[EUROPA] Agatha Melina no The Graham Norton Show
Jul 14, 2024 0:59:55 GMT
Post by andrewschaefer on Jul 14, 2024 0:59:55 GMT
Cumprindo a agenda de divulgação de seu novo álbum, a multiartista romena Agatha Melina compareceu ao programa de televisão britânico The Graham Norton Show nesta semana, onde concedeu uma entrevista ao apresentador e alguns dos temas foram o sucesso estrondoso do Haunted Hallways, o recente short film de And Then There Were None e os remixes de Dead End, terceiro single da era.
Graham: Boa noite! A nossa convidada de hoje é alguém que há muito tempo não vem meu programa... Ela está fazendo mais sucesso do que nunca com o seu quinto álbum de estúdio, Haunted Hallways! Imagino que vocês já saibam de quem estou falando... Recebam com muito calor, Agatha Melina!
A plateia aplaude enquanto a cantora entra, se acomoda no sofá ao lado do apresentador e o cumprimenta pouco depois de também cumprimentar o público.
Agatha: Boa noite, pessoal! Boa noite, Graham. Como você está?
Graham: Estou ótimo, Agatha! E você, como tem passado?
Agatha: Melhor do que nunca, mas muito ocupada, sabia?
Graham: Ah, isso é bom. A mente vazia é oficina do diabo, é o que dizem. Gosto de me ocupar também.
Agatha: É cansativo, mas eu estou acostumada. Como cantora, eu tenho momentos em que estou mais atarefada devido às promoções de alguma música ou álbum, então é sempre uma correria seguida por um tempo de calmaria.
Graham: Realmente e você tem estado correndo bastante. Em uma semana estava na Coreia do Sul performando no M!Countdown, em outra estava no Brasil se apresentando no Rock in Rio, hoje está aqui no meu programa! Como você lida com essa rotina?
Agatha: E se eu te contar que simplesmente não sei? Acho que é questão de costume, mesmo, como falei. Nós artistas temos muitos compromissos quando estamos promovendo um álbum, afinal de contas temos que divulgá-lo para que mais pessoas fiquem sabendo dele. E com o sucesso gigantesco do Haunted Hallways, a minha agenda está mais lotada do que nunca. O M!Countdown me chamou para uma fazer uma participação especial e o Rock in Rio me convidou para ser headliner, algumas coisas eu nem preciso ficar correndo atrás para que minha agenda fique cheia, sabe?
Graham: E eu preciso saber, Agatha! Como foi se apresentar no M!Countdown? É muito diferente de uma apresentação no ocidente?
Agatha: Não, só é um público diferente e eles claramente não estão ali para te ouvir. Muitos fãs vão com lightsticks, que são uns bastões com um globo na ponta que se ilumina, para apoiar seus grupos. Eu acho uma ideia muito legal, honestamente. Se eu tivesse um lightstick, o globo dele seria uma estrela do caos, hahah. Enfim, essa não foi a primeira vez que me apresentei no M!Countdown, também já me apresentei com Unbreathable e percebi a mesma coisa nas duas vezes: o público é difícil! Mas não por eles serem inexpressivos e sim porque não são o meu público alvo, não é o meu nicho de fãs, então eles não vão vibrar, não vão gritar e nem vão balançar lightsticks quando eu subir no palco. Eu confesso que isso me deixou um pouco inseguro da primeira vez que me apresentei lá, mas assim que entendi como as coisas funcionam, consegui ficar mais relaxada para apresentar Dead End.
Graham: E pretende retornar lá?
Agatha: Estou sempre aberta a convites! Gosto muito de ambientes diferentes e é legal estar com um monte de outros grupos, acompanhar o resultado da votação para ver quem venceu. Os fãs se empenham muito nisso. Eu realmente queria que tivesse algo semelhante no ocidente.
Graham: Eu lembro que o formato do programa foi exportado para os Estados Unidos uma vez, mas foi cancelado antes ou após o primeiro episódio, não me recordo.
Agatha: Acho que me lembro disso, houve uma baixa adesão por parte do público americano. Bem, é uma pena. Acredito que falta muito dos artistas hoje em dia performarem. Eu acho que é uma das coisas mais lindas do mundo quando você tem a oportunidade de interpretar a sua arte, adiciona uma camada ali, sabe?
