[US] KJ para a revista Yummyzine (Day Version)
Sept 13, 2024 2:56:48 GMT
Post by ggabxxi on Sept 13, 2024 2:56:48 GMT
Marcando o fim de um intervalo de 1.367 dias, o rei do K-Hip-Hop, o grande KJ faz o seu retorno insanamente aguardado com o seu novo single MISEDUCATION, em parceria com a icônica Electra Köhler, numa eletrônica e psicodélica faixa de hard rap.
KJ ascendeu ao topo imediatamente desde seu debut, sendo uma figura irreverente e intensa, nunca tendo se rendido a qualquer padrão imposto pela indústria do K-Pop, onde se originou.
Em Outubro de 2025, a Yummyzine elaborou um ranking dos dez cantores mais gostosos e desejados para estampar a capa da revista, e dentre vários nomes ilustres, o primeiro lugar ficou com o sex symbol global, KJ, que estava dominando o mundo com seu hit sensual e sexual Purple Room. Apesar do ranking ter gerado muito debate nas redes sociais, o assunto foi gradualmente perdendo tração, conforme o tempo ia passando. Porém, marcando o retorno triunfante de KJ, o rapper finalmente aceitou o convite da revista para um ensaio sensual para estampar a capa, e uma entrevista literalmente nua e crua!
A participação de KJ na Yummyzine foi dividida em duas partes: Day Version e Night Version.
Apesar de contar com uma foto de Kim Jongin completamente nú na capa da revista, a Day Version aborda os aspectos que rondam o grande retorno de KJ à música depois de tanto tempo, assim como perguntas a respeito de como sua sensualidade e sexualidade desempenham um papel na sua persona artística.
Yummyzine. O que te inspirou a seguir uma carreira na música?
KJ: Bom… eu nem sei dizer tudo o que me influenciou, eu quero trabalhar com música desde que me entendo por gente, mas acho que o cenário do hip hop estadunidense no geral me influencia muito, talvez até mais que a música coreana. Meu pai era um homem afro-americano, ele sempre gostava de me mostrar muito do que ele escutava quando eu era bem pequeno…
Yummyzine. Como você descreveria seu estilo musical?
KJ: Bom… eu tenho muitas influências na minha música, algumas coisas vêm do k-pop, algumas do hip hop old school mas acho que eu trabalho bastante com drill, trap e r&b agora, provavelmente é onde eu vou continuar por um tempo.
Yummyzine. Quais artistas influenciam seu trabalho?
KJ: Eu acho que nenhum artista atual influencia meu trabalho… eu tenho uma visão muito específica do que eu quero, do tipo de artista que eu quero ser.
Yummyzine. Qual foi o momento decisivo em sua carreira que te trouxe até aqui?
KJ: Eu acho que minha carreira foi uma construção, mas com certeza, o momento decisivo que me fez mudar pra Los Angeles e despontar como um artista global foi o lançamento de Street Lights. Foi a primeira vez em que um artista sul-coreano se tornou o artista masculino que mais vendeu álbuns no ano, isso foi gigantesco, e é claro, minha primeira vitória em music shows na Coreia foi com Cold Turkey, uma faixa do Street Lights também. E aí tivemos Purple Room, que se consolidou como artista… mainstream ou sei lá. De qualquer maneira, todo momento foi muito importante pra mim.
Yummyzine. Como é o processo criativo para suas músicas?
KJ: Bom, eu sou um rapper acima de tudo, então eu sempre começo tudo com um beat, até mesmo as minhas músicas R&B como a própria Purple Room.
Yummyzine. Como surgiu a colaboração com Chaeyeon na música “Proof of Love”?
KJ: Bom, do jeito comum eu acho. Ela me convidou e eu sempre me sinto feliz e orgulhoso em colaborar com novos artistas do cenário musical do meu país. Eu acho que a Chaeyeon é uma das melhores artistas a surgir nessa nova geração, ela é uma pessoa muito carismática e inventiva. Ela me mostrou uma demo de Proof of Love e eu instantaneamente me apaixonei pela música, é realmente muito boa.
Yummyzine. Como foi trabalhar com Chaeyeon no estúdio?
KJ: Chaeyeon é muito boa em manter uma persona artística, ela sabe muito bem que artista ela quer mostrar pro mundo, mas o que vocês não sabem é que ela é uma pessoa muito engraçada e principalmente, muito inteligente. Ela com certeza é uma artista diferenciada não só pros padrões do K-Pop mas no geral. Numa época em que a nossa música passa por um tipo de crise de identidade, a Chaeyeon é uma artista criada por si mesma, e não mais uma cópia do RAVEN, do eClipse ou da Qrubim, que provavelmente demarcam os outros pilares de diferentes imaginários do K-Pop. A música da Chaeyeon é refrescante e provavelmente ninguém mais faz uma música de verão como ela.
Yummyzine. Quais desafios você enfrentou durante a criação de “Proof of Love”?
KJ: Acho que meu maior desafio foi me inserir como rapper na música. Eu poderia só ter cantado mas era importante pra mim voltar pro rap, acho que muitos esqueceram o rapper fodão que eu sou depois do sucesso monstruoso de Purple Room.
Yummyzine. O que “Proof of Love” significa para você pessoalmente?
KJ: Significa muito pra mim, realmente muito. Proof of Love é algo diferente do que eu realmente faço, então já foi uma aventura muito foda, mas pessoalmente, essa música também mudou muito meu humor, ela é feliz e animada, me pegou de surpresa num momento da minha vida que não estava sendo tão feliz e tão animado. Ela me fez voltar à ativa.
Yummyzine. Como os fãs reagiram à colaboração com Chaeyeon?
KJ: Bom, a Chaeyeon é uma artista universalmente adorada, não? Minha impressão é que todo mundo gosta dela, eu particularmente gosto muito. Eu não acompanho com todo esse afinco a reação de todos, mas eu com certeza acredito que essa música não tenha gerado muitas opiniões negativas, eu acredito muito nela e ela é perfeita pra mim.
Yummyzine. Quais são seus planos para o próximo álbum?
KJ: Bom… depois de um longo tempo de burocracias e muitas questões de gravadora e de outras coisas, eu acho que posso dizer que o The Yellowprint vai ser lançado logo no começo de 2029.
