SOFÍA X ESPADA
Aug 6, 2024 1:07:02 GMT
Post by adrian on Aug 6, 2024 1:07:02 GMT
Duração: 03 minutos e 30 segundos
Roteiro: Sofía
Direção: Sofía
Sofía estava andando em uma rua deserta durante a noite. Em suas mãos segurava um celular e estava absorto de tudo o que acontecia ao seu redor. A rua em que estava andando era iluminada e havia uma movimentação relativa, de forma que houvesse um mínimo de segurança que justificasse andar tão despreocupada. A câmera que havia iniciado por um plano aéreo de uma cidade agora focalizava a artista caminhando com uma expressão determinada. Ela guardou seu celular no bolso esquerdo de sua calça jeans e continuou a caminhar, agora de forma apressada. Em uma outra cena a câmera mostrava um quarto vazio na qual apenas um colchão estava disposto no chão. Havia, ainda, um frigobar de aparência envelhecida no canto esquerdo do local.
A porta se abriu lentamente e uma sombra se deitou no colchão. Em seguida, a câmera retornou à Sofía caminhando no meio da rua quando uma figura feminina esbarrou em si. O impacto foi tão grande que a artista foi levada ao chão e pareceu irritada quando viu que a outra mulher não iria lhe ajudar. Ela olhou bem para a figura que estava em sua frente e seus olhos se arregalaram: era uma versão sua mais jovem. Em seu pescoço estava pendurado um pingente em quatro partes que formava o nome “niña”, contudo, não foi isso que lhe chamou a atenção. Ao olhar para a cintura de si mesma enxergou uma espada envolta em um coldre. Os olhos da artista se arregalaram instantaneamente. O seu clone mais jovem sorriu e estendeu a mão para que ela pudesse se erguer. Sofía ergueu a mão mas, de repente, um chute foi recebido em seu peito que a fez bater a cabeça no chão. Os seus sentidos foram perdidos e a última coisa que viu foi uma imagem distorcida de si.
A cena seguinte acontecia em o que parecia ser um galpão vazio. Em sua frente estava aquela versão jovem sua. O instrumental da faixa iniciou e a câmera capturava todos os elementos presentes no cenário: havia bancos quebrados, barris que pegavam fogo e pichações em toda a extensão das paredes. As primeiras palavras da faixa foram cantadas pela Sofía sósia enquanto a Sofía verdadeira se levantava lentamente. Uma espada brilhante foi jogada aos seus pés e a sua outra versão brandiu a sua lâmina em sua direção a convidando para uma batalha. Nervosa e aparentemente confusa, Sofía agarrou a espada e a brandiu em direção de sua opositora. A tela se dividiu e mostrou que ambas estavam dublando a canção.
Em outro cenário, acompanhávamos Sofía em uma balada a noite cercada por amigos e com um copo de gim em sua mão esquerda. Ela aparentava se divertir bastante até encontrar uma garota em um canto mais isolado da balada. A câmera não capturou o rosto daquela mulher, apenas o seu pescoço em que um pingente com o nome "niña". O olhar de Sofía foi novamente direcionado para a cintura da mulher: lá estava posicionado um punhal em que a letra S estava gravada em pequenas pedras brilhantes. As duas estabeleceram contato visual até que a figura feminina chamou a atenção de todos para si quando dançava de forma hipnotizante para o público da balada. Todos olhavam para ela, inclusive a própria Sofía.
Quando o refrão explodiu a cena retornou ao galpão e víamos as duas Sofía's em uma batalha de espadas feroz. A Sofía verdadeira parecia estar, inclusive, com todos os passos coordenados que estava dando na coreografia de armas. A outra Sofía sorria enquanto dublava a canção. O que havia de diferente agora eram que elas estavam sendo assistidas por um público de pessoas com um "ar fantasmagórico": de pele branca como se estivessem mortos. Todos seguravam um celular e filmavam aquela batalha. No momento do segundo verso o público via a Sofía original caminhando em uma rua movimentada em que as pessoas aparecem como sombras indistintas representando os "capullos, pinches y cabrones" que menciona na letra da canção.
