[ASIA] SOFÍA X MUSIC STATION
Jun 21, 2024 1:44:45 GMT
Post by adrian on Jun 21, 2024 1:44:45 GMT
[DIVULGAÇÃO PARA JUICIO FINAL & NO SÉ CUANDO SE ACABÓ]
Prestes a iniciar mais uma etapa da sua turnê mundial, a cantora mexicana Sofía estreia como artista convidada do programa japonês de música MUSIC STATION. A cantora foi recepcionada pelos apresentadores Tamori e Sarasa Suzuki em uma entrevista leve e descontraída.
Prestes a iniciar mais uma etapa da sua turnê mundial, a cantora mexicana Sofía estreia como artista convidada do programa japonês de música MUSIC STATION. A cantora foi recepcionada pelos apresentadores Tamori e Sarasa Suzuki em uma entrevista leve e descontraída.
[Tamori] E nesta noite temos o prazer de receber uma das artistas mais hypadas dos últimos anos, Ela pavimentou o seu caminho na indústria latino-americana e hoje é reconhecida como um dos grandes nomes latinos da atualidade e da história.
[Sarasa] Ela, contundo, transpassa barreiras geográficas e culturais e se popularizou mundialmente. Ela foi a primeira artista ocidental a atingir o topo dos charts asiáticos na história! E vocês, com certeza, já devem saber de quem estamos falando. Pode entrar, Sofía!
A cantora entra no palco sob aplausos da plateia e dos apresentadores. A fama mundial da artista era reconhecida pelos gritos e palmas que se estenderam por quase um minuto ininterrupto. Ela estava vestindo um longo vestido negro e uma bota de couro vegano da mesma cor. O seu cabelo estava solto e já era perceptível o quanto havia crescido.
[Tamori] Seja bem-vinda, Sofía! É um prazer tê-la aqui nesta noite.
[Sofía] Eu que agradeço pela atenção e pelo carinho que todes vocês estão me dando. Estou sendo muito feliz aqui.
[Sarasa] Há quanto tempo você já está aqui no Japão? E como está sendo a sua estadia?
[Sofía] Cheguei há alguns dias por aqui. Eu sempre prefiro vir dias antes dos shows em qualquer lugar para me ambientar e buscar conhecer a cultura a qual eu estou adentrando. Para mim é uma das coisas mais elementais de estar em turnê por diversos países: ser apresentada as pessoas, as comidas aos seus hábitos e costumes. Eu já fiz shows aqui, mas nunca tive esse ímpeto de me aprofundar na cultura japonesa, para ser mais especifica. Era algo que me chamava atenção justamente por ser fora da curva ao qual estou acostumada. Então ter a oportunidade de conhecer a fundo, ou o máximo que consigo me aprofundar, em culturas tão ricas e tão interessantes quanto a japonesa é um verdadeiro privilégio.
[Tamori] Interessante que você seja uma pessoa tão aberta sobre novas culturas. É difícil que artistas ocidentais, em geral, tenham essa receptividade respeitosa com a cultura do país em que são recebidos.
[Sofía] É algo a qual me agarro pois é a possibilidade de conhecer novas formas de vida, novos ritmos e novas concepções filosóficas também. Aqui, por exemplo, é tudo mui diferente da realidade ao qual vivi e da que estou inserida. No México, por exemplo, sem querer cair em generalizações ou estereótipos somos muitos acelerados e quase não temos tempo para apreciar as pequenas coisas da vida. Estou há alguns dias no Japão e já percebo que há uma sensação de menor urgência, de mais calma e de paciência. E isso para mim, novamente, é muito estranho. Acho que no Ocidente estamos muito acostumados com um modo de vida importado dos Estados Unidos de corrida e dinamismo constante.
[Sarasa] Eu fui aos Estados Unidos há alguns meses e fiquei chocada com a forma pela qual eles viviam a vida. E não me levem a mal, isso não é uma crítica, mas uma constatação dessas disparidades de ritmos de vida.
