Especial Agatha Melina | 8 anos de uma carreira inabalável
Dec 1, 2023 2:35:10 GMT
Post by andrewschaefer on Dec 1, 2023 2:35:10 GMT
[DIVULGAÇÃO PARA "CHAOSPHERE" E "EARTHQUAKE (AGATHA'S VERSION)"]
Para comemorar o aniversário da cantora e compositora romena Agatha Melina
Inicialmente, era mostrada somente a mesa de jantar, sem ninguém na sala. Agatha é a primeira a entrar, repara em tudo e se senta à mesa.
Agatha: Oooi, boa noite! Aqui é a Agatha Melina, como vocês estão? Estou aqui hoje com o meu assistente Luke que vai me ajudar a conduzir essa festa, jantar, conversa, enfim... pois eu tenho um péssimo senso de direção. E então, como podemos começar Luke?
Luke: Ah, pode começar falando o que achou da decoração que preparamos, Agatha. É sua hora de brilhar!
Agatha: Ah, eu gostei bastante da decoração que fizeram aqui. Essa caveira com olhos vermelhos ficou um pouco brega, mas até que é fofa, ela chama bastante atenção aqui na mesa. Irei mantê-la. Bem, como vocês podem perceber, há oito lugares nesta mesa. Um é para mim e há outros sete assentos para meus convidados, muito embora nem todos serão preenchidos pois não tenho sete amigos. Nesta mesa, também temos seis velas, cada uma sendo uma representação de um dos meus álbuns passados; sim, eu sei que tenho apenas quatro álbuns até o momento, mas tanto o Inspire como o Expire, estão a uma música de se tornarem álbuns, então os contei, mas separadamente, totalizando seis. Normalmente os manteria juntos, porém seria estranho organizar cinco velas simetricamente nessa mesa, uma teria que ficar no meio, mas então onde ficaria a caveira? É, complicado...
Agatha: Pessoal, agradeço a todos vocês que estão assistindo! Esta é uma transmissão especial em comemoração ao meu aniversário. Sim, eu sei que fiz aniversário no dia 19 de Junho e estou pouco mais de 5 meses atrasada, mas inicialmente esse programa deveria ter saído no dia do meu aniversário mesmo, bem como o meu Greatest Hits, que foi inevitavelmente adiado, haha. Bem, este ano eu completei 30 anos de idade e no mês de outubro, completei 8 anos de carreira. Sim, eu sei que estou ficando velha, mas isso não é algo negativo! Por mais clichê que isso soe, considero que fiquei mais sábia e, principalmente, mais profissional, no sentido de que pude aperfeiçoar a minha música. Isso é bastante egocêntrico para meus padrões, mas hoje iremos celebrar não somente a mim, mas a minha carreira, porque eu mereço. Sou uma mulher forte da indústria e tudo que conquistei foi fruto de muito sacrifício e esforço. Quer dizer, em um momento da minha vida, eu percebi que não precisava fazer certos sacrifícios para ser bem sucedida, mas essa é uma cultura que o mercado nos impõe a acreditar. Irei falar sobre isso mais tarde.
Agatha: Vamos começar de uma vez por todas pois estou com fome e o jantar só será servido mais para frente. Esse evento que estou sendo anfitriã vai ocorrer da seguinte forma: há uma tela logo atrás de mim como vocês podem ver onde algumas perguntas e temas serão mostrados, então eu devo falar sobre. É bem interessante, aposto que vocês vão gostar. Se não gostarem também, sintam-se livres para mudar de canal ou assistir a alguma outra coisa que seja de seu agrado, mas não se esqueçam de antes ouvir a minha coletânea de maiores sucessos que foi lançada esse mês.
Agatha: A pergunta que vocês devem estar fazendo, se é que são meus fãs de verdade, porque é exatamente o tipo de pergunta que eu faria, é: como você está vendo as perguntas na tela que está atrás de você? Bem, minha equipe magnífica fez um jogo de espelhos aqui à minha frente para refletir a tela. Normalmente, eu veria a imagem ao contrário, porém tem uns três espelhos aqui, um refletindo o outro e garantindo que a imagem chegue a mim sem grandes distorções, acho fascinante como isso acontece embora não entenda tanto assim. De todo modo, vamos iniciar.
Quem é Agatha Melina Munteanu?
Agatha: Agatha Melina Munteanu é uma mulher de 30 anos, nascida em Bucareste, na Romênia, mais especificamente no dia 19 de Junho de 1997. Apesar de não parecer, sim, eu sou geminiana. Uhh, o que mais posso falar? O meu pai era da Inglaterra, foi para a Romênia à trabalho e ia ficar somente alguns meses, mas nesse período conheceu a minha mãe e decidiu ficar por lá. Quando eu era pequena, meus pais sempre me incentivaram à arte. Eu tive aulas de canto e aulas de piano e quando eu tinha 14 anos escrevi a minha primeira música.
Luke (diretor): Qual o nome da música?
Agatha: Ahh... O nome da música era Universe. Não é a mesma Universe que eu lancei como single do Inspire em 2023. Na verdade, eu diria que é uma versão demo, pois serviu de inspiração para essa outra anos depois. Inclusive, foi justamente por isso que eu escrevi a música Star, desse mesmo projeto, que era sobre os sonhos de uma criança que queria ser uma estrela, e aí eu ter recriado Universe foi realmente bastante importante para mim, principalmente porque ambas as músicas acabaram sendo românticas.
Luke: Você poderia cantar um trecho da demo de Universe pra gente?
Agatha: Ah, sou um pouco tímida para isso, mas vamos lá...
Agatha fecha os olhos, respira fundo e canta:
"I can see the planets
Constellations, constellations
Stars everywhere
The galaxy shines our love
That once has been lost
Coming back like magic comets
If you stop to think
It might be too late
The impossible becomes possible
The universe's our fate
I can see far, far into the sky
Deep into your eyes
You look deep into mine
Like we've got no more time"
Agatha: Ok, chega. Apesar de essa música ter essa conotação romântica, na época a escrevi pensando em um amigo que havia viajado para outra cidade e um dia voltou aqui para me visitar. Era como se tivesse um universo de distância entre nós e mesmo assim ele o atravessou para me ver. Não é como se a Universe que eu de fato lancei fosse muito diferente, mas não é para a mesma pessoa e não se trata de um amigo também.
Agatha: Enfim, vamos continuar... Com 17 anos, eu recebi a minha primeira proposta de uma gravadora. Fiquei muito tentada a assinar, minha mãe me incentivou bastante a isso, mas eu não me via nos moldes que eles estavam me ofertando. Eles queriam uma cantora pop, animada e divertida, mas quem me conhece sabe que eu não sou assim. Foi muito difícil recusar, mas coloquei em minha cabeça que outras oportunidades surgiriam e foi por isso que no ano seguinte, decidi me mudar para a Inglaterra, onde eu sabia que o mercado era mais aberto e diverso, então provavelmente conseguiria me encaixar em algum lugar. Eu comecei a cursar música na Universidade de Londres, porém parei no terceiro semestre. Uma amiga minha que era veterana e havia se formado no mesmo ano em que ingressei, estava morando no Canadá e me contou que a empresa com a qual ela havia assinado contrato estava procurando uma compositora com meu estilo, isto é, para músicas mais tristes e melancólicas, e ela me indicou pois sabia que era este o meu forte. Eu pensei "por quê não?", já havia recusado uma proposta anteriormente, então eu tive medo de recusar novamente. Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar, eu não poderia esperar que ele caísse a terceira para ser eletrocutada. Ok, esse foi um exemplo bastante esquisito, mas acho que deu para entender o que eu quis dizer.
