[EUR] X dá entrevista à BBC Radio 1 sobre "Backrooms"
Jun 26, 2024 0:49:29 GMT
Post by pedrolily on Jun 26, 2024 0:49:29 GMT
Rickie Haywood-Williams: Um mais que bom dia para os nossos ouvintes ligadinhos na 104.8 FM BBC Radio 1 em Londres e todos aqueles ouvindo ao redor do mundo. O som que ouviram agora foi "How I Love", de Lucca Lordigan. Hoje recebemos em nosso estúdio, ela que está estreiando de fato no mundo da música após sua passagem no reality show musical "Showdown". Ela é dona do single "Show Me What" e vocês a conhecem por uma e apenas uma letra
Rickie, Charli e Melvin juntos: X!
X: Obrigada, rapazes! É um prazer estar aqui.
Charlie Hedges: mas X, nos conte, de conte saiu esse nome, um tanto quanto, incomum para um cantora pop?
X: Charlie, a questão é que, primeiramente, eu não sou uma contora pop, muito meno convencional hahaha porque disso o mercado está cheio. Meu nome é Alexandra Vandergeld, e a grande questão é que a pronúncia neerlandesa é meio complexa, então decidi encurtar pro som mais interessante do meu no meu, daí sobrou só X.
Melvin Odoom: genial, never-seen-before.
Rickie: Nós tivemos o prazer de poder ouvir "Backrooms" em primeira mão, mas o público geral está muito animado com a notícia e está louco pra ouvir. Pode nos contar um pouco sobre o que te inspirou a escrever essa música? Como você decidiu basear uma música em uma creepypasta?
X: Bem hahaha, posso falar de d-words nesse programa ou está muito cedo?
Charli: Vai fundo, gata.
X: Então, a gente passa por muitos amores nessa vida, mas alguns passam, machucam, te rasgam por dentro e deixam suas vísceras expostas e teve um rapaz que me deixou exatamente assim. SHOCKER, sim sou hétero. Mas enfim, eu fiquei muito machucada com essa paixão uns dois anos atrás e eu tava numa fase que eu não estava discotecando tanto mas estava mais escrevendo poemas, então tomei uma dose de LSD e sentei para escrever, mas quem disse que eu conseguia? Encarei o canto do quanto por tanto tempo que senti que dei "noclip" e entrei lá, não reconhecia onde estava, enxergava tudo escuro e só chorava e acho que acabei dormindo. Tive um sonho horrível de estar fugindo e quando acordei escrevi o poema.
Melvin: mas dois anos? O que te fez levar tanto tempo para lançar a música? Foi a colaboração secreta?
X: na verdade não. Eu não tinha fama nenhuma, não que eu tenha muito hoje, mas há uma notoriedade mesmo que mínima. Não queria deixar a música cair em esquecimento, e sobre o feat... não, ela foi mais rápida que eu para escrever a parte dela. Acho que sofreu o mesmo que eu, mas a letra dela é mais sóbria.
Charlie: Como foi para você explorar esses sentimentos na música? Foi catártico ou terapêutico de alguma forma?
X: Tirando a dose desmedida de drogas e a badtrip horrorosa que tive, foi sim extremamente catártico, até porque meu caderno de poemas era o mesmo que eu usava como diário da terapia, sabe? E meu psicólogo era bastante metódico, sempre me fazia ler as páginas recém escritas para ele e quando eu li o poema ele primeiro não entendeu nada, por que não sabia o que eram backrooms, mas depois que eu expliquei e li de novo ele ficou indignado por eu nunca ter falado isso para ele e gastamos umas quatro sessões discutindo aqueles sentimentos. Então acho que sim, foi catártico e se não fosse por essas sessões eu não estaria aqui falando sobre a música.
Rickie: E esse é seu processo usual de escrita? Tudo começa com um poema?
