SOFÍA - CAMALEÓN
Apr 13, 2022 0:19:49 GMT
Post by adrian on Apr 13, 2022 0:19:49 GMT
DATA DE LANÇAMENTO: 26/06/25
DURAÇÃO: 5:01
DIREÇÃO: SOFÍA
INTRO (1:00)
DURAÇÃO: 5:01
DIREÇÃO: SOFÍA
INTRO (1:00)
A escuridão se fazia vistosa e nada podia ser visualizado claramente pelos olhos do espectador. A imagem da câmera ia se levantando lentamente dando aos olhos a visão de um chão que refletia as luzes aos quais estava exposto. O som de passos foi aumentando e uma porta se abriu ao fundo; aquela figura misteriosa que transpassou a porta se dirigiu para uma mesa repleta de controles de comando e de uma dezena de telas digitais frente a uma cadeira robusta e giratória. A silhueta denunciava a figura de uma mulher até então desconhecida. O foco se deslocou para a frequência dos movimentos de seus dedos sobre as teclas do comando. As telas a frente mostravam cenas de diversos clipes da cantora latina Sofía em looping, quase como se transmitissem para algo ou alguém eternamente.
A morena misteriosa parou de digitar de repente. O silêncio preencheu todo o espaço. Lentamente o rosto daquela figura iria sendo revelado como o da própria artista. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo, uma maquiagem leve e os lábios cobertos por uma generosa camada do mais vivo batom cor de sangue. Os olhos, entretanto, se destacavam. Não eram humanos, mas assemelhavam-se a de um olho sintético, robótico. A sua voz, calma e assustadora, tornou-se o foco da atenção.
“Veo que ha llegado finalmente hasta acá. Es el momento de revelar la verdad.”
Assim que as palavras foram proferidas os olhos tornaram-se pretos, o corpo perdeu movimento e uma quantidade considerável de seguranças invadiram aquela sala. Os homens carregavam o corpo inerte de “Sofía” e seus rostos demonstravam raiva ou seria... medo? O que mais chama a atenção, contudo, é o sorriso mórbido que se faz presente nos lábios daquele ser.
ATO 1 – A REVELAÇÃO (1:15)
<img src="<iframe src="https://giphy.com/embed/05hxnF8NNTNDGicRWn" width="480" height="200" frameBorder="0" class="giphy-embed" allowFullScreen></iframe>" alt="">As cenas a seguir são ambientadas em uma sala extremamente colorida e com cápsulas/camas grandes o suficiente para armazenar um corpo adulto. Os seguranças entram na sala e colocam o corpo inerte de Sofía dentro da única capsula desocupada. O corpo bate com força no material rígido do envoltório de metal. No canto superior esquerdo da tela se vê uma mensagem em um balão de quadrinhos: “E então eles descobriram o segredo.” Dois homens trajando ternos da cor prata e com pequenas estrelas brilhando em toda a sua extensão adentram ao local e se prostram frente ao corpo que foi recém colocado ali.
“Este es el final del proyecto, Marcus. El control ya no es nuestro. Ella está en camino.”
‘’Salgamos de aquí, rápido. Esos clones no la obedecerán de cualquier manera.’’
De repente a câmera agora exibe o que parece ser um estacionamento abandonado de um galpão. Um carro luxuoso da cor preta estaciona e dentro do veículo a verdadeira Sofía aparece pela primeira vez. Suas roupas eram dar cor rosa, uma espécie de macacão de couro sintético; o penteado estava sob a forma de dois coques e uma parte do cabelo jogado através de suas costas. A sua face era rígida e seu olho parecia emanar uma fúria gigantesca.
Os seus passos foram em direção a porta principal daquele galpão. O nome do ambiente, mostrado por um take rápido da câmera, era “MD EX” e mereceu atenção da cantora que olhou a placa com o nome por alguns poucos segundos. Sequer havia tocado na porta e ela se abriu só pela sua aproximação. Destemida, Sofía não hesitou em adentrar ao local escuro e assim se tem início o instrumental da faixa CAMALEÓN.
ATO 2 – A JORNADA DA HEROÍNA (1:35)
O mundo se distorce no primeiro passo de Sofía dentro do local; o que antes era breu transformou-se em um campo florido, céu azul quase sem nuvens e uma brisa de vento suave. A artista encontrava-se no meio de uma área coberta por dentes-de-leão e ao tentar tocá-los com sua mãos pressentiu a presença de outros e redirecionou seu foco para o horizonte. Adiante enxerga a si própria e um jovem rapaz correndo divertindo-se pela área. Estávamos de volta ao clipe de BERLÍN.
Novamente, outra distorção fez com que ela perdesse o equilíbrio e fosse ao chão. Em questão de segundos estava em um outro lugar, dessa vez em um ambiente obscuro, antigo e amedrontador. O que viu na sua frente foi a recapitulação da cena presente no clipe de THE WICKED WITH OF THE WESTSIDE em que direciona uma faca diretamente ao pescoço de seu amante; a cena não é mostrada por questões relativas à classificação indicativa, sendo percebida pela mão e objeto ensanguentados e a cabeça do homem que pendia para o lado esquerdo.