Agatha: Inicialmente o meu plano era de ir para o Canadá apenas para a entrevista e para mostrar meu trabalho, imaginei que eles adeririam à modalidade home office visto que eu não precisava estar no escritório da empresa para compor, desse modo eu conseguiria continuar meus estudos em Londres, mas infelizmente eles exigiam que a pessoa residisse em Toronto, onde a sede ficava, pois constantemente haviam reuniões e o que eles chamavam de acampamento de compositores, onde vários compositores se reuniam para trocar ideias e escreverem músicas juntos. A remuneração era boa, então eu tranquei a minha faculdade e aceitei manter o meu emprego. Escrevi diversas músicas para artistas famosos que vieram antes de mim e isso me ajudou bastante a aperfeiçoar as minhas habilidades, honestamente, mas chegou um momento que não estava mais me satisfazendo.
Agatha: Eu sentia que era injusto me esforçar tanto para escrever algo, tirar músicas do fundo da minha alma que diziam tanto sobre mim e simplesmente dar a outra pessoa para que ela cantasse e recebesse toda a aclamação. Eu não queria somente dinheiro, queria reconhecimento. Mais do que reconhecimento, eu queria poder cantar as minhas próprias músicas. E eu sabia que tinha um talento incrível, eu cantava bem e ainda tocava piano. Por isso, dois anos depois me mudei novamente para Los Angeles, nos Estados Unidos. Decidi me inscrever para audições de uma gravadora americana a qual não posso citar o nome aqui. Eu passei nessa audição e o contrato que eles me propuseram me encheu os olhos a primeira vista, era exatamente nos moldes que eu queria. Tinha liberdade para escrever as minhas próprias músicas e para ser o quanto alternativa e experimental eu quisesse e eu queria ser bastante pois ainda não sabia com qual sonoridade ou gênero musical eu combinava. Quis testar tudo para que me encontrasse artisticamente.
Agatha: E foi aqui que dei o pontapé inicial na minha carreira como cantora. No dia 04 de Outubro de 2019, lancei a minha primeira música como intérprete: Earthquake.
Na tela, aparece a palavra "CHAOS".
Agatha: O Chaos foi o meu primeiro álbum, levei um ano para finalizá-lo. Foi lançado em 06 de Dezembro de 2019. O primeiro single, como eu mencionei, foi Earthquake. É uma música sobre ansiedade, algo que eu estava enfrentando na época e que continuaria enfrentando até o momento atual. Infelizmente descobri que a ansiedade é intrínseca a nós e mesmo que só um pouquinho, sempre vamos tê-la. Essa música é mais trap, e acredito que seja uma das únicas desse gênero na minha carreira, mas apesar disso eu gosto bastante e acho que é a minha cara, até hoje é uma das minhas músicas preferidas, haha. Earthquake fala sobre não importar o dia, o clima, a hora, a ansiedade vai parecer um terremoto: seu corpo treme, o coração acelera, a visão escurece, é sobre a sensação de estar em uma crise de ansiedade e o pior é que não há nada que você possa fazer a não ser que consiga controlar as placas tectônicas da Terra, o que acredito ser bem difícil.
Agatha: Com Earthquake, eu estreei direto no Top 10 mundial, o que foi muito gratificante para mim, senti que havia pessoas por aí que se identificaram com a música e se conectaram com meu estilo estranho, foi a minha motivação para continuar e para seguir acreditando em meus sonhos naquela época.
Luke: Aproveitando que estamos falando de sua música de estreia, vale lembrar que houve um remix ainda mais caótico dela com a Plastique Condessa.
Agatha: Ah, sim! Eu lembro disso. A Plastique foi a minha primeira grande amiga na indústria, nós fizemos nossas estreias com uma semana de diferença e desde então ela não somente me influenciou bastante como artista, mas como pessoa também. Através dela, eu consegui melhor descobrir a minha identidade musical. O remix de Earthquake é tão caótico quanto pede, é mais animada na minha opinião, porém mais experimental e não perde a essência da música, apesar de soar totalmente diferente da original, haha.
Luke: Acredito que esse seja o momento ideal para chamarmos a nossa primeira convidada. Por favor, Plastique Condessa!
A cantora Plastique Condessa entra na cena, abraça Agatha e se senta à mesa.
Plastique: Que delícia, vai ter um jantar hoje?
Agatha: Sim, mas o jantar será servido mais tarde. Bem-vinda a minha festa de aniversário 5 meses atrasada. Como você está hoje a noite?
Plastique: Terrivelmente bem. Ah, eu já te desejei feliz aniversário 5 meses atrás, preciso fazer isso novamente?
Agatha: Preferencialmente sim pois estamos gravando dessa vez e eu não posso mostrar a foto que você me enviou em seu aniversário do piercing falso em seu mamilo.
Plastique: Quem disse que é falso?
Agatha: ...
Plastique: Ok! Feliz aniversário, Agatha. Tudo de bom, minha irmã. Estreamos quase juntas e me deixa muito feliz ter tido você como minha amiga durante todos esses anos.
Luke: Plastique, qual a sua memória favorita com a Agatha?
Plastique: Provavelmente quando ela acidentalmente incendiou um funeral anos atrás... Como era o nome daquela moça que faleceu mesmo? Laluz?
Agatha: Falando em fogo, eu lembro da minha obsessão com fogo no começo da carreira. Absolutamente em todos os meus clipes eu ateava fogo em algo ou alguém. Gostaria de puxar esse gancho para falar do clipe icônico de Draculady que foi um dos vídeos mais divertidos que já gravei, fui para a Romênia nas proximidades do Castelo de Bran e da Floresta dos Empalados para gravar meu clipe especial de Halloween e ainda referenciar o meu país natal.
Agatha: O Draculady foi um projeto de 2 faixas que lancei no dia 25 de Outubro de 2019. As músicas são Draculady e Blade. Houve 260 mil cópias vendidas, um número expressivo para uma obra de apenas duas faixas. Apesar de ser um projeto completamente esquecido da minha carreira, eu gosto bastante dele, principalmente do processo criativo que ocorreu logo após eu assistir a um documentário sobre Vlad, o Empalador. Adoro esses documentários culturais, principalmente quando sobre é minha cultura, e isso me inspirou a escrever o Draculady e fazer o que fiz. Imaginei uma versão feminina do Imperador Vlad III, ele seria o Dracula e eu a Draculady.
