[ASIA] eClipse for Harper's Bazaar [THE ICON ISSUE]
Jan 17, 2024 19:23:16 GMT
Post by Ramprozz on Jan 17, 2024 19:23:16 GMT
[DIVULGAÇÃO PARA FANGS E DANCE IN THE DARK]
Como comemoração após um ano muito forte, cheio de conquistas, prêmios, performances e recordes sendo quebrados, o girlgroup eClipse estampa a capa da Harper’s Bazar Korea, na primeira edição do ano de 2028, nomeada como "the icon issue", e com o título "eClipse: the SYZYGY up in the sky", simbolizando como a era do grupo teve um impacto avassalador no ano passado, metaforicamente colocando seus nomes entre as estrelas, como um mapa cósmico de como dominar a indústria, assim como uma sizígia brilha no céu.
O grupo foi entrevistado a respeito de tudo que aconteceu durante o longo ano de 2027, falando sobre os diversos momentos que o grupo passou com seus singles, eventos, e mais detalhes particulares.
Harper's Bazaar: Bem-vindas, eClipse! É um prazer ter vocês aqui na primeira edição da Harper’s Bazaar do ano de 2028! O ano de 2027 foi realmente extraordinário para vocês: com números avassaladores, performances de tirar o fôlego, e diversos prêmios reconhecendo tanto talento! Como um dos grupos mais proeminentes da indústria, como se sentem ao olhar para trás e refletir sobre as conquistas incríveis deste ano?
[eClipse] Yeona: Muito obrigada por nos receber! É incrível estar estampado a capa de um revista tão importante como a Harper's Bazaar, e definitivamente é algo que vamos lembrar como mais uma das conquistas que fizemos como grupo! Mas voltando a pergunta... definitivamente foi um ano e tanto. O começo do ano, como todos sabem, foi extremamente conturbado com os problemas que tivemos para o lançamento do nosso álbum SYZYGY, mas ao mesmo tempo, nós estávamos vivendo um sucesso que nunca tínhamos visto antes!
[eClipse] Zoe: Claro que nós aspiramos em crescer cada vez mais, mas gata... esse ano o eClipse cresceu numa escala gigantesca, e conquistamos muitas coisas num período bem rápido, então temos muitas coisas para nos orgulhar dessa era tão... delicada, que foi o SYZYGY.
Harper's Bazaar: Realmente, o eClipse alcançou patamares incríveis. Vamos começar falando sobre o álbum SYZYGY. O que vocês podem nos contar sobre o processo criativo por trás dele? Como foi a experiência de criar esse álbum, especialmente após os desafios iniciais?
[eClipse] Melorie: Bom, a ideia de fazer o nosso debut japonês veio como uma surpresa inicialmente, um pouco do nada da parte da Black Comet Entertainment, mas de qualquer forma, a ideia de explorar um mercado novo era extremamente babadeira. Depois das primeiras reuniões, o Yone-oppa apareceu com a primeira demo de FANGS, que é bem similar com a versão final, já sendo essa explosão eletrônica e contagiante que vocês conhecem, menos claro, a parte da letra.
[eClipse] Vega: Na Black Comet, tudo é bem planejado, mas até temos um pouco de liberdade. Depois de ouvirmos a demo, o Yang-sunbaenim nos disse que na semana seguinte, enviaria a demo para uma equipe de compositores, para escreverem a faixa, mas a pedido da Khang-Li unnie, nossa manager, ele deixou que nós ficássemos uma semaninha com a demo de FANGS para tentar desenvolver algo em cima, que tivesse mais nossa cara... e daí para frente é melhor deixar a Yeona explicar!
[eClipse] Yeona: Definitivamente, a Khang-Li unnie está sempre do nosso lado, cuidando do grupo e certificando que nossas vozes sejam bem representadas. Apesar de já termos créditos de composição no nosso primeiro mini-álbum, "Break Your Heart", a ideia do debut japonês era não ser algo tão colossal assim, então o plano da empresa era fabricar um álbum e só entregar para nós promovermos por alguns meses, e depois partir para o próximo objetivo.
[eClipse] Zoe: A Yeona tem um pouco de vergonha de admitir, com medo de soar soberba, mas eu não tenho esse medo não. O SYZYGY foi de "um projeto nichado e médio" para "um grande álbum com investimento e quebrador de recordes" por causa dela!
[eClipse] Yeona: EI?! Bom.... o que a Zoe quer dizer com isso é: o SYZYGY era para ser um álbum breve, com um single, para nos apresentar ao mercado japonês... e é isso. FANGS ficou apenas uma semana conosco, e conseguimos escrever a letra inteira, fazendo com que a música não precisasse ir para a equipe de compositores.
[eClipse] Melorie: A questão é que: e a música se tornou algo MUITO MAIOR do que tinha sido estimado pela nossa equipe, então, ao invés de lançar imediatamente o álbum, a estratégia foi mudada para transformar o SYZYGY de um simples projeto para uma grande era, como falamos antes.
Harper’s Bazaar: FANGS definitivamente foi um marco, não só na carreira de vocês como grupo, mas também na música pop como um geral. Na semana de lançamento, a faixa pegou o #2 lugar numa briga de gigantes com o single de outro dos maiores nomes da música, Lucca Lordgan. Como foi a sensação de ver essa “disputa” acontecendo ao vivo, e como foi a recepção dos resultados?
[eClipse] Melorie: Nós adoramos o Lucca, e Girl foi um grande hit com motivo, né? É um HINO! A questão é que naquela época, o eClipse ainda era visto como um dos maiores nomes… da Ásia. Muitos portais de notícias nichavam a gente nas manchetes, como se nosso impacto fosse somente no K-Pop. Então estar disputando com um dos maiores nomes da música global, lado a lado, definitivamente foi algo que calou a boca dos portais que ainda tentavam dizer que nós éramos somente grandes na Ásia!
[eClipse] Zoe: Bom… isso, e também as seis semanas que FANGS ficou em primeiro lugar né? FANGS virou algo muito maior do que nós esperávamos, e mesmo que já tivéssemos alcançado a escala mundial antes, ela ter se tornado a maior música de todos os tempos, definitivamente foi algo que ajudou ainda mais!
