[LATINO] AWA na Rádio Rock 89 - Heavy Pero no Mucho
Aug 2, 2024 1:21:04 GMT
Post by luis on Aug 2, 2024 1:21:04 GMT
[Divulgação pra AWA - Vampiro]
O Heavy Pero no Mucho é apresentado pelo Thiago Deejay de segunda à segunda sempre com sons alternativos, hardcore, ska, new metal, rap reggae e se consagra como o 'late show' mais cool de São Paulo, atraindo milhões de jovens pra 89.
Deejay: Booooa noite rapazeada, sejam muitíssimo bem-vindos a mais um Heavy Pero no Mucho, o seu late show favorito da 89 sempre trazendo os sons mais irados do Brasil e falando de tudo um pouco sempre no maior naipe possível. Eu sou Thiago Deejay e hoje é um programa especial. Quem eu tenho de convidado aqui comigo é um cara tão foda, mas tão foda, que eu fico até sem graça de trazer aqui. A gente tá vendo essa fera fazendo história e pouco a pouco se encaixando aí no ranking de estrelas mundiais, coisa que a gente não via aqui no BR faz um tempo. A noite tá só começando, senhoras e senhores, recebam com muito carinho, AWA!!!
AWA: Uhuul! Cara, eu amo tanto essas introduções (risos). Muito obrigado por me receber Thiago, galera aí da 89, acho o trabalho de vocês muito foda mesmo e é clássico né? Impossível vir pra São Paulo e não ver a galeria do rock ou ouvir falar da 89. Vocês representam demais nesse trampo de vocês e eu admiro muito, de coração mesmo. Cês sabem que foi um choque pra mim assim que eu cheguei em SP e conheci a 89 porque é uma rádio tão diferente das que eu era acostumado. Passa uma vibe MTV gostosa demais que eu amava lá atrás.
Deejay: Engraçado que quando me chamaram pra apresentar aqui na rádio rock eu pensei muito nisso no primeiro instante véio. Porque eu já tinha passado pelo Ramona, já tinha ido pro A Hora dos Perdidos, esse aqui é meu terceiro trampo como apresentador né? Então assim que cheguei aqui que é bem no coração de São Paulo, vi a estrutura e vi como que o negócio era diferenciado, eu me senti entrando na MTV, juro pra você. Eu acho muito lindo essa paixão que tem pela música aqui e eu que dediquei metade da minha vida a pesquisar e a ouvir me senti muito em casa aqui.
AWA: Aaah, não tem nada melhor que se encontrar mesmo. Eu quando saí do interior pra vir pra São Paulo obviamente tive aquele choque clássico que todo morador do interior tem aqui, né? Isso foi a 10 anos atrás e agora eu já tô prestes a fazer 30, então tipo... não sei se aqui é onde eu considero casa porque eu amo meu Castanhal e lá é pra sempre meu lugar de conforto, mas eu com certeza me encontrei muito quando eu vim pra cá, principalmente no lado artístico. Me encontrei muito na minha carreira vivendo aqui.
Deejay: Porque você acha isso? A 10 anos atrás você ainda nem era cantor, né?
AWA: Oxe, claro que era! Muito antes disso (risos). Eu tenho uma carreira bem longa cantando em bar, casa de show, com banda e afins. Eu só consegui mesmo lançar meu primeiro disco de estúdio depois do BBMD né, e foi quando as coisas começaram a dar certo. Mas eu já cantava bem antes sim. Eu digo que eu me encontrei na carreira aqui porque foi onde eu conheci a Marcela, infelizmente o Iuri (risos), o Rafa... enfim, várias pessoas que eu trabalho até hoje e que me ajudaram muito a criar hits sabe. Porque eu tinha músicas autorais, mas eu não tinha hits. O dinheiro que veio com o BBMD foi só o empurrão final pra coisa deslanchar de vez e aí o Ribuliço nasceu.
Deejay: Bacana que aqui é uma rádio sobre sons alternativos né e quando a gente anunciou tua participação a alguns dias nas redes sociais, muita gente tacou o pau por te achar pop demais ou mainstream demais pra tá participando aqui. Eu me pergunto se essa galera ouviu teu primeiro disco, sério mesmo.