Yummyzine. O que te motiva a continuar fazendo música?
KJ: Eu acho que eu nasci pra fazer algo criativo da minha vida, sabe? Eu não continuo fazendo música porque preciso, eu poderia fazer algo diferente da minha vida, mas eu acho que eu não conseguiria viver sem criar música. É claro, eu também sou obcecado pela atenção, diferente de outros artistas, eu não tenho medo de dizer que amo os aplausos.
Yummyzine. Qual é a importância da autenticidade em sua música?
KJ: Eu penso muito nisso. Eu acho que a autenticidade é algo muito raro hoje em dia, todo mundo faz o que quer que esteja em alta. Existem os artistas que fazem a moda e aí, existem os artistas que a seguem. Eu quero ser o tipo de artista que cria as tendências. Meio que tipo o Caleb Roth, sabe? Eu sou mais antigo que ele na indústria, eu vi como antes dele ninguém se atrevia a fazer country porque não estava em alta, e aí ele trouxe o country pro topo e depois disso, vários artistas country surgiram. Não foi coincidência, foi uma tendência que o Caleb criou. Da mesma maneira, quando eu debutei com BOSS, não existia ninguém no cenário coreano como eu, um rapper de verdade, com flow, com atitude, com essa marra que antes só era vista em rappers americanos. Ou até mesmo um rapper seguro de sua sexualidade, eu fui o primeiro artista da história da cultura pop coreana a me assumir LGBTQIA+ e deixar isso refletir na minha música. Eu falo abertamente sobre amor gay, sexo gay. Existem outros hoje em dia, mas é importante lembrar de quem abriu as portas, especialmente se quem abriu as portas é um jovem birracial como eu. É claro que vão tentar apagar meu impacto mais do que tentam apagar o impacto de artistas como o Caleb, eu sou um homem blasian e gay, já ouvi outros artistas da minha própria indústria dizerem que eu não fiz tanto assim, artistas que só podem ser quem são porque há quatro anos, eu bati no peito e fiz o público do mundo inteiro respeitar um garoto filho de um homem afro americano e de uma mulher refugiada da Coreia do Norte. Eu sou o que muitos odeiam, mas eu sou grande demais pra me ignorarem e não me reconhecerem. Tudo isso se deve ao fato de que eu sou leal a mim mesmo, eu sou autêntico não só em arte mas em vida também.
Yummyzine. Como você se sente em relação à sua bissexualidade?
KJ: Perfeitamente confortável. Não foi sempre assim, eu sempre soube que sentia algo diferente por homens mas nunca tinha explorado isso em mim até me envolver com meu ex-noivo, que vocês conhecem como Apollyon, mas eu nunca negligenciei ou odiei nada na minha sexualidade como a sociedade quer que nós, LGBTS, façamos.
Yummyzine. Como foi o processo de se assumir bissexual?
KJ: Foi conturbado. Bom, todo mundo que é antigo o suficiente se lembra de tudo o que aconteceu entre eu e a Liebe e no meio de tudo isso, eu ainda era um artista novato tentando construir uma carreira, o Cider tinha acabado de ser lançado… foi uma loucura mas eu sobrevivi e prosperei, superei tudo isso.
Yummyzine. Você acha que sua sexualidade influencia sua música e performances?
KJ: Com certeza. Se eu fosse um homem hétero, eu estaria preocupado demais em preservar a imagem da minha masculinidade frágil pra fazer pelo menos metade do que eu faço, dançar e rebolar seminu, ou até na minha abordagem sentimental, não ter medo de parecer emocionado a ponto de parecer até um pouco maluco.
Yummyzine. Como você lida com a fama e a exposição pública?
KJ: Bem, eu acho. Eu entendo quem queira estabelecer limites e tal mas eu particularmente amo ser famoso e não tenho nenhum problema em admitir. Eu amo sair na rua e ser reconhecido, amo ser perseguido, fotografado, será que é errado falar isso? Bom, foda-se, eu amo. Continuem, podem continuar.
Yummyzine. O que significa para você ser leonino?
KJ: Cara, você procurou até o meu signo? -*ele dá risada.*- eu acho que eu acabei de responder o que é! Não é um traço leonino gostar de ser o centro das atenções e de ter sempre todos os olhos virados pra si? Bom, eu acho que isso também influencia na minha vaidade e nos meus cuidados. Eu realmente quero sempre estar na minha melhor aparência justamente pra ter a atenção.
Yummyzine. Você acredita que seu signo zodiacal influencia sua personalidade e carreira?
KJ: Fica meio difícil não acreditar quando eu sou basicamente tudo que dizem que leoninos são, mas não, eu não penso que eu particularmente sou influenciado por isso, eu nunca realmente penso no meu signo mas é… eu naturalmente crio coisas bem leoninas, aparentemente, né?
Yummyzine. Como você se descreve como pessoa fora dos palcos?
KJ: Eu não acho que sou muito diferente. Eu com certeza sou mais amoroso e mais vulnerável fora dos palcos, mas minha ferocidade é a mesma neles e fora deles. Minha aura é forte demais pra ser contida.
Yummyzine. Quais são seus hobbies e interesses fora da música?
KJ: Eu acho que conviver com o Brendon me transformou meio que em um nerdola, então eu gosto bastante de games e essas coisas, mas eu gosto igualmente de ir em festas e encher a cara, por mais que agora eu esteja tentando permanecer limpo.
Yummyzine. Como você lida com a pressão da indústria musical?
KJ: Eu acho que sou de bem com ela, eu aprecio um desafio. Só os carvões que sofrem bastante pressão viram diamantes.
Yummyzine. Como você se mantém conectado com suas raízes culturais?
KJ: Ah, eu viajo frequentemente pra Coreia. Eu amo minha cidade, Gyeongju. É uma cidade do interior com bastante cultura e religião, eu acho que eu ser budista está totalmente conectado com eu ter nascido e ter sido criado em Gyeongju até os 15 anos, quando eu me mudei sozinho pra Seoul pra me tornar um trainee.
Yummyzine. Como você descreveria seu estilo pessoal?
KJ: Eu gosto bastante da moda masculina, eu uso bastante Gucci. Eu acho que meu estilo não é um só, eu gosto bastante de experimentar coisas diferentes.
