Mujer Bruja - Sofía feat. Emília (MV)
Nov 17, 2023 14:54:15 GMT
Post by adrian on Nov 17, 2023 14:54:15 GMT
Título: Mujer Bruja
Duração: 6 minutos e 22 segundos
[ATO I - O JULGAMENTO]
O videoclipe se iniciava em um lugar escuro, sombrio. Aparentava ser uma floresta, mas o breu era tanto que nada podia ser descrito em detalhes. O som de murmúrios indistintos foram ouvidos, mas a origem ainda era incerta. Aos poucos um feixe de luz avermelhado ia invadindo as gramíneas verdejantes agora visíveis. Era de fato uma floresta. As árvores misturavam-se umas as outras sob a sombra e o cenário era aterrorizante. A luz anteriormente vista bruxuleava vivaz sob o arvoredo. Lentamente a câmera se aproximava de uma clareira aberta.
Duração: 6 minutos e 22 segundos
[ATO I - O JULGAMENTO]
O videoclipe se iniciava em um lugar escuro, sombrio. Aparentava ser uma floresta, mas o breu era tanto que nada podia ser descrito em detalhes. O som de murmúrios indistintos foram ouvidos, mas a origem ainda era incerta. Aos poucos um feixe de luz avermelhado ia invadindo as gramíneas verdejantes agora visíveis. Era de fato uma floresta. As árvores misturavam-se umas as outras sob a sombra e o cenário era aterrorizante. A luz anteriormente vista bruxuleava vivaz sob o arvoredo. Lentamente a câmera se aproximava de uma clareira aberta.
Ao redor de um “palco” havia dezenas de homens e mulheres trajados com roupas simples. No palco, contudo, duas mulheres encapuzadas estavam frontes a uma grande fogueira cujas chamas laranjas e vermelhas impeliam a fome de corpos transgressores. Era um julgamento de bruxas. Um homem de barba ruiva, acima dos cinquenta anos, se aproximou do público e iniciou um breve monólogo na qual explicitava os motivos pelos quais estavam todos ali.
[Pastor Caberoth] Estamos aqui nesta noite para o julgamento de duas mulheres que, cientes de sua profanação, macularam o solo deste território protegido pelo Senhor! Entre os crimes estão a disseminação de informações incômodas, o apelo sexual entre iguais e, principalmente, a prática de bruxaria. Antes de julgá-las, contudo, temos de rememorar os seus crimes para que a história nunca mais se repita.
Nas cenas que se seguiam, uma fumaça quase imperceptível impunham-se como textura sob as imagens, indicando que estávamos visualizando um flashback. A voz do pastor ouvia-se ao fundo em narração.
Gargalhadas altas e estrondosas. Corpos nus se fundiam em um só durante o coito. Mulheres com mulheres. Homens com homens. A babilônia estava ali: uma imensidão de línguas confundiam-se umas com as outras. Bocas iam de um orifício ao outro. Contudo, duas mulheres se divertiam apenas com o olhar. Uma delas tinha olhos verdes e sacanas: sua boca era vermelha como sangue, bem como algumas mechas de seu cabelo. A outra tinha cabelo na altura dos ombros, o olhar era malicioso e cheio de pecado. Bruxas! Estavam dando uma festa para celebrar a profanação. Eram reconhecidas na cidadela pelos nomes de Emília e Sofía, respectivamente.
O flashback acaba.
O pastor agora estava na retaguarda das duas mulheres ainda encapuzadas. De repente, ele retirou o capuz de ambas e seus rostos foram expostos. Imediatamente, a plateia gritava “bruxa! bruxa!” seguido de “queimem as bruxas!”. Em meio a desordem da plateia, o homem ruivo tentou, sem sucesso, retomar a atenção para si. Após segundos de algazarra, a sua voz foi, enfim, ouvida.
[Pastor Caberoth] Cidadãos de Idolândia, antes de pensar em condená-las, o nosso Senhor nos diz para dar-lhes uma chance para arrependerem-se de seus pecados. Então, senhoras devassas, vocês se arrependem de todos os seus crimes e pecados?
