[AMERICA] SOFÍA X GOOD MORNING AMERICA
Oct 3, 2024 12:50:47 GMT
Post by adrian on Oct 3, 2024 12:50:47 GMT
[DIVULGAÇÃO PARA PARADISE e ESPADA]
Em mais um momento de divulgação de sua nova era, Sofía é a convidada especial do programa Good Morning America (GMA) nesta quinta-feira. A artista foi convidada pelo programa para realizar uma pequena apresentação, bem como foi questionada sobre alguns aspectos de sua vida para o público do programa. Sofía foi recebida pelos três apresentadores do programa televisivo: Amy Robach, Robin Roberts e Lara Spencer. Era exatamente 7:45 da manhã quando Sofía foi convidada para entrar no palco.
Amy – Hoje teremos o prazer de receber uma das artistas de maior renome mundialmente. Ela é uma das poucas que não precisa de apresentação, já que dificilmente vocês de casa não a conhecerão. A artista que ganhou o mundo com uma música de forte influência regional e mostra que a música não possui fronteiras. Ela é a bruxa que não tememos; a deusa que cultuamos. Ela é Sofía. A estrela da música latina e uma das maiores artistas da história.
A cantora entra no palco e é recebida com aplausos pelos apresentadores e pela produção do programa que aparecia nas margens do cenário. Sofía apareceu sorridente. Ela utilizava uma camisa branca com uma borboleta estampada na frente, uma saia de couro sintético vermelho e uma bota branca que ia acima do seu joelho.
Robin – Sofía! Que prazer é te receber aqui depois de tantos anos. Lembro da sua primeira vez aqui e você era só uma jovem cantora, ainda é jovem, claro, mas ainda não havia conquistado o mundo. E hoje você está aqui como, provavelmente, a artista mais bem sucedida deste ano.
Sofía – Eu lembro desse dia também, Robin. Em primeiro lugar, bom dia a todes! Espero que esta manhã seja especial para nós. Naquele momento eu era realmente muito inocente e não esperava que chegaria até aqui hoje. E vejam só [risos].
Robin – Você esperava todo esse sucesso?
Sofía – Eu sempre confiei no meu talento e no meu trabalho, mas nunca realmente sabemos a dimensão das nossas conquistas até alcançar os elas. Desde a nossa primeira entrevista eu cresci muito, como cantora e indivíduo. Não imaginava chegar tão longe, mas já que cheguei, não quero parar por aqui e explorar mais ainda as possibilidades que a música me oferece.
Lara – Sofía tem algum limite?
Sofía – Claro! Todos nós possuímos limites e eu conheço bem os meus. Sei que algum dia terei que retroceder em alguns destes passos que estou dando agora, mas prefiro me concentrar no agora e não no depois. Sinto que um futuro ainda mais glorioso me espera.
Lara – Sofía, atualmente você está realizando uma série de shows aqui nos Estados Unidos e está arrastando multidões para os estádios em que você está se apresentando. Como está sendo essa experiência?
Sofía – Está sendo realmente engrandecedora, Lara. Eu amo estar nos palcos e isso me deixa sempre realizada quando penso naquilo que me faz continuar cantando. Eu amo cantar e ouvir em resposta um coro de vozes diferentes e pouco harmônicas [risos]. Já falei disso muitas vezes, mas se eu pudesse escolher algo para fazer pro resto da vida, seria apresentações em turnê. Consigo conhecer muitas culturas, muitas pessoas e me conectar com aqueles que fizeram de mim uma artista consagrada. E isso é o mais importante: é o momento em que eu posso mostrar o que tempo despendido pelos fãs dando streaming valeu a pena. Sou uma artista realizada quando vejo a emoção nos olhos de cada um destes que adquiriram os ingressos e passaram horas nas filas apenas para me ver.
Robin – Como você consegue se conectar com tantas pessoas se você está cantando em estádios lotados?
Sofía – Sempre é possível, Robin. Consigo me conectar com públicos de quinhentos à cem mil pessoas muito facilmente. O elo que nos liga é a emoção que flui através da música do carinho recíproco. Talvez os meus fãs não saibam, mas consigo sentir cada um deles nos meus shows. Suas alegrias, decepções por eu não ter cantado determinada música [risos]. Consigo estar atenta a cada expressão, mesmo que esteja realmente concentrada em entregar um show incrível.