Agatha: Voltando ao foco, durante a Era Chaos, lancei mais dois singles - Unholy e Dirty Desire. Unholy não teve um desempenho magnífico, mas é uma das minhas letras preferidas até hoje. É uma música sobre não se sentir bem-vindo em lugar nenhum, onde quer que você vá, mais especificamente fala sobre não se identificar com nenhuma religião e por isso se sentir impuro. É uma música experimental com a forte presença do piano, também houve um remix com a Giseon do EON que cantou alguns versos em coreano. Já Dirty Desire foi a minha música de maior sucesso, ficou em primeiro lugar por duas semanas consecutivas, uau! É uma música bem mais eletrônica que fala sobre abafar seus próprios desejos sexuais por se sentir sujo ou indigno. Todas essas músicas são sobre fases muito sombrias da minha vida, mas o que eu mais gosto do Chaos é que ele é literalmente um caos! Inclusive foi um dos pontos que a crítica mais falou quando o álbum saiu, apesar de o mesmo ter obtido a nota 76, as reviews foram mistas.
Agatha: São muitos gêneros, muitos estilos dentro de um mesmo projeto, o que o deixa confuso e maçante e hoje eu concordo. A minha ideia era justamente fazer um álbum que fosse caótico, assim como era a minha mente na época, que seguia várias direções e tinha pensamentos conflitantes. Quando lancei, em 2019, me parecia uma boa ideia, mas hoje já não acho tanto. Regravaria todo o Chaos se pudesse. Pelo menos, esse álbum foi extremamente importante para a minha descoberta artística sabe? Através dele, eu descobri o que eu gostava ou não de fazer, e honestamente me surpreendi pois gostava de muita, muita coisa mesmo.
Agatha: Durante a pré-venda do Chaos, ocorreu o vazamento de uma música chamada Volcanic, foi a primeira música que eu fiz com um estilo mais voltado ao rock, pelo qual me apaixonei um tempo depois. Lembro que a minha gravadora na época teve um gerenciamento bem ruim com esse vazamento, na minha opinião. Não houve nenhum esforço para impedir que espalhasse e após o álbum ser lançado, decidiram me fazer lançá-la como single. Primeiramente que uma música ser feita de single após o lançamento do álbum já é algo bem complicado pois é difícil de fazer sucesso, e é ainda mais quando essa música já havia sido vazada há muito tempo. Com isso, Volcanic teve o peak mais baixo do Chaos.
Agatha: Apesar desses problemas, o Chaos obteve números excelentes, sendo meu álbum mais bem sucedido até hoje com o exato total de 3.329.352 cópias vendidas! Só na primeira semana foram 743 mil vendas, debutando diretamente na primeira posição das paradas musicais!
Agatha: Como se não bastasse a má administração da minha carreira, me colocaram em uma turnê mundial, a Chaos Tour, que começou em Janeiro de 2020 e durou até o mês de Fevereiro, passando somente pela América do Norte e Europa. A turnê deveria passar em mais lugares, mas durante a minha estadia na Europa eu percebi como sentia falta da calmaria da Inglaterra e aquela correria de Los Angeles estava me deixando agoniada e ainda mais ansiosa. Por esse motivo, eu fiz um movimento extremamente ousado. Com poucos meses de carreira, eu quebrei o meu contrato com a gravadora e decidir fundar a minha própria! Tudo foi feito às pressas, mas ao mesmo tempo houve bastante planejamento, pois já era algo que eu pensava desde o vazamento de Volcanic, mas executei apressadamente. O que me deixou exausta sobre essa turnê era a proximidade das datas. Eu cheguei a fazer 15 shows em dias seguidos quando estava nos Estados Unidos, sem brincadeira, e então tinha 1 dia de descanso para viajar a outro país. Foi algo que me esgotou de uma forma que eu parecia um zumbi em meus shows, apesar de gostar muito, eu estava cansada.
Agatha: O último show dessa turnê foi no dia 25 de Fevereiro de 2020 na Turquia e assim que cheguei no hotel, desliguei o celular pois não queria receber ligações dos produtores, eu sabia que estavam planejando uma outra leg da turnê na Ásia e Oceania, mas pretendia sair de lá antes que isso acontecesse. No dia seguinte, na surdina, me encontrei com um dos meus melhores amigos que me ajudou muito a dar esse pontapé e reviravolta na minha vida e carreira, Klaus Henderson!
Luke: Pode entrar por favor, Klaus!
O produtor musical Klaus Henderson chega a cena, abraça a artista e se senta.
Klaus: Olá, olá! Boa noite, tudo bem Plastique? Tudo bem, Agatha?
Agatha: Como vai, amigo? O voo para cá foi muito cansativo?
Klaus: Não tanto, na verdade. Passei ele inteiro dormindo, então estou me sentindo descansado. Agatha, primeiramente feliz aniversário cinco meses atrasado. Obrigado pelo convite e pela consideração, e obrigado principalmente por essa amizade de anos!
Agatha: Eu e o Klaus nos conhecemos pelo SoundCloud, ele postava músicas em anonimato lá pois não era confiante o suficiente em suas produções e eu sempre fui o tipo de pessoa que gosta de garimpar músicas. Quando o descobri, fiquei maravilhada pois era tudo tão magnífico! Fizemos uma amizade virtual e eu o convenci a ingressar no mundo da música.
Klaus: Lembro que inclusive a Agatha quem me apresentou à maioria dos artistas da indústria, pois ela tinha muitos contatos, e foi só por causa dela que consegui alavancar a minha carreira de produtor, sou muito grato a ela.
Luke: Klaus, qual a sua memória favorita com a Agatha?
Klaus: Eu diria que foi durante a gravação para o clipe de Hair In My Soup, uma das músicas da nossa mixtape conjunta, que inclusive a Plastique participou.
Plastique: Oh sim, sim. Foi muito divertido.
Klaus: Foi um clipe verdadeiramente caótico, e ainda bem que foi pois combinou com a energia caótica da letra. É uma lembrança definitivamente muito boa que fica guardada em minha mente, desde a roteirização, até a gravação e a edição, foi tudo muito divertido.
Agatha: Eu e o Klaus criamos um projeto para a Dark Diamond Music, uma gravadora que buscava encontrar diamantes preciosos no escuro e dar-lhes a liberdade artística para se expressarem. Foi um projeto de fato ambicioso, alguns artistas passaram pelo nosso catálogo durante os anos, mas atualmente somos somente eu e o Klaus. Em 2020, lançamos uma mixtape com vários artistas convidados para atrair a atenção para nosso selo e divulgar nossa marca. Também havia sido multada por quebra de contrato pela minha antiga gravadora e lembro que eles falaram que eu não serei capaz de pagar-lhes com meu novo selo, e realmente foi sofrido, haha, mas então veio o Violence, meu segundo álbum de estúdio.
Luke: Klaus, qual o seu álbum e música preferidos da Agatha?
Klaus: Meu álbum preferido definitivamente é o Nightmare, a estética musical dele é inigualável, experimental e comercial na medida certa, sem perder a essência da Agatha. Já a minha música favorita, não tenho como dizer outra que não seja Blasphemy, do Violence, pois fui eu quem produzi.
Agatha: Foi bom você ter mencionado o Violence agora, Klaus, pois é sobre ele que vou contar. O Violence nasceu sendo fruto do ódio e do rancor, era o meu grito de raiva contra todas as injustiças do mundo, contra a violência, contra o capitalismo destruidor. Por esse motivo, foi o álbum mais barulhento que já fiz, arrisquei vocal gutural e tive muitas influências de rock e heavy metal. É um álbum relativamente bom, mas hoje não gosto tanto dele, pois sinto que estava overfeeling. Às vezes sinto que teria sido melhor tê-lo guardado só para mim, mas foi de suma importância para me estabelecer como uma rockstar. Na época, o rock estava alta graças a nomes como o de Plastique Condessa, então o álbum obteve números incríveis nas paradas musicais.
