[US] Chelsea para a Paper Magazine
Oct 4, 2024 0:38:30 GMT
Post by vini on Oct 4, 2024 0:38:30 GMT
Chelsea Smith finalmente retorna as graças da era Mother Road com o lançamento do seu terceiro single “Interstate Gospel” a faixa que celebra a maneira como a música pode ser uma fonte de conforto, liberdade e até uma conexão espiritual. A cantora acaba de aterrissar nos Estados Unidos após uma passadinha rápida na américa latina para comparecer ao MTV Miaw onde performou a faixa pela primeira vez após virar single. Nós da Paper Magazine conseguimos conversar um pouco com a artista e falar sobre seus novos trabalhos, planos futuros, vida pessoal e muito mais! Leia a entrevista completa abaixo:
[Divulgação para Interstate Gospel e Overtime]
Paper: Olá, Chelsea, seja muito bem vinda!
Chelsea: Muito obrigada! É um prazer estar aqui com vocês.
Paper: Vamos falar do seu novo single, Interstate Gospel. A faixa parece capturar um momento fugido, um lapso de liberdade... e é algo espiritual ao mesmo tempo. Como foi o processo de criação dessa música?
Chelsea: Interstate Gospel é uma música que nasceu da estrada, literalmente. Eu estava viajando por várias cidades durante a série de Mother Road e percebi o quanto essas viagens longas me ajudaram a me conectar comigo mesma. A estrada pode ser um lugar solitário, mas também traz uma sensação de liberdade, onde a música se torna uma companheira. Acho que essa sensação de conforto é quase espiritual, e eu quis trazer isso para a música.
Paper: E sua performance no MTV Miaw foi incrível! Como foi a experiência de performar Interstate Gospel pela primeira vez?
Chelsea: Foi surreal! Eu amo a energia do público latino, eles são muito apaixonados e calorosos. Levar essa música para o Miaw foi especial, porque senti que as pessoas realmente se conectaram com a mensagem da canção. Tinha uma vibe tão boa naquele palco, foi um momento muito marcante pra mim.
Paper: O Mother Road continua sendo o álbum enorme na sua carreira, né? É o seu primeiro, mas de certa forma já é icônico pelo menos para o seu cosmos. Como você está lidando com o sucesso dessa era?
Chelsea: Tem sido uma vivência incrível! Mother Road é um álbum que carrega muito de mim, das minhas experiências e emoções. Ver as pessoas ainda abraçando essas músicas, mesmo depois de tantos meses, é algo que me deixa muito feliz. Cada single traz uma nova história e um novo olhar sobre o que significa liberdade, pertencimento e conexão e eu apenas aprecio muito que tenham gostado.
Paper: O desempenho comercial da era Mother Road tem sido espetacular, e a faixa Overtime recentemente atingiu o terceiro lugar nas paradas globais. Como você se sente vendo suas músicas alcançando esse sucesso massivo?
Chelsea: É surreal! Overtime sempre foi uma das faixas mais especiais para mim, então ver ela atingir tantas pessoas ao redor do mundo é uma sensação incrível. Eu nunca pensei que a era Mother Road teria um impacto tão grande, mas acho que as pessoas se conectaram com as histórias e emoções que compartilhei. Ver Overtime no topo das paradas, especialmente em um mercado global, é algo que me deixa muito grata. É o tipo de reconhecimento que sonhamos, mas nunca esperamos de verdade.
Paper: O que você acha que fez Overtime se destacar tanto entre as outras faixas?
Chelsea: Eu acho que Overtime tem um equilíbrio perfeito entre uma mensagem poderosa e uma melodia que fica na cabeça. A letra é emocional, mas de um jeito que qualquer pessoa pode se identificar. E claro, o videoclipe também ajudou bastante! A estética trouxe um visual nostálgico que chamou a atenção. Acho que tudo isso combinado fez a música ter um impacto tão grande, é um pouco retrô que é apelativo a nostalgia também… Acho que tudo fluiu muito bem
Paper: Quais são seus planos para o futuro agora? Podemos esperar mais singles ou até um novo álbum?
Chelsea: Estou sempre criando, então com certeza tem mais música no caminho. Estou em um ponto em que quero explorar novas sonoridades e contar histórias que ainda não contei. Não posso revelar muito, mas digamos que ainda tenho algumas surpresas para este ano!
Paper: E sobre sua vida pessoal, como você equilibra a rotina intensa da música com sua vida fora dos palcos?
