[AM] Lucca Lorgdan x Variety
May 21, 2024 1:10:15 GMT
Post by jottavi on May 21, 2024 1:10:15 GMT
Para um novo modelo de entrevista, a Variety convida Lucca Lordgan para esse estilo. Além da entrevista ser transcrita e distribuída como revista, ela também foi gravada e está disponível através de um QR Code nas páginas da versão física.
A câmera é posicionada em uma sala branca, Lucca Lordgan estava sentado em uma cadeira e a entrevistadora, Thania Garcia, estava logo a sua frente.
Thania Garcia: Olá, Lucca, seja bem vindo aqui. Acho que não nos conhecemos, então vou me apresentar. Eu me chamo Thania Garcia e sou redatora musical da Variety. Nós te convidamos aqui porque queremos introduzir novas perspectivas para a revista, principalmente popularizar essas ideias. Não sei se você sabe, mas a entrevista será disponibilizada tanto em vídeo quanto na transcrição para a revista física. Tudo bem por você?
Lucca Lordgan: Ah, isso é ótimo, fico muito lisonjeado por ser convidado para esse momento.
Thania Garcia: Nós reunimos algumas perguntas que foram enviadas para você, e por ser um momento mais leve e descontraído, temos algumas perguntas cômicas, mas também tem algumas relacionadas a sua vida pessoal, sua carreira, e suas relações. Mas antes de começar, queria pedir para que você se apresentasse.
Lucca Lordgan: Ah, sim, claro! Eu me chamo Lucca Lordgan, sou um jovem italiano que é cantor e modelo. E eu acho que é só, não sei se tem mais algo para falar.
Thania Garcia: Bom, podemos começar? Sorteamos as ordens das perguntas, mas tem uma em específico que toda a equipe decidiu ser a primeira, então vamos lá.
Ela entrega uma pequena caixa com diversos papéis escritos, mas tem apenas um papel separado, indicando ser a primeira pergunta da entrevista.
Lucca abre o papel e começa a ler: "O que significa Lucca?". Nossa, é uma pergunta complicada...
Ele suspira e para um momento para se questionar sobre.
Lucca Lordgan: Além de ser o meu nome, eu acho que Lucca é ser livre. Talvez ter muito amor e paixão pelas oportunidades e pelos momentos que a vida entrega. É algo muito metafórico e subjetivo, mas que pode significar tantas coisas quando você analisa.
Thalia Garcia: Foi uma pergunta muito profunda, até, e acho que é até meio abstrato de se falar.
Lucca Lordgan: Sim, é algo bem delicado, e até me deixou desconcertado. (risos)
Lucca então coloca a mão na caixa e retira o primeiro papel: "Qual artista você sempre sonhou em colaborar? E sobre artistas mais novos, colaboraria? Cite alguns, por favor." Eu acho fofo quando algumas pessoas colocam por favor no fim da pergunta. Mas respondendo, eu diria que tem uma certa lista de artistas que eu colaboraria, inclusive artistas novos. Acho que eu adoraria colaborar com a Agatha Melina, ou com o Stefan Lancaster. A minha colaboração com a Plastique Condessa deve sair em breve, então confiram ela. E artistas novos, eu acho que adoraria cantar com a Leah, com a Amelia Stewart, tem alguns mais novos como Avalon e Morgana que eu realmente achei interessante seus projetos, mas diria que precisaria de uma fixação maior para ter uma certeza. Eu quero muito poder ouvir a Morgana e a Avalon em seus álbuns e, principalmente, conseguir ver elas ao vivo em algum momento.
Thalia Garcia: Por agora, estamos vendo uma grande ascensão de artistas novos, tem esses que você citou, tem o Western Union, a EMÍ, a Miroslava Tsukumo, que inclusive tem uma pergunta relacionada a ela, e diversos outros, é ótimo ver esse tipo de renovação a cada ano.
Lucca pega outro papelzinho e abre: "O que você gostaria que acontecesse mais no mundo da música?". Olha, eu sinto falta do meu primeiro ano de carreira, era uma competitividade, mas era algo divertido, saudável e engraçado. Eu acho que sinto mais falta desse tipo de esportividade entre as coisas, e principalmente interações entre os artistas, a cada tempo, parece que todos estão mais frios, mas presos, quase ninguém parece ter vontade de interagir de verdade, então penso que é mais isso que eu sinto falta.
Thalia Garcia: Era divertido abrir o Twitter e ver alguma gracinha da Sofía, da Hina Maeda, ou até mesmo do Caleb Roth.
