[EUA] SOFÍA X SPOTIFY EXPERIENCE
Sept 17, 2024 2:12:41 GMT
Post by adrian on Sept 17, 2024 2:12:41 GMT
[DIVULGAÇÃO PARA PARADISE & ESPADA] - [CF - SPOTIFY]
Em ação promocional para a divulgação de sua nova canção, Sofía e o Spotify, empresa a qual está sendo parceira atualmente, organizaram um encontro de fãs em Los Angeles. No encontro os fãs poderiam fazer questões à Sofía, além de terem a experiência de vê-la cantando. A escolha pela localização se deu pela proximidade com os shows da turnê HASTA QUE SALGA EL SOL [POR EL MUNDO] que se inicia no próximo dia 20. A ação contou com a participação de seus fãs, além da produção e de moderadores. O local em que aconteceria o encontro era um teatro que foi adaptado e redecorado para aquele momento. A cor verde era a predominante em virtude do patrocínio do serviço de streaming. Havia estandes de distribuição de comidas, água e mimos personalizados. Os fãs mostravam-se curiosos para a entrada da cantora. O palco principal estava bloqueado, pois seria ali que as performances seriam realizadas.
O encontro seria inaugurado com uma performance de Espada, o penúltimo single lançado pela estrela latina. Após as cortinas terem sido desmanchadas, o palco revelou-se totalmente decorado para que Sofía pudesse se apresentar. Estava montado um cenário que remetia a uma floresta encantada, em cujo centro havia uma árvore que, por sua vez, estava decorada com pêndulos de cristal. Havia, também, uma casa de tamanho médio que repousava entre os galhos daquela árvore. Caberia, no máximo, um adulto de porte médio em pé. O chão estava coberto por um tapete que se assemelhava às gramíneas esverdeadas de primavera e elementos diversos compunham o cenário: borboletas de papel, estrelas penduradas no céu e uma lua artificial que reluzia.
Uma sombra parecia se levantar daquela casa que repousava no topo da árvore. A figura de Sofía surgiu na pequena porta que dava acesso ao mundo de fora. Ela estava trajando um belo vestido branco e havia sobreposições de tecidos de renda da mesma cor sobre ele, dando a sensação de volume e movimento. A sha maquiagem era leve e ressaltava os seus traços delicados. Havia uma linha dourada que marcava todo o seu olho direito e uma na cor verde no olho esquerdo. Seu cabelo estava preso em um belo coque com o que parecia ser uma faca de punhal incrustrado porr pedras brilhantes. O instrumental de Espada ressoou em todo o local e o público aplaudiu instantaneamente. Tudo ficou em silêncio repentinamente e Sofía pareceu ficar preocupada. O seu semblante agora era mais sério e o olhar percorria todo o horizonte que estava à sua frente.
Um vulto, dois, três, quatro... ao que parece cerca de quinze vultos invadiram o palco e o corpo da cantora reagiu instantaneamente: ela pulou de onde estava, sem qualquer dificuldade e já estava no chão em cerca de segundos. Era possível vê-la, agora, descalça e um coldre de couro sintético repousava na sua cintura. Uma espada prateada reluzia atada ao item. Ela contudo, não a usou. Ao contrário, pegou um microfone que estava “plantado” ao pé da árvore. Segurou-o firme em sua mão esquerda antes de levá-lo próximo ao seus lábios rosados. Os primeiros versos de ESPADA foram cantados pela artista ao mesmo tempo que os vultos revelaram sua face oculta. Eram homens e mulheres com maquiagem forte e semblante sério.
Sofía não parecia estar intimidada com aquelas presenças e andava entre eles como se nada houvera em seu caminho. Era como se estivesse andando entre fantasmas sob o luar. No primeiro refrão, contudo, um ataque inesperado aconteceu. Sofía largou os vocais e começou a lutar com um desses vultos com a espada que segurava em suas mãos. Ao som da faixa, os movimentos eram coordenados e até mesmo o tilintar das espadas coincidiam com os tempos da faixa. Era nítida a preparação para aquela apresentação. O conflito foi vencido facilmente por Sofía que, ao derrotar o vulto que a atacou, retomou os vocais ao vivo assim que o refrão findou.
Após a derrota do primeiro inimigo os demais vultos pareceram amedrontados e apenas circundavam Sofía como se quisessem amedrontá-la. A sua postura, contudo, era impassível e obstinada. A espada figurava em uma de suas mãos, enquanto a outra segurava o microfone. Os seus movimentos corporais eram contidos, embora estivesse apta a se defender de qualquer ataque vindouro. As luzes do palco incidiam sobre o seu corpo destacando o tecido do vestido e a forma pelo qual ele se movimentava.
Na reta final da performance, Sofí largou a espada que segurava e, em seguida, retirou o punhal que segurava o seu coque. Ela o girava entre as mãos habilmente. Os vultos agora, incluso aquele que fora derrotado anteriormente, agora realizavam a coreografia da canção. A voz de Sofía soava fluída e havia um sorriso no canto esquerdo de sua boca. Os seus cabelos agora desciam um pouco abaixo de seus ombros. Havia algo de etéreo na forma que se vestia para aquela ocasião. Ao final da performance ela lançou a adaga diretamente no tronco da árvore que, instantaneamente, emitiu uma luz clara forte. As cortinas se fecharam com Sofía admirando o que havia feito.