AWA: Velho, pior que eu acho o Ribuliço bem mistureba. Ele é o meu menos conceitual, tem umas ali bemm pop mas num geral eu e o pessoal conseguimos imprimir uma identidade bem forte já de cara. Eu gosto demais de "Cadeado" não só por ser o meu primeiro hit mas por imprimir muito o meu jeito de escrever, de cantar e de estilo de musica também. Acho uma música bem eu, não tinha muita coisa naquele estilo principalmente naquela época, então é um sucesso que eu tenho orgulho demais. Eu não me acho a pessoa mais alternativa do mundo, mas eu até que tenho uns conceitos bem pensados, vai.
Deejay: Parça, essa tal de "Cadeado" tocou em tudo que é canto mano (risos). Igual essa porra de "Juicio Final" puta merda vontade de dar um tiro na cabeça véio (risos). Como é a sensação disso pra ti?
AWA: A minha conta bancária agradece né? HAHAHAH mas não dá, são músicas que eu não consigo enjoar. Vou ser muito sincero, eu enjoo muito mais das tristes. Amo o "A Gente Se Ajeita" mas nossa, cantar aquela sofrência nos shows me sobe até um arrepio. Não aguento mais (risos). Tô brincando, eu ainda amo.
Deejay: Agora eu vou começar com você uma coisa bem tradicional que eu curto fazer com os convidados daqui que são as perguntas nonsense. Algumas normais, outras nem tanto, mas perguntas que eu sei que alguém aí do outro lado do rádio já pensou em te fazer uma hora e não teve a chance. Tá de boa pra começar?
AWA: Super de boa! Hoje tô bom pra conversar (risos).
Deejay: Vou começar. Se você pudesse fazer um dueto com qualquer pessoa, viva ou morta, quem seria e por quê?
AWA: Nossa, viva ou morta? Cara, eu acho que a Lazuli... engraçado que já cantei alguns covers dela, a gente já se conheceu uma única vez mas eu e ela nunca gravamos juntos. Ela agora tá aposentada né, então acho dificil que essa colaboração aconteça aí um dia, mas eu com certeza admiro muito e tenho como uma fonte de inspiração pro meu trabalho. Ela é uma puta vocalista, né? Eu treino muito com algumas músicas dela. Inclusive vocês podem esperar mais disso vindo de mim. Não posso falar muito sobre isso agora, mas tenho um anúncio muuuito breve pra fazer. Vai ser uma novidade bem legal pra galera.
Deejay: O feat vai sair e você tá fazendo a gente de otário, é isso? (Risos).
AWA: Nãaao, quem me dera (risos). É só uma coisinha que eu quero fazer antes de lançar meu disco novo. Acho que o pessoal vai gostar, mas não posso falar muito ainda. Bora, próxima pergunta!
Deejay: Qual é a história mais engraçada ou embaraçosa que você já viveu durante um show ao vivo?
AWA: Meu Deus, meu Rock in Rio (Risos). Que óoodio que eu jurei nunca contar essa história, mas cê sabe que eu e Sofia fomos headliners do Rock in Rio a algumas edições atrás né, e enfim, foi um festival hiper brasileiro cheeio de artistas dos mais diferentes tipos que cê imaginar. A produção do evento não colocava um brasileiro de headliner desde o show da Tieta que faz aí uns bonsss anos. Você acredita que eles montaram o meu palco no palco errado? Levaram tudo pro sunset, e o pior foram as páginas e fã-clubes postando fotos e vídeos enlouquecidos, animadissimos pro show, acompanhando de perto o palco sendo montado e pasme, era o errado (Risos). Eles simplesmente esqueceram da ideia de que podia ter um BRASILEIRO no palco MUNDO! Quando eu cheguei lá pra fazer a passagem de som e vi o palco vazio, eu vi a produção completamente desesperada. Eu sem entender nada, continuei né... Nossa, só sei que eles desmontaram o palco lá e montaram o meu no mundo numa velocidade que eu nunca vi na vida. E a reação dos fãs vendo o palco sendo desmontado? E depois vendo ser montado de novo no palco MUNDO? Eu ri tanto das reações e dos mini infartos que os pavões tiveram naquele dia que eu nunca consegui esquecer.
Deejay: Seloko, se esse era o tratamento com headlinder tu imagina pros artistas menores né? É surreal o viralatismo que a gente tem aqui no BR parça, isso me quebra demais.