Outro papelzinho é aberto: "Você já comeu cogumelos com a Agatha?" (Lucca começa a rir) Não, nunca comi cogumelos com a Agatha, não gosto desse tipo de coisa, mas acho que deve ser bem legal ver a Agatha comer cogumelos... Enfim, próximo.
Próximo papelzinho é puxado: "Com a repercussão do álbum, em comparação a resposta da crítica especializada, o que você pensa do seu álbum agora que tudo passou? Acha que fez bem? Acha que fez demais? Acha que fez de menos?". Essa é uma pergunta muito importante, aliás. Eu acho que ainda é um pouco cedo para falar sobre isso, visto que eu ainda continuo cantando as canções, estou fazendo turnê, estou lançando novos singles, mas também já tem certos pontos que eu gostaria de falar. Eu penso que o álbum é uma parte da minha vida e realmente condiz com o tempo que eu escrevi as faixas. São faixas loucas, cheias de paixão e prazer, e eu acho que é um pensamento muito conservador em relação a pensar que amor e prazer não caminham juntos. Mesmo não sendo um álbum político, eu penso que ele consegue alcançar algumas barreiras que ainda são consideradas tabus, como uma liberdade sexual da comunidade LGBT e canções que retratam algumas relações. E assim como héteros podem cantar eternamente sobre como a namorada é uma gostosa, eu penso que eu também posso falar isso. Então eu não sei se falei demais ou de menos, realmente acho que tem certos exageros, mas era o que precisava para o disco.
Lucca balança a caixa e pega um papel novo: "O LES HOMMES vai ficar para sempre marcado na história do Pop como um álbum transgressor, com um impacto gigantesco na liberdade da expressão sexual dos homens gays que já precisaram tanto no passado reprimir e demonizar seus próprios desejos, mas nesse álbum, você criou um espaço libertador onde pode falar sem medo tudo que deseja e tudo que sente, sem receio, sem vergonha, algo muito nobre e digno..." Own, que fofo, e que bom que isso se relacionou com o que eu disse anteriormente, mas espera que tem mais coisa. "...Dito isso, qual o tamanho do seu pau?" (todos começam a rir, inclusive o Lucca) É SÉRIO ISSO? É nesse nível que estão as perguntas? Ok, analisando que eu sou italiano e tenho bons genes, está entre um palmo a um cabo de vassoura. É meio... (Lucca levanta os dedos, começando mostrar um tamanho qualquer, mas para rapidamente) Mentira, tô brincando (risos). É uma pergunta muito pessoal e sem brincadeira, me deixou tentado a falar. Quem sabe em um outro momento.
Thania Garcia ainda ria do momento e Lucca complementa: Variety, eu pensei que vocês eram uma revista séria... Meu Deus... Ok, vamos para a próxima, essa me deixou desestruturado.
O próximo papelzinho dizia: "Se você fosse um planeta do sistema solar, qual seria e por que?". Olha, eu fico muito entre Vênus e Netuno, são dois planetas que eu acho bonitos e que tem outros significados, como a relação entre mitologias greco-romanas e outras coisas, mas se for analisar apenas os planetas, eu adoraria ser Saturno, acho bem chique aqueles anéis em volta. Amando o jeito aleatório das perguntas coletadas, em uma falando do meu tamanho e o outro de planetas do sistema solar.
Ele balança a caixa novamente e pega mais outra pergunta: “Fora as suas próprias músicas pra sua turnê, quais músicas você tem escutado recentemente no seu tempo livre?” Eu costumo ouvir canções de acordo com o meu humor semanal, diria que essa semana estou em uma pegada mais tranquila, então venho ouvido o Stefan, a Genevive e o Golden Castles. Mas semana passada, por exemplo, estava ouvindo muito a Lola W, a Harmon e a Claire. Então varia muito do que eu quero e do que eu sinto nos momentos.
Thania Garcia: Nossa, eu acho que sou exatamente como você, tenho algumas playlists específicas de acordo com estilo e humor, aí defino a personalidade do dia e só escuto canções desse jeito.
Lucca Lordgan: Sim, nossa, eu tenho diversas playlists no meu celular. Mas sempre tem uma quebra, porque eu faço exercício diariamente, então mesmo na vibe calma, eu acabo escutando algo mais animado e agitado pra me motivar.