Graham: Sim, eu entendo. E sobre o Rock in Rio, Agatha? Você esperava ser convidada como headliner?
Agatha: Não! A Dark Diamond Music já estava em negociação com a empresa que organiza o festival há algum tempo e estavam cogitando meu nome na line-up, porém nunca imaginei que eles iriam fazer o convite para headliner do Palco Mundo! Fiquei muito feliz quando recebi a notícia porque senti que meu trabalho estava sendo valorizado e visto ali sabe, Graham?
Graham: É gratificante, não é?
Agatha: O que? Ter meu trabalho reconhecido e saber que as pessoas querem me assistir? Ah, com certeza. Eu fico muito feliz com tudo o que estou conquistando nessa nova era e pretendo construir um legado ainda maior. Mais singles, mais vídeos e mais novidades estão por vir. Garanto a vocês.
Graham: Em por falar em vídeos, Agatha, me chamou muito a atenção a quantidade de material visual que você preparou para essa era. Foram quantos clipes até agora?
Agatha: Olha, os que eu lancei foram até agora foram Unbreathable, Treason, Arrhythmic, Hallways, Dead End e, mais recentemente, o short film de And Then There Were None. Até o momento foram seis vídeos!
Graham: Se tirarmos as intros e interludes, seu álbum tem 10 faixas. Você tem noção que lançou clipes para mais da metade do álbum?
Agatha: Ah, sim! A minha intenção inicialmente era fazer o Haunted Hallways um álbum visual pois eu gosto muito de me expressar artisticamente com clipes, eu acho que dá uma camada de profundidade ainda maior para as músicas e me permite explorar bastante coisa, mas atualmente não sei se vou conseguir cumprir essa meta, apesar de ainda ser um desejo. Muitos dos visuais foram filmados antes do lançamento do álbum. Por exemplo, o primeiro clipe que eu fiz foi o de Arrhythmic, que seria o lead single da era mas, por fatores adversos, acabou não sendo, então eu decidi lançar como um presente para os fãs no dia do lançamento do álbum. O clipe de Hallways também foi de antes do lançamento do álbum. Sendo honesta, eu iria lançar o clipe de Bittersweet antes do de Hallways, mas em uma noite qualquer, o sentimento de Hallways bateu tão forte em mim que não consegui não lançar o clipe. Eu senti que precisava mostrar aquilo ao mundo o mais rápido possível, então só foi!
Graham: Isso é um indicativo de que existe um clipe de Bittersweet?
Agatha: Em partes. Eu filmei algumas cenas pouco antes do lançamento do Haunted Hallways e eu queria lançar algumas semanas depois do clipe de Arrhythmic, porém o vídeo ainda não foi finalizado, então temporariamente adiei. Não diria que adiei pois não cheguei a anunciar nada, mas na minha cabeça eu já estava com todo o planejamento pronto, sabe? Porém acho válido mudar os planos de acordo com a necessidade.
Graham: Eu queria falar contigo, Agatha, sobre o clipe de And Then There Were None. Na verdade, é um curta-metragem, né? Tem 12 minutos de duração.
Agatha: Ah, sim. Foi um dos projetos visuais mais interessantes em que trabalhei nesse álbum.
Graham: Conta pra mim como foi o processo de gravação. Como você conseguiu reunir tantos artistas famosos para gravar um vídeo como aquele?
Agatha: Foi bem bacana. A filmagem foi na Ilha Ovidiu, na Romênia. É uma ilhazinha no Mar Negro que parece bem isolada se você filmar pelo ângulo certo, mas na verdade é bem próxima da costa. E não foi difícil reunir os artistas. Eu já tenho uma certa intimidade com grande parte deles, como o Stefan, o Brendon, o Lucca, o Klaus e a Chelsea... E alguns deles eu já havia até mesmo comentado que iria fazer esse projeto antes de fazer o convite formal. O Kyle e o Alec eu não tinha tanta proximidade, apesar de ter muitas interações com o Kyle nas redes sociais, nunca havíamos parado para realmente conversar, me entende? Bem, eu enviei os convites pelo Twitter e o pessoal aceitou bem tranquilamente. Arquei com as despesas da viagem, hospedagem, e custos extras. E foi tudo muito rápido. Em um final de semana, gravamos todo o material que precisávamos.