[eClipse] Vega: Sobre a "reação" do resultado, digamos que o Yang-oppa não ficou muito contente com não termos estreado em primeiro lugar com FANGS, e o dobro das promoções foram marcadas para a semana seguinte.
[eClipse] Zoe: Ainda sim, ele não teve do que encher o sac- digo, não teve o que se estressar nas semanas seguintes, já que só se falava de FANGS, FANGS e mais FANGS por todo lado!
[eClipse] Melorie: E além disso, mais tarde, Dance In The Dark veio a estrear em #1 lugar depois do nosso show no Coachella… então cata esse close.
Harper’s Bazaar: Então com tudo isso, dá para dizer que o sucesso avassalador de FANGS moldou o que viria a ser a era SYZYGY?
[eClipse] Melorie: Com toda certeza! A gente falou agora pouco como o impacto muito maior que esperávamos fez com que o álbum voltasse para o estúdio para que fosse moldado para ser uma era maior.
[eClipse] Vega: Se não fosse por isso, provavelmente teríamos apenas FANGS como single, e algumas bsides lançadas algumas semanas depois… é muito impressionante como esse evento mudou todo nosso ano!
Harper’s Bazaar: Vocês comentaram que o sucesso fora de proporção transformou o SYZYGY de todas as maneiras. Na questão criativa, quais foram as mudanças desse impacto? Como era antes, e como se tornou depois?
[eClipse] Zoe: Bom, mesmo que o plano fosse algo mais básico antes, obviamente não seria algo com falta de capricho, nós temos uma qualidade que nunca vai abaixar, mas digamos que os temas das músicas que tínhamos eram um pouco mais gerais.
[eClipse] Yeona: Falamos antes sobre como Yang estava prestes a contratar uma equipe de compositores para escrever FANGS antes de nós mesmas escrevermos ela, porém essa equipe chegou a escrever algumas outras faixas para nós, mas nenhuma delas acabou entrando na versão final do álbum.
[eClipse] Melorie: Ver FANGS decolando definitivamente inspirou a gente para escrever mais coisas que estivessem dentro de um mesmo universo no SYZYGY. Você pode ver que a maioria das músicas tem algum tipo de conexão, sendo como Dance In The Dark e SYZYGY de um jeito ou de outro falam sobre estarmos juntas para ficarmos mais fortes, força essa que é refletida em Challenge, que também aparece da mesma forma em Can’t Stop The Moon e FANGS, e até em THUNDER STRIKE!
[eClipse] Yeona: Nós temos um dilema bem cauteloso na hora de compor nossas músicas, pois precisamos manter elas num mesmo âmbito, mas não podemos cair na armadilha de deixar elas repetitivas. Há vários jeitos de cantar sobre ser uma pessoa forte e empoderada. Nós não somos compositoras perfeitas que sempre sabem como arquitetar cada sentimento o tempo todo, mas sempre estamos aprendendo muito com as nossas experiências. Outro bom exemplo disso é POSE.
[eClipse] Melorie: POSE é a faixa secreta do SYZYGY, e eu que escrevi ela! É uma música divertida e até um pouco unserious, não que a mensagem não seja importante, mas é justamente sobre você não precisar estar séria o tempo todo para se dizer poderosa. Você pode se divertir, falar sobre servir cunt na passarela e tudo mais sem precisar dizer que vai voltar com o coração da pessoa nas suas presas.
Eu me inspirei muito em meus amigos para escrever POSE. A primeira vez que eu fui num ballroom assistir uma batalha de Vogue foi quando eu ainda morava na Califórnia, e foi um amigo meu que me levou lá, sem avisar que ELE iria competir. Foi paixão à primeira vista! Desde então eu amo não só os passos de Vogue e das diferentes vertentes, como a cultura dos ballrooms que existe por aí, e como isso é refletido na cultura moderna. Eu fiz aula com esse amigo durante alguns anos antes de me mudar pra cá, e prometi para ele que ia dar um jeito de enfiar alguma coisa que ele me ensinou no que eu fosse fazer aqui… e bom, uma das bsides mais aclamadas do nosso álbum é justamente sobre isso! Gavin é o nome do meu amigo, e foi ele que me disse numa das primeiras aulas ainda, quando eu estava meio perdida:
"In case of doubt, here’s what you gonna do: POSE"
E é isso que eu faço, bebês! E espero que consiga ensinar todos sobre isso também. Não sabe o que fazer? Faça um close!
Harper’s Bazaar: É muito bom ter momentos como esse onde vocês conseguem falar muito mais a fundo sobre histórias importantes, detalhes que provavelmente não teriam outros lugares para serem ditos.
[eClipse] Zoe: Se você ainda quiser outro exemplo um pouco mais prático, tem a faixa Challenge, que eu escrevi sozinha. Eu diria que sou a que mais tem “casca grossa” como a Yeona disse, para lidar com os comentários contra o meu grupo. Vezes ou outra em eventos algum engraçadinho acha que pode se crescer por cima de nós, e que não faremos nada por sermos idols e precisar manter a imagem… mas eu simplesmente não ligo. Eu vou atrás, e eu coloco a pessoa no lugar, as vezes ter uma equipe de seguranças de 2 metros não faz pra você o que um bom sermão faz!
Mas enquanto Dance In The Dark fala sobre essas coisas, vindo de um lugar emotivo, eu diria que Challenge vem de um lugar um pouco… enfurecido, dentro de mim. As vezes é cômico ver pessoas fazendo malabarismos para tentar descredibilizar o que nós fazemos, e sinceramente, também é extremamente satisfatório. Pensa comigo, a pessoa precisa distorcer fatos e criar cenários extremamente específicos para te colocar para baixo… com certeza é um sinal de que somos grandes demais. E Challenge é sobre isso, se tem pessoas tentando te derrubar, significa que você está acima delas, e isso incomoda muuuuito!
Stay mad, stay pressed. Então sim, o sucesso gigantesco de FANGS é mais uma das provas que estamos no topo!
Harper's Bazaar: Incrível como uma reviravolta criativa pode transformar completamente o destino de um projeto, e mais incrível ainda como vocês conseguem expor tantos sentimentos nas músicas de vocês! Agora, ainda nesse assunto, falem sobre o single "Dance In The Dark", que também foi um grande sucesso, como surgiu a ideia para essa música e qual mensagem vocês esperavam transmitir com ela?