[Sofía] Há muitas coisas que divergem dessa cultura aqui para àquela que é comum nos Estados Unidos ou até mesmo no México. O processo de colonização mexicana e os movimentos de independência tornam a nossa cultura única, mas a influência de determinados padrões norte-americanos vai, aos poucos, homogeneizando nossos costumes e o que mais temos de original. E isso sim é uma crítica. Mesmo que inconscientemente levamos a sério o olhar para a cultura estadunidense como um exemplo a ser seguido, como um padrão civilizador. Eu discordo bastante, pois, para mim, a cultura estadunidense é bem pobre. E eu quero falar que quando me refiro à “cultura estadunidense” não me refiro àquelas que tem origem nas culturas indígenas ou africanas, mas essa que é até bem contemporânea e industrial. Desde pequenos, lá onde moro, fomos ensinados a cultuar esse país como se fosse o ápice ao qual deveríamos atingir: hoje eu penso que se aquilo é o máximo, estamos muito ferrados. Precisamos, o Ocidente, acordarmos para esse torpor frágil e dissimulado de que tudo o que vem de lá é melhor. Estou aqui há poucos dias e fiquei realmente surpresa com a tecnologia, com o tratamento das pessoas. Essas diferenças são fundamentais, acredito eu, para o crescimento pessoal.
[Tamori] Você está vindo de uma série de megashows na América Latina e estará lidando com um público bem diferente. Como é isso para você?
[Sofía] Eu já falei isso algumas vezes, mas essa diferença entre os públicos é o maior ganho que tenho enquanto artista. Sempre acontece de ficar aquele sentimento de ansiedade e dúvida a respeito de como o público vai reagir, mas com o tempo passe a me acostumar com o imprevisível. Tem muitas diferenças entre o próprio público latino que me fascinam. No Brasil, por exemplo, eles gritam todas as músicas, mesmo que não saibam a letra completa ou certa. E você chega na Colômbia e eles só cantam àquelas que conhecem ou gostam. E isso é bom para saber o que aquele público gosta ou não e tentar adaptar o espetáculo para agradar a maioria, afinal, eles pagaram pelo show. Enfim, mal posso esperar para me surpreender com as diferentes reações.
[Tamori] Há alguma surpresa preparada para esses próximos shows?
[Sofía] Para mim, todos os shows são únicos e essa é a maior surpresa que posso prometer. A setlist pode ser a mesma, as coreografias, mas nenhum show meu é como qualquer outro que já tenha feito. Irei fazer três shows seguidos aqui no Japão e podem ter certeza que eles serão diferentes uns dos outros. No mais, acho que os fãs podem esperar o melhor de mim sempre. Teremos o show de abertura do BELLA, uma girlgroup que eu amo e estou animada para vê-las no palco. A setlist vai ter algumas mudanças, mas nada que seja realmente muito grande. Essa turnê, especialmente, tem uma direção muito bem selecionada que é a de celebrar a cultura latina ao redor do mundo.
[Sarasa] Como foi o convite para o grupo BELLA abrir essa etapa da turnê?
[Sofía] Eu não conhecia elas muito bem, para ser sincera, aí a minha equipe me deu algumas opções de artistas e eu fui me aprofundar em cada um deles para fazer a melhor escolha. E olha, eu confesso que fiquei bastante chateada por não as ter conhecido bem antes. Desde o primeiro videoclipe que vi, com todas aquelas coreografias, já me apaixonei e sabia que seriam elas. Elas têm algo que eu realmente não sei explicar o que me cativou nelas. Tem todo um talento envolvido, óbvio, mas há algo a mais nessas garotas que é indescritível. Para a abertura dos meus shows eu dou prioridade para artistas mais novos e que estão buscando oportunidades para despontar no cenário musical. Eu me vejo sendo responsável por dar esse espaço a estes jovens artistas e não poderia fugir disso agora. Espero que o mundo todo possa vê-las como as grandes artistas que são e que elas ganhem o mundo.