Graham: Teve alguém que você convidou para o filme e não aceitou?
Agatha: Sim, mas acredito que não valha a pena citar nomes aqui. Eu chamei uma certa pessoa como uma forma de trégua, porém ele não chegou a visualizar as minhas mensagens, acredito que não estava interessado. Também pensei em chamar uma outra artista que admiro muito atualmente na indústria, mas comecei a conversar com ele a ela não pareceu muito interessada, então desisti.
Graham: Entendi. Nós sabemos que o filme é baseado na obra da sua xará, Agatha Christie, que é uma das escritoras de livros de mistério mais populares aqui do Reino Unido. Você acredita que conseguiu honrar o nome de Agatha Christie?
Agatha: Não pretendo me comparar à genialidade daquela mulher, então não diria que foi uma honra, e sim uma homenagem. And Then There Were None é um dos meus livros favoritos e quando eu percebi que o sentimento que eu queria passar com aquela música combinava com o título do livro, meu cérebro fez química. No livro, 10 pessoas são convidadas para uma ilha misteriosa por uma pessoa chamada Mr. Owen por motivos diferentes. Ao chegarem na ilha, uma série de mortes inexplicáveis acomete o grupo até que, literalmente, não sobra nenhum. Eles tentam investigar e descobrir quem estava por trás daquilo, mas não descobrem. E o melhor de tudo é que o responsável estava dentre os 10 convidados.
Graham: Entendi, Agatha. E o Mr. Owen foi reescrito como Mr. H em seu filme. Quem é Mr. H?
Agatha: No livro, Mr. U. N. Owen é um trocadilho para "Unknown", ou seja, desconhecido. Eu decidi fazer a releitura como Mr. H para que fizesse sentido com a minha era. H é a sinal de Haunted, de Hallways, e de Hurricane também.
Graham: Percebi que você deixou uma pista no filme. Todos os que apareciam mortos tinham consigo um cartão com um símbolo de furacão. O que isso quer dizer?
Agatha: Que o culpado era um infiltrado da Hurricane Company, hahah. Qual dos personagens é, é irrelevante, honestamente.
Graham: Qual a relação entre o livro e a música?
Agatha: A música fala sobre observar como um comportamento tóxico de uma pessoa pode ser autodestrutivo, no sentido de que ela afastará todas as pessoas que são próximas e estão ao redor dela pois ninguém suportará mais. No fim, não sobrará ninguém com aquela pessoa. Eu gosto de encarar essa pessoa como sendo o Mr. H, o misterioso anfitrião deste massacre. Ele mata as pessoas uma a uma com suas atitudes tóxicas, mas não consegue matar a última sobrevivente, que no filme sou eu. No entanto, prefiro morrer do que continuar naquele lugar. A morte aqui, como em outros trabalhos meus, é tida como um renascimento. Eu acredito que, artisticamente, a morte é necessária para que nosso espírito possa renascer e se desenvolver. Não sei se parece muito louco o que estou dizendo.
Graham: Posso entender, Agatha. E é uma visão muito boa e interessante. Realmente são situações diferentes em cada obra, mas você conseguiu traçar um paralelo e criar essa correlação que deixou tudo ainda melhor, utilizando todo um livro como metáfora para seus sentimentos. Genial!
Agatha: Ah, para. Não é pra tanto. Assim fico tímida.
Graham: Eu queria falar agora sobre Dead End, sua parceria com Lucca Lordgan!
Agatha: Oh, sim. Dead End é uma das faixas do Haunted Hallways que recentemente decidi lançar como o terceiro single da era e atualmente estou promovendo.
Graham: A música está no terceiro lugar da Hot 30 desde que foi lançada como single! Você acredita que com o tempo conseguirá o primeiro lugar?
Agatha: Olha, seria bacana, Graham. Mas estou contente com o que estou alcançando e não sinto que preciso que essa música chegue ao primeiro lugar. Unbreathable esteve lá, no topo, durante três semanas. Este foi meu recorde! Anteriormente a minha única música que havia conseguido ficar em #1 por mais de uma semana foi Dirty Desire, em 2019, 9 anos atrás! E foram somente duas semanas. Eu estou me superando de todas as formas possíveis nessa era e é muito gratificante para mim. Já falei sobre isso quando Truck Stop Angels com a Chelsea ficou empacada em segundo lugar, mas um hit é um hit! Dead End está tocando em todos os lugares, entrou nos charts de todos os continentes, inclusive está no Top 3 da América Latina também, então estou tranquila. Vou continuar fazendo o meu melhor para que mais pessoas ouçam a música e conheçam meu trabalho através dela. Além disso, só quem está acima de mim é simplesmente a maior artista do mundo, la reina Sofía, então não tenho do que reclamar.