[eClipse] Vega: Nossa grande compositora é nossa líder! Todas nós participamos das composições de alguma faixa ou outra, mas a maior parte das letras, assim como a curadoria dos temas foi feito pela Yeona, e também por uma outra compositora que estava lá para nos ajudar a dominar o idioma japonês!
[eClipse] Melorie: É, sobre Dance In The Dark, sem dúvidas, a Yeona é a melhor para falar disso!
[eClipse] Yeona: Ah! Eu já falei disso algumas vezes por aí, mas sempre fico com um pouco de vergonha de falar sobre o processo de Dance In The Dark. Não por nenhum motivo ruim, eu realmente me orgulho de tudo que ela virou, mas só por ser algo que conversa com um ponto muito íntimo meu, que vai além da Yeona idol, para a Min Yeona como pessoa, mas vamos lá:
Debutando num grupo da Black Comet Entertainment, eu já esperava que fossemos ter um grande reconhecimento já de cara, simplesmente pelo legado da empresa, e o resto, conquistaremos com nossas próprias mãos, porém ainda sim, o sucesso que fizemos com ele também foi bem maior do que a expectativa, já que em poucos meses o eClipse já tinha se tornado um dos maiores nomes da nova geração do K-Pop, e o girlgroup mais famoso em muito tempo. Enchia meu coração de orgulho ser tão reconhecida enquanto nós cantávamos com uma mensagem tão importante sobre ser forte e independente... mas estar nos holofotes também colocou um alvo gigantesco nas nossas costas, e recebemos ataques de várias pessoas que se incomodavam com a mensagem que nós estávamos passando.
Felizmente, as outras integrantes do eClipse tem uma casca mais grossa que a minha, mas eu não consegui ficar intacta com tanta pressão. Eu tinha medo, insegurança, e comecei a duvidar ainda mais de mim mesma, principalmente por que eu já achava que pessoalmente, minha personalidade era a mais fraca e distante da força que o eClipse como grupo precisa ter, então esses comentários acabaram entrando na minha cabeça, e destruíram muita coisa lá dentro, inclusive a minha auto confiança.
E nesse espaço sombrio nasceu Dance In The Dark. Era ano novo e estávamos de "férias" cada uma em suas casas, com a família, depois de encerrarmos as promoções de GET OUT... e eu estava sozinha. No meu quarto, eu tinha passado o dia inteiro chorando, e como tinha chovido o dia todo, simplesmente tudo estava com essa energia de "fundo do poço", eu passei o dia alternando entre tentar brincar com minha gata Sonya, e tentar tocar algo no teclado para me animar. Durante a noite, eu fiquei deitada na janela assistindo os fogos de artificio vendo todos felizes lá fora, e fiquei ainda mais triste por que eu simplesmente não conseguia estar feliz como eles, não conseguia tirar minha cabeça debaixo de tantos pensamentos ruins, deixando eles de lado para simplesmente aproveitar uma noite feliz. Uns dez minutos depois que os fogos de artifício pararam lá fora, e fui para o teclado, e de uma vez, Dance In The Dark "saiu" de mim.
A primeira versão da letra não é essa do single oficial, era muito mais triste e pessimista, já que a música falava sobre eu não suportar mais ser eu mesma e chorar tanto... foi só quando eu me reuni de novo com as meninas, depois que voltamos das férias, que eu consegui me sentir bem de novo. Eu olhei para aquilo tudo que eu tinha escrito e vi como esses sentimentos realmente existem dentro de mim, mas o impacto deles não precisa ser devastador desse jeito. E com o tempo, eu fui mudando a letra, até chegar nisso; e eu nunca me senti tão forte antes. É um sentimento incrível olhar para Dance In The Dark, ver que ela falava sobre coisas tão tristes que eu guardo dentro de mim, e saber que eu consegui transformar essas coisas tristes em força para me levantar de novo, transformar isso numa música que pode inspirar mais pessoas que também estão no fundo do poço a se levantarem e seguirem em frente, a também transformarem suas noites obscuras em oportunidades para voltar a brilhar.
Harper's Bazaar: Primeiramente, queremos agradecer por compartilhar algo tão pessoal e impactante. A transparência e a vulnerabilidade em sua música são realmente notáveis, e também alcançam lugares como nunca antes. Ainda é raro no K-Pop cruzar essa barreira do comercial para o emocional, mesmo que cada vez mais, na atualidade, esse tópico seja extremamente relevante. Considerando a importância do diálogo sobre saúde mental na sociedade atual, como vocês veem o papel do eClipse na promoção de mensagens mais profundas e pessoais, que vão além do entretenimento puro?
[eClipse] Yeona: É uma questão um pouco delicada, na verdade, porque é extremamente pessoal de cada compositor. Apesar de eu amar despejar meu coração nas coisas que eu escrevo, eu não acredito que a música tenha que sempre, necessariamente, ser utilitarista. Não quero fazer parecer que minha mensagem é esta.
Mas uma coisa que me orgulho, é que de um jeito ou de outro, sempre tentamos fazer uma boa mistura dessas coisas nas músicas do eClipse. Nem em todas, claro, mas na maioria. Fazemos música eletrônica, animadas para você dançar a noite inteira até perder o fôlego, mas também, em algumas delas, se você parar para ouvir um pouco mais atentamente, vai perceber que tem uma mensagem ali para você. Não sendo obrigatória, nossa música não é somente absorvida quando você destrincha a mensagem, mas ela ainda está ali!
[eClipse] Vega: Algumas músicas como Break Your Heart, Checkmate, FANGS e THUNDER STRIKE são realmente feitas para o momento. São feitas para te fazer sentir forte, para dançar sorrindo! Mas até entre as mais eletrônicas também há alguma coisa importante a se dizer.
[eClipse] Zoe: Eu gosto muito de como Daredevil é sobre aprender a ser uma pessoa determinada. Mesmo sendo nossa música menos ouvida pelos fãs, cada vez que performamos ela, eu me sinto incrível cantando "Kween with capital K, was born to slay", como se eu estivesse repetindo isso para mim mesma. Essa questão do “capital K” foi uma brincadeira para dizer que sempre pretendemos dominar o K-Pop, e levar ele para o mundo todo. That's hot.