Emília e Sofía entreolharam-se. Havia nas duas um sorriso zombeteiro de canto. Sofía foi a primeira a falar.
[Sofía] Olá, querido pastor! Quanto tempo não o vejo. Acredito que a última vez tenha sido na minha cama depois de uma noite calorosa de amor. - O público gritou em protesto.
Antes que o homem pudesse intervir, a voz de Sofía ecoou livremente e continuou a falar enquanto todos a observavam.
[Sofía] Olhem como todos vocês são hipócritas! Julgando duas mulheres livres apenas por viver sem amarras religiosas estúpidas. Nem parece que são os mesmos que, trancadas às portas da capela, deixam cair as máscaras de puritanos e se jogam no ventre do diabo. Cada um de vocês aqui é tão ou mais pecador que nós duas.
[Emília] Nem parece que a curandeira, tão devota ao dogma religioso, não gosta de chupar o pau do próprio cunhado enquanto a sua irmã, ex-noviça, sai para trair o marido com a prima. Quem diria que aqueles que mais apontam são os que mais erram?
Sofía e Emília riram. Riram tanto que a grande fogueira apagou. O silêncio tomou conta da clareira. A lua, antes escondida por nuvens gigantescas, aparecia e iluminava o lugar. O pastor, anteriormente atrás das duas mulheres, agora tinha seu corpo estancando em um tronco de árvore com extremidades pontiagudas. No topo de sua cabeça havia desenhado em fogo uma cruz e abaixo, a frase “eu sou pecador”. As duas protagonistas estavam em pé, no mesmo palco. A população que ali estava dormia um sono tranquilo, cujos sonhos materializam seus desejos mais profanos. Era o feitiço de duas mulheres bruxas. Ambas deram as mãos e uma fumaça da cor roxa invadiu todo o cenário.
[ATO II - A PURIFICAÇÃO]
O cenário agora era a de uma casa luxuosa e gigantesca. Estava localizada no centro de uma grande floresta. No momento, um pequeno relógio prostrado na parte superior da mansão indicava que eram 3:33 da manhã. Das janelas podíamos observar algumas sombras realizando movimentos de vai e vem em direção à outra. Uma dança secular, claro. A câmera seguiu um homem, cujo rosto não fora revelado, que deu três batidinhas leves na porta de mogno a sua frente. Um silêncio que se seguiu ao som de passos foi ouvido em seguida. Quem abriu a porta foi Emília.
A jovem bruxa vestia apenas uma lingerie da cor branca. O seu cabelo negro acompanhava o seu corpo até abaixo das nádegas. Abaixo do seu olho esquerdo um ponto brilhante brilhava.
[FIGURANTE] Gostosuras ou Travessuras? - O homem perguntou vacilante.
[EMÍLIA] Forasteiro? Interessante! Eu gosto de travessuras. - O final da frase foi acompanhado de um sorriso malicioso. Emília empurrou o homem para dentro e fechou a porta. Neste momento, o instrumental de Mujer Bruja podia ser ouvido.
Estávamos dentro da mansão. Era um local luxuoso: no teto havia um lustre feito de cristais e decorados com pedras preciosas de cores diversas, precipitando o fulgor da esmeralda e do rubi. As paredes estavam repletas de quadros cuja moldura era toda de ouro. As imagens mostravam ilustrações de Sofia e Emília, juntas e individuais. Sofia está sentada em um sofá quando começou a cantar. Em um dos corredores ali próximos estava uma mulher loira que logo chamou a atenção da cantora. Logo ela se levantou e andou em direção a jovem. Ao mesmo tempo, cenas das duas indo para um quarto reservado estavam sendo exibidas, outras de um balé feminino realizava a coreografia da faixa em algo que aparentava ser a floresta de anteriormente.
A luz vinha apenas de uma fogueira, permitindo que apenas as silhuetas das dançarinas fossem vistas. Emília, por sua vez, encontrava-se em um cômodo da mansão e beijava ferozmente o homem que havia recebido. As suas mãos deslizavam sobre o corpo do rapaz até que esbarrou em algo afiado: uma adaga dourada prostrada sobre os cós da calça do indivíduo.