X: Não... hahaha. Isso foi uma fase sad girl de Tumblr. Muita coisa eu escrevo tipo ah terminei de ver o filme mais GORE possível e penso "nossa como isso foi bonito" e fico "nossa e se eu tivesse feito isso com pessoal tal?" ai eu lembro que seria presa e sentenciada a morte, então só escrevo uma música altamente produzida sobre, mas com certeza tem coisa mais simples tipo "E se eu comer vidro?"... (a cantora sorri inocentemente)
Marvin, Charli e Rickie:
Charlie: uhm... e os fãs? Eles já ouviram pelo menos uma prévia da música? Qual foi a reação deles?
X: Então, eu sou meio desligada. Mas o teaser saiu na MTV e filiadas ao redor do mundo e eu não sou de muito ego search, mas fiquei sabendo que teve um BOM engajamento no twitter. Acho que estou estabelecendo meu nicho e sinceramente o artista de um gênero fixo e público genérico homogêneo não vai sobreviver os próximos anos... O negócio agora é ser subcelebridade de nicho e pra um começo de carreira, acho que não almejo muito mais que isso não. Dois dias atrás postamos uma enquete no Instagram, que sinceramente, nem sabia que eu tinha, mas teve um puta engajamento, mais de 8 mil pessoas.
Marvin: inclusive é o que a gente vai usar para abrir a sessão interativa de hoje.
X: siim. Mas é engraçado porque a única coisa que eles ouviram foi um instrumental maluco que criamos e o primeiro verso "My mind's spiralling down so I've jacked up"...
Marvin: pois é... a produção de 'Backrooms' é bem única. Pode nos contar um pouco sobre como foi produzir essa faixa? Alguma técnica ou instrumento específico que você usou?
X: Posso hahaha. Então hahaha eu geralmente não uso instrumento físico nenhum, tipo instrumentos clássicos, mesmo essa sendo minha formação, eu fujo disso. Sou pianista clássica e toco mais um monte de instrumentos, mas pras minhas produções eu geralmente uso o meu Dell com Ableton e Serum e no máximo um DJM 900 Nexus 2 com um CDJ 3000, só que isso eram pra minha produções pra clubes e raves. Agora é tudo diferente, usamos um sintetizador Akai AX600, pratos de bateria, violinos, bateria de verdade, uma coisada toda de instrumentos. Fazia ANOS que não mexia com tanta coisa.
Rickie: E é tudo autoral? Letra, melodia, composição, direção, produção?
X: Geralmente, sim. Mas como eu disse, quero que esse álbum tenha pelo menos algum impacto comercial. Então metido na produção tá o Klaus Henderson, a Plastique Condessa e eu, mas eu que escrevi tudo que eu canto, só não escrevi para os feats, eles que se virem.
Melvin: E quais desafios você encontrou ao tentar capturar o clima e a sensação das Backrooms na produção da música?
X: Acho que eu trouxe bastante conhecimento de efeitos sonoros especiais de filmes pra produção dessa música. Essa fui eu e Klaus que produzimos e tipo eu acho que ensinei muita coisa pra ele e ele me ensinou muita coisa também. Queriamos um efeito etéreo mas ao mesmo tempo aterrorizador e então fizemos algo que faziam muito em filmes de terror antigo: pegamos um arco de violino, botamos um chimbal em cima de um surdo de bateria e começamos a passar o arco. VOCÊS NÃO TEM IDEIA DE QUÃO FODA ISSO É, ai desculpa xinguei.
Charlie: sem problemas hahaha
X: Então catamos esse som e jogamos no sintetizador e trabalhamos ele por toda a música. Sem contar que o addon Serum faz milagres também haha.
Rickie: Então você meio que pode dizer que sua formação clássica a ajudou na produção dessa música?
X: De certa forma, sim. É algo do qual eu sempre fujo muito, mas sempre acabo caindo de cara nesse tópico. Produzir música clássica não é muito diferente de produzir qualquer coisa synthpop ou hyperpop. É tudo muito matemático, mas infelizmente a percepção e recepção dos fãs tem que ser orgânica. Não importa o quanto você pague para sua faixa ser tocada em rádios, incluída em playlist e todo o resto, se não cair no verdadeiro gosto do povo, não vai perdurar pela história e é isso que eu quero.