AWA: Esse é um tópico bem complicado de falar e até arriscado no sentido de carreira aqui no Brasil porque esse pessoal tá por trás de tudo. Mas a gente teve estrelas brasileiras se tornando estrelas globais antes e eles precisam se acostumar logo com essa ideia. Porque a gente pode, sabe? Eu sei que eu posso porque já abriram esse caminho pra mim a muito, muito tempo. Mas eu tô determinado a só escrever a minha história e fazer o meu agora.
Deejay: Se sua música fosse um prato de comida, qual seria e por quê?
AWA: Fácil essa né? Com certeza pato no tucupi. Primeiro porque é a primeira coisa que se pensa quando pensa em Pará. E segundo porque o bicho estourou pro resto do Brasil de uma forma impressionante. Hoje tudo que é bistrô aí em São Paulo ou no Rio tenta repetir o pato no tucupi pra trazer esse ar de brasilidade chique pros gringos (risos). Eu amo. Acho bom, é popular e agora do nada virou chique mesmo. Minha música é meio assim (risos). Saí da piada e agora fiquei chique.
Deejay: Qual é a música que você mais gosta de cantar no chuveiro?
AWA: Atualmente quase todas do meu álbum novo (risos). Mas como eu não posso soltar ainda os nomes, eu vou de 'No Divã'. Eu amo essa música de coração e é meio que minha culpa quase ninguém conhecer porque eu lancei assim bem foda-se. Não promovi, não encaixei num álbum, só tava na merda e coloquei pra fora e pah, tava lá. Quem é mais meu fã conhece essa música provavelmente e VAI concordar comigo que ela é mesmo muito boa. O contexto da música é triste pra mim mas eu ainda amo a melodia que eu criei pra ela e a letra também. Cantar ela fingindo que tá chorando no chuveiro é muito bom. Ou chorando de verdade! Recomendo.
Deejay: HAHAHAH, que merda mano. Meus pêsames aí. A próxima é pra pensar: Qual foi o conselho mais estranho ou engraçado que você já recebeu sobre a sua carreira?
AWA: Não sei pensar num estranho ou engraçado porque a grande maioria dos conselhos que eu recebi foram bem essenciais, na verdade. Mas uma vez Sofia recitou Marina Abramovic pra mim e eu nunca esqueci. Isso foi bem lá no comecinho mesmo... Ela falou "Para mim, é muito importante viver no que eu chamo 'espaços no meio do caminho'. Pontos de ônibus, estações de trem, táxis, ou salas de espera em aeroportos são os melhores lugares. Porque você fica aberto ao destino, você está aberto a tudo e qualquer coisa pode acontecer". Eu amo essa citação. Acho tão mística e tão esperançosa de que a vida vem e acontece com você nos mais momentos mais aleatórios e casuais possíveis. A gente pensa que vai fazer dela um filme mas é o filme que faz a gente. Isso me inspira todo dia e tem muito desse conceito no meu novo álbum, com certeza.
Deejay: Eu gosto da rádio rock por causa dessas merdas, tá vendo (risos). Meio da madrugada a gente puxa um assunto reflexivo pra caraio totalmente de graça. E isso porque a gente nem tá fumando, viu?
AWA: Na próxima a gente pode (risos). Desse jeito eu garanto que o programa decola até amanhã cedo. O late show vira morning show.
Deejay: Você tá namorando, Awa? Conta pra nós.
AWA: Next. Próxima pergunta (risos). Tá, não vou falar muito disso mas vou deixar avisado: meu currículo lattes tá disponível.
Deejay: Tá pra jogo? HAHAH ouviram gente? Quem aí quiser tentar a sorte com o nosso Awa pode mandar mensagem! Vai que a gente acha o pretendente perfeito pra você aqui na rock cara?
AWA: Puta merda, que vergonha (risos). Vamos, próxima pergunta, pelo amor de Deus.
Deejay: Essa na verdade é a última: Você já teve alguma ideia maluca para uma música que acabou sendo muito diferente do resultado final?