Lucca puxa mais uma pergunta: “Se você tivesse que escolher entre ficar sozinho numa ilha deserta pelo resto da sua vida ouvindo o LES HOMMES em loop por 24 horas ou ouvir o Mother Road uma única vez encarando fixamente e sem poder piscar a Chelsea Smith com uma banana podre na cabeça, qual você preferiria?”. (ele começa a rir com a pergunta) Olha, eu só estaria na ilha na situação do LES HOMMES? Se sim, acho que ouviria o Mother Road sem problemas, mas se a ilha deserta estivesse nas duas opções, acho que eu ouviria o LES HOMMES, não tenho problema, até porque eu já ouço as minhas músicas várias e várias vezes nos shows, então já estou acostumado.
Thania Garcia: Eu fico bastante surpresa com a criatividade das pessoas para algumas perguntas.
Lucca Lordgan: Eu não sei de onde tiram, mentira, eu sei. Por ser alguém que esteja cronicamente online, e pior, se ainda for gay, tem um senso de humor bastante específico e criativo. Pode perceber isso em diversos memes e gifs que são criados pela comunidade. Se você não tá presente no meio, pode achar estranho, mas caso esteja ao menos antenado em certas trends, você consegue entender e tudo acaba sendo hilário.
Thalia Garcia: The hilarious Ross... Desculpa, os pensamentos intrusivos venceram dessa vez. Foi a única coisa que me veio em mente quando você disse hilário, desculpa mesmo.
Lucca, rindo com aquilo: Não, tá tudo bem... Vamos para a próxima pergunta, que inclusive já está acabando...
Ele, então, tira mais um papel: “Como você lida com pessoas héteros na indústria?”. Bom, eu acho uma pouca vergonha, entende? Quando passo, vejo algum casal hétero demonstrando afeto, digo que eles não vão para o céu, que meu poderoso e tão grande Deus não permite tais atos obscenos e tão sem vergonhas, sabe? (ele começa a gargalhar alto) Estou brincando, ok? É apenas brincadeira... Bom, eu lido de um modo normal? Assim como eu lido com pessoas que não são héteros, eu lido com quem é. Eu só torço todos os dias para que não tenha algum tipo de desrespeito relacionado a minha sexualidade, mas caso algum dia alguém me falte o respeito, eu posso mundo bem dizer algo como “vão arranjar um motel” ou “Deus está de olho” para qualquer tipo de afeto em público que aquela pessoa fizer. Quem sabe assim eles não percebem alguma coisa?
Próxima pergunta é retirada: “O que você acha sobre as pessoas que dizem que você plagiou a Miroslava Tsukumo?”. Eu plagiei a Miroslava Tsukumo? Pensei que ela falava de sangue, morte, crânios, florestas, rituais, e não de sexo, chupar alguém e sair louco da balada na noite.
Thalia Garcia: Acho que eu nunca ouvi a Miroslava.
Lucca Lordgan: Se você gosta de barulho, vai amar ela.
Ele pega a próxima pergunta: “Você é uma pessoa que prefere chá ou café? E gato ou cachorro?”. Eu gosto tanto de gato quanto de cachorro, mas diria que convivo muito mais com cachorros. Meus pais tem alguns, então sempre que vou visita-los, brinco com eles, dou muito carinho, e é uma grande festa. Eu realmente adoro esse lado sentimental e demonstrativo dos cães. E sobre chá ou café, eu não gosto exatamente de nenhum dos dois, mas eu adoro cappuccino, então acho que entra na pauta do café.
Thalia Garcia: Como assim você não gosta de café?
Lucca Lordgan: Diversas pessoas se mostram chocadas com isso. Eu diria que se tiver apenas café para beber, eu acabo bebendo, mas não é algo que eu gosto. Eu prefiro aqueles cappuccinos com bastante chocolate, e que o sabor do café é apenas um acréscimo na experiência, como a cereja do bolo. Não necessariamente tem muito café, mas a pequena parcela de seu sabor consegue dar uma grande diferença. E quando eu estou trabalhando, essas coisas, eu só tomo cappuccino. Nem de energéticos eu costumo gostar, então.
A próxima pergunta a ser retirada é: “É verdade o que falam? Que o leitinho italiano é o melhor?” Uau, mais outra pergunta sobre bebidas... Eu acho que você deveria perguntar para quem está tomando, não para quem produz. Próxima...
Ele retira mais outra: “Com que foi o melhor sexo que você já fez?” Nossa, eu acho que as mais baixas ficaram por último. Bom, eu acho que isso não cabe bem. Cada pessoa tem o seu jeito de fazer sexo e é tudo sobre conexões, encaixes, e principalmente expectativas. Eu tento ter sempre baixa expectativa relacionado a isso, porque aí não fico frustrado ou puto por algo não ter dado certo, eu só entendo que não era a pessoa exata para mim naquele momento. E sigo a minha vida.