Yummyzine. Qual é a importância da moda em sua vida?
KJ: Ah, eu acho que todo mundo concorda que a moda é a maneira mais rápida e fácil de se expressar, eu gosto bastante de brincar com isso, de causar impressões diferentes nas pessoas cada vez que eu apareço em público.
Yummyzine. Quais são suas marcas de moda favoritas?
KJ: Gucci, é claro. Eu gostei bastante da coleção masculina de inverno da Versace ano passado. Também gosto bastante da Yves Saint Laurent. Mas acho que a Gucci é mais a minha cara mesmo. Gucci Eyewear by KJ é uma das coisas mais fodas que já aconteceu na minha vida.
Yummyzine. Como você escolhe suas roupas para shows e eventos?
KJ: Eu gostei bastante dessa pergunta porque eu acho que tem bastante diferença. Bom, além de rapper, cantor e compositor, eu também sou um coreógrafo e um dançarino do caralho, então é claro que eu preciso que acima de tudo, minhas roupas de shows e performances sejam confortáveis, a não ser que eu tenha uma mensagem muito clara, por exemplo, quando eu fiz uma performance de Cold Turkey no M!Countdown e usei terno porque eu realmente queria falar sobre o abuso de substâncias e como ele é normalizado na classe da elite, então é claro que eu tinha que usar algo que representasse o uniforme social da elite.
Yummyzine. Quem são seus ícones de estilo?
KJ: No geral eu costumo ser minha própria musa mas eu curto bastante o estilo de um cara. O Robert da Western Union. Acho ele bem estiloso, se tem alguém que às vezes inspira meu estilo, é ele.
Yummyzine. Qual é a peça de roupa ou acessório que você não vive sem?
KJ: Óculos de sol, é claro. Eles combinam com qualquer coisa e dão um ar de frieza, na minha opinião.
Yummyzine. Como você se sente sobre ser um ícone de estilo para seus fãs?
KJ: Muito bem, na verdade. Se eles se inspiram em mim pra se vestir, com certeza temos muita gente bem vestida e com estilo andando por aí.
Yummyzine. Qual foi a sessão de fotos mais memorável que você já fez?
KJ: Cara… ninguém viu ainda mas com certeza foi o photoshoot pro meu álbum, o The Yellowprint.
Yummyzine. Como você se mantém atualizado sobre as tendências da moda?
KJ: Cara, eu acho que eu não faço tanto isso. É claro, é impossível não ter uma ideia, eu to bem inserido nesse mundo, mas quero dizer que eu não dou tanta importância pra tendências, eu acho que seguir tendências é o oposto de ter estilo e usar a moda pra auto expressão. Se você só tá copiando o estilo de outra pessoa, que parte de você mesmo tá sendo expressada no que você veste?
Yummyzine. Qual é o seu conselho para quem quer se expressar através da moda?
KJ: Vai com o que te faz se sentir foda quando você se olha no espelho, mesmo que isso cause reação das pessoas na rua. Se elas não te tratam com normalidade é porque você é diferente de alguma maneira e isso é bom, por mais que as pessoas tentem te convencer de que o melhor é se encaixar e não se destacar.
Yummyzine. Como você mantém sua forma física?
KJ: Eu treino bastante, mas eu não acho que faço tanto esforço assim, eu sou vegetariano então isso já ajuda bastante, não comer o tanto de gordura que vem na carne, especialmente a vermelha. Eu acho que a cultura coreana pode até ter bastante carne, mas a culinária asiática no geral tem bastante preocupação com a saúde, muitas coisas que a gente usa são vegetais medicinais, então eu acho que eu meio que fui criado num ambiente cultural que me ensina desde cedo a ter uma forma física saudável.
Yummyzine. Qual é a sua rotina de exercícios?
KJ: Bom, além de malhar normalmente como qualquer pessoa faz, então, bastante tempo de musculação e mais um pouco de exercícios aeróbicos, eu também danço bastante e isso me ajuda muito. Arrisco dizer que eu queimo mais calorias ensaiando do que fazendo musculação.
Yummyzine. Como você cuida da sua saúde mental?
KJ: Bom… eu faço terapia, algo que eu acho que todo mundo deveria fazer. Eu também tomo alguns remédios, eu fui diagnosticado com transtorno bipolar leve mas eles têm me ajudado muito até a viver melhor em sociedade e conviver com as pessoas próximas de mim, é bem foda não sentir mais que eu to deixando a vida delas mais difícil.
Yummyzine. Qual é a importância da alimentação saudável para você?
KJ: Eu acho que… bom, eu acho que é muito, muito importante manter uma alimentação saudável no geral, mas eu não gosto de como ela e os benefícios que ela traz são usados pra motivos maldosos. Todo mundo precisa ser saudável, isso não é uma questão de ser gordo ou ser magro, mas muitas vezes só pessoas ditas gordas sofrem pressão pra ter uma alimentação saudável quando o sobrepeso pode ser causado por muitas coisas, problemas na flora intestinal, hipertireoidismo, até mesmo ansiedade por exemplo, e em contrapartida, todo mundo assume que pessoas magras têm uma alimentação saudável quando muitas vezes, a alimentação delas é mais cheia de porcarias do que a de muitas pessoas em sobrepeso, mas elas só têm condições de tempo e condições financeiras de se manterem magras, tendo todo o tempo do mundo pra se exercitar, tendo o dinheiro pra cirurgias estéticas, muitas coisas. A alimentação saudável é talvez a coisa mais importante da existência humana, fisiologicamente falando, e por isso ela é pra todo mundo e não só pra quem não atinge os padrões estéticos da sociedade.
Yummyzine. Como você lida com o estresse da carreira musical?
KJ: Eu gosto bastante de cozinhar e eu fico especialmente em paz quando cozinho pra outras pessoas. Eu sou um cara muito social também, ter companhia muda qualquer momento da minha vida pra melhor, nunca vai existir uma situação em que eu prefira estar sozinho. E claro, eu também adoro sexo.
Yummyzine. Quais são suas práticas de autocuidado favoritas?