Em simultâneo, Sofía e a loira chegaram à sacada da mansão. Emília, sem pensar duas vezes, pegou a adaga e, gentilmente, perfurou o homem. A cena do esfaqueamento não foi exibida ao público, mas quando a cena seguinte veio, ela estava sentada na cama enquanto a cabeça do homem já morto repousava sob seus joelhos. Sofía se aproximou da mulher loira e, de repente, ela estava flutuando. Não estava mais consciente. Quando os versos de Emília começaram a ser cantados, Sofía saía do quarto enquanto a jovem loira estava pendurada de cabeça para baixo na sacada. A imagem assemelhava-se a de um casulo.
Imagens de Emília cheias de sangue eram intercaladas com a de Sofía dançando no meio da sala de estar da mesma mansão. O olhar de demonstravam o mesmo: ávidas pelo caos. Em seguida, as duas cantoras estão reunidas na floresta de anteriormente e seguiam o balé na coreografia agitada da faixa. Os seus corpos movimentam-se em sincronia e de uma sensualidade que as duas até agora não haviam mostrado. O visual de Sofia era composto por três elementos: um sutiã da cor preta com detalhes em vermelho; uma saia quase transparente da cor vermelha que escondia uma calcinha preta; já sob a sua cabeça uma espécie de colar/coroa que circundava todo o perímetro do crânio, ela possuía rubis em toda a sua extensão.
Algo que parecia com um pingo de sangue feito de pedras preciosas estava um pouco acima do espaço entre os olhos da artista. Já o visual de Emília era composto por um top vazado na cor prata, uma minissaia estilizada em tecido vermelho vivo e, em sua cabeça, uma tiara com dois pequenos chifres pontiagudos nas extremidades.
As labaredas emitidas pela fogueira em um instante pareceu engolir o balé e as artistas, mas todos estavam, na verdade, dançando sobre as chamas ardentes. De volta à mansão, Sofía e Emília estavam reunidas em outro cômodo da casa. Estavam em volta de um caldeirão cujo líquido estoura bolhas grandes e demoradas; possuía uma coloração rosa, mas à medida que ambas misturavam-no, sua cor adquiriu um tom leve de vermelho. As duas riam enquanto a câmera dava uma volta 360 em seus corpos. Acima, uma verdadeira festa de corpos vacilantes repetiam passos da coreografia enquanto na floresta imagens do balé e das cantoras eram intercaladas. Próximo do fim, o videoclipe mostrava todo o pessoal reunido em volta da mesma fogueira. O caldeirão pairava sobre uma chama diminuta que flutuava no ar. Sofia e Emília encerraram a canção lançando um sorriso malicioso para a multidão que os acompanhava. Uma tela preta se seguiu. Os seguintes dizeres acompanharam os instantes finais do vídeo:
Uma história contada muitas vezes como verdadeira arrisca se tornar uma verdade. Mulheres sempre estiveram sob o jugo da religião e dos interesses dos homens; chegou a hora de mudarmos esse jogo. Viva a todas as mulheres bruxas que, diariamente, desafiam o patriarcado. E quando disserem “mulher bruxa” mostra-os seu poder.
[Pastor Caberoth] Estamos aqui nesta noite para o julgamento de duas mulheres que, cientes de sua profanação, macularam o solo deste território protegido pelo Senhor! Entre os crimes estão a disseminação de informações incômodas, o apelo sexual entre iguais e, principalmente, a prática de bruxaria. Antes de julgá-las, contudo, temos de rememorar os seus crimes para que a história nunca mais se repita.
Nas cenas que se seguiam, uma fumaça quase imperceptível impunham-se como textura sob as imagens, indicando que estávamos visualizando um flashback. A voz do pastor ouvia-se ao fundo em narração.
Gargalhadas altas e estrondosas. Corpos nus se fundiam em um só durante o coito. Mulheres com mulheres. Homens com homens. A babilônia estava ali: uma imensidão de línguas confundiam-se umas com as outras. Bocas iam de um orifício ao outro. Contudo, duas mulheres se divertiam apenas com o olhar. Uma delas tinha olhos verdes e sacanas: sua boca era vermelha como sangue, bem como algumas mechas de seu cabelo. A outra tinha cabelo na altura dos ombros, o olhar era malicioso e cheio de pecado. Bruxas! Estavam dando uma festa para celebrar a profanação. Eram reconhecidas na cidadela pelos nomes de Emília e Sofía, respectivamente.