[eClipse] Melorie: E eu me sinto assim com Can’t Stop The Moon! É uma música curtinha, que as pessoas nem olham tanto por ser a introdução, mas visto quantas coisas nós passamos até finalmente lançar o SYZYGY, parece como um "victory song". We always come back strong, baby!
[eClipse] Yeona: Eu espero que o nosso impacto seja ainda maior com essa mensagem, que nós marquemos a geração inspirando não só os fãs, mas também demais artistas, e até as empresas. Todo mundo tem algo a dizer, e eu tenho certeza que a maioria dos idols têm experiências as quais gostariam de cantar em suas músicas.
Harper’s Bazaar: Por muitos anos, vimos o K-pop moldar artistas como figuras amáveis, quase inalcançáveis. Como o eClipse enxerga seu papel em desafiar essa narrativa tradicional e inspirar outros artistas a compartilharem suas histórias pessoais e autênticas?
[eClipse] Zoe: Basicamente, fazendo sucesso. Não quero insinuar que somos o blueprint, mas…
[eClipse] Yeona: Bom, não vamos ir com cartazes na frente das várias empresas, mas por si só, nós já desafiamos essa estrutura tradicional de forma disruptiva. Nós queremos inspirar, mostrar que não precisa ser como sempre foi, e que o futuro é pra ser feito por nós, que vamos viver ele.
Harper's Bazaar: Com certeza, é inspirador ver o eClipse desafiando essas expectativas. Falando sobre desafios, o eClipse experimentou uma série deles em 2027, desde atrasos no lançamento do álbum até a controvérsia em torno das premiações. Como o grupo lidou com essas adversidades e como essas experiências influenciaram o processo criativo e as relações dentro do grupo?
[eClipse] Melorie: A questão do processo criativo… não teve tanta influência. Acho que a empresa não queria que falássemos sobre a crise do SYZYGY… enquanto ela acontecia, então focamos em desenvolver as músicas ao redor de outras coisas. Quem sabe no nosso próximo álbum nós não falemos sobre isso? É sempre uma chance de fazer um babado.
[eClipse] Yeona: Já na questão das relações dentro do grupo… definitivamente todas nós estávamos sob muito stress nos primeiros meses do ano, mas por passarmos tanto tempo juntas, esses nervos nunca estouravam uma contra a outra. Nós quatro estávamos literalmente no mesmo barco, então tudo que podíamos fazer era remar para longe da tempestade.
[eClipse] Vega: Mas eu quero muito dizer que esses momentos de tensão na verdade até aproximaram mais a gente! Os dias eram tão estressantes que frequentemente saímos juntas, só para não estar no ambiente de trabalho depois do horário. Íamos ao cinema, íamos jantar juntas, íamos ao parque… até fazíamos noite de filmes no dormitório, quando estava chovendo demais para sair.
E estarmos perto uma da outra com certeza ajudou a aliviar tanto nervoso pelos problemas que tivemos.
Harper's Bazaar: É bom ouvir que vocês conseguiram encontrar formas de lidar com o stress e manter a união. Mudando um pouco de foco, o eClipse participou de diferentes premiações em 2027, cada uma com suas características únicas. Como o grupo percebe o valor dessas premiações na indústria musical e qual foi o impacto emocional de participar desses eventos?
[eClipse] Melorie: Esse ano nós recebemos vários prêmios em várias categorias diferentes, mas definitivamente um dos mais impactantes foram os prêmios de performance. Todas as coreografias do eClipse são muito ensaiadas, montadas pensando em todos os detalhes, para sempre fazer nossas performances serem as melhores possíveis. Além disso, sempre temos um time muito dedicado que pensam nos figurinos, efeitos especiais, acontecimentos, e todas as outras coisas que fazemos em cima do palco.
É um esforço coletivo, e tem uma pressão nas nossas costas de representar tanto esforço de tanta gente para o público assistir.
Então, ganhar prêmios que reconhecem isso é um dos maiores orgulhos que temos!
[eClipse] Vega: Além disso, claro, todos os prêmios de FANGS e Dance In The Dark nas mais diversas áreas!
Harper's Bazaar: O reconhecimento é totalmente merecido para o esforço coletivo da equipe e a qualidade das performances do grupo, sem dúvida vai ser algo que ficará marcado como exemplo de presença de palco e desenvolvimento criativo.
Mudando um pouco para o lado mais visual, o eClipse também foi reconhecido no IDOL VISUAL AWARDS, destacando-se em diversas categorias relacionadas ao aspecto visual de sua arte. O eClipse tem uma história complicada em relação a MVs e esse tipo de conteúdo, mas ainda sim, são destaques nas premiações deste ramo. Como descreveriam esse tipo de acontecimento?
[eClipse] Yeona: Nós falamos bastante sobre como aos poucos temos algumas liberdades na composição, às vezes até na produção e na criação de conceitos, mas infelizmente, a parte de MVs é algo que está completamente fora do nosso alcance.
[eClipse] Zoe: Se dependesse de nós, é claro que adoraríamos que tivéssemos mais MVs, com toda honestidade, Dance In The Dark merecia um super clipe bem produzido e babadeiro, assim como GET OUT também merecia… mas não é tão simples assim.
[eClipse] Vega: Mas bom… podemos também focar nas partes boas! Nós temos dois MVs na nossa carreira até agora, e um deles é muito bem premiado!
Harper’s Bazaar: Ótimo ponto de vista. O MV de FANGS foi o grande vencedor da categoria "Video of the Year" no VMA do ano passado. O clipe é realmente uma grande produção, com lindos efeitos visuais e muito investimento em ser uma experiência.
[eClipse] Zoe: É isso mesmo. O clipe de FANGS pode não ter tido uma história tão linear quanto o clipe de Break Your Heart, mas ainda sim, tem seu valor em outras áreas. Bom, isso é fato, né? Break Your Heart não tem nenhum prêmio, e FANGS tem vários!
[eClipse] Melorie: DE QUALQUER FORMA… é um grande marco para nós o MV de FANGS ter levado o prêmio de Vídeo do Ano, e esta questão de MVs serem um tópico sensível faz tudo parecer ainda mais valioso.
