[ASIA] One Of A Kind: Hiro x W Korea
Aug 10, 2024 13:26:56 GMT
Post by Ramprozz on Aug 10, 2024 13:26:56 GMT
[DIVULGAÇÃO PARA SEE U NEXT FALL E HIDE & SEEK]
O retorno do One Of A Kind abalou o mundo do K-pop de forma inesperada, surpreendendo tanto a indústria quanto os fãs. Há dois anos, o grupo explodiu nas paradas com seus primeiros singles "Forever Young" e "Hide & Seek", conquistando prêmios e notoriedade, onde mesmo com pouco caminho percorrido, conseguiram levar para casa o grande título de Male Rookie of the Year no MAMA 2025, solidificando sua posição como uma das novas forças do pop sul-coreano. No entanto, mesmo com todo esse sucesso, o grupo enfrentou um hiato de dois anos sem nenhuma explicação, deixando os fãs ansiosos e incertos sobre seu futuro. E mais de seiscentos dias depois, foi a força e a dedicação desses fãs que, finalmente, trouxeram o One Of A Kind de volta aos palcos, que imediatamente estão retribuindo o amor com o mais novo single do grupo.
Agora, com o lançamento de "See U Next Fall", One Of A Kind não apenas retornou, mas está dominando como nunca. A música vem se destacando como a maior faixa asiática nos charts em muito tempo, e cada vez mais se aproxima do primeiro lugar nas paradas globais, consolidando o grupo como um boygroups desta geração do K-Pop.
Akiba Hiro, o mais jovem do One Of A Kind, foi escolhido para conversar com a W Korea. Embora seja o maknae, Hiro impressiona com seus vocais poderosos e uma presença atípica que vai além dos palcos, já que mesmo sendo mais reservado, as nuances de seriedade que ele trás para as faixas são um dos charmes de seu grupo. Com uma personalidade mais introvertida, ele tem cativado o público com seu interesse pelas artes visuais, como pintura e desenho, mostrando uma faceta artística que vai além da música. Em nossa entrevista, Hiro compartilha suas perspectivas únicas e reflexões sobre este momento marcante na carreira do One Of A Kind.
W Korea: É um prazer enorme ter a oportunidade de conversar com você, Hiro! Gostaria de começar dizendo que o impacto do retorno do One Of A Kind tem sido algo extraordinário, uma verdadeira revolução no cenário do K-pop. Como você tem lidado com toda essa atenção e carinho dos fãs desde o lançamento de "See U Next Fall"?
Hiro: É um prazer imenso estar aqui! Essa é a primeira vez que eu sou entrevistado em uma revista... e ainda por cima, estou sozinho, sem meu grupo, então, preciso dizer que tô me sentindo um pouco nervoso, mas prometo que isso vai passar.
Agora respondendo sua pergunta... estou aprendendo a lidar. Acho que você podia esperar que eu já estivesse pelo menos um pouco acostumado com isso, já que a recepção dos fãs com os primeiros singles do One Of A Kind também foram muito grande, mas não, não aprendi! E se aprendi, esses dois anos me fizeram esquecer.
Eu tentei não falar muito sobre isso com meus membros, pra não correr o risco de passar meus medos para os meus amigos, mas eu estava genuinamente com muito medo das pessoas terem esquecido do One Of A Kind. Ok, foi sim muito mágico quando estreiamos em 2025, e conseguimos tantas coisas, mas muita coisa mudou nesse tempo, nossa própria empresa estava com os holofotes virados para a criação do maior grupo feminino que está sendo um sucesso monstruoso, então, mesmo tentando ser racional, eu tinha bastante motivos pra ter medo que talvez as pessoas não estivessem de braços abertos para receber o One Of A Kind de volta, tão do nada como foi. Mas apesar disso, está sendo um sentimento... bom. Acho que eu compararia com o sentimento de ir em uma montanha russa radical: você passa muito tempo na fila, morrendo de ansiedade, quando senta no brinquedo, está morrendo de ansiedade, quando ela começa a se mover, está morrendo de ansiedade... mas eventualmente, de uma forma brusca, essa ansiedade começa a se chocar com o medo, mas também com muita emoção e felicidade, e ser corpo tem dificuldade pra associar se o sentimento é bom ou ruim. Mas eu prometo que é um sentimento bom! Muito bom.
W Korea: Hiro, é fascinante ouvir como você descreve esse retorno como uma montanha russa de emoções. Você mencionou algo que nos chamou muito a atenção: o retorno do One Of A Kind foi, de fato, bastante repentino. Isso realmente surpreendeu a todos, inclusive muitos dos seus fãs. Como foi para você e para os outros membros do grupo lidar com essa decisão súbita de voltar aos palcos? Houve alguma preparação especial, ou tudo aconteceu tão rápido quanto pareceu?
Hiro: Não! Tudo foi tão rápido quanto pareceu. Na verdade, ainda MAIS. Todos nós do grupo já conhecíamos "See U Next Fall", o Jihang e o Hyesung escreveram, e já cantaram para o nosso manager algumas vezes durante este longo hiato, mas em si, nunca levamos a música para o estúdio até então. O período de quando nosso CEO disse "One Of A Kind vai fazer seu retorno, comecem a se preparar" até o momento que a gente se apresentou no Rock In Rio, foi duas semanas. DUAS SEMANAS! Em duas semanas nós gravamos os vocais de "See U Next Fall", a coreografia foi feita e passada pra gente, decoramos a coreografia de "See U Next Fall", começamos a ensaiar uma setlist de doze músicas para apresentar no Rock In Rio, e todos os outros pequenos detalhes dessa performance, e das promoções que foram marcadas.
Foi enlouquecedor. Obviamente eu estou muito feliz por a gente ter retornado, mas com certeza, eu daria qualquer coisa para não precisar fazer isso tudo num espaço de tempo tão pequeno.