Graham: Muito se falou sobre os remixes que você lançou para Dead End na semana passada. Algumas pessoas disseram que foi um ato de desespero.
Agatha: Acho que essas pessoas não me conhecem pois se tem algo que eu não tenho obsessão alguma é com o primeiro lugar. De fato não costumo lançar remixes, mas nunca os abominei, inclusive já lancei um EP de Remixes para o Forget Me Not em 2023, e um remix de Earthquake no ano passado.
Graham: Muitos internautas comentaram que houve uma competição entre você e a cantora Sofía, pois você anunciou quatro remixes e logo em seguida ela anunciou cinco para a mesma semana!
Agatha: Bobagem, honestamente. Não acho que exista competição entre mim e a Sofía pois ela é uma artista pelo menos milhões de vezes maior do que eu e, como eu disse, a minha ambição sempre foi alcançar o público, e não números. Dead End está tocando em todas as rádios do mundo, não tenho porque procurar briga com outra artista feminina.
Graham: Concordo, Agatha. Eu quis trazer este tema para que você tivesse a oportunidade de expor a sua opinião sobre esse tema. Mas bem, falando dos seus remixes agora. Você lançou 4! Conta pra gente sobre essas produções.
Agatha: Bem, teve o Dreamy Remix, da capa rosa, que é o meu favorito pois além de ser mais etéreo, tem uma guitarra que deixa tudo mais interessante e com uma cara de "Agatha Melina" muito mais perceptível. Também teve o Future Remix, da capa laranja, que é uma reimaginação mais futurista e eletrônica da música, por isso tem esse nome. O drop depois do refrão é a minha parte favorita! Enfim, esses remixes foram feitos por DJs diferentes da versão original e eu amei os resultados finais! Acho que um remix é uma forma excelente de explorar novas sonoridades e novos conceitos e eu sempre fui uma pessoa que gosta muito de experimentar. Quem sabe eu não chame esses DJs talentosíssimos para produzir em meu próximo álbum?
Graham: Seria muito bom! Tenho certeza que fariam um trabalho tão incrível quanto o que fizeram aqui nesses remixes.
Agatha: É. E aí temos a versão acústica da faixa, da capa verde, e essa foi editada pelo produtor original, o Dave Draper. Ele retirou alguns dos elementos do instrumental e utilizou uma outra gravação que eu fiz para a música mas que havíamos descartado devido ao tom não combinar tanto com a produção, no entanto combinou perfeitamente com o violão e os instrumentos mais simples. Por fim, a versão em piano tem a capa roxa e foi produzida por mim. Eu toquei o piano e masterizei em seguida. Adicionei algumas notas e a música ficou mais longa, também se tornou uma das minhas versões favoritas. Eu amo piano!
Graham: Pessoalmente, gosto mais da versão acústica, acredito que combina melhor com o meu estilo. Mas, honestamente, nada se compara com a versão original para mim, Agatha. É um trabalho magnífico, digno de um Grammy!
Agatha: Eu espero que seja ao menos digno de um VMAs, hahah.
Graham: Oh, verdade! O VMAs está se aproximando, já é no final deste mês. Quais as suas expectativas para a premiação, Agatha?
Agatha: Eu espero que seja boa para mim, trabalhei bastante com a parte visual dos meus projetos esse ano e me esforcei muito para entregar algo legal. Eu adoraria se fosse reconhecido, de verdade!
Graham: Sabe como você pode ajudar seu trabalho a ser reconhecido aqui no nosso programa?
Agatha: Como? Me diga.
Graham: Dando uma palhinha pra gente, é claro. Por favor, Agatha!
Agatha: Ahahah, eu estava esperando por esse momento. Toda vez que eu venho aqui você me pede para cantar!
Graham: E dessa vez não seria diferente, sua voz é muito bonita!