[eClipse] Zoe: É… quem sabe nossa equipe acorda pra vida e começa a dar mais clipes para nós!
[eClipse] Yeona: Meninas, segurem a língua! (risos) Mas elaborando ainda mais na resposta da sua pergunta: a experiência de gravar um clipe de novo foi muito divertida, principalmente para uma música em japonês! A equipe da Grim Medusa, nossa produtora de vídeos, tinha uma equipe própria de Tóquio para nos auxiliar, então estávamos completamente imersas na língua durante as gravações.
Harper's Bazaar: Este assunto que Yeona tocou faz parte do nosso próximo tópico: a expansão internacional do grupo! O debut japonês foi um sucesso notável, e como vocês mesmas disseram, superou até as próprias expectativas da equipe de vocês. Como o eClipse planeja equilibrar suas atividades entre o mercado coreano e japonês, considerando a resposta positiva que tiveram no Japão? Existe a possibilidade de mais colaborações ou projetos específicos para os fãs japoneses no futuro próximo?
[eClipse] Melorie: É complicado, gata. No mês passado realizamos um pocket show no Japão que foi um presente amoroso que conseguimos realizar por termos sido tão bem recebidas com nosso lançamento japonês, fora as demais promoções no território que fizemos. Mas agora, nós estamos com outras coisas em mente.
[eClipse] Yeona: Temos planos de muito em breve começar uma turnê mundial, e talvez seria bom começar justamente no Japão! Mas isso DEFINITIVAMENTE não é uma decisão feita por nós, então nem vou falar muito sobre!
[eClipse] Vega: E o futuro… a gente nem sabe também! Não estamos trabalhando em novas músicas agora, justamente por estarmos tão focadas nos preparativos da turnê. Mas eu acho que os fãs coreanos devem estar com saudades!
Harper’s Bazaar: Uma turnê mundial definitivamente é algo que os fãs estão esperando, e também parece um ótimo jeito de concluir com chave de ouro uma era tão produtiva como a era SYZYGY. Podem compartilhar algum detalhe dos planos que estão fazendo para a turnê?
[eClipse] Zoe: Não muito. Nem é por não deixarem, mas só porque queremos manter a surpresa para o grande dia. A única coisa que posso dizer é… nós só temos doze músicas lançadas, e isso é muito curto para um show… o resto vocês peguem aí no ar!
Harper’s Bazaar: Mistério com certeza vai deixar todos ainda mais animados para o show! Acho que isso significa que podemos esperar músicas novas, ou até o projeto de covers sendo incluído na setlist! Falando nele, contém um pouco sobre este projeto em andamento de covers que foi anunciado na coletiva de imprensa que vocês fizeram.
[eClipse] Vega: O projeto de covers foi um jeito que achamos de unir o útil ao agradável. Produzir algo divertido e diferente, como os clipes dos covers, faz com que nós possamos ter um tempo para respirar fora do meio do SYZYGY, ao mesmo tempo que serve como uma promoção nos nossos talentos e do nosso álbum!
[eClipse] Melorie: Bem como Vega disse, foi um jeito que nós encontramos. A ideia começou de nós mesmas, onde despretensiosamente, organizamos um showzinho, só para nós quatro mesmo, onde cada uma apresentava alguma música para impressionar as outras, e gostamos tanto que acabamos apresentando essa ideia para Khang-Li unnie, e ela adorou! Ela é muito boa em conversar com o Yang, sempre amacia a ideia antes de apresentar para ele, e foi por causa dela que tivemos tanto investimento liberado para produzir os vídeos. Khang-Li você é babilônica, unnie, nossos corações são todos seus!
Harper's Bazaar: No anúncio, foi dito que o projeto teria cinco partes: um cover individual de cada uma de vocês, e por fim um cover do grupo completo. Por enquanto, já tivemos apenas duas dessas partes, o cover de Yeona da música Clueless de Harmon Moore, e o cover de Vega da música Win Again de Onika Stallion, ambos bem distintos em conceito, mas com uma coisa em comum: o capricho e investimento em fazer um simples cover ser algo de nível elevado. Qual foi o processo da escolha das músicas, e também da preparação dos vídeos?
[eClipse] Yeona: Bom, como a Melorie disse, a ajuda da Khang-Li para esse projeto foi de extrema importância, também por que ela garantiu nossa liberdade de escolha para as músicas que cada uma iria fazer. Claro, não podia ser simplesmente qualquer música, mas ainda sim tivemos muita liberdade.
Falando de mim mesma, eu escolhi Clueless porque para mim, ela é um grande marco na música de vários jeitos. É tão inspirador ver uma artista novata como a Harmon Moore emplacando no topo dos charts logo de cara seu primeiro single, quebrando recordes de veteranos da indústria e sendo a maior música do ano? Sério, isso é extremamente impressionante! A história da Harmon em si me inspira para um futuro melhor.
Além disso, claro, é uma música linda. Há tempos que não vejo trabalhos românticos serem tão aclamados por aí, e dá para ver muito bem como a canta apaixonada, com todo o coração, e eu queria muito conseguir representar esse sentimento tão bonito no meu cover. A ideia do clipe ser nesse estilo de vlog foi minha, para ser algo mais perto da realidade, mais perto do coração! E eventualmente acabei chegando no conceito de ser um vlog de um casal de namorados, como se estivessem tirando férias no Japão e vendo as folhas de Sakura caírem pela primeira vez! Muitas pessoas querem saber quem foi o ator que contracenou comigo no cover de Clueless, mas eu não posso revelar, infelizmente. A única pista que posso dar é que temos o mesmo sobrenome… só isso!
[eClipse] Vega: Já para mim, meu cover apareceu na minha cabeça como uma mistura de todas as coisas que vêm acontecendo. Eu sou a mais nova do grupo, e parte de mim ainda quer ver tudo como uma grande diversão, mas ainda sim, cada dia mais, acontecem coisas que me mostram a realidade e seriedade que muitos momentos tem. Eu vejo Win Again como uma celebração dessa vitória e conquista de maturidade e independência, bem como a Onika Stallion costumava performar.
