[EUR] SOFÍA X LA RESISTENCIA
Feb 1, 2024 20:05:37 GMT
Post by adrian on Feb 1, 2024 20:05:37 GMT
DIVULGAÇÃO PARA NOCHENTERA & MUJER BRUJA
Em plena divulgação de seu quarto álbum de estúdio, a ser lançado daqui há um mês, Sofía é convidada ao programa La Resistencia para uma entrevista a respeito da sua participação na última edição do GRAMMYs, além de uma apresentação das faixas Mujer Bruje e Nochentera.
O programa tem início com a apresentação, de dois apresentadores do programa, encarregados de apresentar a convidada, bem como de agradecer aos patrocinadores do show.
[Guterres] Hoje o nosso programa será mais que especial! Teremos a honra de receber novamente uma das maiores artistas latinas e, do mundo, no nosso palco. Ela que arrasta multidões de fãs em shows em estádios, Sofía!
[Juanes] Foi difícil trazer essa mulher aqui hoje [risos]. A agenda dela estava lotada, mas como somos todos amigos, ela não só aceitou participar como também apresentação dois de seus últimos sucessos: Nochentera e Mujer Bruja. Recebam, então, a nossa bruxa favorita. SOFÍA!
NOCHENTERA
Assim que seu nome foi proferido, a câmera principal se deslocou para o lado direito ao qual estava montado um palco de tamanho médio no qual estavam posicionados Sofía e seus bailarinos. A banda que a acompanharia estava posicionada fora do campo de visão dos telespectadores. Para o início da apresentação todas as luzes, exceto as que iluminavam Sofía, foram apagadas. A sua voz ecoou crua é expansiva por todo o cenário. Os primeiros versos de Nochentera foram cantados à capela e, logo após, foram acompanhados pelos instrumentais da banda. Sofía vestia um vestido da cor cinza que, na barra, tinha uma continuação de renda transparente. O seu cabelo mantinha a cor ruiva, agora em um tom próximo ao castanho. A maturidade de sua voz transparece na força em que canta: uma popstar que conhece a sua própria voz é uma potência imparável. Ao mesmo tempo que demonstrava controle vocal, o seu corpo se movia quase que autonomamente. É claro que o show era a voz e a música, mas Sofía aprendera ao longo dos anos que a dança é muito bem-vinda. Os passos remetiam a uma coreografia de base contemporânea, embora com características dos movimentos das discotecas dos anos oitenta. A iluminação era predominante na cor azul e algumas bolas de vidro estavam penduradas sobre a cabeça da cantora e de seus companheiros. Estas, por sua vez, assimilaram o papel de uma bola disco espelhada, trazendo mais profundidade ao cenário. Em um dos refrões, a cantora foi erguida por seus bailarinos e, no ar, foi segurada pelas costas enquanto cantava. Sofía se divertia enquanto cantava e dançava e pouco parecia importar para a cantora. Ao fim da faixa, os instrumentais e os bailarinos foram ocultados pelo breu e Sofia brilhou com o encerramento também a capela.
[Guterrez] Uou! É o sonho de todes em casa, provavelmente, passar uma noite tão feliz e inteira como essa, minha amiga. É um prazer recebê-la novamente no nosso palco.
[Sofía] Eu quem agradeço pelo convite. Saibam que por mais apertada que esteja, nunca negaria um convite de vocês dois. Nossa história está além do profissional: somos todos amigos.
[Juanes] Nós sabemos, querida. E estamos muito agradecidos. Agora você está prestes a lançar um novo album, mas Nochentera parece tão recente ouvindo agora.
[Sofía] Essa canção foi um momento marcante do meu último ano, na verdade. Por muitos meses escutei apenas ela, praticamente. Muitos me conheceram com ela. Nochentera é um hino das belas noites de amizade. Já me contaram que fizeram festa de pijama e dançaram ela. E no final é sobre isso também, a diversão acontece em todos os lugares, não só na discoteca. Se todos estiverem satisfeitos, é a chave do sucesso. Estou muito satisfeita com essa música e ela tem estado muito em voga nos últimos dias justamente pela proximidade do GRAMMYs. Então, este é um presente ao qual eu gostaria de dedicar a todos que me auxiliaram na época de DESENCANTO, ano passado (risos), e, mais especificamente, aos fãs absolutos de Nochentera.