Agatha se levanta e canta Dead End, inclusive a parte de Lucca Lordgan. Em seguida, Graham pede que ela cante Treason e ela canta também. Com uma salva de palmas calorosa vinda da plateia, Agatha se despede do The Graham Norton Show.
[Divulgação para Dead End e Treason]
Graham: Boa noite! A nossa convidada de hoje é alguém que há muito tempo não vem meu programa... Ela está fazendo mais sucesso do que nunca com o seu quinto álbum de estúdio, Haunted Hallways! Imagino que vocês já saibam de quem estou falando... Recebam com muito calor, Agatha Melina!
A plateia aplaude enquanto a cantora entra, se acomoda no sofá ao lado do apresentador e o cumprimenta pouco depois de também cumprimentar o público.
Agatha: Boa noite, pessoal! Boa noite, Graham. Como você está?
Graham: Estou ótimo, Agatha! E você, como tem passado?
Agatha: Melhor do que nunca, mas muito ocupada, sabia?
Graham: Ah, isso é bom. A mente vazia é oficina do diabo, é o que dizem. Gosto de me ocupar também.
Agatha: É cansativo, mas eu estou acostumada. Como cantora, eu tenho momentos em que estou mais atarefada devido às promoções de alguma música ou álbum, então é sempre uma correria seguida por um tempo de calmaria.
Graham: Realmente e você tem estado correndo bastante. Em uma semana estava na Coreia do Sul performando no M!Countdown, em outra estava no Brasil se apresentando no Rock in Rio, hoje está aqui no meu programa! Como você lida com essa rotina?
Agatha: E se eu te contar que simplesmente não sei? Acho que é questão de costume, mesmo, como falei. Nós artistas temos muitos compromissos quando estamos promovendo um álbum, afinal de contas temos que divulgá-lo para que mais pessoas fiquem sabendo dele. E com o sucesso gigantesco do Haunted Hallways, a minha agenda está mais lotada do que nunca. O M!Countdown me chamou para uma fazer uma participação especial e o Rock in Rio me convidou para ser headliner, algumas coisas eu nem preciso ficar correndo atrás para que minha agenda fique cheia, sabe?
Graham: E eu preciso saber, Agatha! Como foi se apresentar no M!Countdown? É muito diferente de uma apresentação no ocidente?
Agatha: Não, só é um público diferente e eles claramente não estão ali para te ouvir. Muitos fãs vão com lightsticks, que são uns bastões com um globo na ponta que se ilumina, para apoiar seus grupos. Eu acho uma ideia muito legal, honestamente. Se eu tivesse um lightstick, o globo dele seria uma estrela do caos, hahah. Enfim, essa não foi a primeira vez que me apresentei no M!Countdown, também já me apresentei com Unbreathable e percebi a mesma coisa nas duas vezes: o público é difícil! Mas não por eles serem inexpressivos e sim porque não são o meu público alvo, não é o meu nicho de fãs, então eles não vão vibrar, não vão gritar e nem vão balançar lightsticks quando eu subir no palco. Eu confesso que isso me deixou um pouco inseguro da primeira vez que me apresentei lá, mas assim que entendi como as coisas funcionam, consegui ficar mais relaxada para apresentar Dead End.
Graham: E pretende retornar lá?
Agatha: Estou sempre aberta a convites! Gosto muito de ambientes diferentes e é legal estar com um monte de outros grupos, acompanhar o resultado da votação para ver quem venceu. Os fãs se empenham muito nisso. Eu realmente queria que tivesse algo semelhante no ocidente.
Graham: Eu lembro que o formato do programa foi exportado para os Estados Unidos uma vez, mas foi cancelado antes ou após o primeiro episódio, não me recordo.
Agatha: Acho que me lembro disso, houve uma baixa adesão por parte do público americano. Bem, é uma pena. Acredito que falta muito dos artistas hoje em dia performarem. Eu acho que é uma das coisas mais lindas do mundo quando você tem a oportunidade de interpretar a sua arte, adiciona uma camada ali, sabe?
Graham: Sim, eu entendo. E sobre o Rock in Rio, Agatha? Você esperava ser convidada como headliner?