KJ: Hm… eu realmente gosto bastante de treinar e eu não sou nenhum daqueles streamers coreanos que fazem skincare de setenta passos mas eu também gosto bastante de cuidar da minha pele, eu acho que minha pele é minha parte preferida da minha aparência.
Yummyzine. Como você encontra tempo para descansar e relaxar?
KJ: Não sei explicar mas eu acho que a maior parte da minha vida é relaxar, fazer música pra mim é relaxar e dançar é um lazer pra mim. Eu realmente não tenho tanto tempo pra descansar, mesmo que eu faça questão de dormir as oito horas necessárias por dia, mas eu acho que todo o estresse na minha vida vem da parte burocrática de ser um artista. Eu odeio lidar com questões da indústria, questões de gravadora, essas coisas. E é só quando eu tenho que lidar com isso que eu não estou relaxando.
Yummyzine. Qual é o seu segredo para manter a energia durante as turnês?
KJ: Eu não mudo muitas coisas durante as turnês porque eu sempre vivo minha vida pensando em maximizar meu potencial corporal, eu sempre trabalho duro, tudo que eu faço em turnê é o que eu faço no estúdio e nos ensaios, sabe? A única diferença é o jetlag das viagens e tal, mas acho que é só questão de se acostumar.
Yummyzine. Como você equilibra trabalho e vida pessoal?
KJ: Eu trago minha vida pessoal pro trabalho! -*ele dá risada.*- meu melhor amigo é meu produtor Baekwan, meus outros melhores amigos são meu grupo DYNASTY, eu também sou muito amigo da nossa CEO da Body&Seoul, a Jaehwa-noona… não tem muitas partes da minha vida pessoal fora da minha vida profissional, se parar pra pensar. Alguns dos meus outros amigos eu só encontro em eventos e premiações então, novamente durante a vida profissional.
Yummyzine. Qual é a sua rotina matinal ideal?
KJ: A primeira coisa que eu faço ao acordar é treinar… aí, eu tomo café e vou pro estúdio trabalhar em alguns beats, alguma coisa pra performances futuras… e aí, eu cozinho. Eu sempre cozinho, todo dia, tudo que eu como. Eu acho que minha rotina matinal ideal é essa, eu gosto sempre de concentrar meu trabalho na manhã porque é quando eu tenho mais energia e também quando tá tudo agradável ainda. À tarde, eu fico com sono logo depois do almoço e também o clima tá menos ameno e alguma coisa já me deu dor de cabeça, então eu trabalho duro durante a manhã e fico mais relaxado durante a tarde, acho que assim funciona bem pra mim.
Yummyzine. Como você descreve seu ideal de parceiro?
KJ: Bom, antes de tudo, eu acho que gosto mais de me relacionar com pessoas mais velhas, é irônico mas eu não gosto de lidar com a falta de maturidade da minha própria idade, odeio lidar com isso nos outros e gosto bastante quando a pessoa com quem estou me relacionando me fala que eu to fazendo merda e sendo imaturo, isso me ajuda a me tornar uma pessoa melhor e mais humilde, mais agradável e feliz. Eu também procuro ficar só com pessoas que respeitam minha natureza selvagem e livre, nunca dá certo quando alguém tenta me enjaular.
Yummyzine. O que você valoriza em um relacionamento?
KJ: Eu acho que admiração mútua e companheirismo. Eu nunca gostaria de estar com alguém que me admira tanto quanto eu admiro ele, que se importa com a minha música, com o que eu gosto e como eu gosto que as coisas sejam feitas em casa.
Yummyzine. Qual é a importância da comunicação em um relacionamento para você?
KJ: Ela é a coisa mais importante no relacionamento, eu acho que absolutamente tudo pode ser comunicado e eu aprendi isso da pior maneira, tudo que deu errado na minha vida amorosa foi falta de comunicação, eu acho…
Yummyzine. Como você lida com a distância e o tempo longe devido à sua carreira quando está em um relacionamento?
KJ: Eu sempre fui um lobo solitário então eu sei me virar sozinho, não preciso realmente de ninguém, mas quando eu tô apaixonado, eu sou muito apaixonado. Eu sinto muita saudade e eu quero ficar junto vinte e quatro horas por dia.
Yummyzine. Sabemos que você já namorou pessoas famosas, como a Liebe e o Apollyon, e ainda teve boatos de um affair com o Lucca. Como foi essa experiência?
KJ: OK, vamos começar deixando claro… eu e o Lucca nunca tivemos um affair nem nada parecido. Talvez tenha rolado uns beijos e umas mãos mas nada mais que isso, nós sempre fomos só muito bons amigos. Pra ser sincero eu não sei muito bem porque nunca rolou, a gente vive flertando, mas acho que a gente já chegou num nível de amizade que agora é grande demais pra se tornar um namoro, ele é meio que meu irmão… eu acho, né…
Yummyzine. Como você equilibra sua vida amorosa com sua carreira?
KJ: Ah… eu nem sei dizer na verdade, meu relacionamento com a Liebe durou bem pouco e meu relacionamento com o Brendon durou bastante, mas como eu posso separar isso da minha carreira quando eu e o Brendon trabalhamos juntos desde sempre, desde antes de a gente sequer trocar um beijo? Eu nunca me relacionei com alguém que não está envolvido na minha carreira também. Quem sabe esse não é o segredo, né? -*ele dá risada.*
Yummyzine. Qual é o seu conselho para manter um relacionamento saudável?
KJ: Eu não saberia dizer… -*ele dá risada.*- Nenhum dos meus relacionamentos sérios foi lá essas coisas, nem por causa dos outros mas por causa de mim mesmo.
Yummyzine. Qual é a sua visão sobre o amor e a paixão?
KJ: Eu sou um romântico de verdade. O amor é o que impede nossa racionalidade de foder tudo, né? Se a gente não sentisse amor, fosse meramente racional, a gente já teria destruído o mundo com guerra e essas coisas. Eu acho que a razão é o que nos diferencia dos outros animais, mas é o amor que nos move. Ninguém sairia da cama se não tivesse algo ou alguém pra amar.
Yummyzine. Como você lida com ciúmes em um relacionamento?