AWA: Hmmmmm. Já? Não sei. Não lembro. AH, a própria Vampiro! Ela nem era pra tá no álbum (risos). Esse meu disco novo eu tô trabalhando com novos produtores, o Rafa e a Marcela tão precisando de novos ares e trabalhar com outros artistas depois de todo o lance com o Iuri que veio a público aí né... Então eu, o Marcelo e o Daniel decidimos replanejar bastante coisa que eu já tinha pensado com aquele outros dois. A gente mudou parte do conceito, reproduziu algumas músicas, eu reescrevi e descartei váaaaarias e no meio desse trelelê de mudança de produção, uma música que era triste virou essa bem animada que é Vampiro. Ela é um pouco diferente do resto do álbum, isso eu assumo. Pode ter sido um single meio pegadinha (risos). Pra uns essa notícia deve ser um alívio porque a música foi bemm massacrada numas partes aí da internet que eu soube (risos). Mas não me afeta. Eu amo Vampiro, quem eu gosto também curtiu, e eu sigo aqui falando dela, né? Espero que toque bastante e prepare o terreno pro disco que tá vindo aí porque tá lindo e tem músicas muito diferentes mas muito melhores.
Deejay: Quem sabe demais não sabe de nada.
AWA: Falou e disse. Quem sabe demais não sabe de nada. Em setembro hein pessoal. Por enquanto vão ouvindo "Vampiro" que mais novidades vão chegar daqui a pouco, eu juro.
Deejay: Cara, que convidado irado que cê foi hoje. Curti demais, o pessoal curtiu demais, um dos nossos programas de maior audiência e olha que é um late show, numa rádio! Incrível como tu arrasta um público fiel contigo. Seu sucesso é muito merecido irmão, de verdade. Muito obrigado por ter aceitado nosso convite e ter vivido um pouco do Heavy Pero no Mucho.
AWA: Tchê, não precisava de tanto (risos). Obrigado a você e a todo mundo que tá aqui ouvindo. Viva a Rock 89, sou muito fã de vocês. Amei estar aqui hoje. Mandam bem demais!
Deejay: Tamo chegando ao fim do programa galera, muito obrigado! Não esqueçam dos concursos da radio rock 89 lá no nosso site oficial. Vocês podem concorrer a uma cópia autografada do "quem sabe demais não sabe de nada" e a um meet & greet na próxima turnê! Valeu família rock, eu sou Thiago Deejay! Amanhã a gente tá aqui de novo na mesma hora pra falar de música boa. Fiquem agora com Vampiro! Valeeeeeeeu!
O Heavy Pero no Mucho é apresentado pelo Thiago Deejay de segunda à segunda sempre com sons alternativos, hardcore, ska, new metal, rap reggae e se consagra como o 'late show' mais cool de São Paulo, atraindo milhões de jovens pra 89.
Deejay: Booooa noite rapazeada, sejam muitíssimo bem-vindos a mais um Heavy Pero no Mucho, o seu late show favorito da 89 sempre trazendo os sons mais irados do Brasil e falando de tudo um pouco sempre no maior naipe possível. Eu sou Thiago Deejay e hoje é um programa especial. Quem eu tenho de convidado aqui comigo é um cara tão foda, mas tão foda, que eu fico até sem graça de trazer aqui. A gente tá vendo essa fera fazendo história e pouco a pouco se encaixando aí no ranking de estrelas mundiais, coisa que a gente não via aqui no BR faz um tempo. A noite tá só começando, senhoras e senhores, recebam com muito carinho, AWA!!!
AWA: Uhuul! Cara, eu amo tanto essas introduções (risos). Muito obrigado por me receber Thiago, galera aí da 89, acho o trabalho de vocês muito foda mesmo e é clássico né? Impossível vir pra São Paulo e não ver a galeria do rock ou ouvir falar da 89. Vocês representam demais nesse trampo de vocês e eu admiro muito, de coração mesmo. Cês sabem que foi um choque pra mim assim que eu cheguei em SP e conheci a 89 porque é uma rádio tão diferente das que eu era acostumado. Passa uma vibe MTV gostosa demais que eu amava lá atrás.
Deejay: Engraçado que quando me chamaram pra apresentar aqui na rádio rock eu pensei muito nisso no primeiro instante véio. Porque eu já tinha passado pelo Ramona, já tinha ido pro A Hora dos Perdidos, esse aqui é meu terceiro trampo como apresentador né? Então assim que cheguei aqui que é bem no coração de São Paulo, vi a estrutura e vi como que o negócio era diferenciado, eu me senti entrando na MTV, juro pra você. Eu acho muito lindo essa paixão que tem pela música aqui e eu que dediquei metade da minha vida a pesquisar e a ouvir me senti muito em casa aqui.