Agatha: Não! A Dark Diamond Music já estava em negociação com a empresa que organiza o festival há algum tempo e estavam cogitando meu nome na line-up, porém nunca imaginei que eles iriam fazer o convite para headliner do Palco Mundo! Fiquei muito feliz quando recebi a notícia porque senti que meu trabalho estava sendo valorizado e visto ali sabe, Graham?
Graham: É gratificante, não é?
Agatha: O que? Ter meu trabalho reconhecido e saber que as pessoas querem me assistir? Ah, com certeza. Eu fico muito feliz com tudo o que estou conquistando nessa nova era e pretendo construir um legado ainda maior. Mais singles, mais vídeos e mais novidades estão por vir. Garanto a vocês.
Graham: Em por falar em vídeos, Agatha, me chamou muito a atenção a quantidade de material visual que você preparou para essa era. Foram quantos clipes até agora?
Agatha: Olha, os que eu lancei foram até agora foram Unbreathable, Treason, Arrhythmic, Hallways, Dead End e, mais recentemente, o short film de And Then There Were None. Até o momento foram seis vídeos!
Graham: Se tirarmos as intros e interludes, seu álbum tem 10 faixas. Você tem noção que lançou clipes para mais da metade do álbum?
Agatha: Ah, sim! A minha intenção inicialmente era fazer o Haunted Hallways um álbum visual pois eu gosto muito de me expressar artisticamente com clipes, eu acho que dá uma camada de profundidade ainda maior para as músicas e me permite explorar bastante coisa, mas atualmente não sei se vou conseguir cumprir essa meta, apesar de ainda ser um desejo. Muitos dos visuais foram filmados antes do lançamento do álbum. Por exemplo, o primeiro clipe que eu fiz foi o de Arrhythmic, que seria o lead single da era mas, por fatores adversos, acabou não sendo, então eu decidi lançar como um presente para os fãs no dia do lançamento do álbum. O clipe de Hallways também foi de antes do lançamento do álbum. Sendo honesta, eu iria lançar o clipe de Bittersweet antes do de Hallways, mas em uma noite qualquer, o sentimento de Hallways bateu tão forte em mim que não consegui não lançar o clipe. Eu senti que precisava mostrar aquilo ao mundo o mais rápido possível, então só foi!
Graham: Isso é um indicativo de que existe um clipe de Bittersweet?
Agatha: Em partes. Eu filmei algumas cenas pouco antes do lançamento do Haunted Hallways e eu queria lançar algumas semanas depois do clipe de Arrhythmic, porém o vídeo ainda não foi finalizado, então temporariamente adiei. Não diria que adiei pois não cheguei a anunciar nada, mas na minha cabeça eu já estava com todo o planejamento pronto, sabe? Porém acho válido mudar os planos de acordo com a necessidade.
Graham: Eu queria falar contigo, Agatha, sobre o clipe de And Then There Were None. Na verdade, é um curta-metragem, né? Tem 12 minutos de duração.
Agatha: Ah, sim. Foi um dos projetos visuais mais interessantes em que trabalhei nesse álbum.
Graham: Conta pra mim como foi o processo de gravação. Como você conseguiu reunir tantos artistas famosos para gravar um vídeo como aquele?
Agatha: Foi bem bacana. A filmagem foi na Ilha Ovidiu, na Romênia. É uma ilhazinha no Mar Negro que parece bem isolada se você filmar pelo ângulo certo, mas na verdade é bem próxima da costa. E não foi difícil reunir os artistas. Eu já tenho uma certa intimidade com grande parte deles, como o Stefan, o Brendon, o Lucca, o Klaus e a Chelsea... E alguns deles eu já havia até mesmo comentado que iria fazer esse projeto antes de fazer o convite formal. O Kyle e o Alec eu não tinha tanta proximidade, apesar de ter muitas interações com o Kyle nas redes sociais, nunca havíamos parado para realmente conversar, me entende? Bem, eu enviei os convites pelo Twitter e o pessoal aceitou bem tranquilamente. Arquei com as despesas da viagem, hospedagem, e custos extras. E foi tudo muito rápido. Em um final de semana, gravamos todo o material que precisávamos.
Graham: Teve alguém que você convidou para o filme e não aceitou?
Agatha: Sim, mas acredito que não valha a pena citar nomes aqui. Eu chamei uma certa pessoa como uma forma de trégua, porém ele não chegou a visualizar as minhas mensagens, acredito que não estava interessado. Também pensei em chamar uma outra artista que admiro muito atualmente na indústria, mas comecei a conversar com ele a ela não pareceu muito interessada, então desisti.