W Korea: Uau, duas semanas?! É quase inimaginável que vocês tenham conseguido realizar tudo isso em tão pouco tempo. A intensidade dessa preparação deve ter sido algo surreal, especialmente considerando o quão grandioso foi o retorno de vocês no Rock In Rio. Parece que não houve tempo para respirar, muito menos para processar a magnitude do que estava acontecendo.
E apesar de toda essa correria, vocês conseguiram entregar uma performance incrível que emocionou fãs ao redor do mundo. Você mencionou que daria qualquer coisa para ter tido mais tempo. Como você lidou com esse ritmo frenético? Houve algum momento específico que te ajudou a manter a calma e a concentração, mesmo com toda essa pressão?
Hiro: Eu acho que eu não lidei no final das contas. É quase como... desculpa, eu adoro fazer analogias para descrever o que eu estou sentindo, então não vai ser a última vez... é quase como quando você se machuca e o corpo está tão cheio de adrenalina que você não consegue sentir as dores dos seus machucados.
O tempo inteiro era uma constante descarga de emoções fortes, e com uma agenda tão apertada, como você disse, não tinha nem tempo para respirar, imagine então para me dar ao luxo de manter a calma?! Eu acho que como um grupo, nós conseguimos trabalhar muito bem sob pressão, mas se me perguntarem se é saudável, eu nunca vou dizer que sim.
W Korea: Suas analogias são fascinantes, e essa especialmente captura bem a intensidade do momento. Parece que vocês estavam movidos por pura adrenalina e determinação, o que mostra o quanto o One Of A Kind é resiliente. Mas como você disse, trabalhar sob essa pressão constante não é algo que pode ser mantido indefinidamente sem consequências.
Você mencionou a dinâmica do grupo nesse processo todo. Como foi a interação entre vocês durante esse período tão agitado? Houve algum momento em que sentiram que a força do grupo foi essencial para manter a energia e o foco?
Hiro: Com certeza. Acho que não se fala muito disso, mas cerca de um ano depois da última aparição do One Of A Kind, nosso CEO disse para arrumarmos nossas malas e voltarmos para as casas dos nossos pais, já que não tinham planos para o futuro próximo do One Of A Kind. Foi uma conversa sobre uma crise na empresa, sobre administração de recursos, mas nenhum termo técnico foi capaz de fazer meu coração quebrar menos.
Eu tinha recém feito dezessete anos quando isso aconteceu, estava com muitos hormônios da adolescência ditando como minhas emoções iriam ser, então, não foi fácil. Eu chorei muito, chorei bastante. Devo ter ficado mais de uma semana chorando com a minha mãe e a minha irmã (que também choram bastante), morrendo de ansiedade pela incerteza do que poderia acontecer. No fim das contas, não é normal um grupo sair do dormitório... isso não costuma ser um bom sinal.
Bom, disse isso tudo para contextualizar: a gente continuou se encontrando nos fins de semana para passear, jantar e passar tempo juntos, mas além dessa frequência diminuir cada vez mais, já não estávamos mais convivendo no dia-a-dia uns com os outros. Quando o Yang-sunbaenim nos disse que iríamos ter um comeback, nós precisamos também arrumar as malas para voltarmos para o dormitório já no dia seguinte.
Toda mudança é sempre recheada de muito stress e cansaço, mas como eu disse, a gente estava "amortecido" pela adrenalina do momento... mas eu preciso admitir que todos estávamos com saudade de viver juntos, então a primeira noite de volta no dormitório foi muito boa.
Na verdade... depende o que você entende como "boa". Ninguém conseguiu dormir, obviamente, mas ao invés de ficarmos nos revirando na cama, nós levamos os colchões para a sala, fizemos um chá de camomila, cada um enrolado em seu cobertor, ficamos conversando, colocando nossas vidas em dias, até finalmente pegarmos no sono alí pelas quatro e meia da manhã.
Isso definitivamente comprometeu a produtividade que a gente teve no estúdio, já que no dia seguinte fomos para a primeira sessão de gravação dos vocais de "See U Next Fall", mas ainda sim, foi essencial.
W Korea: Que história comovente, Hiro. É impressionante como mesmo nas situações mais difíceis, o laço entre vocês nunca se desfez. Parece que esse vínculo foi fundamental para atravessar esses momentos e encontrar força para seguir em frente. Essa primeira noite de volta ao dormitório, com todos vocês reunidos, parece ter sido um momento muito especial, um verdadeiro recomeço emocional e físico para o grupo.
Falando nisso, essa experiência de voltarem a viver juntos deve ter renovado a dinâmica entre vocês. Como você descreveria a diferença na convivência do grupo antes e depois desse hiato? Houve algo que mudou, seja nas pequenas interações do dia-a-dia ou na forma como vocês se apoiam mutuamente?
Hiro: Cada um teve um período de treinamento diferente, e ainda sim, nem todo mundo treinou junto na maior parte do tempo, sendo em outras empresas, ou até mesmo na Black Comet, já que o treinamento tem um sistema de "turmas". Ainda sim, acho que antes de debutar, a nossa turma foi formada uns seis meses antes, então nós tivemos algum tempo pra pegar intimidade antes de mudarmos pro dormitório a primeira vez.
Como nossa agenda era bem corrida no começo, a gente não tinha muito tempo para criarmos memórias uns com os outros, já que era sempre muito trabalho, e quando nosso trabalho acabou, e ficamos em hiato, era estranho passar tanto tempo junto sem nenhum "trabalho" para fazer.
Sem dúvidas, essa situação toda renovou sim nosso espírito de equipe. Parece que instantaneamente, no dia que a gente se reuniu, todos viraram a pequena chave na cabeça e deixamos qualquer estranheza para trás. Como se todos estivessem ansiando para virarem melhores amigos de novo.
