[LATIN] SOFÍA X HIGHXTAR
Nov 18, 2023 16:44:29 GMT
Post by adrian on Nov 18, 2023 16:44:29 GMT
[DIVULGAÇÃO PARA MUJER BRUJA]
Sofía é capa e recheio da edição digital do mês novembro de 2027 da revista HIGHXTAR. A cantora que, após meses de hiatus, retorna ao cenário musical prometendo mudanças sonoras, em direção as suas raízes latinas, com influências de diferentes décadas da música. Em editorial que celebra a carreira da jovem latina, a revista norte-americana demonstra que para além da alcunha de cantora latina, Sofía é la reina del pop. Sejam todes bem vindes.
Viver a indústria da música, sendo uma mulher latina, é muito difícil. As questões de gênero por si só constituem um ponto de inflexão: "por ser mulher você...". As minhas primeiras atividades foram condicionadas pelo meu gênero, não pelo meu talento. Isso te coloca em um ciclo destrutivo impensável. Pensamentos como "não sou suficiente", "ela é melhor que eu", "preciso sempre ser excepcional" e tantos outros, me levaram ao fundo de um buraco que não tinha base para aterrisagem, eu só estava caindo, caindo e caindo. Em seguida, ser uma mulher latina acentua determinados estereótipos e estigmas; aparentemente, devo me comportar como uma libertina porquê é assim que acham que eu sou, por ser mulher e latino-americana. No entanto, eles depois descobriram, sou Sofia. E sou muito maior que eles.
O discurso de empoderamento feminino traz à tona o fim de determinados paradigmas sociais que, em resumo, traziam a figura feminina subordinada a algo ou a alguém. Como você sentiu isso durante os primeiros anos na música?
Olha, foi bem difícil e até complicado de explicar a amplitude disso. Eram coisas mínimas, nunca se apresentou para mim através de violências manifestas, era oculto; quase invisível. Não era totalmente porque eu sentia essa carga. Desde os meus figurinos, muito decotados, até os meus contatos interpessoais que me diziam estar próxima de grandes nomes, sempre homens, claro. E sabe de uma coisa? A ROCKET passou por grandes polêmicas nos últimos anos, mas a Norma, ex-CEO da empresa, foi a única a me estender a mão e dizer que não deveria abdicar de mim mesa para a pressão da indústria. Foi uma mulher que, apesar de todos os seus erros, me estendeu a mão. Isso é significativo de que àqueles homens, típicos do patriarcado, não vão te ajudar; pelo contrário.
Esse processo de despertar, como se deu?
Foi gradual. Não é fácil dirimir esses obstáculos que transpõe uma atitude crítica da alienação completa. Não foi espontâneo, pois pensei e planejei, mas também não se tornou algo mecânico, veio da minha alma; da ânsia que tinha por justiça social. E de certa forma considero que esteja em estágio de torpor. Mas são coisas que vamos apreendendo ao longo de nossas experiências.
Como todo esse movimento transgressor se encaixou em seus últimos trabalhos?
Acredito que esta minha nova fase esteja mais evidente nos meus últimos dois álbuns de estúdio. A partir deles eu pude ter maior autonomia sobre aquilo que cantava; pude transpor meus sentimentos para cada música, cada videoclipe, cada entrevista. Despertei o melhor de mim em ambos e tenho muito orgulho do que fiz. Sei que o EL CAMINO... trouxe-me de volta a adolescência que não pude viver, aquela em que sonhava quando estava sendo despedaçada pela tristeza. E o DESENCANTO é, de longe, o meu preferido até agora. Foi tão divertido, tão libertador, fazer com que esse disco estivesse no mundo. Através dele vi, enxerguei em 4k, que esse era o meu destino. Do encanto ao desencanto há um caminho a percorrer e, posso te dizer, foi a melhor caminhada da minha vida.
Como você se definiria musicalmente?
Eu sou uma artista pop. Isso é inegável. Há, talvez, uma concepção bastante pejorativa de cantar músicas mais populares, como se fosse algo realmente depreciativo. Eu não tenho problemas com isso, aliás, me chamam de “rainha do pop” e eu adoro rir disso com meus amigos. É uma alcunha um pouco exagerada? É, mas é significativa do amor que meus fãs sentem por mim. Eu sou pop e sou artista.