[Juanes] Queremos falar sobre o GRAMMYs, mas antes temos de falar de seu novo álbum. HASTA QUE SALGA EL SOL entrará el pré-venda na próxima sexta-feira, 26, e o lançamento está marcado para o dia 26 de fevereiro. Temos, então, pouco mais de um mês para o lançamento oficial. O que passa por sua cabeça agora?
[Sofía] Este álbum, o meu quarto de longa duração, é um dos meus preferidos junto ao meu segundo. Tenho muito orgulho de tudo que fiz em HQSES. Hoje eu tenho um pouco de medo, para ser sincera. É um álbum que coloquei MUITO de mim mesma. Mal posso esperar para que todos possam conhecer mais de mim.
[Juanes] E pelas prévias teremos um álbum de ritmos tradicionais latinos, certo?
[Sofía] Isso! É um álbum em que a bachata, a cumbia, o dembow e o reggaeton predominam. Há uma abordagem mais pop, é claro, mas ainda assim acredito que a essência destes termos é mantida. Por exemplo, La Reina Perdida é uma faixa que muito representa a essência da cumbia argentina. É um álbum bem diverso.
[Guterrez] Não te dá medo de lançar um álbum que é o inverso, se assim podemos dizer, do seu anterior?
[Sofía] Se tratando de um álbum como o DESENCANTO, é sim. Foi um sucesso estrondoso, sabe? Vir com algo que não segue a mesma cartilha é um tiro no escuro. Não tive essa preocupação nos álbuns anteriores porque, por mais diferentes que fossem, ainda havia uma certa linearidade de ritmos entre todos. Meu quarto álbum é o que mais foge à curva.
[Guterrez] Imaginamos que um próximo single deve vir em breve, certo?
[Sofía] Sim! Muito em breve teremos outra música de trabalho, desta vez cantando sozinha. É totalmente diferente de Mujer Bruja, isso posso adiantar. Estaremos, também, gravando o clipe logo mais. Talvez saia junto ao álbum ou até mesmo antes, vamos decidir isso nos próximos dias e anunciaremos assim que tudo estiver pronto.
[Juanes] Nossas redes foram invadidas por fãs para que perguntássemos a respeito das duas parceriaa do disco que são um mistério ainda.
[Sofía] E continuará sendo [risos]. Não vou dar nenhuma dica. Todos poderão descobrir na próxima sexta-feira.
[Guterrez] Neste último domingo tivemos mais uma edição do GRAMMYs, na qual você se destacou como vencedora em tres categorias. Como você enxerga a representatividade da música latina no cenário global por meio de premiações como o GRAMMYs?
[Sofía] Ver artistas latinos sendo reconhecidos e celebrados em uma plataforma tão prestigiada é um passo importante para a diversidade na indústria musical. A música latina tem uma riqueza incrível, refletindo a diversidade de culturas e estilos. Essa representatividade no GRAMMYs destaca a contribuição significativa que os artistas latinos têm para oferecer à musical mundial. Isso não apenas inspira novas gerações de artistas, mas também promove uma compreensão mais profunda e apreciação da cultura latina ao redor do mundo. Estou animada em fazer parte desse momento mais uma vez e, espero que a presença contínua de artistas latinos em premiações como o GRAMMYs continue a quebrar barreiras e abrir portas para mais diversidade e inclusão na indústria da música.
[Juanes] Você hoje já não é mais aquela novata de anos atrás. Qual o impacto das premiações, em geral, na sua carreira até chegarmos aqui?
