, qual mensagem você gostaria de deixar para seus fãs?
Ninette: Nem sei se eles existem, para falar a verdade, pois eu ainda sou uma artista muito nova. Mas... Eu diria para que não desistam, pois as oportunidades podem surgir no momento mais aleatório possível de suas vidas. Eu não imaginaria que eu estaria aqui, se eu pensasse há alguns meses, mas a minha vida deu uma virada do nada e eu estou muito empolgada para o que vai se seguir a partir daqui.
Host: Muito obrigado, Ninette! Foi um prazer tê-la aqui. Desejamos muito sucesso com "Concrete Cowboys" e "SILK"!
Ninette Silk: Obrigada! Agradeço a oportunidade. Até a próxima!
Host: E assim encerramos mais um episódio de "Quelle Epoque". Fiquem ligados e até a próxima!