[Tamori] Você tem uma relação muito bonita com todos esses artistas jovens.
[Sofía] Eu busco ser aquela inspiração que eu não tive quando comecei. O meu eu mais jovem estava perdido nessa indústria e não tinha um guia ou manual para seguir; hoje continua não tendo, mas eu levo a sério esse papel de ser uma referência para os mais novos. Pode ser muita presentão da minha parte? Claro. Eu gostaria, contudo, de salientar uma posição minha em relação a esse assunto: não me considero nenhuma sábia ou guardiã de todos os segredos para lidar com esse mundo, mas durante esses anos desenvolvi determinadas ferramentas para lidar com a fama e não tenho problemas para compartilhá-los. Eu tenho uma plataforma comercial e de visibilidade imensa, então não vejo motivos, também, para resguardar isso apenas para mim e não elevar a arte de outros artistas incríveis e excepcionais.
[Sarasa] O show no SUPERBOWL foi uma evidencia disso. Você teve muitos convidados e todos eles eram artistas latinos e pouco conhecidos pelo público em geral.
[Sofía] Eu não diria que pelo público em geral, mas por uma parte do público europeu, norte-americano e asiático. Todos o que dividiram aquele momento especial comigo tem carreiras sólidas na América Latina, mas tem pouca visibilidade fora desse espaço. E não que isso seja ruim, mas acaba que limita o espaço que nos é ofertado. A visibilidade imensa que esse tipo de evento tem oportuniza que milhões de pessoas os conheçam e admirem a sua arte. Não tive dúvidas quanto a essa ideia de dividir o show do SUPERBOWL com eles. Blanca é uma grande amiga e companheira de longa data. Somos ligadas por um sentimento muito forte e agradeço a ela por toda a confiança que se estabeleceu entre nós. A EMÍ, como todos já sabem, é uma pessoa que eu admiro e amo grandemente. Rique é um jovem artista que eu não tinha tanto contato até a colaboração que fizemos, mas, depois que descobri esse garoto... nossa, que incrível! Vittor é um amigo de longa data também, foi o meu primeiro parceiro na indústria e ficamos afastados por uns bons anos devido a desentendimentos e fiquei super satisfeita quando ele aceitou o meu convite para me acompanhar no palco. Awa é meu melhor amigo desde sempre. Estivemos juntos durante um reality-show e desde então não nos separamos.
[Tamori] Eu pensei que o mundo da fama não fosse tão propício ao estabelecimento de vínculos tão fortes.
[Sofía] Não é. Veja, não é impossível, haja visto que Awa e eu somos muito próximos. Mas não é um ambiente propício para amizades. Estamos todes constantemente em franca competição uns com os outros. Às vezes não é a nossa intenção estabelecer inimizades, mas as condições nos impulsionam a isso.
[Sarasa] Isso se aplica a você e Hina, a nossa japanese superestar?
[Sofía] Hina e eu sempre tivemos uma relação complicada, principalmente porquê interpretação nunca foi o forte dela. Tudo começou com a discussão que Lucca e eu tivemos e ela, como uma boa amiga, foi defende-lo do que pareceu ser um ataque; mas não foi. Desde então a considero como uma pessoa estranha a mim e eu a ela. Não a odeio ou nada do tipo, inclusive gosto de algumas de suas músicas. Acho ela uma garota criativa e potente naquilo que acredita ser o ideal. Ela realmente tem muita coragem e vontade de ser vista.
[Tomori] Há uma imagem que circula nas redes em que o rosto de Hina é colado em um rato pelado e foi você quem divulgou. De quem foi a ideia?