[Sofía] Ser reconhecida por instituições respeitáveis, como o GRAMMYs, trouxe uma visibilidade maior à minha carreira e à minha música. Esses prêmios não apenas validam o trabalho árduo, mas também abrem portas para novas oportunidades e colaborações. O impacto vai além da simples celebração da vitória. Cada indicação e cada participação em uma premiação oferecem uma plataforma para compartilhar minha música com um público mais amplo. Isso, por sua vez, contribui para o crescimento da minha base de fãs e me permite alcançar novos horizontes na indústria. Além disso, as premiações têm o poder de moldar percepções e influenciar a narrativa em torno da música. Ganhar é incrível, mas ter a oportunidade de estar com outros incríveis artistas é algo que não tem preço.
[Juanes] Ao todo, Eclipse, Plastique e você são as mulheres que mais receberam o gramofone dourado; um grupo asiático e duas mulheres latinas. Incrível, não é?
[Sofía] Eu sou muito feliz por poder dividir espaço na história com mulheres tão incríveis como elas. Plastique é minha irmã de coração e todos os prêmios que teve só sustenta o seu talento e imaginação incrível. As meninas do Eclipse, inclusive, vem desafiando as barreiras que a música ocidental colocou durante décadas a músicas orientais. Acho que vivenciamos um cenário musical que, de fato, pôs fim às fronteiras. E, no fim, é isso que importa: aproveitarmos da música sem pensar em territorialidade, somos todos livres para tanto.
[Guterrez] Neste ano você levou três gramofones, o mesmo número do GRAMMYs de 2026, totalizando sete. Você imaginava chegar a este número tão rápido?
[Sofía] Nem nos meus melhores sonhos, para ser sincera. Eu sei que tem muita gente competente na indústria e brigar com eles, no bom e mau sentido, seria difícil. No fim, percebi que não precisava entrar em conflito com nenhum deles: estamos todos no mesmo barco e em busca da satisfação através dos nossos trabalhos.
[Juanes] Queremos comentar, agora, a respeito dos prêmios da noite de ontem. Começaremos pelo de Álbum Latino. DESENCANTO concorreu com dois outros gigantes, Awa e Tieta.
[Sofía] Essa era a categoria mais difícil para mim, sabe? Awa é meu irmão e Tieta e eu estamos tendo um relacionamento maravilhoso agora. Ambos têm trajetórias incríveis e eu gosto de pensar que todos ganhamos esse prêmio. Fomentar a música latina em um meio ao qual somos vistos com desdém é tarefa de gigantes. Estaria feliz com qualquer resultado. As pessoas não pareciam surpresas quando anunciaram o meu nome, mas estava realmente em dúvida.
[Guterrez] Você esteve em contato com os dois na última noite?
[Sofía] O Awa não estava, infelizmente, ele me disse que teve problemas depois de algumas aventuras e… enfim [risos]. Tieta estava apresentando algumas categorias também, então pude vê-la. Assim como Plastique, Stefan, Claire, Bru. Foi uma noite mágica.
[Juanes] O segundo prêmio veio em Vídeo Musical com Mujer Bruja. Foi um clipe digno de todo o reconhecimento. Estava torcendo para a sua vitória.
[Sofía] Obrigada! Por essa eu não esperava realmente, outros competidores incríveis estavam nesta categoria como RAVEN, por exemplo. Sempre admirei os trabalhos visuais dessas meninas. E eu fico feliz com essa vitória, pois fui eu a responsável pelo conceito, roteiro, direção e tudo o mais. Emília me auxiliou, é claro, inclusive, feliz em dividir com ela o seu primeiro GRAMMYs. Mujer Bruja tem sido uma canção muito especial, em vários aspectos. Bom saber que iniciei com a faixa correta esta nova era.
[Guterrez] E o que foi aquela apresentação de ontem?! Foi espetacular.
[Sofía] Grata (risos). Foi pensada com muito carinho por nós duas. Sabemos que estamos a encerrar os trabalhos dela em breve, em virtude do lançamento de meu segundo single, então podermos levar a nossa canção o mais longe que pudermos é a nossa meta final. Emília é uma cantora sensacional, espero que prospere nessa indústria.
[Juanes] Vimos também que alguns grupos religiosos estão insatisfeitos com a apresentação.