Lucca olha para a caixa: Nossa, tem apenas quatro perguntas, vamos lá!
Ele puxa um dos quatro papéis que restavam: “O que você acha do FORNAX? E qual a sua bias no BLOOM?”. Espera, o que é bias? Você ouve K-Pop?
Thalia Garcia: Um pouco, mas já estudei sobre. Bias é a que você mais gosta entre o grupo inteiro.
Lucca Lordgan: Ah, entendi agora. Eu acho o FORNAX algo bem diferente do que eu já ouvi, e o BLOOM eu não conheço todas, mas tem aquela que participou do Showdown, a Mei. Eu a conheço e a acho bem legal. Mas não sou uma pessoa muito do K-Pop, acho que escuto mais a QruBim e o eClipse, e poucas músicas mais soltas assim, sabe? Então é complicado.
Ele pega mais um papel: “Você está solteiro?” Eu só me considero namorando se tiver pedido e aliança no dedo, então... (ele mostra as mãos, revelando que não usava nenhuma aliança).
O penúltimo papel é pegado e ele começa a ler: “Você não acha que as temáticas sexuais podem distrair os ouvintes da sua real capacidade como cantor?”. Não, absolutamente não. Se uma pessoa não me ouve por abordar sobre temáticas sexuais, ele está no seu direito, mas eu sinto que eu sou muito mais do que apenas “sexo gay” e coisas do tipo. Eu canto sobre a liberdade gay, e a liberdade sexual está inclusa nesse tipo de liberdade, porque todo mundo deve lutar para ter a sua liberdade sexual, sejam mulheres, pessoas da comunidade LGBT+ e sei lá mais quem... E nossa, que perguntinha sem noção... Não vejo ninguém fazendo esse tipo de questionamento para cantores que são homens e héteros, é muito triste, aliás, ver pessoas com esse tipo de pensamento. Mas enfim, não vale se estressar com isso.
Thalia Garcia: Vamos para a última pergunta e ignorar essaa?
Lucca Lordgan: Isso, só sobrou uma, vamos lá então!
A última pergunta é revelada: “Qual é o sentido da vida para você?”. Nossa, que profundo. Começamos com uma pergunta desse tipo e finalizamos assim também. Bom... é algo difícil de se falar, porque existem diversas ideologias e pensamentos sobre o sentido da vida, mas eu diria que o sentido da vida é não ter sentido, até porque cada pessoa tem propósitos diferentes. Assim como tem pessoas que são predestinadas a terem sucesso em sua vida, tem outras que, infelizmente, são predestinadas a sofrer, seja lá qual tipo de dor que seja. Então a vida não tem sentido, mas a única coisa que eu gostaria de falar é que se você tem oportunidades de ser feliz, seja. Aproveite, saia de casa, ou não, se divirtam da forma que desejam, mas que aproveitem, porque a vida passa muito rápido e não devemos nos arrepender nem passar vontade em nenhum momento. Se podemos, fazemos. E assim vivemos a nossa vida...
Thalia Garcia: Que pergunta fascinante, não é?
Lucca Lordgan: E a vida é muito mais fascinante ainda...
Thalia Garcia: Mas infelizmente, a nossa entrevista se encerra aqui, eu queria agradecer muito por ter concedido o seu tempo e por ter se dedicado nesse momento para que nós pudéssemos introduzir esse tipo de formato que, pode não parecer inovador, mas é um grande avanço para a mídia mundial. Obrigado, Lucca.
Lucca Lordgan: Ah, eu que tenho que agradecer. É uma honra estar aqui e participar de algo tão simbólico, tanto para vocês quanto para mim.
Thalia Garcia: E bom, como é um vídeo, apenas pedimos para que você acene em despedida para a câmera, tudo bem?
Lucca Lordgan: Claro!
Ele acena para a câmera, sorrindo logo depois, e o vídeo se encerra.
"A Variety e o Lucca Lordgan agradecem pelo envio de perguntas, pelo carinho e dedicação que tiveram para esse momento se tornar engraçado, divertido e especial."
[DIVULGAÇÃO PARA HONEYMOON E MIDAS (FEVER)]
"A Variety e o Lucca Lordgan agradecem pelo envio de perguntas, pelo carinho e dedicação que tiveram para esse momento se tornar engraçado, divertido e especial."
[DIVULGAÇÃO PARA HONEYMOON E MIDAS (FEVER)]