Chelsea: Ah, essa é uma pergunta difícil! (risos) Tento me cercar de pessoas que me apoiam e entender que às vezes preciso de um tempo para mim. Mas a música é uma parte tão grande da minha vida que, mesmo fora dos palcos, eu estou sempre conectada a ela. Mas sim, eu tento manter um equilíbrio, mesmo que seja difícil às vezes.
Paper: O que você ganha ao se apresentar em um local pequeno e intimista em vez de em um local maior?
Chelsea: Ah, eu amo essa pergunta! Há algo realmente especial em shows menores e mais intimistas. A conexão com o público é muito mais direta e pessoal. Eu consigo ver as expressões das pessoas, ouvir suas reações mais claramente, e isso cria uma energia única que você não sente em um estádio ou arena. Quando estou em um espaço menor, é como se estivéssemos todos compartilhando aquele momento juntos de uma forma mais próxima, quase como se fosse uma conversa entre amigos. Além disso, eu gosto da liberdade que esses espaços me dão para experimentar. Posso tocar versões diferentes das músicas, conversar mais com a plateia e até improvisar. Cada apresentação acaba sendo única. Enquanto os grandes shows têm sua magia com toda a produção e a grandiosidade, os pequenos me permitem lembrar por que comecei a fazer música: pela conexão humana.
Paper: O que você redescobre sobre sua música quando toca ao vivo? As músicas parecem diferentes de como você se sentiu quando as escreveu?
Chelsea: Com certeza! Tocar ao vivo traz uma nova camada para as músicas, algo que às vezes nem percebi enquanto escrevia. Quando estou no estúdio, há um foco na criação técnica, mas ao vivo, você sente o coração da música de uma forma mais intensa. As letras ganham um novo significado quando você vê as pessoas cantando junto, quando sente a energia delas. De repente, o que você escreveu sozinha em um momento íntimo, silencioso, se torna algo maior, compartilhado.
Paper: Eu imagino que quando você lança um álbum, você perde a sua propriedade sobre el, certo? Afinal, muitas pessoas sentem coisas diferentes em relação a ele.
Chelsea: Exatamente, e é uma sensação bem única. Quando você lança um álbum, ele meio que deixa de ser só seu, porque as pessoas começam a se conectar com ele de maneiras que você nunca imaginou. Eu acho incrível ver como cada pessoa interpreta uma música de acordo com sua própria experiência de vida. É como se as canções ganhassem vida própria. Às vezes, alguém me conta uma história sobre como uma das minhas músicas marcou um momento importante na vida deles, e eu fico surpresa porque, embora eu tenha escrito com um sentimento específico, a forma como ela tocou aquela pessoa é completamente diferente. É esse processo de "entregar" a música para o mundo e deixar que ela tenha outros significados que me fascina. Faz com que a arte seja uma coisa viva e em constante evolução, sabe? Mas há algo especial em tocar as músicas para pessoas que tiveram algum tempo de convivência com elas (as músicas). Talvez eles conheçam as palavras. Talvez eles estejam cantando comigo na sala. Mesmo que eu tenha escrito, se eu estiver cantando com um grupo de pessoas que não conheço, e estivermos meio unidos em torno dessa narrativa, parece que se torna algo além de mim.
Paper: Você se imagina em um determinado lugar quando ouve ou escreve música?
Chelsea: Sim, definitivamente. A música sempre me transporta para algum lugar, seja na escrita ou só ouvindo. Quando eu estou compondo, gosto de imaginar cenários que complementam o sentimento que estou tentando expressar. Às vezes, é uma estrada aberta no meio do nada, outras vezes pode ser um bar lotado ou até uma praia deserta. Essas imagens ajudam a dar vida às emoções da música. Por exemplo, quando escrevi Mother Road, eu me via dirigindo por uma estrada infinita, com aquele pôr do sol laranja no horizonte, sabe? É esse tipo de visual que me ajuda a dar forma à canção. E, quando eu ouço, é meio como revisitar esses lugares, como se eu estivesse lá de novo, sentindo tudo outra vez. É quase uma viagem emocional.
Paper: Quando você escreve algumas piadas em músicas sobre amor, intimidade e pessoas, quanto disso é derivado de experiência pessoal versus algo totalmente fictício?
Chelsea: Acho que tem sempre um pouquinho dos dois. Quando escrevo sobre amor, intimidade, ou sobre pessoas em geral, é difícil não trazer um pouco das minhas próprias experiências para a música. No final das contas, sou humana, e vivo essas coisas também. Mas ao mesmo tempo, a música também tem esse poder de me permitir criar cenários e histórias que talvez não sejam exatamente o que vivi, mas que refletem sentimentos que qualquer um poderia ter. Algumas músicas são mais pessoais, claro, aquelas que eu escrevo quase como uma forma de desabafo. Outras vezes, gosto de explorar histórias e perspectivas que não são diretamente minhas, mas que podem ressoar com outras pessoas. Acho que esse equilíbrio entre o pessoal e o fictício dá uma profundidade maior às músicas e permite que mais gente se conecte com elas de diferentes formas.