O flashback acaba.
O pastor agora estava na retaguarda das duas mulheres ainda encapuzadas. De repente, ele retirou o capuz de ambas e seus rostos foram expostos. Imediatamente, a plateia gritava “bruxa! bruxa!” seguido de “queimem as bruxas!”. Em meio a desordem da plateia, o homem ruivo tentou, sem sucesso, retomar a atenção para si. Após segundos de algazarra, a sua voz foi, enfim, ouvida.
[Pastor Caberoth] Cidadãos de Idolândia, antes de pensar em condená-las, o nosso Senhor nos diz para dar-lhes uma chance para arrependerem-se de seus pecados. Então, senhoras devassas, vocês se arrependem de todos os seus crimes e pecados?
Emília e Sofía entreolharam-se. Havia nas duas um sorriso zombeteiro de canto. Sofía foi a primeira a falar.
[Sofía] Olá, querido pastor! Quanto tempo não o vejo. Acredito que a última vez tenha sido na minha cama depois de uma noite calorosa de amor. - O público gritou em protesto.
Antes que o homem pudesse intervir, a voz de Sofía ecoou livremente e continuou a falar enquanto todos a observavam.
[Sofía] Olhem como todos vocês são hipócritas! Julgando duas mulheres livres apenas por viver sem amarras religiosas estúpidas. Nem parece que são os mesmos que, trancadas às portas da capela, deixam cair as máscaras de puritanos e se jogam no ventre do diabo. Cada um de vocês aqui é tão ou mais pecador que nós duas.
[Emília] Nem parece que a curandeira, tão devota ao dogma religioso, não gosta de chupar o pau do próprio cunhado enquanto a sua irmã, ex-noviça, sai para trair o marido com a prima. Quem diria que aqueles que mais apontam são os que mais erram?
Sofía e Emília riram. Riram tanto que a grande fogueira apagou. O silêncio tomou conta da clareira. A lua, antes escondida por nuvens gigantescas, aparecia e iluminava o lugar. O pastor, anteriormente atrás das duas mulheres, agora tinha seu corpo estancando em um tronco de árvore com extremidades pontiagudas. No topo de sua cabeça havia desenhado em fogo uma cruz e abaixo, a frase “eu sou pecador”. As duas protagonistas estavam em pé, no mesmo palco. A população que ali estava dormia um sono tranquilo, cujos sonhos materializam seus desejos mais profanos. Era o feitiço de duas mulheres bruxas. Ambas deram as mãos e uma fumaça da cor roxa invadiu todo o cenário.
[ATO II - A PURIFICAÇÃO]
O cenário agora era a de uma casa luxuosa e gigantesca. Estava localizada no centro de uma grande floresta. No momento, um pequeno relógio prostrado na parte superior da mansão indicava que eram 3:33 da manhã. Das janelas podíamos observar algumas sombras realizando movimentos de vai e vem em direção à outra. Uma dança secular, claro. A câmera seguiu um homem, cujo rosto não fora revelado, que deu três batidinhas leves na porta de mogno a sua frente. Um silêncio que se seguiu ao som de passos foi ouvido em seguida. Quem abriu a porta foi Emília.
A jovem bruxa vestia apenas uma lingerie da cor branca. O seu cabelo negro acompanhava o seu corpo até abaixo das nádegas. Abaixo do seu olho esquerdo um ponto brilhante brilhava.
[FIGURANTE] Gostosuras ou Travessuras? - O homem perguntou vacilante.
[EMÍLIA] Forasteiro? Interessante! Eu gosto de travessuras. - O final da frase foi acompanhado de um sorriso malicioso. Emília empurrou o homem para dentro e fechou a porta. Neste momento, o instrumental de Mujer Bruja podia ser ouvido.