Agatha: Regret, primeiro single da era, ficou em primeiro lugar por duas semanas, enquanto Blasphemy atingiu o Top 3! O álbum teve mais de um milhão de cópias vendidas, especificamente 1.002.750, uau! Não vendeu tanto quanto o meu álbum de debut, mas foi suficiente para pagar a multa, pagar as contas e viver confortavelmente bem, já que não foi um álbum tão caro de se produzir, desse modo calamos a boca da minha antiga gravadora!
Agatha: A nota que obtive no Metacritic foi 79, superando a do meu primeiro álbum. Toda a minha raiva contra o capitalismo foi alimentado pelas indulgências que sofri com a minha primeira gravadora, escrevi o Violence durante a minha turnê, foi o álbum mais rápido que já escrevi, apesar de apenas ter sido lançado no dia 15 de Maio de 2021, um ano após tudo isso. O que levou tempo foi a produção pois se tratava de um gênero inexplorado por mim e eu tive muitas dificuldades de encontrar a melhor forma de passar a emoção que eu precisava passar com o rock, de uma forma que o instrumental não engolisse a minha voz, o que era uma das minhas maiores preocupações.
Agatha: Durante essa era, passei por muitos problemas pessoais e a minha cabeça estava cheia. Eu havia retornado à Inglaterra para cuidar da Dark Diamond Music junto com o Klaus e também estava na faculdade na época, então não consegui fazer as promoções como queria e deveria, fora que ter esse trabalho paralelo de cantora mega famosa atrapalhava meus estudos, então decidi focar inteiramente os dois próximos anos na minha graduação. Me formei em música pela Universidade de Londres em 2022 e em 2023 voltei a focar em minha carreira. Lembro-me que demorei um pouco para definir o que eu queria de fato fazer, mas logo me encontrei. Em 2023 lancei dois trabalhos: um EP e o meu terceiro álbum.
Agatha: Em 04 de Agosto de 2023, meu primeiro EP foi lançado: o Inspire! É um projeto com influências country e, obviamente, rock. Considero ser um álbum relativamente positivo pois há letras românticas sobre experiências amorosas que vivenciei e estava vivenciando na época, principalmente My Cowboy, Enough e Universe, mas também há letras mais tristes como Heavy Heart e como a minha música preferida desse EP, a última faixa Shipwreck, que inclusive foi single e teve um dos melhores clipes que eu já fiz na minha carreira. Sou muito obcecada pela estética, pela palheta de cores, tudo é perfeito. A música fala sobre a pessoa que dei meu primeiro beijo e logo depois sumiu completamente sem me dar notícias. Enfim, não quero entrar em tantos detalhes sobre isso agora porque há muitos anos já expliquei tudo sobre essas faixas...
Agatha: O Inspire vendeu 548.800 cópias e teve nota 86 no Metacritic, tendo sido a minha maior nota até aquele momento, o que foi um grande motivo de felicidade para mim, mas ao mesmo tempo estava incomodada com algo, vou deixar para explicar isso mais para frente. De todo modo, foi uma era bem sucedida, não tive um primeiro lugar, mas Universe chegou à segunda posição das paradas globais e serviu para preparar bem o terreno para o que viria mais para frente, o meu glorioso terceiro álbum de estúdio.
Agatha: O Forget Me Not, o qual considero minha obra-prima, foi lançado no dia 06 de Novembro de 2023, meses após o Inspire. Eu escolhi essa data para lançar o álbum pois foi a data em que meu pai faleceu, um acontecimento que me marcou bastante na minha infância. Até hoje, esse álbum é muito importante para mim. Ele foi escrito durante a época de pandemia de covid-19, muitas pessoas estavam morrendo em todo o mundo, inclusive tive parentes que morreram nessa época, então eu comecei a questionar qual seria o sentido da vida se cedo ou tarde todos estaríamos debaixo da terra. Após muito refletir, eu resumi a resposta em uma palavra: legado.
Agatha: É inevitável a morte, eu sei, em algum momento vamos morrer e seremos consumidos pelos vermes da terra, por esse motivo temos que aproveitar ao máximo o nosso tempo aqui em cima e fazer de tudo para cuidar das pessoas que amamos. O nome do álbum é "não me esqueça", mesmo nome de uma flor azul. Tem uma história sobre um homem que se declarou para uma mulher na beira do Rio Danúbio, na Alemanha, e lhe deu uma flor azul que estava crescendo na margem; infelizmente, o homem caiu no rio e a correnteza o levou, mas antes de partir ele gritou a ela "não me esqueça"; a mulher usou a flor azul em seu cabelo todos os dias da sua vida até sua própria morte.
Agatha: Nesse sentido, o que seria um legado? O legado desse homem que morreu no rio foi a flor que deu à sua amada. Um legado é algo que faça com que sejamos lembrados mesmo após a nossa morte. Não precisa ser algo grandioso, uma invenção inovadora ou uma descoberta revolucionária, pode ser algo pequeno, pode ser uma semente plantada no coração de alguém que você ama, isso também é um legado. Com isso, todas as músicas desse trabalho falam sobre o processo de aceitação e de sentir confortável com o conceito da morte, e não com medo. Como eu mesmo falo em uma das faixas, a morte é o que me deixa sã, pois eu sei que há um final para tudo e que por isso, eu devo aproveitar 100% do que puder enquanto estiver viva e ser a melhor pessoa que eu puder ser para as pessoas que amo. Se a vida não tivesse fim, nada disso faria sentido. Por isso, todos os dias é uma batalha para crescer e ser melhor, para construir um legado que seja sólido a ponto de que você não sinta mais medo de morrer pois saberá que sua memória perdurará nos corações e lembranças das pessoas.
Agatha: A morte sempre foi um tema que me acompanhou desde a minha infância, perdi o meu pai muito cedo e isso me abalou, eu costumava dizer que a última vez que eu havia chorado havia sido em seu funeral e de fato isso foi verdade por muitos anos, eu me sentia travada, bloqueada para chorar e expressar emoções, até que em 2023 eu passei por uma situação que me deixou muito triste e consegui chorar novamente, consegui sentir toda aquela tristeza por um longo período e honestamente foi uma experiência incrível para a minha alma, senti como se estivesse renovada, como se tivesse a lavado por completo. Desde então, consigo chorar com mais facilidade. Mas esse momento em que derramei lágrimas foi importante para eu perceber que estava viva, por mais que doía era uma dor reconfortante pois me lembrava que eu ainda tinha sentimentos, que meu coração ainda batia. A música Bleed, que escrevi para esse álbum, é sobre isso. Quando sangramos, por mais que esteja doendo, significa que ainda estamos vivos, e lembrar que você está vivo é uma sensação inigualável e única.