Graham: Entendi. Nós sabemos que o filme é baseado na obra da sua xará, Agatha Christie, que é uma das escritoras de livros de mistério mais populares aqui do Reino Unido. Você acredita que conseguiu honrar o nome de Agatha Christie?
Agatha: Não pretendo me comparar à genialidade daquela mulher, então não diria que foi uma honra, e sim uma homenagem. And Then There Were None é um dos meus livros favoritos e quando eu percebi que o sentimento que eu queria passar com aquela música combinava com o título do livro, meu cérebro fez química. No livro, 10 pessoas são convidadas para uma ilha misteriosa por uma pessoa chamada Mr. Owen por motivos diferentes. Ao chegarem na ilha, uma série de mortes inexplicáveis acomete o grupo até que, literalmente, não sobra nenhum. Eles tentam investigar e descobrir quem estava por trás daquilo, mas não descobrem. E o melhor de tudo é que o responsável estava dentre os 10 convidados.
Graham: Entendi, Agatha. E o Mr. Owen foi reescrito como Mr. H em seu filme. Quem é Mr. H?
Agatha: No livro, Mr. U. N. Owen é um trocadilho para "Unknown", ou seja, desconhecido. Eu decidi fazer a releitura como Mr. H para que fizesse sentido com a minha era. H é a sinal de Haunted, de Hallways, e de Hurricane também.
Graham: Percebi que você deixou uma pista no filme. Todos os que apareciam mortos tinham consigo um cartão com um símbolo de furacão. O que isso quer dizer?
Agatha: Que o culpado era um infiltrado da Hurricane Company, hahah. Qual dos personagens é, é irrelevante, honestamente.
Graham: Qual a relação entre o livro e a música?
Agatha: A música fala sobre observar como um comportamento tóxico de uma pessoa pode ser autodestrutivo, no sentido de que ela afastará todas as pessoas que são próximas e estão ao redor dela pois ninguém suportará mais. No fim, não sobrará ninguém com aquela pessoa. Eu gosto de encarar essa pessoa como sendo o Mr. H, o misterioso anfitrião deste massacre. Ele mata as pessoas uma a uma com suas atitudes tóxicas, mas não consegue matar a última sobrevivente, que no filme sou eu. No entanto, prefiro morrer do que continuar naquele lugar. A morte aqui, como em outros trabalhos meus, é tida como um renascimento. Eu acredito que, artisticamente, a morte é necessária para que nosso espírito possa renascer e se desenvolver. Não sei se parece muito louco o que estou dizendo.
Graham: Posso entender, Agatha. E é uma visão muito boa e interessante. Realmente são situações diferentes em cada obra, mas você conseguiu traçar um paralelo e criar essa correlação que deixou tudo ainda melhor, utilizando todo um livro como metáfora para seus sentimentos. Genial!
Agatha: Ah, para. Não é pra tanto. Assim fico tímida.
Graham: Eu queria falar agora sobre Dead End, sua parceria com Lucca Lordgan!
Agatha: Oh, sim. Dead End é uma das faixas do Haunted Hallways que recentemente decidi lançar como o terceiro single da era e atualmente estou promovendo.
Graham: A música está no terceiro lugar da Hot 30 desde que foi lançada como single! Você acredita que com o tempo conseguirá o primeiro lugar?
Agatha: Olha, seria bacana, Graham. Mas estou contente com o que estou alcançando e não sinto que preciso que essa música chegue ao primeiro lugar. Unbreathable esteve lá, no topo, durante três semanas. Este foi meu recorde! Anteriormente a minha única música que havia conseguido ficar em #1 por mais de uma semana foi Dirty Desire, em 2019, 9 anos atrás! E foram somente duas semanas. Eu estou me superando de todas as formas possíveis nessa era e é muito gratificante para mim. Já falei sobre isso quando Truck Stop Angels com a Chelsea ficou empacada em segundo lugar, mas um hit é um hit! Dead End está tocando em todos os lugares, entrou nos charts de todos os continentes, inclusive está no Top 3 da América Latina também, então estou tranquila. Vou continuar fazendo o meu melhor para que mais pessoas ouçam a música e conheçam meu trabalho através dela. Além disso, só quem está acima de mim é simplesmente a maior artista do mundo, la reina Sofía, então não tenho do que reclamar.