Clarlie: De certa forma muito profundo o que você disse e ao mesmo tempo muito real. Mas falando em legado, "Backrooms" terá alguma coisa a ver com "Show Me What?"
X: De jeito neeenhum. Show Me What foi quase um experimento social, queria ver como os fãs e novos ouvintes receberiam essa nova estética audiovisual que eu quero abordar nesse álbum, até por que querendo ou não, essa música foi algo muito diferente de TUDO que eu apresentei no Showdown, não me deram espaço para ser uma criança raver, me deixaram apenas ser punk. Assim, Show Me What não chega nem ao perto da profundidade de Backrooms. A primeira é pra balada, é o oposto de Backrooms: Show me What é sobre pedir pra ser amada e sentir que a outra pessoa é muito mecânica para isso, enquanto isso meu próximo lançamento é quase que o resultado lógico daquele amor: sofrimento profundo. Inclusive a produção mostra isso, a primeira tem sons sintéticos, pouco lapidados, rústicos e metálicos para representar esse amor, já a segunda é uma balada synthpop, até os vocais são menos manipulados.
Melvin: A gente fica chocado como você e calculista, no bom sentido, na hora de produzir músicas e narrativas. Mas sabemos que quando o trabalho é em grupo fica difícil de chegar num ponto comum que agrade igualmente os dois. Como foi trabalhar com o artista destaque dessa música?
X: Ela é muito maior que eu na indústria, MUITO MAIOR. Eu nunca sonharia em colaborar com ela, nem mesmo em meus sonhos mais loucos, mas sabe o Klaus é o cara. Ele sentiu que a música precisava ser um dueto, até porque não é um feat, já que cantamos a mesma quantidade de tempo, daí ele conhecia essa pessoa por causa de um trabalho com a Plastique e fez a ligação.
Melvin: Bom, antes do programa, a gente recebeu em primeira mão o resultado do da enquete que você postou recentemente no seu stories.
X: sim haha, começou só como uma forma de querer engajar com meus cinco fãs e parece que bombooouu.
Rickie: Pois é, e no meio de tantas respostas o nome que mais apareceu foi o de Hina Madea. Será ela o feat misterioso?
X: Faria muito sentido ser ela, né? Produção do Klaus... A Plastique fazendo a ponte... Realmente, eu tenho uma admiração enorme pela Hina, adoro a abordagem dela com temas LGBTQIAPN+ e a sonoridade fresca e sempre servindo algo novo. Ela mistura bem o eletrônico com o punk, mas vocês não acha que a temática, compasso, gênero, tudo escapa muito o que a diva se propõe em fazer.
Charlie: Eita como saboneta na resposta. Você não vai mesmo revelar quem é esse feat né?
X: Jamais hahaha, mas manda a próxima.
Charlie: Bom, a segunda mais apareceu foi a Agatha Melina.
X: A Agatha eu nem conheço direito. Fiquei sabendo dela só assistindo o Grammy ou AMA eu acho? A coitada foi... não vou dizer esnobada, por que...né? Mas perdeu uns levou outros, mas ela é rock parace também. Quem sabe eu não pesquiso mais sobre a carreira dela, mando um dm, uma demo. É sempre legal ver quem sempre trabalha com um gênero específico saindo da sua zona de conforto e fazendo algo diferente. É bom pro artista principal e pro convidado já que tem uma troca e agrega ao alcance de ambas. INCLUSIVE, é bem essa vibe que a gente tá trazendo pra esse single.
Melvin: Uau, então teremos uma cantora com um fandom até que grande e de um gênero nada a ver com os genêros trabalhado por você...uhm. Interessante. Nomes com menos quantidade respostas foram: fornax, harley nox e até harmon moore(?). Algum desses te acende uma luz?
X: Bem, SIM! Claro. Por acaso ouviram REAL:nary? Vão dizer que não é muito eu?? Mas não, não são elas até porque o single é com uma pessoa só não sei lá vinte hahaha. Mas Harley Nox e Harmon Moon? Escolhas interessantes, e são opções boas, cabem bem na descrição que eu dei... É de se pensar...