Cerca de cinco minutos após o fim da performance, Sofía retornou ao teatro para a roda de conversa com os seus fãs. Ela foi recebida novamente com muitos aplausos e gritos, tanto que demorou cerca de dois minutos para que ela pudesse se pronunciar.
Sofia – Calma, pessoal [risos]. Sei que todes estão animades, e eu fi o realmente feliz em poder proporcionar isso a vocês. Em todos estes anos nesta indústria sei que o de mais valor eu tenho são esses laços que construo e reconstruo diariamente com todes. Não poderia deixar de iniciar este novo momento na minha carreira sem vocês. E hoje, com a parceria com o Spotify, estamos nesse belo teatro para conversarmos e, claro, com muita música. Vou deixar aberto para perguntas, os nossos moderadores serão os responsáveis pela escolha das questões. Soube que, inclusive, uma das moderadores tem uma pergunta para mim, é isso? Pode fazer, querida.
Moderadora (1) – Bem, primeiro gostaria de agradecer a oportunidade de fazer parte da equipe de moderadores para o evento de hoje e dizer o quanto eu te admiro como mulher, como profissional. Hoje estava vibrando com a sua performance e nada mais me impressiona como a forma que você sempre entrega performances fantásticas. Você realmente aprendeu a lutar para performar ESPADA?
Sofía – Obrigado pelo carinho, querida. E sim, eu aprendi a lutar com espadas para esse segmento específico do show. E quis usar espadas reais para a performance, foi uma das minhas exigências para isso. Sei que é uma aventuras e tanto, sei de todos os perigos envolvidos e os meus bailarinos também receberam treinamento adequado para trabalharmos com essa ferramenta. Fizemos um trabalho bem rápido já que é algo realmente inédito nas apresentações dessa canção. Nos primeiros shows não era assim, como vocês sabem, mas sempre estou disposta a melhorar e adicionar elementos que façam sentido com a proposta visual e conceitual. O que mais faria sentido em uma canção que se chama ESPADA se não uma luta de espadas? Então eu contratei alguns espadachins profissionais e coreógrafos e, juntos, elaboramos esse momentos para abrilhantar as nossas performances. E acho que deu certo, não é? Essa é a primeira vez que conseguimos nos preparar uma coisa assim e fiquei bem feliz com o resultado.
O público aplaudiu entusiasticamente a resposta de Sofía e, novamente, demoraram para ficar em silêncio. Nesse meio tempo, os moderadores já haviam abordado alguns dos ali presentes para fazerem questionamentos à artistas. O primeiro destes seria Fernando, um fã brasileiro.
Fernando – Sofí!! Que prazer te ver novamente. Estava nos seus shows de São Paulo e te acompanhei até aqui para os shows da nova etapa da turnê. Sou um grande admirador de seu trabalho, viu? Te amo! Bem, a minha pergunta é sobre a sua atual turnê. Recentemente você divulgou que virá um novo álbum, ainda não temos data, mas a questão é se você apresentará novas canções já nesses shows de agora.
Sofía – Obrigado, Fernando! O Brasil está na casa e eu fico muito feliz. A minha conexão com o seu país é infinita. Então, sobre a pergunta: não. Paradise será a única canção nova que será cantada até o lançamento do disco, quero que as demais sejam um elemento surpresa para todes quando estiver disponível. Mas espero que isso não os desanimem para os shows, porquê estamos preparando tudo para recebe-los com esplendor e muito amor. Estou realmente animada para o que está porvir. Sério. Paradise é apenas o começo! Inclusive, achei que a primeira pergunta seria sobre ela [risos].
Os moderadores se viraram para a também brasileira, Maria do Carmo, que estava viajando de férias com a namorada.
Maria – Sofía, eu e a minha namorada te amamos muito! Aproveitando a deixa, gostaria de te perguntar a respeito do seu mais recente lançamento, PARADISE. Como foi o processo de composição e criação dessa faixa? Você já havia trabalhado com Plastique antes, mas com a Bru não. Conte-nos como foi. Essa experiência de nossos artistas favoritos cantarem junto à outras estrelas é sempre muito esperada por nós, acho que você já deve saber. Quando eu soube que seria essa parceria... nossa! Gritei horrores!