Lara – Não faz muito tempo que você foi criticada por, supostamente, se vestir mal nos shows da turnê. Isso te impactou de que maneira?
Sofía – Eu não sofri muito com isso não, para ser bem sincera. Achei divertido que a única coisa que eles acharam para criticar os meus shows foram os meus visuais. Isso significa, então, que todo o resto estava ótimo. Sobre essas críticas eu nem considero muito, sabe? O que eu visto é aquilo que considero que me faz bem. Não serei escrava da moda ou daquilo que as pessoas acham que eu devo vestir apenas por considerarem como “certo” ou mais “glamouroso”. Quando eu escolho os meus visuais dou preferência ao que é confortável, em primeiro lugar.
Amy – E isso reflete muito uma situação social em que as mulheres sempre serão julgadas por aquilo que vestem e não pelo que fazem.
Sofía – Sim! É uma dinâmica que tenta solapar a nossa autoestima para que caíamos, mais uma vez, nas mãos dessa estrutura que tenta dizimar a nossa própria vontade, a nossa identidade, enfim, a nossa essência. Enquanto mulher eu tenho esse tipo de críticas ridículas que virão sobre mim em situações diversas. Infelizmente, acreditamos que nos acostumamos, com o passar dos anos, a não ser tão afetadas por esse tipo de discurso.
Lara – Com certeza! Inclusive, é uma coisa que eu sempre gosto de ouvir artistas mulheres a falarem: como é ser mulher em uma indústria que privilegia os homens?
Sofía – É uma situação bem desconfortável, Lara. Quando estava no início da minha carreira eu não sabia lidar com o fato de que, por ser mulher, eu teria menos oportunidades que homens. Depois eu fui entender que nesse cenário, também como mulher, eu tinha determinados privilégios, não mais que homens brancos e cisgêneros, mas ainda assim há uma estrutura de opressão que me garante determinados privilégios. Sou uma mulher branca e justamente isso me leva à patamares que são muito mais difíceis de serem alcançados por mulheres transexuais e não-brancas, por exemplo. Para responder esta sua pergunta eu preciso delimitar esse espaço ao qual pertenço. Se não o fizesse, estaria me colocando em um lugar de vítima que não me pertence. Sou bem consciente em relação ao que me é oferecido por ser quem sou, da cor que sou, enfim. São muitas variáveis, mas ser mulher, em qualquer lugar, é sempre difícil; há, contudo, hierarquizações que não podem ser ignoradas dentro de análises a respeito das relações de poder.
Robin – Você tem carregado uma bandeira política que é muito evidente, coisa que não é comum no meio artístico. É mais normal que os artistas tenham um posicionamento pontual e que não carreguem uma bandeira, mas você está indo na contramão dessa cultura ou desse hábito. O que te motiva a assumir essa posição que, podemos dizer, se aproxima de uma militância?
Sofía – A militância, para mim, é algo que particularmente eu não ousaria me inserir. O ser militante envolve outras ações, um pensar sobre elas que ainda me falta. Então não sou militante. Agora, enquanto um indivíduo que enxerga as mazelas sociais e se indigna ao perceber as suas existências no cotidiano, não posso simplesmente ficar calada. É como se fosse uma força dentro de mim que me impelisse para levantar as minhas críticas àquilo que acho injusto.
Amy – Vou entrar em um assunto polêmico agora, para aproveitar o momento. Não uma vez, não duas, mas várias vezes você já deixou claro um certo repúdio a tudo o que vem dos Estados Unidos. De acordo com suas palavras, somos um país “sem cultura”. Como você se posiciona dessa forma e, em seguida, vem fazer shows aqui? Não seria hipócrita da sua parte?
Sofía – De forma alguma. Eu venho fazer shows aqui para trazer cultura de verdade para uma terra que conseguiu exterminar quase todos os seus focos de cultura originárias. Gostaria de lembrar que a cultura moderna, que encontra seu referencial principalmente aqui nesse país, é plástica, é tão sem vida e sem alma que, ao meu ver, sequer pode ser chamada de cultura. Sei que isso pode parecer violento, agressivo e talvez até irresponsável, mas não consigo me calar frente ao domínio de moldes culturais norte-americanos na América Latina ou na África, por exemplo. Vivi sendo incomodada por padrões que vieram daqui que, na verdade, só serviam para tentar impedir a minha cultura de sobreviver. É por isso que meus discursos referentes aos Estados Unidos são sempre muito assertivos: não gosto da “cultura”, mas isso não significa que não goste das pessoas, dos meus fãs. Os amo e nunca os deixarei apenas porque não gosto da forma como o seu território é estruturado. Fico pouquíssimo tempo aqui, pois me dá até alergia.