AWA: Aaah, não tem nada melhor que se encontrar mesmo. Eu quando saí do interior pra vir pra São Paulo obviamente tive aquele choque clássico que todo morador do interior tem aqui, né? Isso foi a 10 anos atrás e agora eu já tô prestes a fazer 30, então tipo... não sei se aqui é onde eu considero casa porque eu amo meu Castanhal e lá é pra sempre meu lugar de conforto, mas eu com certeza me encontrei muito quando eu vim pra cá, principalmente no lado artístico. Me encontrei muito na minha carreira vivendo aqui.
Deejay: Porque você acha isso? A 10 anos atrás você ainda nem era cantor, né?
AWA: Oxe, claro que era! Muito antes disso (risos). Eu tenho uma carreira bem longa cantando em bar, casa de show, com banda e afins. Eu só consegui mesmo lançar meu primeiro disco de estúdio depois do BBMD né, e foi quando as coisas começaram a dar certo. Mas eu já cantava bem antes sim. Eu digo que eu me encontrei na carreira aqui porque foi onde eu conheci a Marcela, infelizmente o Iuri (risos), o Rafa... enfim, várias pessoas que eu trabalho até hoje e que me ajudaram muito a criar hits sabe. Porque eu tinha músicas autorais, mas eu não tinha hits. O dinheiro que veio com o BBMD foi só o empurrão final pra coisa deslanchar de vez e aí o Ribuliço nasceu.
Deejay: Bacana que aqui é uma rádio sobre sons alternativos né e quando a gente anunciou tua participação a alguns dias nas redes sociais, muita gente tacou o pau por te achar pop demais ou mainstream demais pra tá participando aqui. Eu me pergunto se essa galera ouviu teu primeiro disco, sério mesmo.
AWA: Velho, pior que eu acho o Ribuliço bem mistureba. Ele é o meu menos conceitual, tem umas ali bemm pop mas num geral eu e o pessoal conseguimos imprimir uma identidade bem forte já de cara. Eu gosto demais de "Cadeado" não só por ser o meu primeiro hit mas por imprimir muito o meu jeito de escrever, de cantar e de estilo de musica também. Acho uma música bem eu, não tinha muita coisa naquele estilo principalmente naquela época, então é um sucesso que eu tenho orgulho demais. Eu não me acho a pessoa mais alternativa do mundo, mas eu até que tenho uns conceitos bem pensados, vai.
Deejay: Parça, essa tal de "Cadeado" tocou em tudo que é canto mano (risos). Igual essa porra de "Juicio Final" puta merda vontade de dar um tiro na cabeça véio (risos). Como é a sensação disso pra ti?
AWA: A minha conta bancária agradece né? HAHAHAH mas não dá, são músicas que eu não consigo enjoar. Vou ser muito sincero, eu enjoo muito mais das tristes. Amo o "A Gente Se Ajeita" mas nossa, cantar aquela sofrência nos shows me sobe até um arrepio. Não aguento mais (risos). Tô brincando, eu ainda amo.
Deejay: Agora eu vou começar com você uma coisa bem tradicional que eu curto fazer com os convidados daqui que são as perguntas nonsense. Algumas normais, outras nem tanto, mas perguntas que eu sei que alguém aí do outro lado do rádio já pensou em te fazer uma hora e não teve a chance. Tá de boa pra começar?
AWA: Super de boa! Hoje tô bom pra conversar (risos).
Deejay: Vou começar. Se você pudesse fazer um dueto com qualquer pessoa, viva ou morta, quem seria e por quê?
AWA: Nossa, viva ou morta? Cara, eu acho que a Lazuli... engraçado que já cantei alguns covers dela, a gente já se conheceu uma única vez mas eu e ela nunca gravamos juntos. Ela agora tá aposentada né, então acho dificil que essa colaboração aconteça aí um dia, mas eu com certeza admiro muito e tenho como uma fonte de inspiração pro meu trabalho. Ela é uma puta vocalista, né? Eu treino muito com algumas músicas dela. Inclusive vocês podem esperar mais disso vindo de mim. Não posso falar muito sobre isso agora, mas tenho um anúncio muuuito breve pra fazer. Vai ser uma novidade bem legal pra galera.