Paper: Você já se viu conversando e se pegou sintetizando uma experiência em vez de apenas vivê-la? E ter que se controlar e pensar: “Ai jesus, estou no modo contadora de histórias?”
Chelsea: Nossa, isso acontece o tempo todo! (risos) Acho que é inevitável para quem escreve músicas ou qualquer tipo de arte. Quando você vive de contar histórias, seu cérebro meio que começa a funcionar assim o tempo inteiro. Às vezes, estou no meio de uma conversa ou vivendo algum momento e de repente me pego pensando: "Isso daria uma música boa" ou já começo a organizar as ideias na minha cabeça como se fosse uma letra. Mas também tento me desligar um pouco disso e realmente viver o momento. Porque, por mais que contar histórias seja uma grande parte do que sou, se eu não me permitir apenas viver e sentir, as histórias, as letras, acabam ficando meio artificiais, sabe? Então, sim, é um equilíbrio. Tento lembrar de estar presente e deixar as coisas acontecerem naturalmente antes de tentar transformar tudo em música ou em narrativa.
Paper: Como saber quando uma música está terminada?
Chelsea: Essa é uma pergunta interessante, pois não tem uma resposta certa! Na maior parte, acho que sou um escritor muito lenta. Acho que normalmente levo alguns meses para terminar uma música. Quer dizer, acabei de terminar uma música que vou colocar no meu novo projeto e fiz ela bem rápido, mas tenho rascunhos de meses de músicas que simplesmente não andam. Para mim, saber quando uma música termina é como sentir o final de uma conversa. Às vezes, você simplesmente sente que é o momento certo. Pode ser uma questão de emoção, a progressão da música ou até mesmo uma mudança no ambiente. Quando estou escrevendo, olho para a estrutura da canção, mas também deixo que a intuição me guie. Algumas músicas me dizem que já disseram tudo o que precisavam e outras pedem um pouco mais. Além disso, é sempre útil ter um feedback de outros. Mas o engraçado sobre as músicas é que elas nunca estão realmente prontas. Você apenas define que agora elas estão concluídas; em algum momento você tem que parar, você vai ter que gravar ou tocar elas ao vivo. Mas é uma pergunta muito boa; como você sabe quando as músicas ficam prontas? É uma coisa tão invisível. É tão difícil dizer.
Paper: Tem que haver um ponto, para qualquer pessoa criativa, onde você se liberta do seu trabalho e simplesmente faz as pazes com ele. Há coisas poderosas nessa parte do processo, é quando você assume que é algo que você não consegue controlar.
Chelsea: Exatamente. Existem infinitos critérios e estão sempre em movimento. Para mim, quando estou disposto a cantar uma música em público é quando eu poderia pegar qualquer verso aleatório de uma música, e ela funcionaria por si só. Quero que cada verso faça as pessoas sentirem algo. Mesmo que seja abstrato, quero que crie uma emoção. Quero remover toda a penugem. Não quero que haja versos desnecessários. Mas acho que o ponto principal é ver se aquilo parece honesto e se eu estou realmente falando com o coração. Se não parece que estou fingindo e não estou escrevendo de um lado doentio do meu ego ou por medo ou vaidade ou apenas todas as coisas típicas de: “Estou sendo uma boa pessoa ou não com esses versos?”
Paper: Ser capaz de lançar coisas sob seus próprios termos quando você sente que é apenas honesto e saudável, em vez de gerar conteúdos e cliques, parece mesmo uma filosofia em extinção hoje.
Chelsea: Sim, é bom lembrar que, idealmente, uma música me ajuda a entender algo sobre mim mesma que eu não sabia antes de escrevê-la. Quer dizer, a principal razão pela qual escrevo músicas é registrar as minhas próprias experiências e tentar compreender as minhas emoções. Porque… há algo na música para mim que fornece contexto para a linguagem que a santifica de alguma forma e cria esse ambiente habitável para minhas emoções, entende? E me ajuda a externalizar algo que sinto que é abstrato e que não sei como processar… É um organismo
Paper: Você já teve síndrome do impostor?