Amy – Uau! Não sei nem o que falar depois dessa.
Sofía – Sei que pode parecer realmente violento, mas é o que eu acho. Sei das consequências que o meu posicionamento pode vir a acarretar para mim. A “América” de vocês é uma farsa. Por trás de toda a sua estrutura fantástica há o trabalho de milhões de imigrantes, inclusive em termos culturais.
Robin – OK! Eu acho que temos que ir para outro tópico!
Amy – Concordo! Aaaa... Sofía, você está trabalhando com duas grandes gigantes do streaming, a Netflix e o Spotify. Como está sendo trabalhar com eles?
Sofía – Tem sido uma experiência realmente gratificante, sabe. Eles me dão as oportunidades para realizar aquilo que quer, sempre com parcimônia, claro, mas não me sinto de forma alguma presa a um contrato. Já falei isso em algumas oportunidades, mas a minha relação com as marcas parceiras é de confiança mútua. Eu não espero que eles me digam o que fazer, eu já levo todo um mapa de ações que, ao meu ver, faz sentido para associar a minha própria imagem. Eu tenho uma liberdade de criação que eu considero muito positiva, me mantém motivada a fazer um trabalho incrível.
Robin – Você fez um documentário pela Netflix e foi um sucesso tremendo e, ao anunciar a renovação da parceria, também foi dito que um novo documentário seria lançado. O que podemos esperar deste novo documentário e em que ele se difere do anterior?
Sofía – A principal diferença é a de que eu, pela primeira vez, atuei como diretora. Atuava apenas como roteirista, tanto nos meus videoclipes como no documentário anterior, e dessa vez eu decidi me aventurar em uma nova ocupação. É claro que eu estava como uma espécie de diretora “assistente”, eu fiz questão de trabalhar sob a tutela de outros profissionais do ramo. Não queria, de forma alguma, que algo saísse errado e também é um momento de formação. Eu aprendi muito nos meses que filmamos o documentários, aliás, ainda estamos filmando. As gravações se encerram logo mais para que possa o período de pós-produção.
Amy – Uau! Falta menos de um mês para ele ser lançado, não?
Sofía – Sim, mas já temos mais de 80% dele concluído. Quando gravávamos algo ele já ia direto para a produção, então para que isso acontecesse fizemos um cronograma e tá tudo certo. Quando foi disponibilizado vocês poderão ver o trabalho incrível que foi por nossa equipe.
Lara – Sofía, você tem feito sucesso com músicas solo, mas, o que chama a atenção é a de que seus maiores sucessos são parcerias.
Sofía – De fato, as minhas músicas mais famosas são em parcerias com outros artistas, mas são músicas minhas. A exemplo de Mujer Bruja, Juicio Final e, agora, PARADISE. Mas eu também tenho músicas solo que são grandes sucessos: Berlín, Nochentera, CdS, La Reina Perdida, Espada. Eu gosto muito de cantar com outros artistas, na verdade, são todos meus amigos [risos]. Então para mim é sempre um prazer dividir uma música.
Lara – Aliás, Juicio Final é a música de maior sucesso em toda a história da música contemporânea. Eu queria saber como a experiência de criar essa música, como você viu o sucesso gigantesco que ela fez e o que podemos esperar de novas parcerias?
Sofía – Essa música era para ter saído no álbum que eu descartei, o EDÉN, mas eu amei tanto ela que fiz questão de adaptá-la a proposta que eu trouxe no quarto disco. E desde o início eu sabia deveria chamar a Awa para cantar comigo. É a nossa terceira parceria, se não me engano. E é uma das minhas músicas favoritas que eu já escrevi. Sobre o sucesso, eu já esperava porquê eu divulguei bastante a música. Lancei uma série de remixes, algo que eu nunca tinha feito, então os números refletem o trabalho que eu coloquei para fazer com que ela atingisse mais pessoas e lugares. Não esperava, contudo, que quebraríamos tantos recordes e ficássemos nova semanas em primeiro lugar. Isso sim foi algo inesperado. Eu fiquei realmente muito feliz em tudo o que conquistamos até aqui. É uma música que vai ficar para a história e, felizmente, é uma canção entre dois amigos que se amam muito e que amam a música. Esse é o nosso diferencial. E por isso que eu amo tanto esse single. A respeito de novas parcerias, vocês podem esperar muitas coisas diferentes. Neste novo álbum, por exemplo, teremos quatro músicas, incluindo PARADISE, que são em conjunto com outros artistas. Uma delas é realmente bem diferente de tudo o que eu já fiz.