Deejay: O feat vai sair e você tá fazendo a gente de otário, é isso? (Risos).
AWA: Nãaao, quem me dera (risos). É só uma coisinha que eu quero fazer antes de lançar meu disco novo. Acho que o pessoal vai gostar, mas não posso falar muito ainda. Bora, próxima pergunta!
Deejay: Qual é a história mais engraçada ou embaraçosa que você já viveu durante um show ao vivo?
AWA: Meu Deus, meu Rock in Rio (Risos). Que óoodio que eu jurei nunca contar essa história, mas cê sabe que eu e Sofia fomos headliners do Rock in Rio a algumas edições atrás né, e enfim, foi um festival hiper brasileiro cheeio de artistas dos mais diferentes tipos que cê imaginar. A produção do evento não colocava um brasileiro de headliner desde o show da Tieta que faz aí uns bonsss anos. Você acredita que eles montaram o meu palco no palco errado? Levaram tudo pro sunset, e o pior foram as páginas e fã-clubes postando fotos e vídeos enlouquecidos, animadissimos pro show, acompanhando de perto o palco sendo montado e pasme, era o errado (Risos). Eles simplesmente esqueceram da ideia de que podia ter um BRASILEIRO no palco MUNDO! Quando eu cheguei lá pra fazer a passagem de som e vi o palco vazio, eu vi a produção completamente desesperada. Eu sem entender nada, continuei né... Nossa, só sei que eles desmontaram o palco lá e montaram o meu no mundo numa velocidade que eu nunca vi na vida. E a reação dos fãs vendo o palco sendo desmontado? E depois vendo ser montado de novo no palco MUNDO? Eu ri tanto das reações e dos mini infartos que os pavões tiveram naquele dia que eu nunca consegui esquecer.
Deejay: Seloko, se esse era o tratamento com headlinder tu imagina pros artistas menores né? É surreal o viralatismo que a gente tem aqui no BR parça, isso me quebra demais.
AWA: Esse é um tópico bem complicado de falar e até arriscado no sentido de carreira aqui no Brasil porque esse pessoal tá por trás de tudo. Mas a gente teve estrelas brasileiras se tornando estrelas globais antes e eles precisam se acostumar logo com essa ideia. Porque a gente pode, sabe? Eu sei que eu posso porque já abriram esse caminho pra mim a muito, muito tempo. Mas eu tô determinado a só escrever a minha história e fazer o meu agora.
Deejay: Se sua música fosse um prato de comida, qual seria e por quê?
AWA: Fácil essa né? Com certeza pato no tucupi. Primeiro porque é a primeira coisa que se pensa quando pensa em Pará. E segundo porque o bicho estourou pro resto do Brasil de uma forma impressionante. Hoje tudo que é bistrô aí em São Paulo ou no Rio tenta repetir o pato no tucupi pra trazer esse ar de brasilidade chique pros gringos (risos). Eu amo. Acho bom, é popular e agora do nada virou chique mesmo. Minha música é meio assim (risos). Saí da piada e agora fiquei chique.
Deejay: Qual é a música que você mais gosta de cantar no chuveiro?
AWA: Atualmente quase todas do meu álbum novo (risos). Mas como eu não posso soltar ainda os nomes, eu vou de 'No Divã'. Eu amo essa música de coração e é meio que minha culpa quase ninguém conhecer porque eu lancei assim bem foda-se. Não promovi, não encaixei num álbum, só tava na merda e coloquei pra fora e pah, tava lá. Quem é mais meu fã conhece essa música provavelmente e VAI concordar comigo que ela é mesmo muito boa. O contexto da música é triste pra mim mas eu ainda amo a melodia que eu criei pra ela e a letra também. Cantar ela fingindo que tá chorando no chuveiro é muito bom. Ou chorando de verdade! Recomendo.
Deejay: HAHAHAH, que merda mano. Meus pêsames aí. A próxima é pra pensar: Qual foi o conselho mais estranho ou engraçado que você já recebeu sobre a sua carreira?