Você já falou que os seus fãs podem esperar uma Sofía renovada. Como você poderia nos descrever isso?
Bem, eu considero que meus últimos álbuns refletem diferentes fases da minha vida e neste meu trabalho mais recente eu creio que atingi o ponto de equilíbrio entre a maturidade e a diversão de viver. Este novo trabalho é contundente pois eu estou finalmente embarcando naquele tipo de música que cresci ouvindo. Estar imersa nesse mundo, enquanto criança, era uma experiência totalmente diferente da de agora, por exemplo. Hoje eu me vejo como mulher adulta, empoderada e que sabe se posicionar quando precisa. Muitos dizem que eu sou uma “bruxa má”, e porquê não? [risos].
O novo conceito da sua música é relacionado à bruxaria e a essa figura mitológica da mulher. Como surgiu a ideia de pegar para si e incorporar a figura da bruxa?
Foi divertido, eu acho. Acho que todos estamos próximos de uma ideia de bruxa malvada, comedora de criancinhas e coisas semelhantes. Eu quero trazer uma visão renovada. Uma visão mais positiva. Desde o Medievo e, principalmente, na Idade Moderna a Igreja Católica tratou de pegar algumas figuras como a mulher bruxa ou feiticeira e o diabo para controlar corpos. Desafiar esse estereótipo é, em alguma medida, desafia a pressupostos religiosos seculares.
Então, um primeiro desafio foi a de me desprender de determinados preconceitos. Então eu revisitei a cultura pop em seu imenso catálogo de representações de bruxaria e tentei equilibrar os pontos positivos e os negativos. O segundo passo foi a de conversar tudo isso com as minhas próprias raízes latinas já que eu me desprendi de uma era eletrônica, para algo mais voltado à infância e a família.
Há inspiração em alguma religião para este conceito de bruxaria?
É uma pergunta engraçada. Desde nova estive dentro de igrejas católicas e perturbada pela figura do inferno em oposição ao paraíso. Hoje já não frequento mais nenhum templo, mas mantenho minha fé. É claro que questionada por familiares religiosos que a cada almoço de domingo tentam me “converter” novamente. Eu tenho uma relação bem equilibrada com as minhas crenças, sabe? Não enxergo a religião como algo ruim, mas é instrumentalizada a partir de aspirações individualistas e egoístas de líderes religiosos. Talvez possamos falar de crenças, não mais religiões.
Como a sua família lida com o conflito entre ser uma artista pop e essa figura mais “casta” proposta pela religião tradicional?
Minha família e eu sempre tivemos uma relação muito próxima, e a religião é uma parte importante de nossas vidas. Eles me apoiam incondicionalmente, mesmo com a minha carreira na música. Embora haja desafios internos, pois a música pop muitas vezes lida com temas e imagens que podem parecer conflitantes com a fé deles, acredito que a minha música também pode transmitir mensagens positivas e inspiradoras.
Acho que é importante lembrar que a arte tem muitas formas e pode ser uma maneira poderosa de se expressar, de se conectar com as pessoas e de espalhar mensagens de amor, esperança e aceitação. Eu tento incorporar elementos da minha cultura e fé nas minhas músicas de uma maneira que respeite a minha herança e os valores da minha família. Eles entendem que estou usando a música como uma forma de compartilhar minha história e minhas experiências com o mundo, e isso é algo que valorizamos muito.
Como você lida com as críticas de conservadores religiosos?
Lidar com críticas de conservadores religiosos pode ser desafiador, mas eu acredito que a diversidade de perspectivas é o que torna o mundo da música tão interessante. O respeito pelas opiniões dos outros é importante para mim, mesmo que elas sejam diferentes das minhas. Eu entendo que algumas pessoas podem ter preocupações sobre a minha música e a imagem que eu projeto.
No entanto, é importante para mim permanecer fiel a quem sou e à mensagem que quero transmitir com a minha música. Eu respeito as crenças dos outros, mas também acredito que a música pode ser uma forma de unir as pessoas, independentemente das diferenças. Às vezes, as críticas podem até me inspirar a abordar temas de uma maneira mais cuidadosa e sensível em minha música. No final, estou focada em ser autêntica, compartilhar minhas experiências e conectar com meu público. Se algumas pessoas não concordam com isso, eu entendo, mas estou comprometida em seguir meu próprio caminho e fazer música que ressoe com aqueles que a apreciam.