Robin – Você não pode nos dar mais algum spoiler?
Sofía – Eu quero que seja realmente surpresa, então não [risos]. Já revelei que teremos uma parceria com o Juanes em uma das faixas, que incorpora o reggaeton com algumas influências do afrobeats. Mas, de resto, não posso revelar muita coisa [risos].
Robin – Afrobeats? De onde veio essa inspiração?
Sofía – Ultimamente eu tenho ouvido muitos artistas africanos e eu fiquei realmente tocada pelo ritmo, pela batida mesmo. Então eu fiz um intensivo escutando mais músicas africanas e tentei trazer um pouco disso para esse disco. Acho que assim como a música latina é relegada a uma posição secundária, o mesmo acontece com a música africana.
Lara – Você já chegou em um patamar de estrela global cantando músicas latinas, então você não acha que essa resistência está, aos poucos, desmoronando?
Sofía – De certo modo, sim. Mas é um avanço muito lento, acredito eu. Para que eu pudesse chegar até aqui tive que trabalhar três vezes mais que qualquer um artista norte-americano, europeu ou asiático, por exemplo. Eu falo desses por serem os mais destacados no mundo da música, claro. E não estou querendo dizer que eles não trabalharam para conquistar tudo o que conquistaram, mas o que falo é de facilidades. Nós, latinos, não temos. É sempre muito difícil, mas sim, há uma abertura e é isso que eu quero fomentar.
Robin – Sobre a sua música nova, PARADISE. Ela está fazendo muito sucesso, alcançando números incríveis. O que pode nos falar sobre essa parceria de sucesso que, na semana passada, você lançou uma nova versão com Tieta, uma cantora brasileira.
Sofía – PARADISE é, definitivamente, uma das melhores músicas que eu já compus, produzi e escrevi. Não fiz isso sozinha, claro. O bom de compartilhar uma música é que o trabalho é bem menor [risos]. Dividimos ele e tudo fica tranquilo demais. As meninas com quem eu trabalhei são fantásticas, tanto como pessoas como quanto artistas. Bru, Plastique e Tieta são três cantoras que eu admiro muito e me sinto extremamente orgulhosa em dividir esse espaço com elas. É uma música que mistura diversos gêneros e as nossas personalidades.
Amy - Bem, por aqui encerramos a nossa conversa e agora queremos te ouvir cantar, querida. Mostra um pouco de cultura para esse povo!
Sofía - Com todo prazer, querida! Obrigado pelo carinho, pessoal.
Após um breve intervalo comercial, Sofía retornou ao palco preparado pela equipe do programa para a sua apresentação daquela manhã. Foram escolhidas pela cantora as músicas PARADISE e Espada. A performance contou apenas com uma banda de quatro musicistas. Sofía cantou ambas as músicas sentada em um banco de madeira, em uma performance mais intimista. Foram cantadas, então, versões renovadas dos singles lançados por Sofía. Um novo arranjo foi idealizado para aquele show em específico. Ao final da performance, Sofía foi aplaudida pelos apresentadores e foi se despedir deles com um abraço. Ao final, foram mostradas cenas do short-film de PARADISE.
Amy - Bem, por aqui encerramos a nossa conversa e agora queremos te ouvir cantar, querida. Mostra um pouco de cultura para esse povo!
Sofía - Com todo prazer, querida! Obrigado pelo carinho, pessoal.
Após um breve intervalo comercial, Sofía retornou ao palco preparado pela equipe do programa para a sua apresentação daquela manhã. Foram escolhidas pela cantora as músicas PARADISE e Espada. A performance contou apenas com uma banda de quatro musicistas. Sofía cantou ambas as músicas sentada em um banco de madeira, em uma performance mais intimista. Foram cantadas, então, versões renovadas dos singles lançados por Sofía. Um novo arranjo foi idealizado para aquele show em específico. Ao final da performance, Sofía foi aplaudida pelos apresentadores e foi se despedir deles com um abraço. Ao final, foram mostradas cenas do short-film de PARADISE.