Estávamos dentro da mansão. Era um local luxuoso: no teto havia um lustre feito de cristais e decorados com pedras preciosas de cores diversas, precipitando o fulgor da esmeralda e do rubi. As paredes estavam repletas de quadros cuja moldura era toda de ouro. As imagens mostravam ilustrações de Sofia e Emília, juntas e individuais. Sofia está sentada em um sofá quando começou a cantar. Em um dos corredores ali próximos estava uma mulher loira que logo chamou a atenção da cantora. Logo ela se levantou e andou em direção a jovem. Ao mesmo tempo, cenas das duas indo para um quarto reservado estavam sendo exibidas, outras de um balé feminino realizava a coreografia da faixa em algo que aparentava ser a floresta de anteriormente.
A luz vinha apenas de uma fogueira, permitindo que apenas as silhuetas das dançarinas fossem vistas. Emília, por sua vez, encontrava-se em um cômodo da mansão e beijava ferozmente o homem que havia recebido. As suas mãos deslizavam sobre o corpo do rapaz até que esbarrou em algo afiado: uma adaga dourada prostrada sobre os cós da calça do indivíduo.
Em simultâneo, Sofía e a loira chegaram à sacada da mansão. Emília, sem pensar duas vezes, pegou a adaga e, gentilmente, perfurou o homem. A cena do esfaqueamento não foi exibida ao público, mas quando a cena seguinte veio, ela estava sentada na cama enquanto a cabeça do homem já morto repousava sob seus joelhos. Sofía se aproximou da mulher loira e, de repente, ela estava flutuando. Não estava mais consciente. Quando os versos de Emília começaram a ser cantados, Sofía saía do quarto enquanto a jovem loira estava pendurada de cabeça para baixo na sacada. A imagem assemelhava-se a de um casulo.
Imagens de Emília cheias de sangue eram intercaladas com a de Sofía dançando no meio da sala de estar da mesma mansão. O olhar de demonstravam o mesmo: ávidas pelo caos. Em seguida, as duas cantoras estão reunidas na floresta de anteriormente e seguiam o balé na coreografia agitada da faixa. Os seus corpos movimentam-se em sincronia e de uma sensualidade que as duas até agora não haviam mostrado. O visual de Sofia era composto por três elementos: um sutiã da cor preta com detalhes em vermelho; uma saia quase transparente da cor vermelha que escondia uma calcinha preta; já sob a sua cabeça uma espécie de colar/coroa que circundava todo o perímetro do crânio, ela possuía rubis em toda a sua extensão.
Algo que parecia com um pingo de sangue feito de pedras preciosas estava um pouco acima do espaço entre os olhos da artista. Já o visual de Emília era composto por um top vazado na cor prata, uma minissaia estilizada em tecido vermelho vivo e, em sua cabeça, uma tiara com dois pequenos chifres pontiagudos nas extremidades.
As labaredas emitidas pela fogueira em um instante pareceu engolir o balé e as artistas, mas todos estavam, na verdade, dançando sobre as chamas ardentes. De volta à mansão, Sofía e Emília estavam reunidas em outro cômodo da casa. Estavam em volta de um caldeirão cujo líquido estoura bolhas grandes e demoradas; possuía uma coloração rosa, mas à medida que ambas misturavam-no, sua cor adquiriu um tom leve de vermelho. As duas riam enquanto a câmera dava uma volta 360 em seus corpos. Acima, uma verdadeira festa de corpos vacilantes repetiam passos da coreografia enquanto na floresta imagens do balé e das cantoras eram intercaladas. Próximo do fim, o videoclipe mostrava todo o pessoal reunido em volta da mesma fogueira. O caldeirão pairava sobre uma chama diminuta que flutuava no ar. Sofia e Emília encerraram a canção lançando um sorriso malicioso para a multidão que os acompanhava. Uma tela preta se seguiu. Os seguintes dizeres acompanharam os instantes finais do vídeo:
Uma história contada muitas vezes como verdadeira arrisca se tornar uma verdade. Mulheres sempre estiveram sob o jugo da religião e dos interesses dos homens; chegou a hora de mudarmos esse jogo. Viva a todas as mulheres bruxas que, diariamente, desafiam o patriarcado. E quando disserem “mulher bruxa” mostra-os seu poder.