W Korea: Que incrível ouvir como essa experiência solidificou ainda mais o vínculo entre vocês.
Vamos entrar em uma área que os fãs também adoram: sua paixão pelas artes visuais. Sabemos que você tem um lado artístico muito forte, especialmente na pintura e no desenho. Como essas formas de expressão influenciam sua música e sua identidade dentro do One Of A Kind? Você sente que existe uma relação entre o que você cria nas telas e o que você traz para o palco?
Hiro: Eu desenho desde muito novinho. Tenho pastas e pastas cheias de desenhos de giz de cera, lápis, tinta guache, e qualquer outra coisa que os pais deixem uma criança artística experimentar. Eu sempre gostei de desenhar minha irmã mais nova a Yumeko, e como ela gostava muito de dançar, eu sempre tive essa vontade de aprender a capturar as emoções e os movimentos. Eu tinha pastinhas escrito "feliz", ou "com raiva" para os desenhos dela dançando. Desenhava ela com tons de amarelo, verde claro, laranja quando ela dançava feliz, e em tons de vermelho, roxo, e cinza quando ela estava com raiva... sim, ela dançava com raiva as vezes... longas histórias de uma menina que queria comer cereal de café da manhã em todas as refeições do dia.
Claro que de "desenhista" para "idol de K-Pop" tem um oceano de diferença, mas eu tenho certeza que na minha cabeça, de alguma forma, uma coisa me levou até a outra. Quando eu fiz treze anos, eu pedi uma câmera de vídeo de natal, e meus pais me deixaram criar um canal no YouTube onde eu podia filmar meus desenhos. Meu pai me ajudava a editar os videos, deixando eles aceleradinhos para fazer um timelapse do resultado no final. Não me lembro da última vez que fiz alguma coisa no canal, mas lembro que nunca chegou a ficar grande e popular... quem sabe algum dia eu consiga voltar a desenhar lá? Eu iria pessoalmente amar!
Mas enfim, acho que minha resposta para como uma coisa levou a outra é bem abstrata ainda, mas, é algo que eu tenho sempre comigo. Felizmente, eu tive a chance de colocar isso em prática recentemente, e justamente, em algo do One Of A Kind. O nosso mini-álbum GENIUS tem essa estética visual um pouco colegial, descolada e afins, então, eu pude fazer vários desenhos na parte de dentro do encarte, como se fosse um caderno. Eu tô TÃO animado pra ver o que os fãs vão dizer quando o álbum sair... sim, pelas músicas, mas eu tô particularmente animado pra eles verem meus desenhos!
W Korea: Que incrível, Hiro! É fascinante ver como sua paixão pela arte visual está profundamente enraizada em sua história pessoal e como ela se integra ao seu trabalho como idol.
A integração dos seus desenhos no encarte do mini-álbum GENIUS é um toque especial que mostra o quanto você se dedica a entregar algo único para os fãs, algo que vai além da música e envolve uma experiência visual e emocional completa. Com todo esse envolvimento artístico, você acha que existe a possibilidade de explorar mais desse lado criativo em projetos futuros, talvez até fora da música?
Hiro: Eu realmente não sei dizer. Eu mal tenho certeza de quais vão ser os próximos passos que eu vou dar com o One Of A Kind, então consigo prever menos ainda quais vão ser os próximos passos que eu vou dar individualmente. É parte do trabalho comprometer uma parte da individualidade para a criação de um coletivo consistente, e mesmo que eu seja apaixonado por desenho, eu também sou igualmente apaixonado pelo One Of A Kind!
W Korea: É admirável ver como você equilibra sua paixão pessoal pela arte com o compromisso e a dedicação ao One Of A Kind. Esse senso de coletivo é, sem dúvida, uma das forças mais marcantes do grupo.
Pensando nessa intersecção entre suas paixões pessoais e a carreira musical, vamos para uma pergunta que traz níveis mais complexos: como você enxerga a influência das artes visuais no cenário do K-Pop atualmente? Muitos grupos têm explorado conceitos visuais inovadores e complexos, quase como se cada comeback fosse uma exposição artística por si só. Como alguém que tem uma conexão tão forte com a arte, você vê espaço para a expansão desse lado artístico dentro da indústria, talvez através de colaborações com artistas visuais ou até mesmo projetos que desafiem as convenções tradicionais da música e da arte?
Hiro: Vocês não tem noção de quão TORTURANTE é gostar tanto de artes visuais assim... e não termos sequer UM clipe na carreira do One Of A Kind. Eu não vou ter medo de falar disso por que é meio de conhecimento público que a nossa empresa tem um histórico complicado quanto ao lançamento de clipes... mas... ah, eu não posso falar muito disso, e nem quero desviar do assunto por que adorei sua pergunta, mas essa minha tortura FINALEMENTE vai acabar.
Mas voltando para sua pergunta, essa questão definitivamente é algo que me mantém apaixonado pela música, particularmente, pelo K-Pop. Eu escuto todo tipo de música, então, sempre estou descobrindo coisas novas, e as vezes acho que "o lado de lá" da indústria tem na maioria das vezes um minimalismo que não é muito do meu agrado. As vezes, uma foto num fundo branco com uma escrita em cima é a identidade visual inteira de alguém. Isso não é necessariamente ruim, eu acredito fielmente que não tem jeito certo ou errado de fazer esse tipo de arte... mas se eu fosse falar do meu gosto pessoal, eu definitivamente prefiro coisas mais elaboradas.