Sofía – Tive o prazer de trabalhar com duas das mulheres mais incríveis da indústria atualmente. Então, assim, não poderia ter sido melhor! A Bru e eu nos aproximamos à relativamente pouco tempo, mas já estabelecemos uma conexão gigantesca entre nós. Ela foi aquela primeira artista em que eu pensei para colaborar neste novo disco, de verdade. Eu me apaixonei pelo seu trabalho no álbum autointitulado e desde então se tornou um sonho dividirmos uma canção. E a Plastique é uma amiga de muito tempo, como vocês já sabem. Essa canção é uma mistura bem louca de três mulheres distintas, mas que, juntas, formam um todo coeso e esplendoroso. Foi um processo bem tranquilo, respondendo a sua pergunta definitivamente agora. Esse é um dos pontos positivos em trabalhar à muitas mãos: as coisas não dependem apenas de você e, por isso, fluem melhor. Eu sabia que estava junto de duas cabeças geniais e estava realmente confortável. Já falei no Jimmy Fallon um pouco sobre isso, mas a Bru e eu ficamos juntas para compor, enquanto a Plastique estava conosco virtualmente. Apesar de não estarmos juntas presencialmente, fiquei surpresa em como o trabalho se deu de forma tão harmônica. Veja, somos pessoas bem diferentes e com ideias e identidades aquém uma da outra. Como poderia dar certo? Não sei o que fizemos, mas deu certo! Fizemos uma música incrível e digna de todos os aplausos deste mundo. Não serei humilde quando se tratar de PARADISE, pois esta é, definitivamente, uma das melhores canções que já lancei.
Em seguida, uma jovem adolescente estadunidense se levantou com os microfones em mãos tremendo. Seu nome era Sabrina e vestia uma camisa com o rosto de Sofía estampado.
Sabrina – O-o-i, Sofía. So-so-sou muito sua fã. Eu que-queria saber como é ser uma inspiração para tantas meninas que sonham em ser artista.
Sofía – Oh, querida. Não precisa ficar nervosa, está bem? Você está em casa. Bem, pela sua pergunta vou supor que você me tem como uma inspiração, ok? Estou certa? Oh, que fofa! Muito obrigado, Sabrina. Acho que já falei algumas vezes, mas não sei lidar muito bem com essa ideia de ser uma inspiração para a juventude. E não se trata de negar, mas de não ter dimensão a respeito do quanto os meus passos podem afetar algo ou alguém. Tipo, o que eu falar pode ter impacto direto em um incontável número de meninas e meninos que me seguem e me tem como exemplo. Eu tenho essa noção, mas as dimensões são muito abstratas e confusas. Eu olho para essa questão com um olhar crítico. Vejo que há dois caminhos, dentre tantos outros, possíveis: o de engajamento e o de acorrentamento. O primeiro é o que resolvi seguir: utilizando da minha voz para causas em que acredito e para fazer arte. A segunda é aquela em que o artista fica preso às convenções que lhes são impostas apenas para não perder público por falar algo “errado”. Ao meu ver, seguir esse segundo caminho, seria inverter a própria lógica da “inspiração”. Se há um reconhecimento de um indivíduo sobre o outro é porque algo de comum foi encontrado entre ambos; então, a partir do momento que você muda para agradar alguém, não há mais relação verdadeira a submeter. Estaríamos vivendo uma mentira. E com isso não quero dizer que não devemos ter consciência acerca daquilo que falamos publicamente, mas de que não faz sentido ficarmos reféns de regras absurdas e que nada tem a ver conosco. Sabrina, eu fico feliz por você me considerar uma inspiração e espero ser um norte para que, tanto você como as outras garotas que assim me vejam, tenham um norte a seguir. Precisamos de influências boas, responsáveis e críticas! De mim vocês não terão nada menos que a minha essência. Se hoje estou aqui é pelo incontável apoio que tive de todes vocês e ser um exemplo é uma das minhas formas de agradecer todo esse amor que me é dado diariamente.
Sabrina – Se me for permitido, gostaria de fazer outra pergunta. Posso?
Sofía – Claro! Não há problema, certo, pessoal? Vamos lá, faça a sua pergunta.
Sabrina – Como é lidar com todas as críticas que você recebe diariamente?
Sofía – É um exercício constante de resiliência. Não é algo cômodo ser bombardeada por críticas disfarçadas de ataques pessoais. Há uma diferença gritante entre uma e outra, mas acho que, deliberadamente, algumas pessoas insistem em jogar coisas sobre mim como se fosse algo normal e aceitável. Em uma retrospectiva eu lembro que isso acontecia muito pouco no momento em que estreei no mundo da música, lá com o álbum SPOILER. Foi apenas quando consegui um pouco de reconhecimento que essa enxurrada de ataques caiu sobre o meu colo. E, até aí, normal, afinal, estava me tornando muito mais conhecida. Foi um trabalho duro separar o que eram as críticas válidas daqueles que eram o mais puro suco do ódio. Hoje consigo lidar bem melhor com esse tipo de coisa se comparado ao que sentia há uns anos atrás. Vocês melhores que ninguém sabem o quão reativa eu era, principalmente no Twitter. Eu ultrapassava uma barreira que, como vocês puderam ver, era grande. Esse tipo de comentário me persegue até hoje, mas a principal diferença é a de que hoje os levo com mais leveza. No fim do dia, eles vão fazer diferença? Não! Então porquê eu deveria me importar com o que falam de ruim? Levo com muita graça e rio bastante da forma como as pessoas acreditam que vão me atacar. Desculpem, mas vocês precisam melhorar e MUITO! Para que possam me tirar o sossego. O ego é tão grande que juram que o mundo gira ao redor deles, mas, o que resta para eles, é pena. Nunca fui tão bem sucedida e tão criticada. Esse é, infelizmente, um dos pesos que a fama te traz. Aliás, sobre isso, gostaria de dar algumas palavras a mais. Acho esse assunto que você tocou muito importante, Sabrina.