O segundo refrão acompanhou o fim da luta de espadas em que a Sofía original, para a sua própria surpresa, venceu de sua oponente. Ela estava caída e, enquanto dublava, pegou o pingente de seu pescoço e saiu do galpão sem olhar para trás. A câmera capturou a reação da oponente caída no chão que, surpreendentemente, sorria. Voltamos a balada em que a mulher misteriosa ainda estava dançando. Sofía havia notado que o pingente havia sumido e, ao olhar para o próprio pescoço, percebeu que era ela quem estava usando agora. O mundo pareceu desabar. E realmente estava. Todo o lugar começou a tremer e Sofía saiu correndo em direção a saída. Quanto mais corria, mais o corredor parecia se alongar. Um vislumbre de uma luz a impeliu para frente e ela se jogou - literalmente - na porta que estava aberta.
No momento em que o rap começa, Sofía era mostrada sentada em uma mesa de jantar muito bem decorada e repleta de comida. Nos lugares vazios estavam cópias de todos os seus seis discos, incluso os extended-plays. Enquanto cantava, ela sacou o seu celular e abriu uma live em que a "niña" a estava desafiando a uma luta de espadas. O próprio trecho que dublava era uma resposta ao desafio daquela "estranha" e "conhecida". Sofía mostrava que havia, enfim, crescido e superado todos os seus principais desafios. Ela se ergueu da mesa e a câmera a acompanhou em sua caminhada em takes em 360º em volta de seu corpo; diversos detalhes da casa eram mostrados como os quadros em que a própria Sofía interpretava clássicos da pintura como a Monalisa e Venus. O pingente ainda estava em seu pescoço. Ela foi caminhando até chegar a uma porta coberta por uma textura dourada, adornada por linhas que pareciam ter vida própria. Ergueu a sua mão esquerda até a maçaneta e a abriu.
A câmera captou a cena de sua entrada na sala de um outro ângulo, como se ela - a câmera - estivesse no outro lado do cômodo vendo-a adentrar nos aposentos. Era uma sala grande, na qual continha uma variedade de objetos e instrumentos musicais em ouro. Sofía parecia surpresa. Algo havia lhe chamado a atenção: um punhal prateado que estava posicionado em uma prateleira. Ao lado daquele objeto estavam tantos outros em dourado que era impossível que não fosse visto como um "intruso". Sofía tocou no punhal com o seu dedo indicador e, para a sua surpresa, ela se transformou em um objeto de ouro maciço. Aquela sala era a representação de todo o sucesso de Sofía: tudo que ela tocava virava ouro. Algo, contudo, não parecia certo. Havia uma rachadura no chão que, novamente, lhe chamou atenção. Ela caminhou até ela, se abaixou e olhou como se estivesse olhando em um buraco de porta. A música se encerra e Sofía é empurrada por uma força invisível naquele buraco mínimo.
A cena seguinte acompanha Sofía acordando de um pesadelo em sua cama acompanhada pelo instrumental da faixa. Para além de ter sido despertada pelo sonho estranho que acabara de ter, ao seu lado o seu aparelho celular tocava insistentemente. Era uma ligação tripla, mas os outros participantes não tinham nenhuma identificação. Ela estreitou os seus olhos para enxergar no escuro e só então acendeu um abajur que estava ao seu lado. Ergueu o celular até a altura do rosto e atendeu a ligação.
- Espero que vocês tenham bons motivos para me acordar esta hora! - Disse Sofía sonolenta.
- Querida, nós encontramos o paraíso e você precisa vir conosco! - A voz desconhecida falou.
- Querida, nós encontramos o paraíso e você precisa vir conosco! - A voz desconhecida falou.