Leah - Wandering Spirit
Sept 26, 2023 15:02:21 GMT
Post by jottavi on Sept 26, 2023 15:02:21 GMT
(EM PROCESSO DE CRIAÇÃO DA NOVA REVISTA)
Alguma vez já se sentiu perdida? Sem saber para onde ir e então se lança às ruas, avenidas, estradas e rodovias em busca de si e em busca de um lar? Muitas vezes no caminho se encontra onde ficar, mas as vezes vaga-se de volta para casa porque nunca foi sobre encontrar um lar, mas sim sobre se encontrar. O álbum de Leah é uma grande viagem de descobertas e reflexões que essa crítica se propõe em explorar.
A obra abre com uma introdução onde a cantora se encontra: completamente entregue a música pop, como se arte e artista fossem a mesma coisa. Só tem uma coisa mais bonita que essa introdução e isso é a transição seca, quase que como um tapa na cara, para a primeira música do disco.
Em Success, Money, Fame a cantora escracha na cara da sociedade que ela sabe sim exatamente o que esperam dela e que ela vai dar oposto disso, mas ao mesmo tempo entrega de forma exorbitante todos os preconceitos atrelados a uma artista pop, tudo isso de forma política e crítica, mas sem deixar de ser pop. Cabe aqui, porém, dizer que a letra da canção é um pouco simples, seja para entregar uma mensagem objetiva ou para o personificar as músicas pop de maior sucesso.
Muitas vezes em uma jornada para nos encontrar nós nos entregamos ao outro. A faixa Sex Dreams (estilizada S3xXX DREAMS) a cantora se entrega aos seus mais carnais desejos e já não sabemos se o que é dito é real ou fantasia. É na construção onírica da canção que Leah se mostra muito mais que uma cantora, mas também uma artista.
Na faixa seguinte confirmamos aquilo já tínhamos teorizado sobre a música anterior: Essa paixão não vai durar, mas vai doer. E dói tanto que se materializa em assombração. A melodia compassada da canção ajuda a construir esse imaginário de algo que te persegue e não sai da sua cola. Se não damos atenção a letra, essa música é “só” um hit de balada, mas se refletirmos minimamente, a gente chora na pista de dança.
Em One of Us, encontramos Leah desiludida mais uma vez. A cantora retrata que não sabe por onde vai, mas que lutará não importa por quanto tempo. Quantas pessoas não conhecemos que estão na mesma situação. A cantora consegue magistralmente capitar as emoções de alguém que já não sabe o que fazer, mas que ainda há de triunfar. Gosto de acreditar que essa música é um hino para que encontremos nossos caminhos.
Na sequência, Leah parece ter se encontrado em STAND UP AND WITNESS. Aqui ela vai militar pela causa dos apaixonados e desiludidos. Santa Leah dos fracos e oprimidos. E nesse caso esse “auto encontro” vem em proporção áurea, bem no centro do álbum dando-nos esperança para o que vem em seguida. Embora tendo dito isto, se faz necessário ressaltar que nesta música em específico parece faltar letra para uma melodia tão harmoniosa. As estrofes parecem pela metade e o refrão inacabado, algo que incomoda vista ao diviníssimo desenrolar da música. Entendam que minha nota aqui nada tem a ver por sua composição melódica, que seria um 5 por si só, mas a falta de letra quebra esse glamour.
Em Starstrukk temos a confirmação daquilo que foi dito no parágrafo anterior e na introdução dessa resenha crítica. Leah chega a um ponto e sabe que deve retornar para se encontrar de fato. Até mesmo a princesinha do pop sabe quando é a hora do basta. A música é construída por uma melodia doce e romântica, quase que com um tom de desabafo, que, quando alinhado aos vocais, cria toda uma catarse no ouvinte pela simples possibilidade de se ver no lugar da cantora.