Há um movimento forte, na cultura ocidental, de um conservadorismo tão latente que direitos como o aborto e o casamento homoafetivo estão sendo constantemente afetados. O que você pode nos dizer sobre isso?
Minha visão sobre essas questões é de respeito irrestrito aos direitos individuais e à igualdade. Eu acredito que todas as pessoas devem ter o direito de fazer escolhas sobre seus próprios corpos, incluindo questões relacionadas ao aborto, e que o amor e o casamento não devem ser limitados pela orientação sexual. Acredito na importância da igualdade e na promoção dos direitos humanos para todas as pessoas, independentemente de sua identidade de gênero, orientação sexual, raça ou religião.
A diversidade é o que torna o mundo tão rico e interessante, e é fundamental para avançar como sociedade. É importante que as vozes se levantem para defender esses direitos e promover o respeito à diversidade, mesmo quando enfrentamos resistência. Como artista, eu tento usar minha plataforma para destacar essas questões e encorajar a empatia e a compreensão entre as pessoas. Caso não concordem, problema deles, mas não irão impedir a liberdade sexual de mulheres, no caso do aborto.
Você não tem medo de se posicionar, mas outros artistas têm. É medo de perder contratos de publicidade ou alguma outra coisa? O que você sente?
Entendo que muitos artistas podem sentir medo de se posicionar em certas questões, especialmente quando isso envolve temas polêmicos ou politicamente carregados. Cada artista lida com essa situação de maneira diferente, e é uma decisão pessoal. No meu caso, minha abordagem é ser autêntica e honesta em relação às minhas crenças e valores. É verdade que existem pressões na indústria da música, assim como em outras áreas, e que algumas decisões podem impactar contratos de publicidade, popularidade e relacionamentos profissionais.
No entanto, acredito que é importante usar minha plataforma para promover mudanças positivas e falar sobre questões que considero importantes. Sinto uma responsabilidade em relação aos meus fãs e ao mundo em que vivemos. Isso me motiva a abordar questões importantes, mesmo que isso possa ter consequências. Acredito que, como artista, tenho a capacidade de influenciar positivamente e inspirar outras pessoas a pensarem sobre questões importantes e a se envolverem ativamente na construção de um mundo mais inclusivo e justo. Portanto, estou disposta a enfrentar desafios e possíveis consequências para fazer a diferença.
Estamos em um mundo permeado pela diversidade mas, paradoxalmente, discursos extremistas ganham cada vez mais espaço na mídia e até mesmo na música. Como uma artista que se posiciona politicamente, qual a sua ideia para sairmos desse abismo de obscurantismo.
É uma questão difícil e acho que não deva ser a melhor pessoa para propor uma solução. Contudo, acredito que pensar sobre a saída desse obscurantismo perpassa pela busca de uma solução coletiva. Afinal, se o problema afeta a todos, a solução também o faz. Não sou eu, Sofía, o bastião contra essa situação horrenda, mas todos nós. Creio que apenas a ação popular é capaz de reverter esse quadro social em que extremistas sentem-se à vontade para espalhar seu ódios para com aqueles que pouco podem fazer.
Qual a mensagem que você tem a dizer às jovens mulheres que, privadas de liberdade, tem em você um exemplo?
Às jovens mulheres que enfrentam privação de liberdade, eu gostaria de enviar uma mensagem de esperança, força e resiliência. Sei que muitas de vocês podem estar passando por momentos difíceis, mas quero que saibam que, independentemente das circunstâncias, vocês têm a capacidade de se reerguer.
Acreditem no poder da transformação pessoal e no desenvolvimento contínuo. Sei que cada uma de vocês tem uma história única e valiosa, e é importante reconhecerem seu próprio valor. A vida é cheia de desafios, mas também oferece oportunidades de crescimento e superação.
Não permitam que as circunstâncias atuais definam completamente quem vocês são. Envolvam-se em atividades que as inspirem e busquem oportunidades de aprendizado e desenvolvimento. Acreditem na sua capacidade de criar um futuro melhor para si mesmas. Além disso, lembrem-se de que não estão sozinhas. Há recursos e apoio disponíveis, tanto dentro quanto fora das instituições. Busquem conexões positivas, construam redes de apoio e estejam abertas a receber ajuda quando necessário. Mantenham a esperança, foquem em suas metas e lembrem-se de que o poder de mudar está dentro de cada uma de vocês. Vocês são mais fortes do que imaginam. E para além da ação individual, a luta é coletiva.
