[AL] Caleb Roth para a GQ Brasil

Entre shows, viagens e a produção do novo álbum, que deve ser lançado ainda esse ano, o músico também está se arriscando no mundo da moda com a CR, marca de moda country. Com tanta coisa em vista, o cantor de 27 anos conta que mantém uma rotina de leitura como nunca antes.

"É um momento de transição. Quero deixar para trás toda a fase de ódio, relacionamento e psicológico abalado para me despir cada vez mais de tudo que eu vinha sendo e poder me tornar outra coisa. Ler e está na fazenda me trás muita paz, as pessoas tendem a pensar N coisas de mim mas quem me conhece sabe.”

Com o recém lançamento de “Avenue Street” música que chegou nas plataformas no último mês de Setembro, o cantor revela que o trabalho é um ponto-final de um passado não tão distante, mas agora em forma de agradecimento. Escrita por ele há algum tempo, a canção também "metamorfoseou" e ganhou um novo sentido.

“A música fala sim de um crime passional como muitas outras músicas de country, ou até de outros estilos. Mas a procura e até mesmo a morte é algo figurado para o deixar pra trás uma situação, morrer com isso. Não adianta eu manter sentimentos vivos, precisamos matar aquilo que nós faz mal. A princípio fiz essa música pensando em outra pessoa, mas depois fui percebendo que na verdade estou falando de mim mesmo. Quando eu canto comigo mesmo é terapêutico. Antes de tudo sempre foi eu e meu violão. Ele é como se fosse uma extensão do meu corpo", explica. 

Buscando ir contra os demais músicos, Caleb afirma que é como começar do zero profissionalmente. Na atividade como músico desde adolescente, nos dois últimos meses o artista sofreu com a exposição da vida amorosa no relacionamento que teve com a cantora Vivien Turner, no qual foram noivos e estiveram juntos por 4 anos.

"Acontece que a minha vida pessoal tomou uma proporção maior do que a minha música e isso me afetou. Meus shows sofreram com dificuldade da venda de ingressos. Antes, qualquer lugar era maravilhoso e lotava. Agora estou em uma fase de me recuperar de todas as formas. Recuperar um lugar de respeito como artista e a minha autoestima. De certa forma tiraram isso de mim”, pontua.

Apesar de 2025 ter sido um ano intenso no âmbito da vida pessoal, também foi de muito trabalho, segundo o cantor. "As coisas foram melhorando. Eu lancei uma música que foi BNA, estou trabalhando muito para que isso aconteça mais vezes. Com um bom trabalho sendo feito, as pessoas que querem falar mal vão ter cada vez menos coisas para falar. Eu tenho percebido que talvez o ódio faça parte do sucesso. Hoje em dia muito já foi revertido." comenta.

A informação de que Caleb beijou o cantor sul-coreano SungJae na festa de aniversário de Lucca Lordgan veio à tona, o que não foi problema nenhum para o cantor. “Estávamos em um momento de brincadeira, e minha namorada vem conversando comigo para que certas coisas deixem de ser tabu. Eu continuo sendo um homem hétero e da roça, nada mudou. Eu preferia que tivesse sido uma japonesinha, mas nem tudo são flores.” Falou rindo da situação.

Inquieto, mas também determinado a abrir a mente, Caleb pretende explorar tudo isso e mais um pouco em seus novos trabalhos musicais. Deixando para trás declarações e momentos difícies, o artista diz que o novo disco – ainda sem título e data de laçamento – vai representar um pouco da sua metamorfose.
"Produzir as minhas próprias músicas têm me dado uma liberdade de ser e crescer dentro das minhas ideias. Depois disso vão vir coisas novas e inesperadas", promete.