KJ: Eu lido bem com o ciúme do outro mas muito mal com o meu. Tipo, eu não ligo que meu parceiro sinta ciúmes de mim com alguém mas eu também sou uma pessoa excessivamente ciumenta, eu perco todo o interesse pela pessoa até mesmo se eu ver alguém flertando com ela e ela respondendo amigavelmente, mesmo em redes sociais. Meu ego é ferido com facilidade e é muito fácil pra mim criar sentimentos ruins por quem fere ele.
Yummyzine. Qual é a importância do respeito mútuo em um relacionamento para você?
KJ: Bom, respeito mútuo é o mínimo pra quem quer viver um relacionamento saudável e longo, mas é maluco o quanto a gente custa a entender isso. Parece algo meio cultural como a gente tende a querer podar e prender o outro no seu mundo quando amar é justamente querer viver no mundo do outro por livre e espontânea vontade. Se você quer que alguém fique só no seu mundo e não respeita a individualidade do outro, então talvez você não ame ele e bem, se você sente a necessidade de puxar o outro pro seu mundo porque ele não vem por livre e espontânea vontade, talvez ele também não te ame. Eu aprendi isso muito bem.
Yummyzine. Como você descreveria sua vida sexual atualmente?
KJ: Ativa. Bom, minha vida sexual sempre tá ativa na verdade, mas dessa vez eu estou transando só com uma pessoa mesmo… e várias vezes. Então o melhor que poderia estar, é claro.
Yummyzine. Quais são suas maiores fantasias sexuais?
KJ: Eu não penso tanto nisso mas… bem, depois de ter feito Party For Three com o Lucca, eu meio que realmente fiquei com vontade de tentar mais coisas a três… eu só tentei duas vezes, mas foi uma coisa meio vanilla e bom, tem muito mais possibilidades quando são três pessoas né?
Yummyzine. Como sua bissexualidade influencia suas experiências sexuais?
KJ: É maluco porque meio que… o fato de eu gostar de mulheres meio que me faz querer ter um tipo de masculinidade forte e dominante mas ao mesmo tempo, todos os homens por quem eu me interesso costumam ter esse mesmo perfil, então talvez eu só goste de ser do contra e causar algum conflito… uma coisa meio bratty.
Yummyzine. Qual é a importância do sexo em seus relacionamentos?
KJ: É bem importante, mas não importante a ponto de me fazer acabar tudo se não rolar. Eu sou uma pessoa bem ativa sexualmente, eu realmente sou assim, não é só uma persona que eu utilizo nas minhas músicas. Mas eu sou mais romântico do que sexual, mesmo assim. Ficar sem sexo me deixa de mau humor no máximo, mas eu nunca vou terminar com alguém por isso, é idiotice.
Yummyzine. Você prefere relacionamentos monogâmicos ou abertos?
KJ: Hm… eu realmente prefiro relacionamentos abertos, mas desde que seja só sexual. Tipo, eu não ligo que eu e meu parceiro possamos transar com outras pessoas, mas odeio essa coisa de trisal. O sexo pode ser aberto mas o amor tem que ser monogâmico pra mim, eu não suportaria ver alguém que tá comigo ter qualquer sentimento além de tesão, afeto de amizade ou ódio por outra pessoa.
Yummyzine. Como você se sente sobre o poliamor?
KJ: Eu não acredito nele. Eu posso estar errado e provavelmente vou ofender bastante gente, mas eu não acredito que alguém é capaz de sentir amor real por mais de uma pessoa, é claro, com exceção da família próxima. Não acho que amar mais de uma pessoa romanticamente possa ser realidade.
Yummyzine. Qual foi a experiência sexual mais memorável que você já teve?
KJ: Isso vai soar meio adolescente ingênuo mas foi realmente a minha primeira vez com um homem. Eu acho que muito disso se dá por causa do tal cara. Eu ainda era um recém adulto, tinha acabado de completar 18 anos, e é claro que eu tava nervoso por ficar com um cara pela primeira vez mas ele foi muito foda, foi muito paciente e bom comigo.
Yummyzine. Você tem algum fetiche ou kink?
KJ: Não sei se isso é um fetiche mas eu gosto muito de barriguinha e também gosto muito de mãos grandes. Uma vez, eu fiquei com um cara que conseguia fechar a mão no meu pescoço sem nem me enforcar! Foi muito foda.
Yummyzine. Como você se comunica com seus parceiros sobre suas preferências sexuais?
KJ: Eu sou muito claro e vocal hoje em dia. Eu já me submeti a umas coisas horríveis por querer agradar os outros porque antes eu transava mais pensando em impressionar o outro do que no meu próprio prazer. Aí eu aprendi que eu também mereço ter uma noite foda, né! Eu acho que muito disso também veio da confiança que eu conquistei virando tipo… o KJ, esse household name e tal. Eu me imponho mais hoje em dia no geral e é claro que no sexo não seria diferente, é importante se impor e exigir conforto pra si mesmo também, se não você acaba passando por umas coisas malucas tipo sei lá… um punho inteiro dentro de si mesmo ou alguma outra coisa daquelas que aqueles gays suicidas fazem…
Yummyzine. Qual é a sua posição sexual favorita?
KJ: Missionário pra olhar nos olhos dele enquanto o colar dele bate na minha cara e o suor dele pinga no meu peito…
Yummyzine. Você já experimentou sexo em público? Como foi?
KJ: Só no carro. Foi maluco, foi no meio da Times Square em Nova Iorque, eu nem lembro porque eu estava lá já que eu ainda morava em Seoul… AHH! Lembrei! Eu tava lá pro casamento da minha amiga Tunash com a ex-esposa dela, a Eden Fox. A festa foi uma maluquice, uma das integrantes daquele grupo de mulheres que se fingem de coreanas, Dream Dolls, chegou a me bater e tal… mas enfim, eu tinha um dia livre depois do casamento e tava com o ego ferido de ter apanhado em público, então, marquei de sair com uma pessoa pra ir no cinema e depois do filme, a gente fodeu no meu carro no meio da Times Square lotada. Foi legal, a adrenalina e tal, foi realmente muito tesudo mas eu não acho que tenha um kink exibicionista ou algo assim, acho que gostei mais por ter sido no meu carro do que por ter sido na rua lotada e etcetera. E é claro, o cara também era muito bom.
Yummyzine. Como você se sente sobre a pornografia? Você assiste?