Rickie, Charlie, Marvin:
Rickie: Bem é isto. Chegamos ao final de nossa entrevista e teremos agora a primeira performance ao vivo de "Show me What", da nossa querida X. É com você garota!
Rickie, Charli e Melvin juntos: X!
X: Obrigada, rapazes! É um prazer estar aqui.
Charlie Hedges: mas X, nos conte, de conte saiu esse nome, um tanto quanto, incomum para um cantora pop?
X: Charlie, a questão é que, primeiramente, eu não sou uma contora pop, muito meno convencional hahaha porque disso o mercado está cheio. Meu nome é Alexandra Vandergeld, e a grande questão é que a pronúncia neerlandesa é meio complexa, então decidi encurtar pro som mais interessante do meu no meu, daí sobrou só X.
Melvin Odoom: genial, never-seen-before.
Rickie: Nós tivemos o prazer de poder ouvir "Backrooms" em primeira mão, mas o público geral está muito animado com a notícia e está louco pra ouvir. Pode nos contar um pouco sobre o que te inspirou a escrever essa música? Como você decidiu basear uma música em uma creepypasta?
X: Bem hahaha, posso falar de d-words nesse programa ou está muito cedo?
Charli: Vai fundo, gata.
X: Então, a gente passa por muitos amores nessa vida, mas alguns passam, machucam, te rasgam por dentro e deixam suas vísceras expostas e teve um rapaz que me deixou exatamente assim. SHOCKER, sim sou hétero. Mas enfim, eu fiquei muito machucada com essa paixão uns dois anos atrás e eu tava numa fase que eu não estava discotecando tanto mas estava mais escrevendo poemas, então tomei uma dose de LSD e sentei para escrever, mas quem disse que eu conseguia? Encarei o canto do quanto por tanto tempo que senti que dei "noclip" e entrei lá, não reconhecia onde estava, enxergava tudo escuro e só chorava e acho que acabei dormindo. Tive um sonho horrível de estar fugindo e quando acordei escrevi o poema.
Melvin: mas dois anos? O que te fez levar tanto tempo para lançar a música? Foi a colaboração secreta?
X: na verdade não. Eu não tinha fama nenhuma, não que eu tenha muito hoje, mas há uma notoriedade mesmo que mínima. Não queria deixar a música cair em esquecimento, e sobre o feat... não, ela foi mais rápida que eu para escrever a parte dela. Acho que sofreu o mesmo que eu, mas a letra dela é mais sóbria.
Charlie: Como foi para você explorar esses sentimentos na música? Foi catártico ou terapêutico de alguma forma?
X: Tirando a dose desmedida de drogas e a badtrip horrorosa que tive, foi sim extremamente catártico, até porque meu caderno de poemas era o mesmo que eu usava como diário da terapia, sabe? E meu psicólogo era bastante metódico, sempre me fazia ler as páginas recém escritas para ele e quando eu li o poema ele primeiro não entendeu nada, por que não sabia o que eram backrooms, mas depois que eu expliquei e li de novo ele ficou indignado por eu nunca ter falado isso para ele e gastamos umas quatro sessões discutindo aqueles sentimentos. Então acho que sim, foi catártico e se não fosse por essas sessões eu não estaria aqui falando sobre a música.
Rickie: E esse é seu processo usual de escrita? Tudo começa com um poema?
X: Não... hahaha. Isso foi uma fase sad girl de Tumblr. Muita coisa eu escrevo tipo ah terminei de ver o filme mais GORE possível e penso "nossa como isso foi bonito" e fico "nossa e se eu tivesse feito isso com pessoal tal?" ai eu lembro que seria presa e sentenciada a morte, então só escrevo uma música altamente produzida sobre, mas com certeza tem coisa mais simples tipo "E se eu comer vidro?"... (a cantora sorri inocentemente)
Marvin, Charli e Rickie:
Charlie: uhm... e os fãs? Eles já ouviram pelo menos uma prévia da música? Qual foi a reação deles?
