CELESTIAL - CATHARSIS
Jan 17, 2024 18:28:45 GMT
Post by jottavi on Jan 17, 2024 18:28:45 GMT
Mahou Magazine
Escrito por: Cha Mirae
Nota: 81
O segundo mini album do Celestial traz uma maior identidade para o grupo, desde suas imagens promocionais a letras divertidas que contam uma narrativa poética da noite urbana, possibilitando nos teletransportar para a paisagem que evoce por meio de sua sonoridade. Seu inicio mostra a personificação de uma cidade que nunca dorme, onde as luzes dançam com a paisagem, nesse mini album o Celestial vai além do kpop convencional, demonstrando dualidades em suas letras e cativando com sua musicalidade gostosa de ouvir.
Dreamy
Escrito por:
Nota: 66
CELESTIAL, sub-unit do ULTRAVIOLET acrescida com novas membros faz seu primeiro comeback após a polêmica saída de BuYeon. O segundo mini-álbum do grupo traz cinco faixas, mesma quantidade de integrantes atualmente. Inicialmente somos introduzidos a Storm, que agarra o posto de melhor faixa do projeto logo de cara; em seguida a faixa título a qual já havíamos escutado antes: Catharsis. As duas músicas juntas se complementam não somente na sonoridade, como também na parte lírica, já que tratam temas de uma confusão interna por parte de um eu-lírico com muitos sentimentos negativos dentro de si.
A terceira faixa é facilmente a mais esquecível do mini-álbum, Breathless é a parte central do material e começa trazendo uma estética interessante, citando o deus grego Morfeu e contemplando uma fortaleza indestrutível construída pelos momentos difícies que se passaram, mas a música parece se perder a partir do segundo verso e se distanciar cada vez mais dessa ideia tão cativante que poderia ter sido melhor explorada. No final, se torna apenas mais uma música com a mesma temática das outras.
Chegamos, então, à Lifeboat - uma outra canção que merece destaque. A letra chama a atenção, apesar de em alguns momentos soar como uma pessoa fazendo regressão induzida por hipnose e retornando aos tempos de infância onde sofria bullying de crianças mais velhas num parquinho, sensação esta difundida principalmente pelo pré-refrão. No geral, é uma das melhores músicas do projeto e faz uma conexão realmente boa com Storm e Catharsis. O álbum é finalizado com Aftershock, cujo instrumental possui um nível relativamente baixo ao padrão criado pelo CELESTIAL, com batidas repetitivas e que pouco se assemelham a canções que o grupo costuma trazer. A letra promete apresentar superação e renovação, mas também não prende o ouvinte e o deixa sair dessa experiência com um gostinho amargo na boca.
Além disso, a sensação de que algo está faltando é inevitável. Ao escutar o álbum, o sentimento de esperar algo surpreendente fica à espreita o tempo todo, e após a ótima Lifeboat, espera-se que esse momento aconteça na faixa final para encerrar o projeto com chave de ouro, mas então tudo se transforma em uma decepção por quebra de expectativa de uma forma negativa. Quando se chega ao final do álbum e você percebe que o ponto alto foi a primeira música, você se questiona se realmente valeu a pena ter passado por todas as outras quatro músicas, já que Storm conseguiu engolir todas elas. Todas as canções possuem produções semelhantes e tratam de temas parecidos, o que não é um problema tão grande para um mini-álbum de cinco faixas, mas ainda deixa a desejar e faz parecer que falta um desenvolvimento e uma conclusão para aquela história de vulnerabilidade que estava sendo contada, já que Aftershock por si só não satisfaz essa necessidade. Catharsis é um álbum que tinha um potencial grande graças ao seu conceito, mas que parece ter sido mal explorado e aproveitado, talvez finalizado às pressas para abafar os comentários sobre a saída de uma das membros; caso tivesse sido mais bem preparado e trabalhado, o mini-álbum teria um gosto bem mais forte e marcante do que o que deixou: fraco e amargo como um chá verde.
DICE
Escrito por: Jong Seokmin
Nota: 56
ULTRAVIOLET foi um grande destaque para o cenário do K-pop nesses últimos tempos. As ganhadoras do “Best New Artist” do GRAMMY agora exploram uma nova jornada. A ideia da MAP&S é, basicamente, fazer uma unit fixa do grupo, mas tem um porém. Anteriormente, a superunit (ou sei lá como devemos chamar) estreou com seis membros com o gracioso “WATERFALLS”, três garotas eram sim do grupo que deriva a subunidade, mas outras três eram completamente novatas. Após alguns meses, uma das integrantes novas, BuYeon, saiu desse projeto e então o CELESTIAL passou a ter apenas cinco garotas. É uma organização um tanto confusa.
“CATHARSIS”, então, é o segundo EP dessa subunidade. Mas um questionamento é levantado: a MAP&S tem problemas com projetos categorizados como sophomore?
O EP abre com “Storm”. Uma faixa delicada, R&B e rítmica nos energiza e nos instiga a desejar cada vez mais – e esse é exatamente o problema –. A composição da canção introdutória é um verdadeiro ponto forte, trechos como “After so much rain in the room maybe / A river of hurt may have formed and overflowed / And in the end, I couldn't even have realized that I was drowning” são excelentes.
E então, tudo se inunda após essa tempestade. A faixa-título mistura um jazzy-pop com o R&B, mas essas foram uma das canções mais sem graça do K-pop até o momento. A canção não tem um ápice prazeroso, e a monotonia acompanha até a composição, já que nem alguns trechos bem pensados fazem “Catharsis” ser divertida.
“Breathless” consegue trazer um pouco de “Storm”. Ela é contagiante, suave e nos faz pensar em que, mesmo em meio a erros, os produtores do grupo conseguem acertar em alguns momentos. Trazendo aquele momento para cochilar no disco, “Lifeboat” é entediante. Nada dela consegue nos fazer insistir por mais.
E eu torcia para que o final fosse agradável: nunca dei sorte às torcidas. “Aftershock” é tenebrosa. Um estilo retrô que tenta misturar o R&B fica completamente perdido na sequência do álbum e é extremamente decepcionante. A produção da canção é horrível e irritante e a composição não acrescenta em nada.
E a resposta para o questionamento inicial é SIM! A MAP&S sempre teve problemas com projetos sequenciais – Oblivion (Knowledge); KISSER e agora CATHARSIS –. Esse EP também retrata algo da empresa, já que desejam muito focar em visuais e esquecem do verdadeiro ponto de criar álbuns: as músicas, as composições e até os conceitos interessantes. CATHARSIS é a verdadeira definição de decepção. Torcemos para que, tanto o ULTRAVIOLET quanto o CELESTIAL consiga se reerguer após isso.
Uma tentativa de soar diferente de outros projetos já não deu certo com o ULTRAVIOLET, aquele desejo de colocar faixas R&B’s não colou. E insistiram nesse erro, já que foi rentável e ainda agradou uma boa parte – inclusive nós nos agradamos mais com uma parte do KISSER –, mas aqui, o projeto soa entediante e sem graça. O que acertaram no “WATERFALLS” e o fizeram ser único e delicioso de se ouvir, deslizaram feio no “CATHARSIS”.
Quando há um foco em fazer um álbum bem pensado e não algo às pressas apenas para lançar e mostrar o que fez, a MAP&S acerta em cheio. Eles podem sim trazer o grupo de volta ao interesse – assim como fizeram com a QruBim em “Synesthesia” –, só estaremos aguardando esse momento e torcemos para que não demore bastante.