Sofía – Como uma figura pública eu sei que estou exposta a determinados comentários e situações desconfortáveis, isso já era esperado. O que eu não esperava que acontecesse era a dimensão e o conteúdo desses comentários. Há relativamente pouco tempo pensei em largar tudo, pois não estava aguentando a pressão que colocavam sobre mim. Poxa, estou fazendo o meu trabalho, sem ofender ninguém que não mereça. Hoje eu quero estar em paz comigo mesma, mas sempre há algo que vem a tua porta e te lembra que as pessoas têm problemas consigo e resolvem transferir para outras pessoas. Galera, vamos com calma? Isso tudo aqui é um jogo de relações e não precisa ser tóxico. Contudo, a partir do momento que se instaura esse climinha pedante e nocivo, eu entro nesse jogo, mas entro para ganhar. Te incomoda que estou aparecendo tanto na mídia? Pois bem, vou aparecer mais. Não suporto esse tipo de gente, desculpem. A minha reatividade diminuiu bastante desde que estou fazendo tratamento com sertralina, mas, se há algo que me sobe o sangue, é esse tipo de situação. Estou calada, faço brincadeiras e entro no joguinho. Mas não queiram me ver puta. Sou alguém muito bem resolvida com as minhas próprias questões. As críticas que muitas pessoas fazem são extremamente válidas, mas desde que apoiadas na honestidade. Eu não pretendo ser hostil, mas se assim agirem comigo, então não terei outra escolha.
Sofía – Dar a cara a tapa para os outros abusarem dessa liberdade nunca foi o meu forte. Todes têm o direito de se expressar acerca da arte que eu faço, mas, faço questão de frisar, que o façam com honestidade e ponham seus rostos no fogo para queimar. O anonimato é uma delícia, não é mesmo? Você pode falar qualquer merda e ninguém nunca vai te achar. Patético [risos]. Eu às vezes lembro do que dizem de mim e rio muito sozinha. É divertido ver a pequenez dessas pessoas. Poxa, é isso o que tens para oferecer? Que barra! Enfim, pessoal, queria fazer esse desabafo antes que pudéssemos andar mais com essa nova era. Estou muito mais inquieta que antes e não esperem passividade da minha parte. Quer dizer, talvez sim, mas em outros contextos [risos]. Estou feliz que tenha construído uma relação tão íntima assim como essa. Me sinto liberta ao saber que, para além de fãs, tenho comigo uma legião de amigos e confidentes. Obrigado a todes que fazem isso ser possível! De verdade, muito obrigado!
O público se levantou e aplaudiu a cantora durante minutos de forma ininterrupta. Sofía derramou algumas lágrimas e foi abraçadas pelos fãs que estavam mais próximos de si. De repente, todas as cem pessoas pareceram serem puxadas magneticamente para aquele círculo. O abraço coletivo durou cerca de um minuto e meio e só foi interrompido quando a produção os alertou para a programação. Sofía se recuperou do momento choro e recebeu as informações da sua equipe para o próximo segmento daquele espetáculo.
Sofía – Ok, pessoal! Vamos dar continuidade ao nosso dia de hoje. Nós pensamos que, para além da conversa e do show propriamente dito, poderíamos fazer dinâmicas com vocês como forma de nos aproximarmos mais. Então, o Spotify preparou alguns games para que vocês testem os conhecimentos musicais de vocês. E os meus também, é claro [risos]. Para a primeira dinâmica vamos precisar de um grupo de cinco pessoas de um lado e outro de cinco em outro oposto. Um dos grupos receberá uma música minha e terá de representá-la visualmente através de um desenho que, por sua vez, será mostrado ao grupo oposto que terá de adivinhar de qual canção se trata. Se o desenho for reconhecido o grupo 2 ganhará os pontos da rodada; caso não seja, é o grupo 1 que se sairá vitorioso.
Os fãs começaram a se organizar em dois grupos como lhes fora ordenado pela artista. A produção estava preparando o local em que a dinâmica aconteceria. Assim que as dez pessoas foram escolhidas, elas foram levadas ao cenário em que a disputa iria acontecer. Os demais ficaram na plateia para assistir o jogo. Sofía seria a mediadora.
Sofía – Bem, vamos ao primeiro desenho? Equipe 1 essa é a música que vocês terão que representar. Terão três minutos para desenhar e a equipe 2 os mesmos três minutos, ok?
A primeira música a ser desenhada pelas equipes foi Tequila and Soju.
Sofía – Essa é relativamente fácil.
Ao grupo 1 foi lhe dado o tempo de três minutos para fazer o desenho que teria que ser adivinhado pela equipe adversária. Assim que rles finalizaram o desenho, a equipe teve os mesmos três minutos para tentar acertar de qual música se tratava. Após o tempo decorrido, a equipe 2 acertou o desenho e todos os membros comemoraram quando Sofía os declarou vencedores da rodada.