Chelsea: Isso é muito real, especialmente no começo da minha carreira. É fácil olhar ao redor e pensar: “Será que realmente pertenço a este lugar? Sou boa o suficiente para estar aqui?” Acho que todo mundo, em algum momento, se questiona. A indústria da música pode ser um lugar difícil, há sempre alguém pronto para julgar ou comparar, e isso alimenta essas dúvidas. Mas com o tempo, você aprende a lidar melhor com esses sentimentos. Quando comecei a receber o feedback positivo dos fãs e de outras pessoas, eu comecei a perceber que estava no caminho certo. Claro, a insegurança nunca desaparece completamente, mas hoje eu tento lembrar que estou onde estou por mérito, porque trabalhei duro e me mantive fiel à minha visão.
Paper: Qual é a sua ideia do paraíso na terra?
Chelsea: Paraíso na Terra... Eu diria que é estar em um lugar onde me sinto completamente em paz e conectada com quem eu sou de verdade, talvez com um Bloody Mary, o por do sol, uns aniamis correndo livres... Pode ser algo simples, como estar em casa com as pessoas que amo, sem pressa, sem expectativas, só aproveitando o momento. Ou então, talvez, estar em algum lugar no meio da estrada, sabe? Aquela sensação de liberdade, vento no rosto, música alta, dirigindo sem destino. Pra mim, o paraíso está muito ligado a essas sensações de liberdade, paz e amor genuíno ao meu redor.
Paper: Você sempre teve essa coisa de trabalhar até a morte?
Chelsea: Honestamente, sim, por muito tempo. Eu acho que quando você está tão apaixonada pelo que faz, é fácil se perder nesse ritmo de trabalho constante. Especialmente na música, onde você sente que cada projeto, cada performance, cada ideia precisa ser a melhor possível. Eu tinha essa ética de trabalho arraigada em mim: se eu não estivesse me matando, não estaria fazendo o suficiente. Eu estava sempre olhando para as falhas, focando no que não estava fazendo e esquecendo completamente que estava indo muito bem. À medida que envelheci, tive que me forçar a pegar mais leve comigo mesmo e falar comigo mesmo gentilmente. Estou melhorando nisso. Como você sabe, é um processo. Mas, com o tempo, percebi que também é importante encontrar um equilíbrio. Eu amo o que faço, mas também aprendi a valorizar os momentos de pausa, de me reconectar com outras coisas além da música. Acho que esse equilíbrio é essencial para manter a criatividade viva.
Paper: Quais são os lugares que você gosta de dançar?
Chelsea: Ah, em qualquer lugar! Eu danço no estúdio enquanto gravo, no backstage antes de um show, ou até mesmo na sala de casa quando estou sozinha. Acho que a dança é uma forma incrível de liberar energia e me conectar com a música de uma maneira diferente. E, claro, nos shows também, é como se a energia da plateia me contagiasse, e eu não consigo ficar parada.
Paper: Cite um artista que você está viciada e ninguém sabe.
Chelsea: Ah, Deus, isso é difícil… Eu estou obcecada pelo Slay da Eunji, mas também estou apaixonada por… Não sei. Eu amo as músicas da Gen Lip, acho a EMÍ simplesmente primorosa… Cantei ao lado do AWA que era um artista que eu não conhecia até algum tempo e hoje em dia acho ele simplesmente genial… Ah, Deus, são tantos
Paper: Que música você tem no “on repeat”?
Chelsea: “Interstate Gospel”. [risos] Brincadeira! Nossa eu estou um pouco viciada em “Melody” de uma cantora chamada Lucy Hart, achei simplesmente mágico o instrumental. As meninas do Raven lançaram uma música nova ontem, né? Eu ainda não tive a chance de ouvir mas estou muito animada, sério, sou obcecada por alguns grupos de kpop… MEU DEUS! Paradise! Quase esqueci de paradise… Pra mim é uma das maiores músicas do ano, hands down, eu me sinto automaticamente num ritual sáfico quando ouço, é incrivel.
Paper: Fones de ouvido Bluetooth ou com fio?
Chelsea: Amo o vintage do com fio, mas o bluetooth me dá muito mais liberdade.
Paper: Onde você encontra músicas novas?
Chelsea: Eu diria que encontro músicas novas em todos os lugares, então não me limito a uma coisa. Às vezes, é ouvindo playlists aleatórias no streaming, outras vezes é durante conversas com amigos ou enquanto viajo. Também gosto de explorar bandas e artistas que abrem shows ou que alguém recomenda. Além disso, redes sociais são um ótimo lugar para descobrir novas vozes, especialmente de artistas independentes.
Paper: O que você ouve quando está chapada?