[Sofía] Foi minha. Eu achei o ratinho muito parecido com ela, sem nenhuma brincadeira. Tão mirradinho e tão feioso, é a cara dela. Espero que ela não tenha levado a mal essa brincadeira tão bobinha. Eu fiquei genuinamente encantada com aquela montagem: é simples e ao mesmo tempo diz tanto. Hoje, talvez, eu não faria novamente por me considerar uma pessoa mais madura e que lida com as adversidades de forma mais branda e inteligente. Eu me arrependo de ter feito o que fiz com a Hina. Nós poderíamos ter levado essa discussão de uma forma muito mais respeitosa, amigável. E isso não significa que teríamos que ser amigas, mas traçar uma relação amistosa e respeitosa entre ambas as partes. Acho que não seríamos amigas por incompatibilidade mesmo, mas não vejo motivos para erigir essa parede de belicosidade que atualmente nos separa. Eu disposta a sanar todas as nossas pendências e iniciar uma nova era entre nós. Temos muitas coisas em comum, para ser sincera. É incrível que sejamos tão parecidas e nos afastássemos tanto assim.
[Sarasa] Você aceitaria encontrar com a Hina aqui e agora?
[Sofía] Avemaria. Ela tá aqui é? Que horror!
[Tomori] Não, era apenas um teste para saber a sua reação.
[Sofía] Nossa, ainda bem. Odeio surpresas e principalmente uma dessas me faria sair daqui rapidinho, hein. Brincadeira! Adoraria encontrar a Hina e nos acertarmos finalmente. Quem sabe não podemos colaborar e ela conseguir almoçar e jantar todos os dias.
[Tomori] Saindo desse assunto, gostaríamos de entrar em outro que é de fundamental importância na atualidade para os artistas. Você já falou que a sua carreira não se quantifica, mas os números importam para o estabelecimento de carreiras bem sucedidas, como a sua. Você foi a primeira artista ocidental a atingir o topo da parada asiática e gostaríamos de saber como você se sentiu quando viu esse feito.
[Sofía] Cara, eu fiquei muito feliz com essa conquista. O mercado asiático e norte-americano sempre me parecera muito fechados para artistas de fora de sua cultura, havia uma percepção de minha parte que seria difícil estourar essa bolha. Tanto é que hoje ainda sinto muita dificuldade em adentrar em determinados espaços nos Estados Unidos. Talvez a xenofobia deles seja realmente demais para consumirem a música de uma mexicana como eu. E sobre a minha reação ao saber da conquista, foi a melhor possível. Pode parecer que não comemoro esses feitos, mas sim, comemoro e faço questão de fazer isso juntamente a toda minha equipe. Não existiria carreira e sucesso sem que todos eles estivessem comigo.
[Sarasa] Ok! Temos mais algumas perguntas para você, mas, antes, queríamos te ouvir cantar. Pode ser?
[Sofía] Claro! Vamos nessa.
O programa foi para o intervalo para que a cantora pudesse se preparar para a primeira performance da noite. A canção ser apresentada seria Juicio Final, a sua música de trabalho mais recente.
JUICIO FINAL
JUICIO FINAL
No palco montado para a performance havia uma decoração que se assemelhava a de um bar retrô. Havia uma mesa de sinuca situada bem ao centro. Era feita de uma madeira escura e reflorestada. O “piso” da pista de jogos era um carpete na cor roxa e que continha um S de Sofía. A cantora, por sua vez, estava posicionada acima desta cobertura roxa. Estava descalça e vestia um vestido branco quase transparente, como se fosse uma camisola. O seu cabelo estava solto e ia até pouco abaixo de seu ombro; a maquiagem era simples. Ao seu lado, cerca de dez bailarinos reuniam-se em torno daquela mesa. Todos eles seguravam tacos de sinuca. As câmeras reluziam por todo o cenário e cada detalhe do cenário era mostrado ao público. Uma espécie de bar foi construída na retaguarda daquele cenário e continha várias bebidas alcoólicas cenográficas e copos de vidro. Havia, ainda, um balcão, também de madeira, que separava a bebida do resto do palco. Havia um outro bailarino interpretando um bartender ao fundo.