Não houve tempo para reação uma vez que a distorção novamente ocorreu e agora se encontrava sob os trilhos de uma estação de metrô. A iluminação amarelada e a ausência de outras pessoas naquele ambiente indicavam o retorno ao clipe de CdS. Logo sua atenção focou em si mesma saindo desnorteada do vagão de trem. Visualizou a si mesma ser sugada por um portal que se materializara no formato de porta. De repente, o rosto da cantora que ainda estava nos trilho iluminou-se com uma forte luminosidade. Era o trem indo em sua direção. Sem qualquer reação apenas encarou e novamente foi pega na distorção. A ambientação era escura e Sofía encontrava-se ao chão e aparentemente cansada.
Ao mesmo tempo, as imagens mesclavam-se entre as reações da cantora e dos seus clones que, misteriosamente, acordavam de seu descanso programado, quase como se ganhassem vida. Enquanto os versos da canção se prolongavam a iluminação do vídeo iria ficando cada vez mais iluminada, tornando as cores mais vivas e as expressões faciais das personagens mais nítidas. O local ao qual estava possuía apenas uma porta e, ao se defrontar com ela, um clarão invadiu sem campo de visão.
Logo foi revelado que o clarão veio da reunião de um grupo de humanoides com aparência idêntica a da artista. Quase que como um resgate, elas apenas se entreolharam e partiram em direção a saída mais próxima. Os passos eram ritmados e as roupas das sósias mostravam os mais diversos videoclipes lançados anteriormente pela artista latina. A faixa foi interrompida a partir do minuto 1:35 e deu lugar a uma cena em retrospecto.
A cena inédita mostra a Sofía verdadeira em um quarto abandonado, bagunçado e com diversos itens que compuseram visuais e/ ou representam algo para a sua carreira. Havia na parede a foto de vários indivíduos, a maioria com os rostos impossíveis de serem descobertos. Chamou atenção a figura de um homem, em especial, trajando uma roupa da cor prata, reluzente em uma fantasia cujo formato era a de um foguete. Abaixo da foto o seu papel era indicado como “culpable”. As fotos ao redor eram de mulheres cuja aparência igualavam-se a da artista. Neste momento é revelado ao público que a situação dos clones e da comercialização de sua imagem por parte daquele “homem foguete” não era surpresa para a artista e de forma autônoma empreendeu um contra-ataque à empreitada.
A canção ainda não havia retornado quando o presente voltou a ser mostrado pelas imagens. Os clones de Sofía e a própria latina viraram um corredor e se depararam com sombras humanas (?) que estavam a sua espera. Eram corpos humanoides sem face, portanto, sem identidade. As paredes daquela sala continham quadros que mostravam figuras famosas que estavam sob as mãos do homem fantasiado; eram imagens distorcidas e simbólicas que relacionavam com artistas reais da ROCKET e de outras gravadoras. O grupo feminino de sósias ficou frente a frente com aquela barreira de humanoides. A iluminação era viva, as cores das roupas e das maquiagens eram também reluzentes e destacadas. Os dois grupos partiram um para cima do outro. A faixa recomeçou e preencheu todo o vídeo.
ATO 3 – A RESOLUÇÃO (1:21)
Após o confronto ser iniciado a tela escureceu e nada mais foi visto durante exatos dois segundos. As próximas cenas mostram todo o grupo de Sofía no exterior do galpão. Todas as personagens olham para si e sorriem como aprovação. Contudo, uma forte luz começou a invadir o corpo das sósias. No pescoço de Sofía havia um colar no formato de lua e que começou a emitir uma forte luz roxa. Em uma cena lúdica e repleta de magia as versões sintéticas da artista transformaram-se em pontos de luz e foram em direção ao objeto que estava sob o busto da protagonista. O colar permaneceu brilhante mesmo após a conjunção das luzes diversas. O corpo da cantora estava inerte e o galpão que estava atrás de si explodiu inesperadamente. A pele de Sofía, entretanto, adquiria um padrão estranho, sobre-humano, animalesco. E como um camaleão sua pele fora mudando de cor e o padrão era idêntico ao do réptil que dá nome à faixa. O final do clipe foi seguido pelo olhar da cantora que cantou os últimos versos olhando diretamente para a câmera. O vídeo se encerra.
ATO 4 – CENA PÓS-CRÉDITOS (0:30)
A cena pós-crédito do videoclipe consiste em uma espécie de making off do clipe reproduzido anteriormente. Estavam Sofía e toda uma equipe dentro da locação externa que antes era a ambientação do galpão. O que aconteceu na verdade foi toda uma ação simulada através de gráficos visuais com auxílio de tela verde. Todos os componentes comemoravam o fim das gravações. O diretor e Sofía conversam animados até que uma assistente interrompeu a conversa dos dois. A mulher entregou para o diretor um pequeno envelope da cor roxa endereçado para a artista. O homem passou o objeto para a cantora que o pegou em suas mãos rapidamente. Ao abrir o envelope da cor roxa encontrou um cartão platinado, sem absolutamente nenhum escrito. Um clarão invadiu o seu campo de visão e de repente o seu corpo desapareceu do local. O sumiço repentino fez com que a equipe de gravação se assustasse e antes do encerramento definitivo do videoclipe, vislumbra-se o estado caótico que a desaparição causou nos indivíduos.