KJ: Eu acho que todo garoto adolescente já assistiu pornografia com frequência, ainda mais garotos adolescentes como eu que treinam desde a pré-adolescência todo dia, canto, dança, rap, até atuação, tipo, eu vivi a vida de trainee, eu nunca teria tempo nem de pensar em sair com alguém naquela época então, eu assistia mais pornô… mas hoje em dia, acho que aquilo é veneno, sexo de verdade é bem diferente daquilo e inclusive quando você tá transando com alguém, você consegue saber perfeitamente se a pessoa é viciada em pornografia, a atitude é muito diferente, muito pior eu diria. O pornô ensina muita merda errada especialmente pros garotos, é uma visão totalmente deturpada das coisas, tem uns caras que realmente acreditam que todo mundo vai gostar daqueles absurdos, apanhar, enforcamento, essas coisas… é claro, tem gente pra tudo, mas eles não perguntam, sexo não é violência daquele jeito que os pornôs mostram, mesmo as pessoas que realmente gostam dessas coisas, gostam de um jeito específico, não de apanhar deliberadamente, sem cuidado e sem jeito.
Yummyzine. Quais são seus maiores turn-ons e turn-offs?
KJ: Meus maiores turn-ons… mano, uma coisa que me deixa maluco é quando o cara me pergunta do que eu gosto, como eu tô me sentindo, quando se preocupa com eu estar gostando também e não só com a própria diversão. OK, e tem mais uma coisa aleatória pra caralho. Eu falei que eu gosto bastante de cozinhar, né? Então… o turn-on mais fácil de conseguir de mim é me deixar cozinhar pra você na minha casa e depois, elogiar minha comida. Se você tá me visitando e quer que eu te leve pro meu quarto, é só falar que o meu tteokbokki é o mais gostoso que você já comeu, sempre dá certo. Agora, o meu turn-off… eu acho que eu odeio quando eu percebo que a pessoa tá mentindo sobre o que gosta e o que não gosta só pra me agradar, isso me faz pensar que a pessoa não tem voz nem personalidade e não existe nada mais broxante que alguém sem personalidade. E é claro, o meu maior turn-off é perceber que o cara é viciado em pornografia e tá imitando o que ele viu algum ator pornô fazer. Eu sinto um cringe imenso e fico com vontade de me vestir e ir embora na hora. Horrível.
Yummyzine. Como você lida com a segurança e consentimento nas suas relações sexuais?
KJ: Eu sou uma pessoa até que flexível quanto ao meu próprio consentimento. Tipo, eu não sinto necessidade que alguém peça pra me tocar ou essas coisas, eu até gosto de ser surpreendido, gosto quando alguém rouba um beijo meu ou quando investe em mim, fica com a mão boba e essas coisas sem falar nada ou avisar, é um nível de atitude que eu gosto, mas eu também sou bem sistemático quando eu expresso claramente que não quero alguma coisa. Se eu falo não duas vezes e a pessoa continua, é claro que a terceira vez vai ser um murro na cara. E bom, eu falei que eu não sinto necessidade de ouvir pedidos mas quando sou eu que tô investindo, eu também faço questão de perguntar antes, a não ser que seja alguém com quem eu já tenha muita intimidade, mais do que o suficiente pra eu poder só ir pra cima sem falar nada.
Yummyzine. Você já usou brinquedos sexuais?
KJ: Já, uma vez só, e foi mais por um tipo de humor do que pelo sexo em si… foi no mesmo dia da Times Square e com a mesma pessoa. Ele topou colocar um daqueles vibradores internos controlados pelo celular e aí, eu fiquei com o celular. Foi muito engraçado, mas também é foda o poder que você sente que tem nas mãos quando alguém te deixa fazer isso. É um poder corruptor, eu tava sentindo que eu tava indo pro lado do mal quando fiz isso.
Yummyzine. A música influencia sua vida sexual?
KJ: Sim, com certeza!
Yummyzine. Como?
KJ: Bom… primeiro, eu acho que minha música e o que ela fez me mim me deixou muito mais confiante na cama, tipo, ficar satisfeito comigo mesmo e também me tornar um sex symbol instantaneamente fez muito bem pra minha autoestima, eu me sinto um gostoso o tempo todo agora… e também, é claro, eu acho que a música consegue criar e mudar o mood de como a noite vai ser, sabe? Uma vez, eu transei ao som de Purple Room e foi maluquice, mas eu nunca transaria por exemplo com um dos meus hard raps, eu fico puto demais e não no sentido que o momento exige.
Yummyzine. Qual é o papel do romance no sexo para você?
KJ: Eu não acho que romance é necessário pro sexo mas com certeza ele deixa tudo muito melhor, é bem melhor transar com quem você tem plena intimidade e sente algo, até se dá alguma merda tipo sei lá… você torcer o pé no meio da foda e ter que parar porque tá morrendo de dor, como já aconteceu comigo, é muito engraçado e só adiciona mais tensão sexual entre vocês, enquanto isso teria sido uma merda se não fosse com alguém com quem eu tinha uma relação romântica muito intima porque aí, só acabaria ali e eu ia ficar desconfortável pra caralho e tal… eu não ia rir e voltar como se nada tivesse acontecido, eu ia me sentir meio humilhado…
Yummyzine. Como você mantém a chama acesa em seus relacionamentos de longo prazo?
KJ: Tentando coisas novas. Por exemplo, eu e o cara com quem eu to saindo já faz um bom tempo experimentamos trocar os papeis na última vez e foi bem engraçado, foi muito bom.
Yummyzine. Você pode nos falar quem é esse tal cara agora?
KJ: Infelizmente não… a gente combinou deixar as coisas secretas por um bom tempo antes de revelar pro mundo e eu não posso expor isso sem o consentimento dele, né?
Yummyzine. Tudo bem… bom, continuemos então. Qual é a sua opinião sobre sexo casual?
KJ: Eu amo! Mas eu prefiro ter um cara fixo mesmo, eu já to mais perto dos trinta do que dos vinte então prefiro estar com uma pessoa, morar com ela… já tive a minha fase de sair toda noite e ficar com uma pessoa diferente, agora to bem querendo uma vida menos maluca, mais parada.
Yummyzine. Você prefere sexo espontâneo ou planejado?