AWA: Não sei pensar num estranho ou engraçado porque a grande maioria dos conselhos que eu recebi foram bem essenciais, na verdade. Mas uma vez Sofia recitou Marina Abramovic pra mim e eu nunca esqueci. Isso foi bem lá no comecinho mesmo... Ela falou "Para mim, é muito importante viver no que eu chamo 'espaços no meio do caminho'. Pontos de ônibus, estações de trem, táxis, ou salas de espera em aeroportos são os melhores lugares. Porque você fica aberto ao destino, você está aberto a tudo e qualquer coisa pode acontecer". Eu amo essa citação. Acho tão mística e tão esperançosa de que a vida vem e acontece com você nos mais momentos mais aleatórios e casuais possíveis. A gente pensa que vai fazer dela um filme mas é o filme que faz a gente. Isso me inspira todo dia e tem muito desse conceito no meu novo álbum, com certeza.
Deejay: Eu gosto da rádio rock por causa dessas merdas, tá vendo (risos). Meio da madrugada a gente puxa um assunto reflexivo pra caraio totalmente de graça. E isso porque a gente nem tá fumando, viu?
AWA: Na próxima a gente pode (risos). Desse jeito eu garanto que o programa decola até amanhã cedo. O late show vira morning show.
Deejay: Você tá namorando, Awa? Conta pra nós.
AWA: Next. Próxima pergunta (risos). Tá, não vou falar muito disso mas vou deixar avisado: meu currículo lattes tá disponível.
Deejay: Tá pra jogo? HAHAH ouviram gente? Quem aí quiser tentar a sorte com o nosso Awa pode mandar mensagem! Vai que a gente acha o pretendente perfeito pra você aqui na rock cara?
AWA: Puta merda, que vergonha (risos). Vamos, próxima pergunta, pelo amor de Deus.
Deejay: Essa na verdade é a última: Você já teve alguma ideia maluca para uma música que acabou sendo muito diferente do resultado final?
AWA: Hmmmmm. Já? Não sei. Não lembro. AH, a própria Vampiro! Ela nem era pra tá no álbum (risos). Esse meu disco novo eu tô trabalhando com novos produtores, o Rafa e a Marcela tão precisando de novos ares e trabalhar com outros artistas depois de todo o lance com o Iuri que veio a público aí né... Então eu, o Marcelo e o Daniel decidimos replanejar bastante coisa que eu já tinha pensado com aquele outros dois. A gente mudou parte do conceito, reproduziu algumas músicas, eu reescrevi e descartei váaaaarias e no meio desse trelelê de mudança de produção, uma música que era triste virou essa bem animada que é Vampiro. Ela é um pouco diferente do resto do álbum, isso eu assumo. Pode ter sido um single meio pegadinha (risos). Pra uns essa notícia deve ser um alívio porque a música foi bemm massacrada numas partes aí da internet que eu soube (risos). Mas não me afeta. Eu amo Vampiro, quem eu gosto também curtiu, e eu sigo aqui falando dela, né? Espero que toque bastante e prepare o terreno pro disco que tá vindo aí porque tá lindo e tem músicas muito diferentes mas muito melhores.
Deejay: Quem sabe demais não sabe de nada.
AWA: Falou e disse. Quem sabe demais não sabe de nada. Em setembro hein pessoal. Por enquanto vão ouvindo "Vampiro" que mais novidades vão chegar daqui a pouco, eu juro.
Deejay: Cara, que convidado irado que cê foi hoje. Curti demais, o pessoal curtiu demais, um dos nossos programas de maior audiência e olha que é um late show, numa rádio! Incrível como tu arrasta um público fiel contigo. Seu sucesso é muito merecido irmão, de verdade. Muito obrigado por ter aceitado nosso convite e ter vivido um pouco do Heavy Pero no Mucho.
AWA: Tchê, não precisava de tanto (risos). Obrigado a você e a todo mundo que tá aqui ouvindo. Viva a Rock 89, sou muito fã de vocês. Amei estar aqui hoje. Mandam bem demais!
Deejay: Tamo chegando ao fim do programa galera, muito obrigado! Não esqueçam dos concursos da radio rock 89 lá no nosso site oficial. Vocês podem concorrer a uma cópia autografada do "quem sabe demais não sabe de nada" e a um meet & greet na próxima turnê! Valeu família rock, eu sou Thiago Deejay! Amanhã a gente tá aqui de novo na mesma hora pra falar de música boa. Fiquem agora com Vampiro! Valeeeeeeeu!