X: Então, eu sou meio desligada. Mas o teaser saiu na MTV e filiadas ao redor do mundo e eu não sou de muito ego search, mas fiquei sabendo que teve um BOM engajamento no twitter. Acho que estou estabelecendo meu nicho e sinceramente o artista de um gênero fixo e público genérico homogêneo não vai sobreviver os próximos anos... O negócio agora é ser subcelebridade de nicho e pra um começo de carreira, acho que não almejo muito mais que isso não. Dois dias atrás postamos uma enquete no Instagram, que sinceramente, nem sabia que eu tinha, mas teve um puta engajamento, mais de 8 mil pessoas.
Marvin: inclusive é o que a gente vai usar para abrir a sessão interativa de hoje.
X: siim. Mas é engraçado porque a única coisa que eles ouviram foi um instrumental maluco que criamos e o primeiro verso "My mind's spiralling down so I've jacked up"...
Marvin: pois é... a produção de 'Backrooms' é bem única. Pode nos contar um pouco sobre como foi produzir essa faixa? Alguma técnica ou instrumento específico que você usou?
X: Posso hahaha. Então hahaha eu geralmente não uso instrumento físico nenhum, tipo instrumentos clássicos, mesmo essa sendo minha formação, eu fujo disso. Sou pianista clássica e toco mais um monte de instrumentos, mas pras minhas produções eu geralmente uso o meu Dell com Ableton e Serum e no máximo um DJM 900 Nexus 2 com um CDJ 3000, só que isso eram pra minha produções pra clubes e raves. Agora é tudo diferente, usamos um sintetizador Akai AX600, pratos de bateria, violinos, bateria de verdade, uma coisada toda de instrumentos. Fazia ANOS que não mexia com tanta coisa.
Rickie: E é tudo autoral? Letra, melodia, composição, direção, produção?
X: Geralmente, sim. Mas como eu disse, quero que esse álbum tenha pelo menos algum impacto comercial. Então metido na produção tá o Klaus Henderson, a Plastique Condessa e eu, mas eu que escrevi tudo que eu canto, só não escrevi para os feats, eles que se virem.
Melvin: E quais desafios você encontrou ao tentar capturar o clima e a sensação das Backrooms na produção da música?
X: Acho que eu trouxe bastante conhecimento de efeitos sonoros especiais de filmes pra produção dessa música. Essa fui eu e Klaus que produzimos e tipo eu acho que ensinei muita coisa pra ele e ele me ensinou muita coisa também. Queriamos um efeito etéreo mas ao mesmo tempo aterrorizador e então fizemos algo que faziam muito em filmes de terror antigo: pegamos um arco de violino, botamos um chimbal em cima de um surdo de bateria e começamos a passar o arco. VOCÊS NÃO TEM IDEIA DE QUÃO FODA ISSO É, ai desculpa xinguei.
Charlie: sem problemas hahaha
X: Então catamos esse som e jogamos no sintetizador e trabalhamos ele por toda a música. Sem contar que o addon Serum faz milagres também haha.
Rickie: Então você meio que pode dizer que sua formação clássica a ajudou na produção dessa música?
X: De certa forma, sim. É algo do qual eu sempre fujo muito, mas sempre acabo caindo de cara nesse tópico. Produzir música clássica não é muito diferente de produzir qualquer coisa synthpop ou hyperpop. É tudo muito matemático, mas infelizmente a percepção e recepção dos fãs tem que ser orgânica. Não importa o quanto você pague para sua faixa ser tocada em rádios, incluída em playlist e todo o resto, se não cair no verdadeiro gosto do povo, não vai perdurar pela história e é isso que eu quero.
Clarlie: De certa forma muito profundo o que você disse e ao mesmo tempo muito real. Mas falando em legado, "Backrooms" terá alguma coisa a ver com "Show Me What?"