Sofía- Uau! Que desenho tenebroso, equipe 1. A música de que se tratava foi o meu primeiro feat com um artista asiático, o KIJIKUSH. Por onde o KIJIKUSH? Um beijo, KIJIKUSH! Posso contar um segredo para vocês? Eu nem sou muito fã de tequila e nem ele é de soju [risos]. Vamos para a próxima faixa.
A equipe 1 foi informada que a canção daquele round seria Presiento, parceria entre Sofía e o finado grupo MAVI. Dessa vez, a equipe 2 não conseguiu acertar o desenho e os pontos foram para a equipe 1.
Sofía – Acho que essa é uma das minhas músicas favoritas que já lancei em parceria com alguém. Uma pena que os meninos não tenham seguido carreira. Eles, com certeza, tinham muito talento. Os pontos dessa rodada irão para a equipe 1. Prosseguindo.
Para a rodada 3, a canção a ser desenhada/descoberta era Lo Malo, parceria entre Sofía e Monet que está presente no primeiro disco de estúdio de Sofía. A Equipe 1 desenhou a canção em tempo inferior ao de dois minutos, confiante, mas, ao ser mostrado para a Equipe 2, eles descobriram de cara. Ao serem avisados do acerto, a equipe vencedora comemorou horrores.
Sofía – Ai... esse feat me deu muito trabalho [risos].
A penúltima rodada teve como tema a faixa Levanta Poeira, também do primeiro disco de Sofía. A Equipe 1 pareceu ter dificuldades para realizar o desenho, mas entregaram no limite de tempo. A Equipe 2 não conseguiu decifrar a imagem e os pontos foram para a Equipe 1.
Sofía – Eu entendo a dificuldade de vocês com essa. Eu nem lembrava que tinha uma música com esse nome. A equipe do Spotify pode me ajudar a lembrar, por favor?
Levou cerva de cinco segundos até que a equipe de som colocasse a faixa em questão para ser reproduzida.
Sofía - Ah! É essa música. Eu apaguei totalmente da minha cabeça [risos]. Vamos para a rodada final? As equipes estão empatadas, então que ganhar essa rodada sairá vitorioso do nosso game.
A faixa derradeira foi Wicked Wich of the Westside. O tempo utilizado pela Equipe 1 foi de exatos 1 minuto e meio. A Equipe 2 não titubeou em chutar “Mujer Bruja” como a resposta certa.
Sofía – Erroou! A resposta certa era Wicked Witch of the Westside. Mais uma música que eu sequer lembrava que já havia lançado. Os vencedores desse desafio é a equipe 1. Parabéns, equipe. Vocês serão presenteados com um kit exclusivo da turnê HASTA QUE SALGA EL SOL.
Ambas as equipes, contudo, puderam tirar fotografia com a cantora e, em seguida, partiram para mais uma sessão da sabatina. O próximo fã a fazer uma pergunta seria Kjhoniky, um fã russo. O seu sotaque era forte demais e Sofía precisou de um intermediador para conseguir compreender.
Kjhoniky – Sofía, você se posiciona sobre muitos desastres no mundo, mas até agora não fali nada sobre o conflito Rússia e Ucrânia. Como você justifica?
Sofía – Olha, quando eu me posiciono sobre algo sempre está atrelado a uma posição pessoal em relação a dado assunto. Sei que o conflito entre Rússia e Ucrânia vem se estendendo há muitos anos, mas confesso que não me sinto confortável para falar sobre esse caso em específico. Estudei muito pouco sobre e o conhecimento que possuo é realmente muito raso. O que eu poderia dizer é que ambos os lados estão agindo conforme seus interesses geopolíticos, apenas isso. Eu vejo que a mídia busca procurar culpados e vilões, mas a política internacional é muito mais complexa que isso. Por exemplo, a Rússia afirma que está atacando a Ucrânia pela grande concentração de nazistas que são abrigados pelo país; por outro, a Ucrânia fala que é invasão por território. E advinha? Realmente tem células nazistas com poder na Ucrânia e a Rússia quer anexar o território ucraniano ao seu. Eu não vou saber falar com propriedade a respeito disso, então eu me resigno a ficar calada. Acho que em momentos assim é o melhor a se fazer, evitando que nossas palavras possam aumentar ainda mais um conflito como esse. Não há santos, nem demônios nessa história, ok? Esse é o meu posicionamento.
O próximo fã a fazer uma pergunta se chama Yaeven, do Egito.
Yaeven – Eu te admiro por muitos motivos, mas um deles é a forma pela qual você se comunica conosco de igual para igual. Desde sempre você já tinha essa sensibilidade?