Como você definiria a sua própria adolescência?
Minha adolescência foi um período de descobertas, desafios e crescimento. Como muitos jovens, experimentei uma série de emoções intensas enquanto navegava pelas transições da infância para a vida adulta. Foi uma fase em que comecei a me conhecer melhor, a explorar minhas paixões e a enfrentar as pressões e expectativas do mundo ao meu redor.
E quando o feminismo surgiu em sua vida?
O feminismo começou a desempenhar um papel significativo na minha vida durante minha adolescência e início da idade adulta. Conforme eu me tornava mais consciente das questões de gênero e das disparidades que as mulheres enfrentam em vários aspectos da sociedade, comecei a me identificar mais fortemente com os princípios do feminismo. Ao longo do tempo, percebi a importância de promover a igualdade de gênero, de desafiar estereótipos e de apoiar a autonomia das mulheres em todas as áreas da vida. O feminismo tornou-se uma lente através da qual eu examinava não apenas minha própria vida, mas também a sociedade ao meu redor. Comecei a incorporar esses valores em minha música e a usar minha plataforma para levantar questões relacionadas à igualdade de gênero.
É um processo contínuo de aprendizado e crescimento, mas o feminismo tem sido uma força orientadora em minha jornada, inspirando-me a contribuir para a construção de um mundo mais justo e igualitário para todas as pessoas.
A figura da mulher socialmente é comumente associada ao do papel de mãe. Você e tantas outras mulheres são transgressoras desse senso comum.
Sim, é verdade. Ao longo da história e em muitas culturas, o papel da mulher tem sido frequentemente associado ao da mãe, e essa expectativa social pode ser limitadora. No entanto, as mulheres têm desafiado e continuam desafiando essas normas de gênero, expandindo suas opções e definindo seus próprios caminhos. Muitas mulheres, incluindo eu mesma, têm procurado transgredir essas expectativas, buscando uma gama mais ampla de identidades e realizações que vão além do papel tradicional de mãe. A capacidade de escolher diferentes trajetórias de vida, profissões e formas de expressão é fundamental para promover a igualdade de gênero e garantir que as mulheres possam explorar todo o seu potencial. Essa transformação é parte de um movimento mais amplo em direção à igualdade, no qual as mulheres reivindicam seu espaço em várias esferas da sociedade, desafiando estereótipos e promovendo a diversidade de experiências femininas. Cada mulher é única, e a liberdade de escolha e autodeterminação é fundamental para construir uma sociedade mais inclusiva e justa.
No entanto, acredito que é importante usar minha plataforma para promover mudanças positivas e falar sobre questões que considero importantes. Sinto uma responsabilidade em relação aos meus fãs e ao mundo em que vivemos. Isso me motiva a abordar questões importantes, mesmo que isso possa ter consequências. Acredito que, como artista, tenho a capacidade de influenciar positivamente e inspirar outras pessoas a pensarem sobre questões importantes e a se envolverem ativamente na construção de um mundo mais inclusivo e justo. Portanto, estou disposta a enfrentar desafios e possíveis consequências para fazer a diferença.
Estamos em um mundo permeado pela diversidade mas, paradoxalmente, discursos extremistas ganham cada vez mais espaço na mídia e até mesmo na música. Como uma artista que se posiciona politicamente, qual a sua ideia para sairmos desse abismo de obscurantismo.
É uma questão difícil e acho que não deva ser a melhor pessoa para propor uma solução. Contudo, acredito que pensar sobre a saída desse obscurantismo perpassa pela busca de uma solução coletiva. Afinal, se o problema afeta a todos, a solução também o faz. Não sou eu, Sofía, o bastião contra essa situação horrenda, mas todos nós. Creio que apenas a ação popular é capaz de reverter esse quadro social em que extremistas sentem-se à vontade para espalhar seu ódios para com aqueles que pouco podem fazer.
Qual a mensagem que você tem a dizer às jovens mulheres que, privadas de liberdade, tem em você um exemplo?