O instrumental da canção se iniciou e a voz de Sofía preencheu todo o lugar com a sua potência distintiva. A voz de Awa seria substituída pela da própria cantora nas partes em que ele canta originalmente. A partir dos primeiros versos da faixa os bailarinos se dispersaram pelo local e realizavam os primeiros passos da coreografia enquanto seguravam os bastões de madeira. Sofía, que estava sentada na mesa, se levanta e começa a remexer seus quadris ao mesmo tempo que canta o primeiro verso da faixa. O bartender que está no fundo da palco inicia um número de malabares com garrafas de vidro. Em um instante, a cantora é levada ao solo por dois dos bailarinos que a ergueram pelos braços.
Já no chão, Sofía deslizava pelo palco como se fosse uma sombra. Os seus movimentos eram rápidos e consistentes, como se não houvesse gravidade que a segurasse no solo. Todo o seu corpo inspirava confiança e seu rosto transparecia a segurança a qual o seu público estava acostumado. A confecção do vestido a qual vestia, com a leveza do insumo, combinava perfeitamente com a proposta delicada da artista. Ela girava e continuava a cantar como se nenhum movimento de seu corpo impedisse a circulação de ar entre seus pulmões. No momento em que o primeiro refrão explodiu, ela foi acompanhada do bartender em um momento de dança intenso, sensual e atraente. O corpo de ambos parecia conectar-se automaticamente e a harmonia de seus movimentos era perceptível até mesmo para os olhos mais leigos no quesito coreografia. A artista usava de uma base para que, nos momentos mais agitados da coreografia, pudesse dar tudo de si nos movimentos.
Os seus pés nus davam maior intensidade nos momentos em que os movimentos eram tão rápidos e intensos que ela parecia voar. A sua voz estava perfeitamente ajustada ao momento pelo qual o público tanto esperava. A artista investia cada vez mais na versatilidade e em apresentar ao seus admiradores um show completo. As luzes do cenário incidiam sobre todo o corpo de balé destacando os seus corpos molhados de suor. A coreografia era intensa e correspondia ao sentimento que Sofía busca inspirar em todos aqueles que ouvissem o seu single. Em um momento do segundo verso todos se dispersaram pelo cenário. Sofía subiu na bancada do bar cercada por outras duas dançarinas. O segundo verso ganhou um arranjo mais contido e Sofía mais parecia falar que cantar.
O apogeu da canção, contudo, veio com um número de dança ainda mais intenso. Antes mesmo que o refrão iniciasse um instrumental da bachata invadiu o cenário e foi a trilha sonora para um número de dança eletrizante. Sofía estava de par com um outro bailarino. As mãos do homem deslizavam pelo corpo da cantora levemente, enquanto os lábios da artistas se contraíam em êxtase. Nesse ponto da performance os seus cabelos estavam molhados, como se tivesse tomado banho, mas era apenas seu suor. Assim que o intervalo de dança encerrou o microfone lhe foi entregue para que continuasse a cantar.
Formando um grupo de onze pessoas, o cenário parecia pequeno para aqueles corpos que não cessavam de andar e dançar pelo cenário montado. Os últimos segundos da faixa foram seguidos por uma intensificação no número de dança e pelos vocais de Sofía que eram mais fortes e extensos. O público aplaudiu a performance e o programa entrou em mais uma propaganda comercial.
Os apresentadores e Sofía retornaram aos holofotes e estavam em um cenário diferente. Era composto por uma mesa cristalina redonda, prostrada no meio de uma sala branca. Ela estava posicionada à frente de um telão de dois metros que exibia as dez músicas mais ouvidas da última semana.
[Sarasa] Sofía, sabemos que você é a rainha dos números e está quebrando inúmeros recordes ultimamente e, por isso mesmo, propomos para você uma análise das dez faixas mais ouvidas da última semana, inclusive as suas. A única obrigação é a de que você seja sincera em todos os seus comentários, ok?
[Tomori] Não estamos aqui para tentar estabelecer rivalidade entre nenhum de vocês, mas estamos trazendo informações para o nosso público apenas. Ok?
[Sofía] Eu já tenho rivalidade com alguns daqui, então, sem problemas.