Eu preciso muito falar do meu visual favorito do ano passado, que é de um álbum de K-Pop, claro! É o visual do "National Butterfly Society Club" do Huh Twink. É LINDO DE MAIS! O som do álbum é todo eletrônico e psicodélico, mas os visuais tem essa visão artística de rabiscos, tons escuros, colagens, edições surrealistas... é perfeito. Minha foto preferida é uma do rosto do Huh Twink, de olhos fechados, onde as extremidades do rosto dele são asas de borboletas. Esse tom sépia deixa tudo ainda mais intrigante por misturar o mágico com o sombrio. Pra mim, esse álbum é uma cartilha completa de como fazer um visual incrível e único, muito bem construído, cheio de elementos coesos mas que continuam te surpreendendo até o final. Eu obviamente comprei uma versão física do álbum, e espero um dia encontrar o Twink-hoobaenim para pedir para ele assinar a minha cópia.
W Korea: O visual do National Butterfly Society Club realmente é uma obra-prima, tanto que foi um dos vencedores da categoria Best Album Cover e Best Booklet no Idol Visual Awards do ano passado! Essa atenção ao detalhe, a maneira como o visual complementa e até expande a música, é algo que diferencia o K-Pop de muitos outros gêneros.
Parece que você tem uma sensibilidade única para esses aspectos, o que me faz perguntar: com essa paixão pelas artes visuais e o seu olhar atento para o design e a estética, você já pensou em se envolver diretamente na criação dos visuais do One Of A Kind? Talvez não só nos encartes, mas quem sabe na direção criativa de um videoclipe ou até em uma exposição que reúna música e arte?
Hiro: Nossa eu adoraria. Eu perderia o sono se eu pudesse. Eu fico de olho na equipe de produção dos estúdios quando estamos gravando algo, seja um programa de variedade ou até um VT para alguma performance, e seu aprendo coisas novas. Eu adoraria sim participar da produção de um dos nossos MVs, mas eu também sou muito realista e sei que algo assim envolve muito mais do que apenas ter boas ideias. Eu definitivamente adoraria investir alguns anos da minha vida em estudos de produção audiovisual pra realizar esse sonho.
W Korea: É ótimo ver essa paixão e determinação em você, Hiro. E realmente, a produção audiovisual é uma área rica e complexa, que exige um profundo entendimento e muito trabalho, será incrível se algum dia você puder se formar na área e usar seus conhecimentos nos projetos do seu grupo.
Mas agora falando sobre a indústria, como você mencionou, o K-Pop e a música em geral estão passando por um período intenso de transformação e sucesso extremo. Artistas estão alcançando uma visibilidade global sem precedentes e a competição é cada vez mais acirrada.
Como você vê essa evolução? Com a ascensão de novos talentos e a crescente internacionalização do K-Pop, qual é o papel que você imagina que o One Of A Kind deve desempenhar para se destacar e continuar relevante neste cenário tão dinâmico? Além disso, como você acredita que a integração de artes visuais e conceitos inovadores pode influenciar o sucesso e a identidade dos grupos no futuro?
Hiro: Alguém já te disse que você faz as perguntas mais incríveis do mundo? [risos] Bom, foram várias perguntas, então vou tentar ser específico quanto a minhas respostas.
Eu acho que a internacionalização do K-Pop é algo incrível, meteórico, inevitável, mas também tem seus prós e contras.
Se fossemos falar da história do K-Pop em si, a gente falaria em como ele nasceu de uma manobra do governo para investir no talento dos sul-coreanos, para se recuperar da guerra, e focar num futuro positivo com coisas boas. Ainda sim, não dá pra dizer que desde o começo, o K-Pop exporta as tendências das boybands que havia nos anos 90 nos Estados Unidos. Eu não era vivo nessa época hehe, mas eu sou apaixonado por esse tipo de coisa, então estudei bastante sobre. Mesmo com tanta inspiração, o K-Pop sempre se manteve num caminho muito único, já que não se conformava somente com as tendências como eram, e estavam sempre, o tempo todo, buscando explorar os conceitos, criar coisas novas, descobrir quão incrível as coisas podem ser.
Agora a gente entra nuns tópicos um pouco sensíveis, mas eu juro que falo isso de uma perspectiva neutra de quem observa, estuda e compara. Eu acho que os horizontes do K-Pop se expandiram muito, e continuam se expandindo sempre, e isso acaba tendo gerando uma dicotomia em como o gênero é visto pelas pessoas que não consomem ele, sabe? Fora do K-Pop, as pessoas se acostumam com um nível de criação artística mais tradicional, sempre rebatendo em uma visão esperada do que é ser um grande artista, e como o K-Pop é muito mais diverso, midialogicamente falando, eu vejo que as pessoas acabam tendo uma dificuldade para compreender e entender as coisas mais elaboradas e explosivas que acontecem aqui. Eu acredito sim que nós sempre podemos aprender uns com os outros.
Já ouvi diversas vezes falando sobre "americanização do K-Pop" como se fosse algo ruim. Definitivamente não pode ser a norma comum, mas faz parte de estudar, absorver e evoluir, e eu acho que infelizmente isso nunca foi mútuo. Tem artistas muito pontuais que desenvolvem conceitos tão sólidos como a gente vê todos os dias no K-Pop, mas ainda sim, é uma minoria, e sinto que há um estigma muito grande para artistas ocidentais em dizer que se inspiram no K-Pop, sendo que no K-Pop, é muito comum dizer que algum artista internacional foi inspiração para nós. Eu frequentemente me pergunto por que acham tão difícil reconhecer a nossa indústria como algo genuíno que transcende o comercial, assim como a indústria do pop americano.