[Sofía] A música, os visuais, tudo, não é feito para eles. Eu me acostumei às críticas fundamentadas em uma visão de mundo limitado. Não me afeta. Não preciso que me respeitem ou que gostem de mim. É indiferente. Já falaram muito a respeito do conceito da bruxaria, dessa figura da transgressão religiosa. Eu já me incomodei bastante, para falar a verdade, hoje não mais. Eu fiquei muito feliz com a apresentação de ontem; foi divertida e dançante. E nós duas estávamos felizes. É o que importa.
[Guterrez] O terceiro e último prêmio e, talvez, um dos mais importantes da noite foi o de ARTISTA DO ANO.
[Sofía] Sabe, isso foi uma loucura. Eu já estava pronta para ir embora, pois imaginava que as categorias principais eram disputa para outros artistas como Caleb, Golden Castles, Plastique, Harmon. Eu sempre fui indicada, mas nunca ganhei, então nem imaginava. Todas as outras categorias que tinha ganhado antes eram técnicas ou regionais. E foi uma surpresa realmente. Ser considerada a artista do ano por uma bancada que, eu tenho certeza, é composta por pessoas dedicadas e comprometidas com a música, é incrível. Eu sou muito grata por tudo que conquistei este ano, mas sei que, sem os meus amigos, familiares, empresários e fãs, nada disso teria acontecido.
[Juanes] O quão impactante foi esse reconhecimento para você?
[Sofía] Eu não sei mensurar ainda, para falar a verdade. É tudo tão rápido que sequer pensei mais profundamente sobre isso. Acho que me coloca em um patamar mais avançado, certo? E eu tenho medo disso, afinal, são expectativas as quais não sei se conseguirei suprir. É reconhecimento, mas, ao mesmo tempo, coloca uma pressão sobre os seus ombros que é… aterradora. No fim, se não conseguir agradar, no próximo ano estarão dizendo “Foi essa mulher que ganhou como artista do ano?”. E isso vai me impactar, eu sei, porque não envolve apenas eu, Sofia, mas toda uma equipe me auxiliou até aqui.
[Guterrez] Falando de futuro, seu próximo álbum sairá daqui há menos de um mês. Como está a expectativa para o lançamento faltando apenas algumas semanas.
[Sofía] Estou nervosa (risos). Como falei, esse álbum é todo de composições próprias, inteiras e cem por cento criações minhas, não apenas interferências pontuais. Portanto, é meu disco mais pessoal. Apostei, também, em ritmos que são muito particulares, por assim dizer; acho sim que há abertura à ritmos latinos, mas ainda não sei qual a dimensão dessa entrada.
[Guterrez] Você acha que o público internacional vai recebê-lo mal?
[Sofía] Não sei e isso me dá medo. Mas, logo veremos. Espero que possam aproveitar das minhas raízes latino-americana.
Ao fim da entrevista, Sofía abraçou os dois apresentadores enquanto divulgava a pré-venda de HASTA QUE SALGA EL SOL. A capa do álbum estava em destaque na tela. Em seguida, a artista se dirigiu para o palco paralelo no qual iria apresentar o seu mais recente sucesso, Mujer Bruja.
MUJER BRUJA
Era um palco pequeno e apenas três bailarinas a acompanhavam. Sofia se pôs defronte a um microfone e as luzes claras logo assumiram um tom avermelhado. A banda do próprio programa começou o instrumental, embora com um arranjo adaptado, e a artista a cantar em seguida. A sua voz soava leve, diferente da versão original, mas sem perder a essência da faixa; explorava mais a sua voz em detrimento da explosão. Ainda sim, no refrão principal, explodiu e a sua voz ecoou por todo o cenário sem qualquer esforço; como sede, deslizou entre a plateia e acomodou-se em seus ouvidos. Havia um sorriso de canto de boca que não a deixava nunca. A apresentação centrava-se mais na voz que na dança, por isso, a artista reproduzia apenas os passos mais simples da coreografia. O tom avermelhado combinava com a estética sanguinolento e mística que a música propunha. Os versos de Emília foram cantados belamente por Sofía que, assim como a antora argentina, possuía o flow. A performance findou-se com a artista mandando um beijo para as câmeras.