Sofía – Cara, se não fosse assim, a minha carreira não teria sentido. Gosto de salientar que ela não existiria sem o apoio de todes vocês. Se houvesse, portanto, esse distanciamento em termos comunicativos, tenho para mim que não teria chegado até aqui hoje. O nome e a persona Sofía é um conjunto de muitas coisas que não poderiam ser separadas, mesmo que alguém assim quisesse. Nossa conexão e ligações estabelecidas são fortes e é algo que prezo muito. Sou uma pessoa muito melhor com vocês ao meu lado e podem ter certeza que é algo que prezo muito. Não queria ser aquele tipo de artista “intocável” que, deliberadamente, se põe em um patamar superior aos demais e aos seus admiradores. Porra, que merda seria, não?!?! Desde sempre eh sabia que deveria empreender uma relação mais aberta com vocês. Só tive condições de chegar onde estou graças ao apoio irrestrito que tive e tenho de vocês. Não sou melhor que àqueles que me ouvem, pelo contrário, é a sua constante presença que me faz ser quem sou. Nunca me verão me colocando acima de vocês, em qualquer situação que seja.
Java – Sofí, uma das muitas críticas que você recebeu foi a de que “abandonou” a era HASTA QUE SALGA EL SOL ao lançar ESPADA como single e não divulgar. O que você acha a respeito desse tipo de crítica?
Sofía- Ah, eu acho uma merda. E injusto! Temos três singles que atingiram o tipo das paradas, um que foi segundo lugar e ainda tem abrindo a boca para dizer que eu não divulguei o disco? Nunca divulguei tanto um trabalho como divulguei esse. Aliás, só alcancei esse patamar que estou hoje por ter trabalhado igual a uma condenada para isso ser possível. Entendo que vocês esperavam outro single número um, mas até eu entendia que a situação não era essa. Para que eu pudesse dar continuidade àquilo que planejava, era necessário tirar um tempo para mim. Eu gravei videoclipe, pessoal. Sabem o trabalho que dá passar mais de 12h gravando? Eu trabalhei demais para esse single em específico sim. Não tivemos aquele trabalho de divulgação massivo, mas acho injusto falarem que não houve trabalho. É claro que todos temos expectativas, mas temos que ter cuidado para isso não implicar em decepções por algo que nem depende de você. Fiquem calmos, queridos. Sei que querem números, mas às vezes não é isso que importa.
O próximo fã que foi convidado para realizar uma pergunta foi Natalie, residente de Nova Iorque.
Natalie – Sofía, você vem se aventurando em videoclipes mais longos em seus últimos trabalhos, com a exceção de alguns poucos. O que explicar você dar preferência aos curtas-metragens?
Sofía – Olá, Natalie! Então, a minha escolha por curtas se dá por algumas motivações específicas. A primeira, a qual não posso dar realmente muitos detalhes, vocês descobrirão muito em breve. Só posso adiantar que não será mais um curta [risos]. Uma segunda motivação é a possibilidade que estes curtas me proporcionam uma liberdade criativa muito maior que um videoclipe menor. Dificilmente poderia colocar em prática muitas das minhas ideias atuais em clipes de três ou quatro minutos, por exemplo. Se fez necessário que demandássemos mais recursos criativos e financeiros para que todo esse projeto audiovisual fizesse sentido. E sim, é um projeto audiovisual que é composto por diversas partes. Eu disse que não iria contar mais do que poderia, mas agora já foi. Eu tenho planos de realizar um grande filme com todos esses pequenos elementos e, conjuntamente, formar uma obra coesa. Mas, de verdade, não posso extrapolar nas informações agora.
Natalie – Gostaria de fazer outra pergunta, se possível, mas ela complementa essa última que fiz. Dentre os vídeos que você já gravou, qual foi o seu predileto e o que menos gostou de fazer?
Sofía – Eu vou começar pelo o que menos gostei. Já fiz muitos clipes dos quais não me orgulho, mas o de ANTAGONISTA é um dos meus maiores fantasmas hoje [risos]. A música é incrível, com certeza, mas o vídeo não faz jus à sua grandeza. Gostaria de, se fosse possível, relançar um clipe melhor. E eu falo aqui de questões técnicas mesmo. O roteiro não era bom, a temática horrível, os visuais péssimos, os efeitos tão ruins quanto. Enfim, para mim, não foi uma experiência boa. Naquela época eu tinha realmente pouca influência na questão dos trabalhos audiovisuais, por ignorância mesmo. A equipe que eu tinha ao meu lado era muito boa, mas não basta uma equipe muito boa para que um trabalho assim saía perfeitamente. Faltou um toque meu, na verdade. E com isso não quero dizer que faria melhor, mas faria diferente. Agora, em relação, ao que eu mais gostei de gravar... tenho alguns em mente, por exemplo, o de Mujer Bruja. Sempre acho que gravar esses trabalhos com grandes amigos é sempre melhor que gravar sozinha. E foi muito divertido, vocês puderam ver um pouco dos bastidores naquele documentário para a Netflix. E foi o primeiro que a EMÍ já tinha gravado, então ela me fez rir em diversas ocasiões por não saber como se posicionar frente às câmeras, por exemplo. Demorou mais de três horas para que ela conseguisse dublar as suas cenas [risos]. Outro vídeo que gostei muito de gravar foi o short-film de LA CASA DE SOFÍA. Era um videoclipe inspirado em mundos diferentes e lembro que encenei com o Stefan [Lancaster] por holograma. Era um cenário apocalíptico e tals, foi bem divertido. Gosto muito de gravar vídeos com outras pessoas ao meu lado. É um processo realmente cansativo.