Agatha: O Forget Me Not vendeu no total 1.554.120 cópias, mais que o Violence e o Inspire juntos, além de ter estreado diretamente na primeira posição das paradas globais e ter obtido nota 96 no Metacritic, a maior nota de um álbum na história. Todos os singles entraram no Top 10 global e inclusive com esse álbum conquistei o meu terceiro #1 com Titanium Walls, sendo a colaboração mais significativa para mim com um dos meus melhores amigos na indústria, Stefan Lancaster.
Luke: Com isso, chamamos para se juntar a nós, Stefan Lancaster!
Stefan: Olá, olá a todos! Todos bem?
Agatha: Seja bem-vindo a minha Late Late Late Late Late Birthday Party!
Stefan: Você acabou de repetir Late cinco vezes?
Agatha: Sim, pois está atrasada em cinco meses.
Stefan: Bem, então te desejo um Late Late Late Late Late Happy Birthday!
Agatha: Late Late Late... Ah, enfim, obrigada Stef!
Stefan: E eu sou muito grato por essa oportunidade, assim como as outras colaborações que nossa parceria, nossa amizade gerou. Você foi - e continua sendo, alguém que, mesmo com a distância e nossas agendas complicadas, está sempre presente pra mim, sempre me ajudando a resolver um problema, uma dúvida, ou só quando preciso de alguém pra me ouvir... ou até nos desastres mais caóticos em ceertos eventos que eu espero que não se repitam, haha - enfim... eu espero sempre poder te retribuir tudo isso. Feliz aniversário Lina, que venham muitos mais.
Agatha: Que fofo! Muito obrigado pelas palavras, Stef. É muito importante pra mim a consideração mútua que desenvolvemos e a amizade inabalável que construímos através dos anos. Espero que possamos trabalhar juntos mais vezes e continuar crescendo profissionalmente, você é uma das maiores inspirações para todos nós aqui, eu acredito. Uma inspiração não somente artística, como também pessoal.
Luke: Qual a sua memória favorita com a Agatha, Stefan?
Stefan: Lembro-me que uma vez durante a noite a Agatha me mandou mensagem pois estava com dificuldades de escolher o nome para o seu terceiro álbum, ela já tinha imaginado que o foco do álbum seria uma flor azul pois o azul é a cor da tristeza e isso simbolizaria o florescimento da tristeza em seu coração, mas ela simplesmente não sabias nomes de flores azuis, somente violeta mas violeta é violeta, e não azul. Começamos a pesquisar juntos até que encontramos a flor perfeita: Forget-me-not. A Agatha leu a história e o significado e decidiu na hora que o nome do álbum seria aquele.
Luke: Aproveitando a deixa, também gostaríamos de saber a sua música favorita da Agatha. Pode nos contar?
Stefan: Talvez minha opinião seja um pouco influenciada por também fazer parte do álbum? Talvez, mas ainda acho que seu ápice até agora foi o Forget-Me-Not, principalmente em "Legacy". É algo que qualquer pessoa que está passando por algum tipo de crise existencial deveria ouvir, ler, sentir, absorver. As estrofes logo depois do primeiro refrão são as que mais ficaram na minha cabeça...
Stefan então começa a estalar os dedos para fazer um ritmo e então canta 'Legacy' a partir dos versos que mencionou, fazendo um gesto pra que os outros o acompanhem, e indo até o refrão.
Agatha: Concordo, Legacy também é uma das minhas músicas favoritas. Eu sou extremamente grata ao Forget Me Not por tudo que consegui com ele e até o momento ele é o meu legado, haha. Em janeiro de 2024, lancei um EP com remixes do álbum, mais especificamente das faixas Flowers, Titanium Walls, Blue Heart, The Ghost and The Cliff e Legacy. Esse EP vendeu 186.804 cópias.
Agatha: Algum tempo depois, no ano de 2024 ainda, mais especificamente no dia 16 de Julho, lancei meu segundo Extended Play, o Expire!
Agatha: Não, eu não planejava que o Inspire tivesse uma continuação, mas acabou acontecendo, e por esse motivo decidi fazê-los opostos. Enquanto o Inspire era ligeiramente mais positivo, o Expire era ligeiramente mais negativo. A capa do Inspire era preto e branca e eu estava vestida de preto, enquanto a capa do Expire é colorida, clara, e eu estou vestida de branco. Expire não tem a ver somente com expirar o ar, mas também com a morte. Sei que a esse ponto deve soar como um tema batido para mim, mas é um dos assuntos que tentei abordar aqui. O Expire é o meu projeto mais underrated, eu diria, pois tem músicas e composições realmente muito, muito boas e que não foram tão ouvidas. Apesar de o single Guilty ter chegado à sétima posição nos charts, tem muitas outras faixas que mereciam reconhecimento.
Agatha: Gostaria de citar Running in the Dark como uma das melhores músicas que já escrevi, bem como Guilty e Tomorrow. Inclusive eu imaginei que na época receberia críticas negativas por Tomorrow, faixa que encerra o Expire, já que ela traz uma vibe bem diferente, mais voltada ao eletrônico e com o uso de distorções na minha voz. Não é a primeira vez que distorço minha voz em músicas, mas por essa faixa ser mais acústica, isso ficou mais perceptível. Esse EP se distancia mais do country do Inspire e se aproxima do rock, um gênero que eu já estava habituada e confortável em fazer. Apesar disso, ainda há músicas com leve influência do country como Sunflower. Esse EP também é extremamente significativo para mim pois retrata algumas relações românticas infrutíferas, mas não somente isso. Na música Void eu furo essa bolha de experiência pessoal e trago uma experiência coletiva falando sobre a superficialidade das relações entre as pessoas. Pode soar engraçado, mas eu tive a ideia para essa música enquanto estava em um aplicativo de relacionamento procurando alguém interessante e simplesmente ninguém me agradava, então eu só deslizava o dedo para a esquerda sem parar. Isso me fez perceber como muitas vezes as relações criadas através de aplicativos são vazias, rasas, porque julgamos as pessoas com base em uma foto e uma descrição que elas mesmas designaram a si.
Agatha: Uma curiosidade que poucos sabem é que existe uma faixa secreta entre o Inspire e o Expire. É uma faixa que não está nas plataformas de streaming, mas está exclusivamente na versão física "Inspire + Expire", que é a junção dos dois EPs. Na verdade, é uma interlude chamada Breathe que separa os dois projetos e é uma faixa extremamente vocal que eu pessoalmente sou apaixonada.
Agatha: Eu realmente gosto bastante desse EP e eu queria que fosse mais reconhecido, mas entendo pois o período de divulgação não foi longo. As coisas estavam um pouco turbulentas na Dark Diamond Music na época e eu não pude promover o EP como eu desejava. Haviam algumas incertezas na época e instabilidades financeiras que acabaram atrapalhando o meu planejamento.
Agatha: Enfim, no ano de 2025 eu fiz a majestosa Legacy World Tour, foi uma turnê mundial em que passei por todos os continentes durante meses, fiz shows, conheci fãs e os mais diversos lugares. Foi uma das melhores experiências da minha vida, honestamente. Eu fico muito feliz de poder ter feito uma turnê como meus fãs merecem e como eu mereço após o literal caos da Chaos Tour. Eu quero fazer uma nova turnê em breve após o lançamento do meu próximo álbum, que provavelmente sairá no ano que vem, e prometo que vai ser tão grandiosa quanto, se não mais, haha.