[Sarasa] Começaremos pela canção que ficou na décima colocação. Temos Chelsea e Agatha Melina com Truck Stop Angels.
[Sofía] Poxa, eu gostei da música e fiquei com pena das meninas por não ter atingido o topo. Mas nem sempre se precisa atingir o topo para se consolidar como um hit. E acho que esse é o caso dessa canção. Eu nunca imaginei ver Agatha e Chelsea juntas em uma música assim. Fiquei bem surpresa com a combinação e o resultado é fantástico. Elas estão há onze semanas nessa luta e admiro a garra que tiveram até então, mas não divulgaram mais, né? A Chelsea sumiu e a Agatha agora tá divulgando as canções do álbum dela. Soube que a Agatha vai lançar um feat com o Lucca, então vai vir aí. E você, Chelsea?
[Tomori] Você gosta de country?
[Sofía] Depende do country. Eu gosto do que a Chelsea faz, tirando ela, não sou muito adepta desse estilo musical. Nada contra, mas não é algo que entra na minha visão de ser uma música que vou parar meu dia e ouvir.
[Sarasa] Em nono lugar, temos Raven com a canção Fighting.
[Sofía] Eu achei que elas iriam explodir mais com esse retorno, mas acho que ficou um pouco morno em termos de recepção. O que eu considero uma pena pois acho a música um luxo. Sinto nessas meninas uma força encantadora. É um dos poucos grupos de kpop ao qual acompanho assim continuadamente. Adoro o tom soturno delas, embora ainda permaneça a doçura. Acredito que essa é uma das característica mais emblemáticas desse grupo. Até agora só as vi em premiações, espero ter a oportunidade conhece-las em outro momento.
[Tomori] Em oitavo lugar, BLOOM com Freedom.
[Sofía] Essa eu não conheço, mas tô vendo que é estreia e teve um bom desempenho. Já ouvi falar no grupo, mas, como já disse, acompanho poucos artistas desse gênero e elas não são uma delas.
A produção toca um trecho da canção para que Sofía pudesse opinar.
[Sofía] Ah, que bacana! Adorei.
[Sarasa] Em sétimo lugar, Kyle com “the sky hugs the sea waves”.
[Sofía] Eu também não conheço essa. Mas está bem posicionada e me parece que ele tem uma base de fãs consolidada e eficiente. Às vezes você só tem que fazer o básico e esperar que seus fãs gostem disso. Ele é um garoto bonito, então tem tudo para conquistar o mercado com a sua beleza. Acho que é isso. Não posso falar muito da música pois não a conheço.
A produção, novamente, toca um trecho da faixa.
[Sofía] Interessante.
[Tomori] Em sexto lugar temos Agatha Melina com o single “Treason”.
[Sofía] Sabe o que eu mais adoro na Agatha? A maneira pela qual ela transcende barreiras. Desde que cheguei na indústria já sabia da história dessa mulher e me choquei com a qualidade de seus trabalhos e o pouco reconhecimento que tinha do público maior. Sabia que ela se considerava, e era considerada por outros, como uma artista alternativa e fico feliz que agora ela tenha a oportunidade de almoçar e jantar todos os dias. O álbum dela já chegou quebrando recordes, né? Gosto muito dessa música também.
[Sarasa] Em quinto lugar, Kyle com “the night also hug the waves”.
[Sofía] É algum tipo de continuação da faixa anterior? Novamente, não o conheço. Estar com duas canções no top 10 é um feito imenso, com certeza. Parabéns, Kyle. Imagino que ele seja um jovem artista, já que estou ouvindo falar dele apenas agora, e alcançar esses números desde cedo é algo a se celebrar.
[Tomori] Em quarto lugar temos Lucca Lordgan com “Honeymoon”.