KJ: Com certeza espontâneo. Cara, eu não falei disso antes porque esqueci mas esse também um turn-off gigante pra mim: eu não gosto de gente que vive em planilha, nunca vou marcar de ficar com alguém, no máximo um encontro mas aí a parte do sexo tem que ficar subentendida, sem fazer nenhum plano. Eu nem consigo entender o conceito de sexo planejado…
Yummyzine. Como você lida com a rejeição ou falta de desejo sexual em um relacionamento?
KJ: Ué, eu só entendo e aceito. Pode ser um pouquinho frustrante às vezes, mas isso não é uma escolha, só existe essa maneira de lidar com rejeição. Desde insistir até conseguir até se jogar em cima da pessoa pra mim é abuso do mesmo jeito, só muda que um é psicológico e o outro é físico.
Yummyzine. Qual foi a experiência sexual mais desafiadora que você já teve?
KJ: Hm… foi uma vez que eu fiz um threesome rapidinho… inclusive com dois famosos que vocês conhecem bem. Foi quando eu ainda bebia e tal… eu tava bêbado em um evento e os dois me chamaram pra ir num lugar, quando eu vi, já tava no meio de um ménage e foi maluco, eu tava tonto e não conseguindo me concentrar direito… nunca transem bêbados. Ou melhor, nunca fiquem bêbados porque quem sabe surge a possibilidade de transar e aí você tá bêbado demais?
Yummyzine. Como você se sente sobre sexting e o uso da tecnologia na vida sexual?
KJ: Eu nunca fiz sexting, não sei como é nada disso, mas eu gosto da tecnologia, existe jeito mais prático de provocar alguém do que mandando nudes?
Yummyzine. Qual é a sua opinião sobre as diferentes formas de expressão sexual na cultura atual?
KJ: Eu acho que no geral tá bem ruim. Quer dizer, a gente teve o Les Hommes do Lucca e mais recentemente Explode, aquela música da Delilah, mas no geral parece que o tabu do sexo voltou com força, talvez pela dominação do K-Pop que sempre foi muito limpinho e inocente mas também, mesmo artistas de outros ramos parecem um pouco preocupados em não parecerem o que eles chamam de vulgar ou sei lá… talvez estejam tão desesperados pra mostrar ambição e credibilidade artística que voltaram a tratar o sexo como impureza e tal, é um retrocesso, né?
Yummyzine. Como você explora e descobre novas preferências sexuais com seus parceiros?
KJ: Meu parceiro se mantém bem atualizado das… tendências… então eu só confio nele pra me mostrar o que tem de novo. -*ele dá risada.*
Yummyzine. Bom, vamos terminar esse assunto por aqui se não, não vai sobrar nada pra outra edição! -*ela dá risada.*- Como você se sente sobre sua base de fãs?
KJ: É VERDADE! -*ele dá risada.*- Meus fãs são os melhores do mundo. Eles não desenvolveram aquela cultura careta de ficar me rivalizando com os outros ou até de ficar me dando apelidos fofinhos e colocando lacinho na minha cabeça, eles são bem humorados e sem noção como eu, parecem até uma dinastia de filhos que eu dei à luz e que me puxaram bastante, ninguém pode dizer que a genética não tá lá.
Yummyzine. Qual foi o momento mais emocionante que você já teve com um fã?
KJ: Hm… ah, eu lembro. Eu acho que foi a primeira vez que eu senti que realmente consegui fazer uma boa diferença na vida de alguém. Eu estava saindo pela porta do meu apartamento lá em Seoul e aproveitei pra conversar com alguns fãs na porta. Um deles me contou que ele estava em más condições e não conseguiria continuar bancando os estudos, isso enquanto ele tinha um álbum meu na mão… eu me senti um pouco responsável por aquilo, então, eu decidi pagar os estudos desse fã até o final. Foi muito bom conseguir ajudar alguém dessa maneira finalmente, depois de tanta luta como trainee.
Yummyzine. Como você lida com a adoração e a pressão dos fãs?
KJ: Eu gosto muito de significar tanto pra tantas pessoas, até o artista que mais nega que gosta de ser famoso com certeza sonhou com isso um dia, eu também sempre sonhei, não estaria tão determinado a ter uma carreira se não fosse um grande sonho. Sobre a pressão… eu acho que não sinto muito isso, a pressão dos fãs é bem mais suportável do que a pressão da minha família e a que eu mesmo faço.
Yummyzine. Qual é você acha que é a importância dos fãs na carreira de um artista?
KJ: Bom, com certeza toda a importância do mundo pra carreira, nós nem teríamos uma carreira se nossos fãs não estivessem dispostos a escutar nossas músicas e comprar nossos álbuns. O mínimo que a gente deve é continuar se esforçando pra entregar a melhor música possível e ser grato.
Yummyzine. Como você se conecta com seus fãs nas redes sociais?
KJ: Eu acho que principalmente pelo Instagram. Eles não sabem, mas eu vejo a maioria das respostas aos meus stories, inclusive aquelas respostas bem safadas.
Yummyzine. Qual é a mensagem que você quer passar para seus fãs através de sua música?
KJ: Bom… eu acho que minha música é muito específica ou pessoal, não é uma mensagem mais do que uma confissão. Mas eu espero que eles se inspirem pela minha confiança e que aprendam com os meus erros, afinal, minha música é o reflexo de toda a minha vida que é o tempo todo espetacularizada e comentada, espero que eles entendam que eu faço música sobre minha vida porque é importante que você conte sua própria história, ninguém mais vai contá-la com o mesmo cuidado e a mesma bagagem de conhecimentos, memórias e sentimentos que você.
Yummyzine. Como você lida com críticas e feedback dos fãs?
KJ: Meus fãs são as únicas pessoas do mundo cujas críticas e opiniões eu escuto, afinal, eu faço música por mim e por eles, ninguém se entende mais do que a gente, ninguém me entende mais do que eles, que estão comigo e prestando atenção no meu lado das histórias toda vez.
Yummyzine. Qual foi o presente mais inusitado que você já recebeu de um fã?
KJ: Quando eu vim pros EUA, uma fã me deu o sutiã dela. Eu não sabia que isso era uma coisa comum aqui, eu fiquei muito confuso, mas o sutiã dela ainda tá lá em casa.