Agatha: Em meio a incertezas que eu estava enfrentando na época e a iminente falência da Dark Diamond Music, uma pessoa me estendeu a mão, na verdade estendeu a mim ao Klaus. Sem ele, provavelmente a gente estaria em uma situação ainda mais complicada do que a que estávamos, hahaha. Apollyon, por favor, pode se juntar a nós!
Agatha: Boa noite amigo, tudo bem? É uma honra ter você a minha mesa de jantar hoje a noite... Como você está?
Apollyon: Eu queria antes de tudo, te agradecer muito pela nossa amizade já de anos. A gente se conheceu num tempo bem… conturbado, com toda aquela situação da Dark Diamond Music acontecendo com você e com o Klaus, e pelas várias maluquices que também estavam acontecendo na minha vida pessoal… foi realmente uma época bem improvável pra nascer uma amizade, mas acho que isso é só mais um exemplo de como muitas vezes na sua carreira você consegue criar coisas boas e dar a volta por cima, mesmo com tantas complicações acontecendo. Realmente, é só mais um exemplo, já que você já fez isso tantas outras vezes.
Apollyon: É muito inspirador ver a luta que você e o Klaus tiveram para conseguir construir um espaço próprio que permitisse vocês criarem música do jeito que vocês amam de verdade, e eu me sinto muito honrado por poder fazer parte disso. A Arcade Records também nasceu de um desejo meu pra mostrar essa criatividade que explodia na minha cabeça, mas por vários motivos tive que manter guardada, então… fico com o coração quente de ver de perto uma artista tão grandiosa superando as adversidades do mesmo jeito.
Apollyon: Com todo carinho do mundo, feliz aniversário, Agatha. Eu fico muito feliz que em meio a tantas questões criativas e burocráticas, o nosso trabalho só se torna mais rico por causa da nossa amizade. Você é uma artista incrível, e todo seu legado caótico - ele da uma piscadinha, com a própria piada - é algo pra se lembrar por muitos e muitos anos. Meus parabéns!
Apollyon: E, sim, estou bem sim. E você?
Agatha: Como eu estou?Estou encantada com esse discurso, haha. Te agradeço tão imensamente que mal cabe no meu coração. Todo esse apoio foi de uma importância gigantesca para nós e eu fico feliz de poder compartilhar esses momentos contigo, principalmente momentos de amizade. Sinto que nos aproximamos muito com o tempo e sem você, eu sem dúvidas jamais chegaria aqui. Obrigada pelos parabéns, pelo acolhimento e hospitalidade, e principalmente por ter aceitado o meu convite.
Luke: Apollyon, qual o seu álbum favorito da Agatha?
Apollyon: Eu acho que não tenha uma era sua que eu não tenha um apego grande… apesar de eu nunca ter chegado em ritmos tão pesados nas minhas próprias músicas, as músicas do Violence me despertavam uma energia foda que eu não sentia desde quando eu tocava em bares com o Fall Out Boy, lá… no começo do Panic! ainda.
Agatha: Claro, o seu projeto que eu mais tenho apego é o Nightmare… hehe. É até surpreendente quanto a gente demorou para colaborar juntos num trabalho, se for parar pra pensar. Ainda sim o Nightmare tem uma força muito individual… talvez por ser um retorno depois de tanto tempo, ou talvez por ter dado uma resgatada nas coisas do começo da sua carreira, mas é uma puta de uma experiência! Shooting Star é a minha faixa favorita, e uma das coisas mais fodas que eu já ajudei a produzir. Apesar disso… ah porra, como é complicado decidir um favorito?!
Agatha: Acho que o meu álbum favorito num geral é o Forget Me Not. Ele saiu numa fase onde eu estava voltando a me conectar com meu lado artístico com força, então me lembro muito bem de ficar muito ansioso com as músicas, com os clipes… tipo, não conseguia esperar pra ver o que você ia fazer para desenrolar a era. PORRA! Quando você lançou The Ghost And The Cliff pra encerrar a era… foi genial. Eu adoraria que Rotten Tree tivesse sido single, pra mostrar ainda outro lado do album, mas o Forget Me Not ó ... - Brendon fecha os dedos de uma mão na ponta, e faz um chef 's kiss - you just had to be there!
Agatha: Também considero o Forget Me Not o meu ápice artístico. É, inclusive, motivo de insegurança para mim, me questiono se algum dia eu chegarei aos pés de quem eu era. Mas eu te entendo, também tenho um apego muito grande pelo Nightmare, principalmente pelo processo criativo dele que foi um dos mais fluidos e naturais para mim, ter a sua ajuda na produção dele também foi fundamental para que fosse tão bom quanto é.
Apollyon: Eu me lembro de quando estávamos fazendo Shooting Star. As guitarras do refrão estavam muito foda, mas eu não conseguia parar quieto… e dessa vez, que bom que eu não parei.
Apollyon: Tava bem tarde já, tínhamos ficado o dia inteiro no estúdio gravando as coisas, e eu achei que íamos encerrar a sessão e continuar no próximo dia. Mas aí tive a bendita ideia de pedir pra a gente fazer uns drives… só para experimentar, sabe? Na verdade, como um bom produtor, eu tinha ouvido muito o Violence nos dias antes das nossas sessões, pra voltar minha cabeça no foco que a gente precisava… e eu meio que não conseguia parar de ouvir Revolution e Terrorism. Porra, uma depois da outra, ambas com impacto TÃO forte, mas sendo faixas tão diferentes, eu queria ver se conseguia fazer um sintetizador melódico como as guitarras eletrônicas de Revolution, mas eu queria muito usar um pouco do seu alcance gutural como tinha em Terrorism. E aí que veio a ideia de distorcer sua voz pra criar a melodia em cima das guitarras de Shooting Star.
O drive com overtune foi TÃO FODA na música que você teve que me segurar pra não continuar colocando isso em outras faixas do álbum hahHAH-
De qualquer forma, eu fui dormir super tarde naquele dia, mesmo depois que terminamos a sessão. Eu experimentei todos os jeitos possíveis de mixar os vocais com as guitarras pro refrão até chegar no resultado final… e valeu super a pena!
Agatha: Esse tipo de experimentação me agrada bastante. Um dos meus passatempos preferidos é ficar horas e horas no estúdio gravando e experimentando diferentes estilos e sonoridades, e fazer isso com você definitivamente é mais divertido. Shooting Star é a minha música favorita do Nightmare graças a você! Obrigada novamente, haha.
Agatha: Retomando o assunto principal, conforme foi se aproximando o fim da turnê, mais problemas internos foram surgindo em nosso selo que me fizeram questionar se tomamos a decisão correta após 5 anos de trabalho árduo. Eu estava questionando os meus sonhos e as minhas escolhas, ponderando que talvez fosse melhor desistir do que arriscar perder tudo ou quebrar a cara. Fruto dessas inseguranças e desse medo, nasceu o Nightmare! Inclusive o Apollyon foi extremamente importante para mim durante essa era.