Agora a gente entra nuns tópicos um pouco sensíveis, mas eu juro que falo isso de uma perspectiva neutra de quem observa, estuda e compara. Eu acho que os horizontes do K-Pop se expandiram muito, e continuam se expandindo sempre, e isso acaba tendo gerando uma dicotomia em como o gênero é visto pelas pessoas que não consomem ele, sabe? Fora do K-Pop, as pessoas se acostumam com um nível de criação artística mais tradicional, sempre rebatendo em uma visão esperada do que é ser um grande artista, e como o K-Pop é muito mais diverso, midialogicamente falando, eu vejo que as pessoas acabam tendo uma dificuldade para compreender e entender as coisas mais elaboradas e explosivas que acontecem aqui. Eu acredito sim que nós sempre podemos aprender uns com os outros.
Já ouvi diversas vezes falando sobre "americanização do K-Pop" como se fosse algo ruim. Definitivamente não pode ser a norma comum, mas faz parte de estudar, absorver e evoluir, e eu acho que infelizmente isso nunca foi mútuo. Tem artistas muito pontuais que desenvolvem conceitos tão sólidos como a gente vê todos os dias no K-Pop, mas ainda sim, é uma minoria, e sinto que há um estigma muito grande para artistas ocidentais em dizer que se inspiram no K-Pop, sendo que no K-Pop, é muito comum dizer que algum artista internacional foi inspiração para nós. Eu frequentemente me pergunto por que acham tão difícil reconhecer a nossa indústria como algo genuíno que transcende o comercial, assim como a indústria do pop americano.
Isso me leva para um ponto que acho ainda mais arriscado eu falar sobre, mas eu tô genuinamente muito apaixonado pela nossa conversa, então eu vou continuar: Infelizmente, especialmente esse ano, a indústria musical global tem ido pra um caminho complicado; tudo que eu vou falar, é exclusivamente sobre gosto pessoal, mas eu tenho ficado muito triste em ver como, as músicas que mais tem feito sucesso esse ano são produto de uma grande sucatização de um conceito pobre. Eu sei que é uma palavra afiada, mas eu não tô dizendo isso querendo ofender ninguém, e parte de apreciar arte é saber equilibrar emoção e razão, sendo realista. Eu não vou colocar minha cabeça na forca sendo mais específico que isso, mas é muito triste ver que os "grandes destaques deste ano", em sua maioria, não são projetos que levantam um dedo em prol de ser artístico, em prol de ser algo a mais do que uma música qualquer que existe nesse momento atual.
Calma, isso é um assunto complicado, longe de mim dizer que a arte precisa SEMPRE ser utilitária ou coisa assim, cada um tem sempre o direito de criar o que quer, mas eu preciso dizer sim que é muito estranho um conceito tão simplório receber uma aclamação pública tão desproporcional... AHG! Eu queria poder ser mais específico que isso. O que eu quero dizer é, que parte da liberdade de cada um criar o que quer é colher os frutos do que cria; desenvolver um produto artístico vai te recompensar com uma credibilidade artística, mas desenvolver um produto básico, cativa seguidores que te vêem como um produto básico... e honestamente é preocupante ver que isso é o que está sendo reconhecido na indústria da música.
É complicado de mais eu falar disso. Eu escrevo e adoro compor, mas infelizmente nenhuma das minhas composições entrou pro álbum do One Of A Kind. E alguém pode argumentar que as composições do One Of A Kind não são nenhuma revolução lírica, mas definitivamente, desde o começo, nossa visão era refletir as emoções ligadas a juventude, e as vezes, isso também se encaixa na dinâmica de alguém jovem compondo sobre "querer ficar jovem para sempre".
Infelizmente, o K-Pop ainda é visto como um nicho onde se desconsidera a credibilidade artística, só por que o gênero tem um apelo comercial gigantesco, mas essas coisas ainda sim podem coexistirem... não só podem como realmente coexistem. QruBim é um lindo exemplo disso, com "Synesthesia" sendo uma letra incrível sobre auto descobrimento. Ou "Dance In The Dark" do eClipse, que se tornou uma das maiores músicas de toda a história, e foi muito aclamada pela crítica pelo conceito inspirador da letra falando sobre lidar com a ansiedade. Qualquer um dos singles do PLASMA e do RAVEN que constroem uma narrativa muito única dos conceitos que esses grupos tem... definitivamente algo que não se vê em mais NENHUM lugar da indústria.
É muito triste que tanta genialidade seja ignorada simplesmente pelo fato de ser K-Pop. Eu deduzo que essa visão venha de um lugar muito ignorante, já que atualmente, o K-Pop é uma das maiores indústrias do mundo, e muitas vezes consegue misturar o artístico, com o criativo conceitual, e ainda com o comercial, sendo um sucesso gigantesco... onde em outros lugares do mundo, se um artista apresenta as vezes só um desses três, e ainda de forma básica, já é considerado um grande marco na música. Eu entendo que existem jeitos infinitos de se fazer arte, e cada um é único em sua beleza, mas é muito desanimador quando um tipo de arte específico é ignorado por motivos tão banais.
W Korea: Hiro, é fascinante ouvir sua perspectiva, e eu realmente aprecio a honestidade e profundidade com que você abordou esse tema. O K-Pop, como você mencionou, tem essa capacidade singular de mesclar o artístico, o conceitual e o comercial de uma forma que muitas vezes não é plenamente reconhecida ou valorizada fora da Coreia. Sua paixão pelo que o K-Pop representa e pelo potencial que ele tem para expandir ainda mais os limites da arte musical é muito notável e admirável. A questão que você levanta sobre a recepção global do K-Pop e a maneira como ele é percebido é complexa, mas muito válida. É interessante observar como essa "dissonância" entre a complexidade artística do K-Pop e a percepção externa pode impactar o futuro da indústria. A sua comparação com outros estilos de música que, mesmo apresentando conceitos mais simples, alcançam um sucesso desproporcional, traz à tona uma discussão importante sobre o que significa criar arte significativa em um mundo onde as tendências podem mudar tão rapidamente.