É um mistério para onde ela foi, mas espero que ela volte para música cedo ou tarde para ganhar de novo… de novo!
Minha ideia de clipe era um pouco complexa e abstrata, mas parte da liberdade que tínhamos era conversar com diretores e roteiristas para colocar no papel as coisas que aconteciam na nossa cabeça. O conceito das estátuas tomando vida, e depois queimando novamente é algo que até hoje me dá arrepios em lembrar da explicação que o diretor fez com a minha ideia. É muito bom trabalhar com pessoas que estão dispostas a entender e criar algo junto, e não somente forçar as ideias individuais!
Harper's Bazaar: E vocês outras duas, Melorie e Zoe, podem nos falar um pouco dos covers de vocês? Sobre o que vem aí?
[eClipse] Zoe: Não, gata! Não vamos estragar a surpresa não.
Harper's Bazaar: Bom, eu tinha que tentar pelo menos! Bom, voltando a falar sobre o álbum, querendo ou não, em alguns aspectos, o SYZYGY pode ser considerado como um álbum altamente conceitual, mesmo que não seja um universo próprio, de um jeito ou de outro, a palavra SYZYGY aparece em diversas faixas, e seu significado de transforma em cada uma delas, até culminar no ponto de vista final, que é a própria música chamada SYZYGY. Quais foram as principais influências no desenvolvimento disso tudo?
[eClipse] Melorie: Muita gente e muita coisa! A palavra SYZYGY em si foi apresentada pela Khang-Li numa das reuniões sobre o conceito do grupo, e disso, apareceu na nossa cabeça essa ideia de uma força maior, imparável, que estava destinada a juntar nós quatro num grande girlgroup imbatível! É, querida!
Também achamos inspirações umas nas outras em como se manter unidas e fortes até em momentos mais vulneráveis, e a própria faixa SYZYGY é um exemplo disso.
[eClipse] Yeona: Definitivamente, a faixa SYZYGY é a mais diferente do eClipse, e até um pouco surpreendente pensar que exploramos lados assim. Quero dizer que, mesmo Dance In The Dark também tendo uma mensagem emocional e profunda, ainda tem um apelo dançante e impactante bem forte, sabe? SYZYGY já é diferente, mesmo ainda sendo eletrônica, é uma música realmente calma.
[eClipse] Melorie: Exatamente. Tanto que SYZYGY não tem uma coreografia própria. Ter até "tem", mas são só movimentos simples no final, já que cantamos a música sentadas em cadeiras ou interagindo com o público.
[eClipse] Zoe: Numa das sessões de gravação, o Yone comentou como o SYZYGY é um álbum engenhoso, com momentos construídos para cada parte dele. SYZYGY não só é um bom encerramento para o álbum por ser a música com o nome dele, mas também por ser esse momento que depois de tanta performance babadeira, bate cabelo, desce sobe e ratatá, podemos só cantar com o coração aberto e ter um momento mais calmo.
Harper’s Bazaar: E dentro das inspirações do SYZYGY, há algum outro artista que foi ponto de referência para a criação do álbum?
[eClipse] Vega: Antes de responder, quero pontuar que é muito legal a gente conseguir responder uma pergunta dessas! Não é muito comum os artistas de K-Pop estarem tão envolvidos na criação dos projetos, mas nos estamos nos nossos! Pelo menos estamos bem a par das referências e das escolhas dos produtores.
[eClipse] Yeona: Grande parte da inspiração para compor as nossas letras veio de experiências que vivemos, e claro, que muitos artistas fazem parte dessa experiência. Mesmo receosa, sem saber se aprovariam minhas composições, eu arrisquei compor temas um pouco mais livres para o SYZYGY, e artistas como KJ e Hina Maeda foram inspirações de se rebelar contra as normas e se projetar para fora da caixa, e ainda mais por ambos serem asiáticos.
A Hina Maeda foi uma das primeiras artistas asiáticas desses novos anos que despontou nas paradas, e sempre com os discursos de não se curvar aos padrões sociais. As vezes alguns desses discursos soam um pouco malucos, mas toda revolução começa de uma ideia maluca, então Hina sempre foi uma grande inspiração para nós. O maior exemplo disso é a nossa música "BITTER", onde mergulhamos de cabeça nesse conceito de rebeldia jovial com um propósito, até conseguindo citar Home Tonight na letra, sem dúvidas, um dos momentos mais importantes para mim!
O KJ-oppa definitivamente é um ícone na história do K-Pop, não só pelas músicas de sucesso e por ter quebrados tantos recordes com seus lançamentos, mas também por toda luta que ele representa, estando na linha de frente para normalizar a liberdade de expressão dos idols que ainda é reprimida. Me lembro muito bem do “escândalo” que a mídia fez quanto todas as questões do relacionamento dele vieram a tona, e não consigo nem imaginar quanto sofrimento ele deve ter passado, sofrendo críticas de todos os lados sobre sua forma de amar e as coisas que aconteceram na sua vida. Foi incrível trabalhar com ele quando escrevemos GET OUT, e novamente quando escrevemos FANGS! Por sinal, uma curiosidade sobre FANGS é que foi o KJ-Oppa que "criou" essa ideia, no sentido que enquanto escrevíamos "GET OUT" ele fez um comentário sobre alguma letra que tinha a palavra “FANGS” e isso ficou no nosso imaginário… então muito obrigado, KJ-Oppa por nos dar a inspiração para escrever FANGS!
[eClipse] Melorie: Além disso, nossos produtores são sempre muito abertos conosco sobre suas referências musicais e interesses do momento. Conversamos o tempo todo com o Yone-oppa sobre como a identidade sonora do SYZYGY estava se moldando, e isso também cria um ambiente mais interessante para a nossa parte criativa.
Harper’s Bazaar: O Yone é um dos produtores de longa data do eClipse, certo? Junto com o BLACK HYDRA, estes têm créditos em quase todas as músicas do eClipse. Qual a relação de vocês com os produtores envolvidos no álbum?
[eClipse] Vega: O Yone-oppa é um cara muito legal, realmente temos ele como mais do que somente um colega de trabalho, mas também como um grande amigo. Como a Mel disse, ele sempre fala bastante das referências dele. Às vezes, nós quatro e ele chegavamos mais cedo nas sessões de gravação, e ficávamos sentadas nos puffs do estúdio, enquanto o Yone-oppa mostrava no notebook dele os trabalhos que estava fazendo, assim como as músicas que estava estudando.