A produção havia escolhido outra fã de nome Jeanine.
Jeanine – Falando em amizades, sabemos que EMÍ é uma de suas melhores amigas e, inclusive, ela disse que você era a única amizade dela em toda a indústria. Como é, para você, essa questão de se tornar amiga de outras pessoas que, querendo ou não, estão competindo entre si?
Sofía – Se olharmos para o ponto de vista da competição seria, de fato, um grande problema. Mas eu não enxergo por esse lado. Sou uma pessoa que não constitui muitas amizades ao longo desses anos de indústria, já falei em vários momentos e gosto de repetir. Sou mais reservada e para conseguir a confiança das pessoas é necessário um tempo maior, assim como elas demoram muito tempo para sentirem confiança em mim. E é um processo que eu considero natural e positivo. As relações da contemporaneidade costumam ser baseadas na liquidez, mas, quando temos tempo para estabelecer laços efetivos é que constituímos relações verdadeiras. Eu amo a EMÍ e todes vocês já sabem. Nossa amizade foi quase instantânea, subvertendo uma ordem que me acompanha desde a infância. Desde que a conheci no SHOWDOWN sabia que seríamos grandes companheiras. Nossas defesas pessoais cederam no primeiro olhar, no primeiro toque, no primeiro beijo, enfim. Somos realmente confidentes. Uma outra amizade que prezo muito é a do meu querido Awa. Nos conhecemos em um momento realmente delicado das nossas carreiras. Deixamos de lado a estabilidades e nos colocamos frente a frente com a instabilidade da opinião pública. Estar naquele reality-show foi um momento estranho [risos]. Graças ao Awa tive a coragem de continuar naquele ambiente sempre muito hostil. Perdi amigos lá dentro, a exemplo do Vittor e ganhei outros. Foi um processo de desequilibração e de equilibração sucessivas. Há outros laços que foram constituídos na posterioridades como a Tieta, a Plastique, a Bru, o Stefan. Isso para citar os mais próximos, claro. No fim, é possível ter amizades mesmo um ambiente que é tão hostil, mas confesso que não é um processo fácil ou indolor. Temos que saber que muito de nós será perdido e isso não necessariamente é algo ruim.
Para uma das últimas perguntas a ser realizada naquele bloco, um fã do Japão, Itokoshiro, foi o escolhido pela equipe da cantora.
Itokoshiro – Sofía, você está prestes a lançar um álbum novo. Gostaria que você fizesse um balanço do que foi o HASTA QUE SALGA EL SOL até aqui.
Sofía – HASTA QUE SALGA EL SOL foi a minha obra mais pretensiosa até o momento e isso por muitos motivos. Um deles é a total renovação que pretendi atribuir à minha carreira com essa ressignificação dos ritmos da minha infância e da minha terra. Eu era uma cantora pop que cantava música latina muito restrita. Esse álbum me proporcionou trabalhar um outro lado meu que ainda não havia sequer tentado. Fui levada e me desafiar frente as condições renovadas que se colocavam a minha frente. Todes sabem que o meu planejamento para o quarto disco seria outro: a aposta era em música eletrônica. Então sair de um álbum eletrônico para um com músicas regionais foi uma diferença absurda. E eu estava confiante no que estava lançando ao mercado, mas não sabia como seria a recepção do público à essa minha faceta renovada. Não dormia nas noites que antecederam o lançamento do disco para vocês terem noção. Para além disso, foi o primeiro álbum que eu compus completamente sozinha. Era uma cobrança que eu vinha tendo e resolvi atender. Foi outra coisa que tornou essa era realmente significativa para a minha carreira. O HQSES foi um momento de ruptura com uma imagem há muito consolidada de mim no mundo da cultura pop mesmo. E como iria ser recebida a partir de então? Pois bem, eu não sabia. Olhando em retrospecto, sei que foi a melhor decisão a ser tomada. Pela primeira vez na minha carreira coloquei três singles em primeiro lugar nas paradas musicais, até agora contabilizamos quinze milhões de discos vendidos e muitos prêmios recebidos. Fui convidada para ser a estrela principal do SUPERBOWL, cara. Vocês tem noção disso? Eu não tinha! O documentário, o filme, essa parceria com o Spotify... hoje eu me emociono pois entendo que o caminho até aqui foi realmente duro. Estou animada para recomeçar com o MÁS ALLÁ DE LA LUNA e conto com todes vocês para estar ao meu lado nesta nova empreitada.
Após a resposta, Sofía saiu do palco em que estava e foi na direção de seu camarim para se preparar para a última performance daquele dia.