Como você mencionou, o One Of A Kind sempre teve uma visão clara sobre expressar as emoções da juventude, algo que ressoa profundamente com seus fãs. E, ao mesmo tempo, parece que vocês se preocupam em trazer algo mais do que apenas um "produto comercial" para o público.
Dito isso, você mencionou artistas como QruBim e eClipse, que conseguiram trazer mensagens profundas através de suas músicas, não só impactando a música conceitualmente, mas também comercialmente, emplacando os grandes hits que foram "Synesthesia" e "FANGS". No seu caso, se você tivesse a chance de compor ou dirigir a criação de um novo conceito para o One Of A Kind, qual seria a mensagem ou o tema que você gostaria de explorar? Como você imagina que essa mensagem poderia influenciar a percepção do K-Pop globalmente?
Hiro: Eu pessoalmente sou imensamente apaixonado pelo conceito do One Of A Kind. É algo extremamente especial poder estar cantando sobre as emoções que eu realmente estou vivendo. Eu acho "See U Next Fall" uma das músicas mais bonitas que eu conheço; trata de um tema inevitável (o crescimento, e a dinâmica de inevitavelmente se separar dos seus amigos de infância, onde cada um começa a tomar o próprio rumo) de uma perspectiva tão emocional. Eu chorei a primeira vez que ouvi o último refrão de "See U Next Fall", quando a gente muda o verso para "Say it's forever for the very last time, make it count and leave me behind"; fico arrepiado de lembrar como foi triste quando tive que passar por isso na pele, mas eu passei, e agora estou aqui. Eu não sei se exploraria um conceito novo para o One Of A Kind nesse quesito, porém, pra não deixar sua pergunta sem uma resposta, eu gostaria de que no futuro, nós explorássemos algumas sonoridades um pouco mais diversas; o nosso mini-album GENIUS se resume basicamente em pop e um pouco de pop-rock, com os sintetizadores de K-Pop... eu gostaria de ver como nosso grupo se sairia cantando uma música um pouco mais emocionante com ênfase no vocal... tipo aquela introdução que a gente apresentou semana passada no Video Music Awards, cantando "Forever Young" acústico, com apenas o Hyesung tocando piano. Nosso grupo tem vocais bem distintos, como o meu e o do Hunter sendo mais agudos, o do Jihang e do Jaden sendo bem mais graves, e o Hyesung que tem um grande alcance... eu acho que a gente conseguiria fazer algo muito interessante. Mas eu entendo que no momento atual, a gente precisa focar em consolidar o nosso conceito, antes de começar a pensar em expandir ele.
W Korea: É incrível como você descreve sua conexão emocional com o conceito do One Of A Kind e com músicas como "See U Next Fall". Esse equilíbrio entre a realidade de suas emoções e o som que vocês estão desenvolvendo como grupo é uma parte essencial do que faz o One Of A Kind ser tão especial.
A ideia de explorar novas sonoridades, especialmente algo mais emocional e com ênfase nos vocais, parece uma evolução natural e empolgante para vocês. A performance acústica de "Forever Young" no Video Music Awards mostrou como vocês conseguem tocar os corações das pessoas de uma maneira mais íntima, e é fácil imaginar como algo assim poderia se tornar uma nova faceta do grupo.
Você mencionou que, por agora, o foco é consolidar o conceito que vocês têm. Isso é compreensível, especialmente considerando o estágio em que vocês estão na carreira. Mas é ótimo saber que vocês têm a vontade e a capacidade de expandir e explorar diferentes aspectos musicais no futuro. Essa vontade de crescer e se reinventar é o que mantém um grupo relevante e emocionante para o público. Sei que cada etapa na carreira de um grupo tem suas próprias recompensas e desafios. Como você enxerga o caminho que o One Of A Kind está trilhando? Existe algo que você está particularmente ansioso para alcançar ou algo que você gostaria de ver o grupo realizar nos próximos anos?
Hiro: É complicado falar disso ainda, por que eu acho que está muito cedo, entende? No VMA nós finalmente anunciamos o lançamento do nosso álbum para o dia 23 de Agosto. Eu acho que só vou poder tirar algumas conclusões de como está sendo o caminho, a partir deste ponto.
Mas bem, nesse "pré-caminho" que estamos tento até agora, está sendo incrível! Nós estamos conseguindo ótimas posições nos charts, ontem mesmo chegamos ao #1 lugar nos charts asiáticos, há algumas semanas conquistamos nossa primeira vitória para "See U Next Fall" no M!Countdown, e claro, o que mais me deixou feliz, é a nossa parceria com a General Mills, essa sem dúvida foi a mais surpreendente.
Eu tô particularmente ansioso para o pocket-show de estreia que vamos fazer para o lançamento do GENIUS. Por causa da parceria, nós vamos ter dois fãs... de qualquer lugar do mundo, viajando pra Coreia do Sul pra vir assistir a gente. Eu espero muito que seja um momento inesquecível... os ensaios para esse show já começaram, e cada dia que passa, eu fico mais animado!
W Korea: Parece que o "pré-caminho" já está cheio de conquistas impressionantes! A parceria do One Of A Kind com a General Mills foi uma surpresa incrível para todos. É raro ver uma colaboração tão única entre um grupo de K-Pop e uma marca internacional tão renomada. Como surgiu essa parceria, e o que ela representa para você e para o grupo?
Hiro: Como tudo nessa era, aconteceu de surpresoa! [risos] Uma semana e pouco antes de sermos anunciados na setlist do Rock In Rio, nós (o One Of A Kind, nosso CEO, e nosso manager) viajamos para a America, para a central da Arcade Records, para definir umas questões bem importantes do nosso comeback, e da apresentação no Rock In Rio. Foram diversas reuniões, e uma delas foi apresentando a proposta da parceria.