Yummyzine. Como você equilibra sua privacidade com a necessidade dos fãs de saber sobre sua vida?
KJ: Ah… eu acho que minha falta de privacidade é um problema mais da mídia do que dos fãs, não tenho muitas experiências com stalkers ou o que chamamos na Coreia de “sasaeng”, que são fãs obsessivos que chegam a prejudicar nossa integridade física. Aconteceu só uma vez, quando me deram um presente com uma câmera escondida e pegaram várias fotos minhas sem camisa e tal… mas não é nada que já não tenham visto, foi uma invasão de privacidade sim mas eu não senti ódio, só passei a ser mais cauteloso. É claro, também teve o que fizeram com o Brendon no início do nosso relacionamento, aquilo eu acho que nunca vou ser capaz de perdoar.
Yummyzine. O que você gostaria de dizer sobre seus fãs em relação a isso?
KJ: Hm… eu acho que eu sempre vou ser muito grato a eles e eu também acho que a essa altura eles já entenderam que não é legal expor o meu íntimo e o das pessoas próximas de mim porque isso causa muito sofrimento. Mesmo assim, é sempre bom lembrar que eu sou um artista, o que eu faço é compartilhar minhas músicas com o mundo e não é legal quando outras coisas da minha vida são compartilhadas sem que eu mesmo tenha compartilhado, ainda mais quando não é algo que vai afetar só a mim.
Yummyzine. Qual foi a performance mais memorável da sua carreira?
KJ: Ah, eu acho que tenho várias… mas até hoje eu lembro de quando fiz uma performance de Cold Turkey inspirada em Pulp Fiction no MCountdown, foi com ela que eu ganhei o primeiro win da minha carreira e não só por isso ela é memorável, mas eu lembro de como eu estava em um momento maluco e torturante da minha vida, o fim do meu noivado, o abuso de bebidas, e a música é justamente sobre comparar a abstinência de drogas com a saudade que eu sentia de quem eu perdi… eu realmente deixei escapar muita emoção naquela noite, eu acho que até chorei ao fim da performance por estar orgulhoso de mim mesmo de novo, por ter feito algo que me deixava admirar quem eu sou de novo. Foi um dos melhores dias da minha vida.
Yummyzine. Como foi sua primeira apresentação ao vivo?
KJ: Eu não me lembro exatamente qual foi, eu imagino que tenha sido uma performance de Boss e acho que foi em alguma premiação, eu acho que era algo que a Wylla estava apresentando… foi bem legal mas eu ainda era inexperiente, eu melhorei bastante nisso.
Yummyzine. Qual é a sua lembrança favorita de um show?
KJ: Quando eu levei meus irmãos do DYNASTY pro palco do Rock In Rio. Mirae, Dakho, Hyoshi, Huizong, eu amo todos eles, eles são minha família. Dividir o palco com eles foi uma lembrança que eu sempre tá na minha mente até hoje.
Yummyzine. Como você se prepara para um show?
KJ: Ah, eu tenho um perfil bem específico então não é nada muito difícil. Eu sempre tenho que fazer tudo ao vivo, eu sempre tenho que dançar e eu gosto de sempre estar muito sexy, me sentindo muito gostoso. Então eu tenho sempre uma fórmula pronta.
Yummyzine. Qual foi a viagem mais incrível que você já fez por causa da música?
KJ: Com certeza quando eu fui pro Brasil pra cantar no Rock In Rio. Eu nasci pra viver em clima tropical e o Brasil é um lugar muito lindo, ele é a junção dos meus dois lugares mais amados, tem a beleza de Gyeongju e o clima de Venice Beach.
Yummyzine. Como você lida com erros e imprevistos durante os shows?
KJ: Eu sou muito rápido pra corrigir erros, acho que nunca ninguém percebeu porque eu sou um mestre em agir com naturalidade enquanto arrumo o que tá errado, depois eu me martirizo até nunca mais cometer o mesmo erro. Bom, imprevistos também acontecem, mas eu nunca vou deixar de subir num palco. Eu já tive muitos problemas de figurino, geralmente é isso que acontece quando tem alguma peça de roupa faltando, mas eu nunca vou reclamar de mostrar um pouco mais de pele, eu não gasto tempo e dinheiro pra ter um corpo sarado e bronzeado por nada.
Yummyzine. Qual foi a maior dificuldade que você enfrentou na carreira?
KJ: Com certeza quando eu fui exposto e acabei assumindo minha sexualidade publicamente. É claro, meu país é ultraconservador, esse é um dos motivos pra eu ter me mudado pros EUA, que não é tão diferente mas tem uma comunidade lgbt ativa e numerosa, então eu pelo menos acredito que teria mais apoio aqui mesmo.
Yummyzine. Como você vê a evolução da sua carreira desde o início até agora?
KJ: Eu me sinto muito orgulhoso. Eu tenho orgulho de Boss, do Street Lights e tudo.
Yummyzine. O que você aprendeu com os altos e baixos da sua carreira?
KJ: Eu acho que ser honesto e autêntico sempre vai compensar mais. O público sabe muito bem quando estão vendo uma marionete e quando estão vendo um artista.
Yummyzine. Qual é o seu maior orgulho profissional até agora?
KJ: Com certeza o meu próximo álbum, The Yellowprint. Mas eu também tenho um carinho especial pelo Street Lights.
Yummyzine. Quais são seus objetivos a longo prazo na música?
KJ: Eu quero ser um artista de legado no Hip Hop. Eu fui criado com Hip Hop, cresci ouvindo Hip Hop, eu posso não ter nascido em Nova Iorque mas se já tivemos rappers do Canadá sendo chamados de lendas, por que não um sul-coreano?
Yummyzine. Você tem interesse em explorar outros gêneros musicais?
KJ: Eu não acho que pretendo sair muito do Hip Hop, as variantes dele e o R&B, é basicamente tudo o que eu gosto, eu só me identifico com esses dois gêneros mesmo. Bom, é claro, estou falando de carreira solo, mas eu também sou integrante do DYNASTY então é claro, também vou explorar melhor o K-Pop.
[DIVULGAÇÃO PARA MISEDUCATION E PROOF OF LOVE]