A próxima – e última – canção a ser apresentada por Sofía seria o seu mais recente single, PARADISE, lançado em conjunto com as cantoras Bru e Plastique Condessa. As cortinas do teatro se abriram novamente para que a performance pudesse se iniciar. O público primeiro viu o que parecia ser uma muralha de pessoas, todas vestidas de branco, que pareciam cobrir algo ou alguém. O cenário se mantinha: um local idílico, esverdeado e mágico. A batida de um instrumento indecifrável preencheu todo o local, aos poucos foi se distinguindo entre os ouvintes que era uma batida de funk brasileiro. Os homens e mulheres que estavam amontados sobre aquele algo/alguém foram, um a um, se despedindo de sua antiga posição. Após se reorganizarem naquele palco, o que estava no centro foi revelado ao público: era Sofía. Vestia um vestido de cor azulada, adornado com tecido rendado e fluído. No topo de sua cabeça estava prostrada uma tiara prateada adornada com pedras azuis, vermelhas e amarelas.
O instrumental de PARADISE se iniciou efetivamente. O toque do funk brasileiro invadiu todo o palco com entusiasmo e vigor. A voz de Bru foi emitida através de caixas de som presentes no teatro. Sofía, enquanto a voz de sua amiga ressoava, realizava movimentos com os seus quadris e mãos. A música continuou e, logo, Sofía assumiu os vocais em inglês. Cantando ao vivo, a sua voz não devia nada ao que era visto em estúdio. Ela ressoava forte e imponente. As palavras ditas por Sofía mantinham uma rítmica que impressionava a todos os seus fãs. Cada frase era entendida em sua integralidade. O primeiro refrão chegou e, com ele, os dançarinos que a acompanhavam a cercaram em um círculo humano. Como se estivessem cultuando uma imagem divina, e de fato estavam. O círculo em que estavam organizados se movia em sentido anti-horário. Cada um destes dançarinos realizava movimentos gestuais com as mãos e com os quadris em uma dança íntima e fluída.
Em seguida, Sofía cantou sobre a base de Plastique. A voz da cantora uruguaia era acompanhada pela da mexicana em uma mistura eclética e bem-sucedida. Sofía estava atuando como segunda voz até que, no segundo refrão, assumiu os vocais ao vivo. A sua postura era altiva, embora algo assegurasse uma fluidez inerente. O seu corpo se movimentava lentamente, mas sempre em harmonia com o ritmo da canção. Os seus cabelos escuros escorriam por sobre as suas costas e eram cortados pelo vento emanado da sua movimentação. Seu sorriso era largo e branco como a neve. O público reagiu a performance com gritos e sobressaltos de alegria. Eles cantavam junto a ela como se o coro destas mais de cem vozes indistintas fizessem parte da canção original. A performance era engradecida por efeitos técnicos que colocavam borboletas de holograma, pássaros e estrelas no palco.
Assim que os versos em português de Bru iniciaram, Sofía se pôs a dançar junto de seus bailarinos. Eram movimentos simples, leves, porém regados de sensualidade. O destaque era para a corporalidade e seus múltiplos sentidos evocados ao mero relancear de olhos. O público aplaudiu de pé a performance. O refrão, novamente, explodiu e os próprios fãs se puseram a dançar nas arquibancadas. O que se ouviu nos poucos segundos que havia sobrado eram as vozes dos fãs e o sorriso da cantora que não deixou de se fazer presente em momento algum daquele show especial. Sofía estava realizada quando findou a performance sendo erguida sob os ombros de dois de seus dançarinos. O público aplaudiu, se agitou e gritava por seu nome.
Após alguns minutos para se preparar para se despedir, a cantora retornou ao teatro trajando o mesmo vestido azul. Ela aparentava estar realmente feliz; o sorriso que encantava a todes era visível mesmo entre o cansaço.
Sofía – Certo, pessoal. Estamos nos encaminhando para o fim dessa experiência que nos foi proporcionada pelo Spotify. Hoje foi um dia de muita felicidade para mim. Estar junto de vocês, dessa maneira é sempre uma alegria. Eu sabia, desde o princípio, de que era isso que eu queria fazer quando me tornasse uma artista. Estabelecer esses momentos de conexão era o que eu desejava desde o princípio. Estou iniciando um novo momento da minha carreira e não poderia deixar vocês de fora desse momento inicial. Meus queridos, queridas e querides, amo vocês e serei sempre grata pelo apoio que me é dado diariamente. Que essa noite possa se repetir muitas e muitas vezes. Agradeço ao Spotify por essa parceria tão atenciosa e respeitosa, claro. Quando recebi a proposta não sabia se daria conta, mas toda a equipe da plataforma foi realmente muito atenciosa e caridosa para comigo. Em breve todes poderão escutar o meu novo álbum e as músicas que preparei. São dez músicas inéditas das quais tenho muito orgulho de ter idealizado desde o princípio. Antes de vir para cá, confesso que estava amedrontada. Assim como eu estava receosa no momento que antecedeu o lançamento do HASTA QUE SALGA EL SOL, estava hoje. Tive uma dor de barriga realmente gritante ontem a noite. Pensei muito em desistir, tive receio de desafinar, acreditam? Cada momento é único, real. Um dia não será como o outro.