Ele sempre tinha coisas interessantes para mostrar, e também sempre gostava de dar exemplos visuais de como queria que as coisas soassem, e acho que isso influenciou muito em como entregamos nossos vocais no álbum.
[eClipse] Zoe: O WonShik-oppa (BLACK HYDRA) também é muito amigo nosso. Ele não participa tanto da parte do desenvolvimento do conceito, porque está sempre bem ocupado, mas toda vez que ele está no estúdio, é sempre muito profissional e amigável.
[eClipse] Vega: Ele tem uma cara de malvado, mas ele é um querido!
Harper’s Bazaar: Dentro da produção do SYZYGY, além dos nomes recorrentes como Yone, BLACK HYDRA, Yin-Yo e Solar Flare+Moon Rain, também tiveram nomes novos entrando para a lista de produtores do eClipse. A produtora MOX, que foi responsável pela produção de GET OUT, aparece de novo agora na música THUNDER STRIKE, e o produtor Choi Baekwan aparece pela primeira vez na discografia do eClipse na faixa Challenge. Vocês tem uma relação com estes produtores também?
[eClipse] Melorie: A MOX é uma DIVA! Simplesmente uma DIVA. Infelizmente nunca chegamos a conhecer ela pessoalmente, só tivemos reuniões online durante a produção de GET OUT e THUNDER STRIKE, mas ela foi sempre muito incrível. Ela tem uma energia maluca que é muito contagiante, e deixou a gente se sentindo livre assim que começamos a conversar! Espero que possamos trabalhar mais vezes com ela no futuro.
[eClipse] Yeona: A MOX traz uma nuance extremamente única nas produções dela. Ela faz um tipo de experimentação na música eletrônica muito diferente de qualquer coisa que está tocando no mainstream por aí!
E outra coisa que foi muito marcante em trabalhar com ela foi a maneira que ela comunica as visões dela. É como se fosse um mundinho próprio onde a realidade é produzida por ela mesma, e a melhor parte é que ela é sempre bem didática quando estávamos confusas. Ela demonstrou como ela transformava sons metálicos em sintetizadores eletrizantes e pop, tudo enquanto estava sempre se preocupada em não deixar de lado a veia de K-Pop, e criar algo com a cara do eClipse.
[eClipse] Melorie: Stream em CYBRLiFe, amores! É a mixtape da MOX cheia de músicas babadeiríssimas! Fritação de qualidade aprovado pelo selo de garantia Melorie.
Harper’s Bazaar: Vocês foram convidadas para participar de algum trabalho da MOX?
[eClipse] Vega: Infelizmente não, mas nós ADORARÍAMOS! Além de nossos estilos combinarem bastante, ela também tem um grande amor pela estética Cyberpunk, então seria uma combinação PERFEITA!
Harper’s Bazaar: E quanto ao produtor Choi Baekwan?
[eClipse] Zoe: Ele é incrível. Muito divertido de trabalhar e de estar perto no geral! Além disso, o jeito que ele não liga muito para a autoridade do Yang nas reuniões era honestamente muito atrativo. Ele é outra alma rebelde igual a nós, então foi mais uma combinação perfeita, e pessoalmente, eu me identifiquei bastante com ele... bastante.
[eClipse] Vega: A "ponte" entre nós e o Baekwan-oppa foi o KJ-sunbaenim. Como falamos antes, o KJ nos ajudou nas composições aqui e ali, e paralelo a isso, o Baekwan é o produtor do último mini-album do KJ, o Street Lights, assim como de Purple Room. Nós comentamos com o KJ que queríamos alguma coisa com uma edge um pouco mais sombria, mais hip-hop, e ele indicou Baekwan para o Yone… e aos poucos tudo foi se encaixando!
Harper’s Bazaar: Além de sua colaboração na música Challenge, Choi Baekwan parece ter trazido ainda mais elementos para o eClipse, visto que ele faz parte da banda Follow The Voice, que participou de algumas performances do eClipse durante o ano, além de terem produzido dois remixes, um para cada single de vocês. Qual é a relação de vocês com a banda?
[eClipse] Yeona: Muito boa! Nós somos quatro, e eles também são quatro, então parece que já tínhamos isso a nosso favor. Eles trabalharam mais com o Yone e com o BLACK HYDRA nas primeiras semanas, e mal tivemos contato com eles, mas a medida que as performances foram aparecendo, surgiu a necessidade deles ensaiarem com a gente.
Preciso admitir que o primeiro momento foi um pouco estranho, e todos estavam meio tímidos, mas os quatro são muito alegres e ficam o tempo todo brincando entre si, assim como nós quatro, então não demorou nada para termos uma química com os meninos.
[eClipse] Zoe: Parece que eles entendiam a gente em um nível um pouco mais profundo, mais real. Por serem relativamente da nossa idade, e também estarem ali como artistas sob um contrato… mesmo que eles nem sejam famosos. De qualquer forma, não esperava que fossemos fazer amigos durante essa era, então conhecer os quatro foi uma surpresa muito boa.
Harper’s Bazaar: Apesar dos remixes de sucesso que a banda fez para os singles FANGS e Dance In The Dark, provavelmente a colaboração mais notável entre o eClipse e Follow The Voice é a música "BITTER", feita para a trilha sonora do filme da Barbie. Teve alguma diferença entre trabalhar com a banda nas músicas do SYZYGY, e trabalhar com eles num projeto externo como esse?
[eClipse] Melorie: COM CERTEZA! Eles já eram bem humorados quando estávamos trabalhando nas coisas do SYZYGY, mas mantinham alguma seriedade por ser um trabalho mais fechado. Porém quando estávamos fazendo "BITTER" foi simplesmente uma festa o tempo inteiro.
[eClipse] Yeona: Nós assistimos o filme com antecedência para criarmos as músicas em cima dos acontecimentos, e quando vimos a atuação incrível de Margot Robbie, sabíamos que a gente precisava fazer algo tão divertido quanto a Barbie que ela interpretou.