Eu queria que tivesse vídeo disso, mas assim que explicaram a ideia de cada um de nós estar na caixa de um cereal, meus olhos brilharam de felicidade! É tão criativo, é tão divertido... infelizmente, cada um de nós só vai ter um comercial individual, mas eu adorei fazer o meu, que por sinal, já está sendo veiculado na TV!
W Korea: Parece que essa parceria realmente capturou seu entusiasmo! Sabemos que você tem uma grande paixão por desenho, então ficamos curiosos sobre o seu comercial individual que foi ao ar na semana passada: No anúncio, vemos você desenhando em um caderno, e depois de comer o cereal, os desenhos começam a ganhar vida, como se o cereal tivesse liberado ainda mais a sua imaginação. Como foi para você, como artista, ver essa conexão tão criativa entre sua paixão pessoal e o conceito do comercial? Com tudo que você nos disse sobre seu amor por desenho, deve ter sido um sonho! Você sentiu que isso capturou algo especial sobre quem você é, Hiro?
Hiro: Foi simplesmente PERFEITO! Eu nem consegui acreditar quando eu li o roteiro pela primeira vez. O diretor do comercial é um cara muito legal que me deu a liberdade pra adicionar algumas ideias minhas, e com o tanto que eu falei que amo desenhar, você deve até já imaginar quanto eu me diverti dando ideias. Definitivamente, o comercial capturou muito bem algo especial sobre mim, minha paixão pela criatividade, e principalmente esse aspecto mais doidinho que eu tenho quando estou sozinho.
W Korea: Deve ter sido uma experiência incrível, especialmente podendo contribuir com suas próprias ideias! E pensando mais na parceria em si, como você mencionou, é uma colaboração bastante única, ainda mais para um grupo de K-Pop. O que você acha que essa parceria com a General Mills significa para o One Of A Kind? E como você enxerga a conexão entre música, criatividade e marcas tão icônicas quanto essa?
Hiro: A parceria com a General Mills é a primeira parceria com o One Of A Kind. Na verdade, a gente até fez uma parceria com a Nestlé em 2025, mas era mais algo da nossa empresa matriz, a Arcade Records, e não especialmente com o One Of A Kind. Enfim, é muito surreal nossa primeira parceria já ser com uma marca tão gigantesca como a General Mills. Eu não cresci comendo ela, por que lá no Japão não é tão comum comer cereais assim, muito menos no café da manhã, mas quando fomos para os Estados Unidos, na reunião que eu falei, eu tive a chance de experimentar... e agora eu quero comer todos os dias! Definitivamente, açúcar não faz bem pro corpo, mas eu tenho começado o dia com muito mais energia agora, haha!
W Korea: Parece que você realmente se apaixonou pelo cereal! Sabemos que cada integrante está representando um sabor específico, e você está estampando as caixas de Honey Nut Cheerios. Como foi a escolha desse sabor para você? E o que você acha que ele representa em relação à sua personalidade ou à sua imagem dentro do One Of A Kind?
Hiro: [Risos] - O processo de escolher qual integrante ficaria com qual cereal não ficou nas nossas mãos infelizmente, ficou nas mãos dos representantes da General Mills mesmo, mas eu acho que eles fizeram um ótimo trabalho combinando as nossas personalidades com os cereais. Bom, a minha pelo menos sim! Por incrível que pareça, eu não sei qual cereal ficou com qual integrante, nós combinamos de não revelar nem um pro outro, pra manter uma surpresa!
Mas eu me apaixonei pela escolha do Honey Nut Cheerios. Como eu disse, eu tenho esse problema com açúcar, que muito de doce, mas não gosto tanto de comer açúcar, e pessoalmente, não tinha uma opção MELHOR pra mim do que o Honey Nut Cheerios. Ele é adoçado com mel, e não vai tanto açúcar adicional como os outros sabores de cereal da marca; é um docinho tão gostoso... por que não é doce com gosto de açúcar, é doce com gosto de mel. Como uma pessoa mais reservada, eu adorei essa alternativa, e também, a identidade visual do Honey Nut Cheerios é cheia de abelhinhas, o que casou muito bem com a proposta de serem desenhos tomando vida. Eu acho que a General Mills foi muito perspicaz nessa combinação.
W Korea: Realmente parece que a General Mills acertou em cheio na escolha, em delegar o Honey Nut Cheerios justamente para o artista nato do grupo! É interessante ver como um produto pode se alinhar tão perfeitamente com a personalidade e os gostos de um artista. Esse tipo de parceria parece ter dado muito certo, tanto em termos de imagem quanto de criatividade.
Falando nisso, agora que você já experimentou o cereal e está na fase de divulgação, você acha que esse tipo de parceria poderia abrir portas para mais colaborações no futuro? Algo que combine ainda mais suas paixões pessoais, como a arte e a música, em projetos inovadores?
Hiro: Eu não quero me gabar, mas eu recebi muitos elogios no set de filmagem pelos meus desenhos, tanto que, entre os takes, enquanto eles estavam arrumando as lentes das câmeras, iluminação, e tudo mais, eu fiquei fazendo um joguinho de tentar desenhar rapidinho alguma das pessoas que estavam me ajudando entre os cortes da filmagem, e consegui desenhar umas 9 pessoas no total. Dito isso, eu iria morrer de amores se eu tivesse a oportunidade de fazer um comercial justamente de material de arte! Tipo, uma parceria com a Faber-Castell, ou com a POSCA... nossa, nem precisa ser uma das maiores marcas, qualquer uma já me deixaria muito feliz!
W Korea: Você já pensou em como você gostaria que fosse um comercial seu de material de arte? Talvez algo que pudesse capturar a essência do processo criativo, como você fez com os desenhos que ganharam vida no comercial do Honey Nut Cheerios?