Agatha: No dia 25 de Maio de 2026, o meu quarto álbum de estúdio, o Nightmare, viu a luz do dia, ou melhor, viu a escuridão da madrugada. Dei início a era em janeiro com o lançamento de Dreams, que foi o lead single. Não foi a minha melhor era em questão de números e vendas, a música alcançou o oitavo lugar nas paradas globais e o single promocional Shooting Star, chegou apenas ao #19. Nesse ponto já sou uma cantora consolidada o suficiente e não preciso de estar sempre no topo para saber que sou relevante, então não foi uma situação que me incomodou. O álbum foi realmente um filho de meus medos mais íntimos.
Agatha: Questões como ansiedade social, mais popularmente conhecida como fobia social, se tornaram o tema central do projeto. Afinal de contas, o que é a ansiedade se não medo do futuro? Nesse álbum, eu dominei a ciência desse fato. Na época, eu também estava obcecada por temas como surrealismo e o mundo onírico, então isso me inspirou bastante a ambientar as faixas em um mundo de sonhos, ou de pesadelos, já que os assuntos são majoritariamente negativos. A faixa principal do projeto eu diria que é a própria Dreams, que é uma música sobre negligenciar os próprios sonhos e se afundar cada vez mais pois você não acredita mais neles.
Agatha: Shooting Star, que é a minha música preferida do álbum, é sobre a sensação de não ter nada mesmo que tenha tudo, como se todo o sucesso, dinheiro e fama que você tivesse conquistado durante a sua vida e carreira não valessem de nada pois você ainda se sente vazio, e é um sentimento que eu tive por bastante tempo e até hoje me pego pensando nele me sabotando. Uma outra faixa que gosto bastante é Lovable, onde me questiono se sou amável, digna de receber amor. Escrevi logo após ter uma experiência ruim com uma pessoa com quem estava me relacionando.
Agatha: Também gostaria de citar Fight The Wind, que ironicamente é a última música do álbum e a primeira que escrevi para ele. A história com essa música é interessante. Eu estava fazendo uma caminhada e estava ventando muito, bagunçando meu cabelo constantemente. Isso me deixou levemente irritada e o tempo todo eu levava a mão ao cabelo para abaixar os fios que o vento havia levantado. Era um fim de tarde e a Lua estava visível no céu. Fiquei encarando a Lua e um pensamento me ocorreu quase como se fosse externo, como se alguém tivesse soprado no meu ouvido: "You can't fight the wind". Foi aí que eu percebi que eu não poderia controlar tudo, muito menos uma força natural como o vento, então por que eu deixaria algo que não estava ao meu alcance me incomodar tanto? Terminei a caminhada sem me importar com o cabelo bagunçado, observando a Lua e o Sol conforme se punha. A sensação de paz que senti foi absurda e conforme ia voltando pra casa, os versos da música simplesmente se formavam na minha cabeça de maneira natural.
Agatha: Decidi colocar essa música no final do álbum pois ela representava uma conclusão satisfatória para todos os pensamentos que me assombraram durante as demais faixas. Não posso controlar tudo, então não preciso ter medo de tudo, algumas coisas vão acontecer como devem acontecer e infelizmente às vezes não tem nada que podemos fazer para mudar isso. Inclusive essa se tornou uma técnica para mim para ajudar com a ansiedade; sempre que eu estou preocupada ou pensando demais sobre algo que não está sob meu controle ou sob meu alcance, eu repito para mim mesma a frase que a Lua me disse: "Você não pode lutar contra o vento." - surpreendentemente, isso me acalma muito.
Agatha: O Nightmare vendeu 857.811 cópias, não tendo sido o meu álbum de maior sucesso, mas teve uma considerável relevância pois é atualmente meu segundo álbum mais bem avaliado, com a nota 89 no Metacritic. Uma das críticas disse que o Nightmare deveria ter cozinhado por mais tempo, que deveria ter sido melhor lapidado. De certo modo, eu concordo, mas também eu adoro como ele foi estruturado pois retrata a exata natureza bruta de um sonho, nada é tão bem lapidado e eu gosto disso, desse sentimento de confusão, de estar perdido, inclusive a música Journey fala sobre essa sensação, haha.
Agatha: Nesse álbum, eu explorei um lado mais eletrônico experimental, um pouco pop comercial... Eu diria até que me arrisquei, me distanciei um pouquinho do rock, mas só um pouquinho pois ainda tem bastante no álbum. De todo modo, eu aprecio bastante esse projeto e o considero muito importante para a minha carreira.
Luke: E após o Nightmare?
Agatha: Cá estamos. No dia 2 de Junho de 2027, fiz o lançamento de Chaosphere, meu novo single. A música não obteve grande sucesso pois logo foi envolvida em uma polêmica devido ao uso de um sample, já falei sobre isso em uma entrevista recente e não quero trazer o assunto aqui novamente, mas isso fez com o que a minha coletânea de maiores sucessos, que deveria ter sido lançada em 19 de Junho, no meu aniversário de 30 anos, precisasse ser adiada por 5 meses até reajustarmos questões internas. No dia 27 de Outubro, eu lancei o remix de Earthquake, meu single de debut, para preparar o terreno para o enfim lançamento do meu novo projeto, que veio no dia 10 de Novembro.
Agatha: Chaosphere (Agatha Melina's Greatest Hits) é a minha primeira coletânea, sendo um compilado com os maiores sucessos dos meus 8 anos de carreira. Fico imensamente feliz de poder celebrar essa história com meus fãs e meus amigos e mal espero pelo que o futuro me reserva. Muito obrigada a todos que me acompanharam nessa jornada e estiveram comigo fielmente durante todos esses anos. Eu amo vocês, de verdade.
Agatha: Sei que estão todos com fome, então vou pedir que sirvam o jantar! Mandei que preparassem pratos especiais e suculentos para vocês meus amigos, então aproveitem bastante.
Após se servirem e comerem bem enquanto conversavam de maneira leve e amistosa, trazem um bolo de dois andares até a mesa, coberto de glacê branco com fatias de abacaxi.
Stefan: Que bolo bonito, o recheio também é abacaxi?
Agatha: São três recehios: abacaxi, ameixa e figo. Esse foi o mesmo recheio de bolo do casamento dos meus pais e eu sou apaixonada por essa combinação, sempre quis recriar e nunca tive a oportunidade, mas sinto que hoje é a oportunidade perfeita. Espero que gostem!
Agatha: O primeiro pedaço de bolo, eu gostaria de dedicar a alguém que não está aqui na mesa... Na verdade, não é para uma pessoa somente, mas sim para um grupo de pessoas. O primeiro pedaço desse delicioso vai para todos os Chaotic ao redor do mundo, meus dedicados e amorosos fãs. Muito obrigada por todos esses anos que estiveram comigo, me apoiando e cuidando de mim. Provavelmente se não fosse vocês, eu não estaria onde estou hoje, então saibam que são todos muito importantes para mim. Eu gostaria de dividir esse bolo e dar a cada um de vocês uma fatia bem generosa, mas sei que não é possível, então eu vou fazer o que posso fazer de melhor, continuar entregando conteúdo, vou me esforçar para finalizar o meu próximo álbum e retornar maior do que nunca. Por favor, esperem pela Agatha Melina! Amo vocês. Feliz aniversário para mim e feliz aniversário de 8 anos, 1 mês e 26 dias para vocês, se é que vocês me acompanham desde o dia que eu lancei Earthquake, se não, feliz aniversário da quantidade de tempo que vocês me ouvem. Muito obrigada!