[Sofía] O Lucca veio recebendo críticas que, ao meu ver, não compreendem a imensidão do álbum que ele lançou. Essa canção é tão linda e eu me pergunto o porquê de o disco ter sido tão criticado pela crítica. Sabe, há algo de disruptivo em ver um homem gay branco exercendo a sua sexualidade dessa maneira tão descarada. O que muitos enxergam como promiscuidade, eu vejo com olhos de uma pessoa que está se libertando de amarras sociais. Não sobre essa música em si, mas o Lucca tem sido uma inspiração para mim no sentido de resiliência. Não importa o quanto as críticas tenham sido negativas, ele está resistindo e lançando a sua arte. Assim como deve ser.
[Sarasa] Em terceiro lugar temos Caleb Roth com “Scar”.
[Sofía] Eu poderia falar que a música é ruim apenas por não gostar dele, mas eu amei essa música. É muito boa, de verdade. Mas, mesmo assim, ele não consegue me tirar do primeiro lugar. Enfim, acredito que ele deve estar satisfeito com o resultado obtido, mas triste por perder para mim com duas canções diferentes. Lamento, Caleb, mas la reina soy yo.
[Tomori] Em segundo lugar, Sofía com “No Sé Cuando Se Acabó”.
[Sofía] Eu tenho muito orgulho dessa faixa. Foi a minha segunda Best New Track, a primeira com uma canção totalmente autoral. Eu não achei que ela fosse fazer tanto sucesso justamente por não ser um single de álbum, mas todas as divulgações com a Netflix fizeram-na explodir em todo o mundo. Tanto é que cresceu absurdamente da semana passada para essa. Continuem ouvindo pessoal!
[Sarasa] E, por fim, Sofía e Awa com “Juicio Final”.
[Sofía] Eu sou muito feliz por dividir esse momento com o meu melhor amigo, Awa. A aceitação do público para esta faixa foi imediata desde o lançamento e sempre foi uma das minhas preferidas desde o processo de composição. Estava esperando o momento certo para poder lançar com a toda promoção que merece. O videoclipe foi um dos mais simbólicos que já pensei e fiz em toda a minha carreira.
[Tomori] Foi a canção mais rápida a ganhar o certificado de ouro: levou apenas duas semanas para conseguir tal feito. Como é a sensação?
[Sofía] Eu fico bem feliz. Sei que pode parecer contraditório quando tenho todo um discurso de não quantificar a minha carreira, como já haviam dito, mas esse reconhecimento é importante para nós enquanto artistas e enquanto produto. Querendo ou não somos sempre produtos a serem vendidos e comercializados. Há uma pressão que exercem sobre nós para entregar grandes números e marcas como essa, então é algo bem positivo para mim. Não quero, contudo, ficar presa a números como se isso fosse a única coisa que importasse.
NO SÉ CUANDO SE ACABÓ
NO SÉ CUANDO SE ACABÓ
O programa foi, novamente, para um comercial. Quando retornou Sofía estava sentada em um bando de madeira e um microfone estava erguido na frente de seu rosto e bem próximo de sua boca. A canção a ser performada agora seria No Sé Cuando Se Acabó. Para esta apresentação, a cantora apostava em uma performance mais intimista e com foco na sua voz. Havia apenas um foco de luz que incidia sobre o rosto da artista. A sua banda a acompanhava e estava posicionada em sua retaguarda.
O primeiro verso foi cantado e um novo arranjo foi apresentado ao público. A guitarra ainda estava presente, mas era possível ouvir também o som de violino junto às batidas da bateria. O rosto de Sofía demonstrava a satisfação pela qual cantava a sua canção. Ao fundo, um telão exibia cenas do filme em que a canção compunha a trilha sonora. Sofía se levantou do banco de madeira e continuou a cantar em pé. A sua voz se elevava e diminuía constantemente demonstrando todo o seu controle vocal. A banda que a acompanhava estava em completa harmonia com o pressuposto mais íntimo da performance.
O fim da performance se seguiu por uma explosão de aplausos vindo da plateia. Sofía, então, se despediu com um aceno e beijinhos silenciosos para o público.
O fim da performance se seguiu por uma explosão de aplausos vindo da plateia. Sofía, então, se despediu com um aceno e beijinhos silenciosos para o público.