Às jovens mulheres que enfrentam privação de liberdade, eu gostaria de enviar uma mensagem de esperança, força e resiliência. Sei que muitas de vocês podem estar passando por momentos difíceis, mas quero que saibam que, independentemente das circunstâncias, vocês têm a capacidade de se reerguer.
Acreditem no poder da transformação pessoal e no desenvolvimento contínuo. Sei que cada uma de vocês tem uma história única e valiosa, e é importante reconhecerem seu próprio valor. A vida é cheia de desafios, mas também oferece oportunidades de crescimento e superação.
Não permitam que as circunstâncias atuais definam completamente quem vocês são. Envolvam-se em atividades que as inspirem e busquem oportunidades de aprendizado e desenvolvimento. Acreditem na sua capacidade de criar um futuro melhor para si mesmas. Além disso, lembrem-se de que não estão sozinhas. Há recursos e apoio disponíveis, tanto dentro quanto fora das instituições. Busquem conexões positivas, construam redes de apoio e estejam abertas a receber ajuda quando necessário. Mantenham a esperança, foquem em suas metas e lembrem-se de que o poder de mudar está dentro de cada uma de vocês. Vocês são mais fortes do que imaginam. E para além da ação individual, a luta é coletiva.
Como você definiria a sua própria adolescência?
Minha adolescência foi um período de descobertas, desafios e crescimento. Como muitos jovens, experimentei uma série de emoções intensas enquanto navegava pelas transições da infância para a vida adulta. Foi uma fase em que comecei a me conhecer melhor, a explorar minhas paixões e a enfrentar as pressões e expectativas do mundo ao meu redor.
Ao mesmo tempo, minha adolescência foi marcada pela busca da minha identidade, tanto pessoal quanto artística. Foi durante esses anos que descobri minha paixão pela música e comecei a expressar minha criatividade de maneiras mais profundas. Enfrentei desafios típicos da adolescência, como lidar com pressões sociais, acadêmicas e familiares, mas essas experiências moldaram minha perspectiva e contribuíram para o desenvolvimento da minha carreira. Foi um período de aprendizado, cometendo erros, celebrando conquistas e construindo as bases para quem me tornei como pessoa e artista. Olhando para trás, vejo a adolescência como uma jornada essencial que me preparou para os desafios e oportunidades da vida adulta.
O feminismo começou a desempenhar um papel significativo na minha vida durante minha adolescência e início da idade adulta. Conforme eu me tornava mais consciente das questões de gênero e das disparidades que as mulheres enfrentam em vários aspectos da sociedade, comecei a me identificar mais fortemente com os princípios do feminismo. Ao longo do tempo, percebi a importância de promover a igualdade de gênero, de desafiar estereótipos e de apoiar a autonomia das mulheres em todas as áreas da vida. O feminismo tornou-se uma lente através da qual eu examinava não apenas minha própria vida, mas também a sociedade ao meu redor. Comecei a incorporar esses valores em minha música e a usar minha plataforma para levantar questões relacionadas à igualdade de gênero.
É um processo contínuo de aprendizado e crescimento, mas o feminismo tem sido uma força orientadora em minha jornada, inspirando-me a contribuir para a construção de um mundo mais justo e igualitário para todas as pessoas.
A figura da mulher socialmente é comumente associada ao do papel de mãe. Você e tantas outras mulheres são transgressoras desse senso comum.
Sim, é verdade. Ao longo da história e em muitas culturas, o papel da mulher tem sido frequentemente associado ao da mãe, e essa expectativa social pode ser limitadora. No entanto, as mulheres têm desafiado e continuam desafiando essas normas de gênero, expandindo suas opções e definindo seus próprios caminhos. Muitas mulheres, incluindo eu mesma, têm procurado transgredir essas expectativas, buscando uma gama mais ampla de identidades e realizações que vão além do papel tradicional de mãe. A capacidade de escolher diferentes trajetórias de vida, profissões e formas de expressão é fundamental para promover a igualdade de gênero e garantir que as mulheres possam explorar todo o seu potencial. Essa transformação é parte de um movimento mais amplo em direção à igualdade, no qual as mulheres reivindicam seu espaço em várias esferas da sociedade, desafiando estereótipos e promovendo a diversidade de experiências femininas. Cada mulher é única, e a liberdade de escolha e autodeterminação é fundamental para construir uma sociedade mais inclusiva e justa.