Hiro: Minha cabeça tá sempre pensando em ideias diferentes, minha irmã Yumeko costuma dizer que ela está cheia de minhocas coloridas [risos]. Então, eu quero dizer que já imaginei diversos cenários fictícios na minha cabeça, não necessariamente sendo um comercial, as vezes só eu existindo num cenário artístico! Eu adoraria trabalhar com tinta em um cenário urbano, pintar um mural ou uma parede, em algum ponto específico de alguma cidade, com tintas fluorescentes, que de dia, o desenho tivesse um significado, e de noite, depois do pigmento pintado absorver a luz do sol, o desenho se transformasse em algo diferente.
Eu dei alguma ideia parecida com essa no comercial para o Honey Nut Cheerios, mas estava sendo muito fora da curva para o que a gente estava procurando.
W Korea: Falando em ideias criativas, o conceito do photoshoot que você fez para essa edição da W Korea é absolutamente encantador. A mistura dos elementos reais com a lona pintada por você, criando essa atmosfera de pôr-do-sol num campo gramado, é simplesmente genial. Como foi o processo de criação desse cenário? O que te inspirou a escolher esse tema de pique-nique, e como você se sentiu ao ver sua arte se tornando o pano de fundo para essas fotos?
Hiro: Eu queria aproveitar a oportunidade de estarmos falando disso para agradecer por me deixarem participar da criação do conceito do photoshoot! Gosto muito de como a W Korea tem essa visão artística para os ensaios fotográficos, e poder ter feito parte disso foi fenomenal!
Quando me disseram para definir alguns elementos, eu já tinha em mente que queria mesclar alguma coisa da minha personalidade com o conceito do One Of A Kind. Sei lá, por ser um dos primeiros integrantes a estar fazendo uma entrevista individual, senti que seria muito legal se eu misturasse essas duas coisas! Parte dos photoshoots de "See U Next Fall" foram tirados num campo, com uma estética meramente similar, mas bem mais colorida. No briefing do photoshoot, eu escrevi sobre misturar elementos reais com imaginários, mas através das lentes de cores menos saturadas, e mais suaves. O campo é pintado praticamente em tons de marrom e laranja, as vezes com um verde bem escuro em algumas partes; a parte mais clara foi o céu, que fiz questão de fazer algo bem radiante, explorando um degradê de um laranja bem clarinho, até um azul bem escuro, contra as nuvens brancas. E se você olhar, dentro da cesta de piquenique, tem uma caixinha mini de Honey Nut Cheerios que eu pedi pra colocar, especialmente!
W Korea: Que incrível ouvir sobre o seu processo criativo! A atenção aos detalhes realmente faz a diferença e adiciona uma camada extra de profundidade ao photoshoot. Além da caixinha de Honey Nut Cheerios, que é uma ótima adição pessoal, você teve algum desafio específico ao criar a lona pintada e definir o conceito? Como foi a experiência de combinar a sua arte com o estilo e a estética da W Korea? E, se puder compartilhar, qual foi a sua parte favorita durante a execução desse photoshoot?
Hiro: A minha parte favorita foi criar a lona! [risos] Calma, na verdade foi fazer o photoshoot, mas no final das contas, o ensaio fotográfico foi mais como colher os frutos do trabalho todo com a lona. A lona é bem grande, tem 2 metros por 1 metro e meio, e eu passei... dois dias pintando ela! É bem rápido pra uma lona desse tamanho, mas deixa eu explicar o porquê!
O céu da lona era o céu que eu estava vendo no terraço da Black Comet Entertainment naquele dia. Pedi para o Hyesung-hyung ir comigo até o terraço por que eu queria pintar o céu. Como as nuvens estão se mexendo o tempo todo, eu tive que trabalhar bem rápido para tentar capturar o máximo que eu conseguisse nos rascunhos, para depois vir com a cor por cima! Eu tirei uma foto e comecei a pintar e rabiscar... e acabou dando certo bem rápido. Me diverti tanto que até pintei um outro quadrinho pequeno do Hyesung conta o céu, se eu achar a foto, vou postar no nosso Twitter amanhã!
Bom, eu pintei com tinta a óleo, então isso colaborou ainda mais pra eu precisar ser ágil nas pinceladas e não ficar demorando muito, principalmente se você considerar que ela estava secando muito rapido, estando diretamente no vento do topo do prédio da Black Comet.
W Korea: Que incrível saber que você teve uma experiência tão pessoal e criativa ao criar a lona! Deve ter sido fascinante capturar o céu daquela maneira. E eu adoraria ver a foto do Hyesung que você pintou contra o céu!
Para encerrar, Hiro, qual é o próximo grande passo que você imagina para o One Of A Kind e para si mesmo como artista? Há algum sonho ou meta específica que você está ansioso para realizar nos próximos anos?
Hiro: Eu definitivamente espero que, uma vez que terminemos o ciclo das promoções do GENIUS, nós não demoremos tanto para começar a trabalhar em coisas novas. Apesar de todo esse hiato ter sido traumatizante, também foi uma grande oportunidade para aprender, então, acho que o One Of A Kind está bem mais munido de maturidade pra enfrentar o que quer que a gente vá encontrar por aí nos caminhos da vida!
Muito obrigado pelo convite incrível da entrevista, W Korea! É literalmente um sonho se realizando, e eu tenho certeza que a gente fez cada momento dessa entrevista valer a pena! Muito obrigado mesmo.
W Korea: Foi um prazer conversar com você, Hiro! Estamos todos ansiosos para ver o que o futuro reserva para você e para o One Of A Kind. Boa sorte com o lançamento do GENIUS e com todos os seus projetos futuros. Não se esqueçam de conferir a música "See U Next Fall" nas plataformas digitais, e até a próxima!