Luke: Agora vamos para a melhor parte dessa transmissão mega especial. Vamos abrir os presentes!
Após os pratos do jantar terem sido recolhidos, haviam sido colocadas algumas caixas embrulhadas em papel de presente sobre a mesa, algumas grandes outras pequenas. Não havia identificação ou etiqueta indicando quem havia trazido qual.
Luke: Vamos fazer um pequeno jogo. Agatha, você precisa descobrir qual presente cada um te deu. Vamos testar se você os conhece como eles te conhecem.
Agatha: Não confio o suficiente nas minhas habilidades interpessoais para isso, mas vamos lá. Por qual presente eu começo?
Luke: O que você quiser! A escolha é sua.
Agatha: Vamos lá, eu vou começar pela maior caixa. Não é que sou ambiciosa e nem nada, mas talvez um pouco megalofóbica. Essa caixa grande sobre a mesa está levemente me incomodando, então vou abri-la primeiro.
Após retirar a embalagem, Agatha tira da caixa uma escultura de madeira de uma caosfera, com 30 centímetros de altura e pesando cerca de 10 quilos junto da base.
Agatha: Caramba, que pesado. Quem fez isso realmente caprichou no presente. Antes de tudo, eu queria dizer que já amei. Todos sabem como esse símbolo é importante para mim e agora poderei tê-lo como parte da decoração de minha casa, isso me deixa muito feliz, haha. Bem... Posso ter uma dica sobre quem deu o presente?
Luke: Não diretamente, mas posso revelar que a escultura foi esculpida pelo próprio convidado, juntamente com seu primo.
Agatha: Sei que não foi o Klaus porque ele não tem as habilidades manuais para isso, então fico em dúvida entre o Stefan e o Apollyon... Vamos lá, vou dizer que foi o Stefan quem trouxe esse.
Stefan: Isso mesmo, hehe. Fico feliz que tenha gostado, eu imaginei que seria o tipo de coisa que você gostaria de ter bem na sua sala de estar para espantar as visitas básicas, então coloquei a mão na massa.
Agatha: Não sabia que você esculpia em madeira, mas é muito bom saber. Provavelmente vou encomendar mais esculturas no futuro para enfeitar minha casa.
Agatha: Bem, o próximo presente, vejamos o que é... Ok, isso é extremamente caro. Preciso manusear com cuidado.
Agatha tira da segunda caixa, um conjunto de joias de diamantes negros Swarovski. Um colar de correntes de prata, com pequenos diamantes na extensão, e um maior no centro, lapidado como uma rosa, e um par de pequenos brincos, também de prata, com diamantes menores, lapidados em formato de rosa.
Agatha: Definitivamente foi o Apollyon, nem consigo pensar em outra pessoa que poderia me presentear com algo desse tipo.
Apollyon: É muito difícil dar presentes pra pessoas ricas! Por que qualquer item caro de grande utilidade a pessoa provavelmente já tem, então a criatividade tem que ser muito maior pra tentar dar algo que ignore o fator “preço”, mas foque no fator “ser algo especial para a pessoa”.
Agatha: Tá brincando? Criatividade e preço andaram lado a lado aqui, para cima! Com certeza, é um presente muito especial, adorei todas as joias e fico feliz que tenha pensado em algo único com uma forte simbologia para mim também. Os diamantes negros foram uma sacada genial. Muito obrigada de verdade. Já sei o que vou usar no próximo Grammy.
Apollyon: Não vou incorporar a Vivien e falar da energia das pedras, como elas alinham os chakras, pipipi popopó ... mas acho que tem um simbolismo interessante!
Agatha: Também acredito que pedras possuem energia até um certo ponto, mas tudo bem, concordo com o simbolismo também!
Apollyon: Pesquisando o que te dar de presente, eu descobri que os diamantes negros… sim, por causa da Dark Diamond… tem essa colocação por que ainda tem grafite em sua composição.
Apollyon: No geral, quando o grafite fica sob pressão, ele se torna um diamante, e dependendo da composição mineral do solo, esse diamante vai ter coisas diferentes, e resultar em cores diferentes.
Apollyon: Pode ser muito uma viagem da minha cabeça, mas sendo o grafite uma forma essencial do diamante, eu achei muito poético como um diamante negro representa algo que passou por uma transformação imensa, se tornando algo extremamente valioso, mas pra sempre vai guardar dentro de si um pedaço da sua essência, como se fosse um símbolo eterno de onde começou, e das coisas que alcançou…
Apollyon: Eu achei muito foda, mas se eu estiver soando maluco, eu vou dizer que é culpa desse vinho aqui…. hahahaha… é isso, mais uma vez, feliz aniversário, Agatha! Espero que goste do presente.
Agatha: Eu amei o presente, definitivamente uma das maiores surpresas de hoje, obrigada! E agradeço também por compartilhar essas informações sobre o diamante negro. Quando decidimos dar esse nome ao selo, estávamos pensando no processo de formação dessas gemas, pois elas são diamantes que sofreram muitas fraturas e adquiriram a cor escura. Nós buscávamos encontrar essas joias raras que passaram por todas transformações a ponto de se tornarem únicas, e essa ideia é algo com o qual eu me identifico. Obrigada pela contribuição magnífica de hoje, Apollyon, e principalmente pelo seu presente esplendoroso.
Agatha: O último presente é o menor de todos. Não tenho dúvidas agora que este é do Klaus.
Agatha abre a caixa vagarosamente e tira de lá um pequeno livro de fotos. Ela vai passando as páginas lentamente enquanto reage ao presente.
Agatha: O que é isso? Oh, não... Não acredito. Você fez isso?
Klaus: É um book de fotos especial que fiz para você, com várias memórias desde o início da sua carreira, seus primeiros shows, suas primeiras vezes no estúdio, muitas fotos da gente na Dark Diamond Music, e também muitas folhas em branco para memórias que ainda virão, como a dessa noite...
Agatha: Então vamos tirar uma foto agora mesmo para eu adicionar no meu livro de lembranças!
Todos se juntam para postar, Luke tira uma fotografia com uma câmera instantânea e Agatha coloca a foto impressa em uma das páginas do álbum.
Agatha: Esse definitivamente foi o melhor aniversário atrasado que eu já tive, não que eu tenha tido muitos, principalmente com um atraso tão grande, mas o que conta é a participação de vocês. Obrigada Plastique, Klaus, Stefan e Apollyon por terem aceitado meu convite e por terem escolhido passar essa noite comigo. Vocês estão para sempre no meu coração. Não costumo falar esse tipo de coisa pois tenho a minha reputação de durona pra preservar, mas já que estamos aqui, foda-se! Eu amo vocês, meus amigos!
Agatha: Galera que está nos assistindo de casa, gostaria de lembrar que a minha primeira coletânea incluindo meus maiores sucessos e algumas músicas inéditas já está disponível para streaming e para compra! Por favor, continuem me dando esse apoio que prometo retribuir da melhor maneira que consigo. Chaotics, também amo vocês! Vamos nos despedir dessa festa com uma musiquinha, certo?
A versão reimaginada pela Agatha de Earthquake começa a tocar, os cinco artistas ali presentes se divertem cantando e dançando, e por fim se despedindo do público.