Chelsea Hum, não sei. Essa pergunta é confusa para eu responder, chapada de quê? Geralmente algo acelerado, mesmo quando é deprimente. Provavelmente Hina Maeda ou Plastique.
Paper: O que torna uma música icônica?
Chelsea: Uma melodia que exala aquela nostalgia.
Paper: Como é o seu aplicativo de notas?
Chelsea: Uma amálgama de letras que não fazem sentido. Sou eu construindo textos, textos de término de namoro, textos de autoajuda… Basicamente, qualquer interação social que me dê ansiedade está aí. Às vezes, são só fragmentos de letras ou frases que surgem do nada, ideias de melodias, listas de coisas que preciso fazer... É um espaço criativo, então nem tudo faz sentido na hora, mas eu sempre volto a esses rascunhos quando estou compondo. Gosto de pensar nele como um diário musical.
Paper: Qual álbum estará tocando quando você chegar no paraíso?
Chelsea: The Travels. Golden Castles.
Paper: Como você está se sentindo por estar em Nova York?
Chelsea: Estar em Nova York é sempre uma experiência incrível. A cidade tem uma energia única, é como se você estivesse no centro do mundo. Eu adoro a vibração daqui, a diversidade e como a arte e a música estão por toda parte. Estar aqui, especialmente para uma futura turnê, me deixa animada e inspirada. Nova York sempre me dá aquela sensação de estar em casa, mas ao mesmo tempo é desafiadora, então estou me sentindo muito motivada...
Paper: Eu sei que você ainda nem anunciou nada de turnê, mas qual cidade você está animada para conhecer? Porque?
Chelsea: Se fosse pra escolher uma cidade... seria Tóquio. Acho que o Japão tem uma cena musical fascinante, além de ser um lugar cheio de cultura e inovação. Sempre me fascinou a forma como eles vivem a tradição e como eles são super receptivos e muito amorosos conosco e amam nossa música. E eu sinto que tocar lá seria uma experiência surreal, sabe? A conexão com o público em um lugar tão diferente seria muito especial.
Paper: Quem geralmente viaja com você?
Chelsea: Normalmente, eu viajo com minha equipe de confiança. Tenho meu empresário, minha assistente pessoal, e, claro, os músicos da minha banda. Eles são como uma família para mim. Além disso, eu sempre levo alguém da minha equipe de produção para garantir que todos os detalhes dos shows estejam perfeitos. Ah, e às vezes, quando a agenda permite, algum amigo ou parente próximo também vem para dar aquele apoio emocional, o que é ótimo!
Paper: Qual foi a coisa mais estranha que alguém já pediu para você assinar?
Chelsea: Ah, essa é boa! Uma vez, um fã me pediu para assinar um skate… até aí tudo bem, mas ele também queria que eu assinasse o gesso que ele tinha na perna! Ele tinha acabado de quebrar a perna tentando fazer uma manobra, e disse que seria "a lembrança perfeita" da noite. Foi definitivamente uma das coisas mais inusitadas que já me pediram para assinar, que eu me lembre.
Paper: Você disse recentemente que ficou cansada de ser uma pessoa do “sim”. A que coisa você já disse “não” com um sorriso no rosto?
Chelsea: Ah, sim, isso foi algo importante para mim. Eu disse "não" para o excesso de compromissos que não me traziam felicidade ou crescimento pessoal. Antes, eu me pegava dizendo "sim" para tudo, tentando agradar a todos, mas isso me desgastava. No início, senti um enorme orgulho quando enviei um e-mail de volta e disse: “Não. Passo." Mas agora melhorei tanto em estabelecer limites que aí nem tudo parece uma vitória ou uma derrota. Recentemente, tenho dito "não" para coisas que não combinam com quem eu sou agora, e isso me deu muito mais tempo e energia para focar no que realmente importa, como minha música e meu bem-estar. E a grande questão disso é sempre, tipo: “Ok, ela é uma diva”. Então eles vão falar mesmo, enfim, que seja.
Paper: O que é algo que antes parecia fora de alcance, mas agora parece que está à sua disposição?
Chelsea: Acho que a confiança em mim mesma e na minha visão artística. No começo da minha carreira, eu tinha tantas dúvidas, achava que não tinha controle sobre certas partes do meu trabalho, especialmente no processo criativo. Agora, parece que finalmente estou em um lugar onde posso realmente confiar nas minhas escolhas e dizer: "Eu sou capaz disso, essa é a minha visão." O que antes parecia distante, agora está ao meu alcance — eu sou dona do meu próprio som e da minha carreira.