[eClipse] Zoe: E quem melhor para fazer algo "divertido" do que as pessoas que estavam ensaiando dia e noite com a gente nos últimos meses?
[eClipse] Melorie: Nós explicamos para eles que precisávamos chegar com uma demo razoavelmente pronta para o Yang considerar. Mas novamente, Khang-Li foi uma anja perfeita, que ouviu a demo e imediatamente agilizou as coisas para confirmar a parceria, para podermos continuar a produzir sem medo do trabalho ser descartado.
[eClipse] Vega: "BITTER" é uma das nossas músicas mais divertidas. Na verdade, eu acho que É a mais divertida, e lembrar de como foi criar ela só deixa tudo ainda mais especial. Performar ao lado deles no IDOL VISUAL AWARDS foi uma coisa inesquecível.
Harper’s Bazaar: Falando em parcerias, Vega também esteve em uma música de uma artista internacional neste ano, na música "Too High" de Tieta. Como o convite chegou até você, e como foi gravar uma música tão diferente do que você costuma fazer?
[eClipse] Vega: Khang-Li me informou do convite, e eu fiquei muito feliz… principalmente por ser tão do nada, sabe? Uma artista de tão longe me convidar para estar numa música dela, mesmo que nossos mercados sejam tão diferentes, significa que ela viu algo especial em mim. Eu não cheguei a conversar muito com a Tieta-sunbaenim, só estava na reunião online quando enviamos meu verso pronto, para ouvir os comentários e talvez mudar algo. Ela é muito gentil, doce e carismática, me lembro de gostar muito do sotaque no inglês dela.
Realmente, reggae é algo que eu nunca me imaginei fazendo na carreira antes, então foi uma surpresa muito grande quando eu ouvi o instrumental pela primeira vez. Mas desde o começo eu estava 100% animada, afinal de contas, experimentamos tantas coisas novas neste ano, e essa seria mais uma delas. E ainda bem que deu tudo certo! A música ficou incrível, e fez bastante sucesso também… espero algum dia conseguir performar com ela em cima dos palcos novamente.
Uma memória importante para mim era ouvir ela contando sobre a importância deste trabalho de reggae que ela está trabalhando. É sempre muito bom ver pessoas falando de algo que elas gostam genuinamente, e dava para ver a paixão dela falando sobre o KAYA.
Harper’s Bazaar: Deve ter sido uma grande experiência ver suas músicas simultaneamente nos charts, não? Ao mesmo tempo que Too High estava subindo nas paradas, Dance In The Dark e FANGS também estavam. Estas duas, por sinal, retornaram aos charts com muita força quando o álbum foi lançado. FANGS com quase um ano foi diretamente para o top 5, e Dance In The Dark, também mêses após não ser promovida, voltou para o primeiro lugar.
Como vocês reagiram ao ressurgimento das faixas com tanta força?
[eClipse] Melorie: Foi babado, né? A gente trabalhou como quatro malucas naquela semana. Não só nós, mas também nossa equipe. E nós sentimos diretamente esse amor do público, como se eles estivessem pacientemente esperando nosso tempo para devolver esse carinho.
[eClipse] Yeona: Eu me sinto muito feliz e assustada com tudo isso… assustada do melhor jeito possível, claro. Foi algo que nunca vi acontecer antes, não com tanta força.
[eClipse] Melorie: Além disso, o SYZYGY também estreou em #1… e já está há umas dez semanas nessa posição. Acho que não tem mais nenhuma dúvida de que nós temos muito orgulho do nosso trabalho, e somos infinitamente felizes por todo o amor do público.
Harper’s Bazaar: O ano de 2027 com certeza vai ficar para sempre marcado na história do eClipse como um salto estratosférico, cheio de conquistas e realizações. Mas com tudo isso, o que vai mudar para vocês daqui para frente?
[eClipse] Zoe: Bom, agora em 2028 nosso dating-ban de namoro acaba!
Todos: …
[eClipse] Melorie: Definitivamente, tem isso aí, gata.
[eClipse] Yeona: Vamos focar na pergunta de forma objetiva, vamos?! Com certeza daqui para frente, nossos padrões vão ficar ainda mais rígidos para entregar um trabalho cada vez melhor. O objetivo é sim sempre melhorar, mas depois de algo gigantesco como está sendo a era SYZYGY, não podemos deixar nada passar, e fazer tudo da melhor forma possível.
[eClipse] Melorie: E também, acho que conquistamos ainda mais autonomia dentro da nossa empresa. É complicado, acho que só quem vive na Black Comet Entertainment sabe como é a dinâmica de poderes e ordem lá dentro, mas ainda sim, nossas ideias foram ouvidas e deram muito certo, então é só confiar nas quatro gostosas do eClipse que dá tudo certo!
[eClipse] Vega: E ESPERAMOS QUE TENHAMOS MAIS CLIPES!
Harper’s Bazaar: eClipse, foi um prazer ter vocês quatro para a primeira edição da Harper’s Bazaar do ano de 2028, parabéns pelo incrível ano que vocês tiveram, e tudo de melhor para vocês nesse novo ano que chegou. Para finalizar nossa entrevista, qual a mensagem vocês gostariam de enviar aos fãs que acompanharam e apoiaram o eClipse ao longo deste ano incrível?
[eClipse] Yeona: Eu sinto vontade de chorar de emoção todas as vezes que penso sobre isso. É muito difícil expressar como nós somos pessoas iguais a vocês, então todo esse amor é algo fora do comum e extremamente positivo. Frequentemente eu fico pensando se eu mereço mesmo todo este amor, mas ver o sorriso no rosto das outras meninas do eClipse, e dos fãs em cada apresentação, só me faz ter certeza que eu estou fazendo a coisa certa. É por causa de vocês que nós quatro estamos vivendo nossos sonhos, e é justamente por isso que queremos retribuir esse amor a todo instante, de toda forma que pudermos.
Em nome do eClipse, eu quero agradecer a cada um de vocês pelo carinho infinito, e prometer que vamos continuar sendo o grupo que vocês podem olhar e se inspirar. Muito obrigado também a Harper’s Bazaar pelo convite da entrevista, não havia jeito melhor de começar nosso ano do que compartilhar momentos felizes com vocês! Adeus!
[eClipse] Todas: Até mais!