Graham: Muito se falou sobre os remixes que você lançou para Dead End na semana passada. Algumas pessoas disseram que foi um ato de desespero.
Agatha: Acho que essas pessoas não me conhecem pois se tem algo que eu não tenho obsessão alguma é com o primeiro lugar. De fato não costumo lançar remixes, mas nunca os abominei, inclusive já lancei um EP de Remixes para o Forget Me Not em 2023, e um remix de Earthquake no ano passado.
Graham: Muitos internautas comentaram que houve uma competição entre você e a cantora Sofía, pois você anunciou quatro remixes e logo em seguida ela anunciou cinco para a mesma semana!
Agatha: Bobagem, honestamente. Não acho que exista competição entre mim e a Sofía pois ela é uma artista pelo menos milhões de vezes maior do que eu e, como eu disse, a minha ambição sempre foi alcançar o público, e não números. Dead End está tocando em todas as rádios do mundo, não tenho porque procurar briga com outra artista feminina.
Graham: Concordo, Agatha. Eu quis trazer este tema para que você tivesse a oportunidade de expor a sua opinião sobre esse tema. Mas bem, falando dos seus remixes agora. Você lançou 4! Conta pra gente sobre essas produções.
Agatha: Bem, teve o Dreamy Remix, da capa rosa, que é o meu favorito pois além de ser mais etéreo, tem uma guitarra que deixa tudo mais interessante e com uma cara de "Agatha Melina" muito mais perceptível. Também teve o Future Remix, da capa laranja, que é uma reimaginação mais futurista e eletrônica da música, por isso tem esse nome. O drop depois do refrão é a minha parte favorita! Enfim, esses remixes foram feitos por DJs diferentes da versão original e eu amei os resultados finais! Acho que um remix é uma forma excelente de explorar novas sonoridades e novos conceitos e eu sempre fui uma pessoa que gosta muito de experimentar. Quem sabe eu não chame esses DJs talentosíssimos para produzir em meu próximo álbum?
Graham: Seria muito bom! Tenho certeza que fariam um trabalho tão incrível quanto o que fizeram aqui nesses remixes.
Agatha: É. E aí temos a versão acústica da faixa, da capa verde, e essa foi editada pelo produtor original, o Dave Draper. Ele retirou alguns dos elementos do instrumental e utilizou uma outra gravação que eu fiz para a música mas que havíamos descartado devido ao tom não combinar tanto com a produção, no entanto combinou perfeitamente com o violão e os instrumentos mais simples. Por fim, a versão em piano tem a capa roxa e foi produzida por mim. Eu toquei o piano e masterizei em seguida. Adicionei algumas notas e a música ficou mais longa, também se tornou uma das minhas versões favoritas. Eu amo piano!
Graham: Pessoalmente, gosto mais da versão acústica, acredito que combina melhor com o meu estilo. Mas, honestamente, nada se compara com a versão original para mim, Agatha. É um trabalho magnífico, digno de um Grammy!
Agatha: Eu espero que seja ao menos digno de um VMAs, hahah.
Graham: Oh, verdade! O VMAs está se aproximando, já é no final deste mês. Quais as suas expectativas para a premiação, Agatha?
Agatha: Eu espero que seja boa para mim, trabalhei bastante com a parte visual dos meus projetos esse ano e me esforcei muito para entregar algo legal. Eu adoraria se fosse reconhecido, de verdade!
Graham: Sabe como você pode ajudar seu trabalho a ser reconhecido aqui no nosso programa?
Agatha: Como? Me diga.
Graham: Dando uma palhinha pra gente, é claro. Por favor, Agatha!
Agatha: Ahahah, eu estava esperando por esse momento. Toda vez que eu venho aqui você me pede para cantar!
Graham: E dessa vez não seria diferente, sua voz é muito bonita!
Agatha se levanta e canta Dead End, inclusive a parte de Lucca Lordgan. Em seguida, Graham pede que ela cante Treason e ela canta também. Com uma salva de palmas calorosa vinda da plateia, Agatha se despede do The Graham Norton Show.
[Divulgação para Dead End e Treason]