X: De jeito neeenhum. Show Me What foi quase um experimento social, queria ver como os fãs e novos ouvintes receberiam essa nova estética audiovisual que eu quero abordar nesse álbum, até por que querendo ou não, essa música foi algo muito diferente de TUDO que eu apresentei no Showdown, não me deram espaço para ser uma criança raver, me deixaram apenas ser punk. Assim, Show Me What não chega nem ao perto da profundidade de Backrooms. A primeira é pra balada, é o oposto de Backrooms: Show me What é sobre pedir pra ser amada e sentir que a outra pessoa é muito mecânica para isso, enquanto isso meu próximo lançamento é quase que o resultado lógico daquele amor: sofrimento profundo. Inclusive a produção mostra isso, a primeira tem sons sintéticos, pouco lapidados, rústicos e metálicos para representar esse amor, já a segunda é uma balada synthpop, até os vocais são menos manipulados.
Melvin: A gente fica chocado como você e calculista, no bom sentido, na hora de produzir músicas e narrativas. Mas sabemos que quando o trabalho é em grupo fica difícil de chegar num ponto comum que agrade igualmente os dois. Como foi trabalhar com o artista destaque dessa música?
X: Ela é muito maior que eu na indústria, MUITO MAIOR. Eu nunca sonharia em colaborar com ela, nem mesmo em meus sonhos mais loucos, mas sabe o Klaus é o cara. Ele sentiu que a música precisava ser um dueto, até porque não é um feat, já que cantamos a mesma quantidade de tempo, daí ele conhecia essa pessoa por causa de um trabalho com a Plastique e fez a ligação.
Melvin: Bom, antes do programa, a gente recebeu em primeira mão o resultado do da enquete que você postou recentemente no seu stories.
X: sim haha, começou só como uma forma de querer engajar com meus cinco fãs e parece que bombooouu.
Rickie: Pois é, e no meio de tantas respostas o nome que mais apareceu foi o de Hina Madea. Será ela o feat misterioso?
X: Faria muito sentido ser ela, né? Produção do Klaus... A Plastique fazendo a ponte... Realmente, eu tenho uma admiração enorme pela Hina, adoro a abordagem dela com temas LGBTQIAPN+ e a sonoridade fresca e sempre servindo algo novo. Ela mistura bem o eletrônico com o punk, mas vocês não acha que a temática, compasso, gênero, tudo escapa muito o que a diva se propõe em fazer.
Charlie: Eita como saboneta na resposta. Você não vai mesmo revelar quem é esse feat né?
X: Jamais hahaha, mas manda a próxima.
Charlie: Bom, a segunda mais apareceu foi a Agatha Melina.
X: A Agatha eu nem conheço direito. Fiquei sabendo dela só assistindo o Grammy ou AMA eu acho? A coitada foi... não vou dizer esnobada, por que...né? Mas perdeu uns levou outros, mas ela é rock parace também. Quem sabe eu não pesquiso mais sobre a carreira dela, mando um dm, uma demo. É sempre legal ver quem sempre trabalha com um gênero específico saindo da sua zona de conforto e fazendo algo diferente. É bom pro artista principal e pro convidado já que tem uma troca e agrega ao alcance de ambas. INCLUSIVE, é bem essa vibe que a gente tá trazendo pra esse single.
Melvin: Uau, então teremos uma cantora com um fandom até que grande e de um gênero nada a ver com os genêros trabalhado por você...uhm. Interessante. Nomes com menos quantidade respostas foram: fornax, harley nox e até harmon moore(?). Algum desses te acende uma luz?
X: Bem, SIM! Claro. Por acaso ouviram REAL:nary? Vão dizer que não é muito eu?? Mas não, não são elas até porque o single é com uma pessoa só não sei lá vinte hahaha. Mas Harley Nox e Harmon Moon? Escolhas interessantes, e são opções boas, cabem bem na descrição que eu dei... É de se pensar...
Rickie, Charlie, Marvin:
Rickie: Bem é isto. Chegamos ao final de nossa entrevista e teremos agora a primeira performance ao vivo de "Show me What", da nossa querida X. É com você garota!
~performance começa~
[DIVULGAÇÃO PARA BACKROOMS E SHOW ME WHAT]
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