Na sequência, eu faço uma pergunta para você leitor: O que é que nós fazemos para sair de uma foça muito bem cavada? Se sua resposta não foi “encher a cara e se jogar na night”, eu não sei em que mundo você está vivendo, porque só quem viveu sabe em apenas um ambiente de balada, um pouco altinha, e com o DJ tocando sua música favorita é que se cura uma bad. E foi exatamente isso que Leah nos proporcionou na faixa A DJ Saved My Life. Um synth-pop upbeat que lava a alma de qualquer um deixa no chinelo quaisquer maus sentimentos.
Em Homesick, Leah nos apresenta o apogeu de seu álbum. Uma balada melódica levada apenas num piano acústico e uma segunda voz de backing-vocal. Se você não sentiu um frio na barriga e uma saudade implacável da casa de um ente querido que já se foi ou está distante, sinto muito você já se perdeu por dentro. São músicas como essas que nos fazem acreditar no artesanato lírico de um artista.
Agora me explica senhorita Leah, como é que você me tira de uma faixa tão bonita pra me dizer que teu melhor amigo é a pista de dança? Mulher tu tá maluca? Essa canção está deslocadíssima. Esse electro-pop tinha que ter vindo antes de “A DJ Saved My Life”. Em mais nenhum lugar ela faria sentido, mas confesso, a transição de uma balada acústica para esse pop carregado de sintetizadores foi muito esperta, mesmo porque a faixa carrega sim elementos da anterior, mesmo que liricamente não chegue nem aos pés de “Homesick”. Aqui se faz clara também a má organização lírico-lexical que assola algumas músicas desse álbum, faltando ou sobrando palavras lá ou cá. Muito me dói dar a nota que darei, pois, essa era uma música com muito potencial.
Chega de tristeza. Agora sou uma mulher forte, emponderada, gostosa como jamais você presenciou. É oq Leah nos conta na faixa “Used to Know Me”. Com um ar de anos noventa e uma pitada de ranço pelo ex (ou nesse caso, acredito que seja pela própria indústria musical) a cantora nos entrega uma faixa de superação de um velho eu frágil e perdido, algo muito recorrente neste álbum, o que faz com que a construção de conceito se torne cada vez mais imaculada e orgânica. Agora soprando um pouco a purpurina por de cima da faixa, essa é a terceira vez que Leah entrega estrofes e refrões construídos de forma confusa, a qual deixa um ar de inacabada à canção.
Para fechar com chave de ouro, Leah entrega uma faixa EDM madura e centrada. A cantora canta, quase que conversando com alguém, sobre todos os temas abordados no álbum: perder-se e se encontrar, o amor de quem importar, festejar e explorar o mundo. É nesse estado de espírito que a canção quase que anuncia uma turnê, mas podemos saber desde já que Leah vai visitar o mundo e tomá-lo em suas mãos.
85
por Catherine Prior
De um surgimento sutil para uma das atrações do Coachella de 2027, Leah é a mais nova aposta da Rocket para este ano. Tendo as suas vertentes no Dance-Pop, principalmente no Eurodance, a novata lança o seu primeiro álbum de estúdio, sendo intitulado de Wandering Spirit.
Iniciando o disco com uma faixa introdutória, “Pop Ate My Heart”. Mesmo sendo curta, é uma canção interessante, ainda mais por soar totalmente diferente do disco, tendo uma certa quebra de expectativa. Não demoramos para que o lead single, “Success, Money & Fame”, seja tocado no disco. Uma faixa bastante dançante e contagiante, enchendo o ambiente de uma energia completamente alta que nos fazem dançar e cantar os seus versos.
Puxando para um Electropop com instrumentais mais pesados, “S3xXX Dreams” vem em seguida, que consegue quebrar a vibe anterior, principalmente por soar como uma faixa experimental, mas não perde o seguimento do disco. “Ghost! (Set Me Free)” começa a introduzir uma energia mais disco e retrô no álbum, dando a impressão de que o projeto poderá ir para outro caminho.
Até aqui, o álbum já apresentou quatro músicas com sonoridades diferentes.
O disco passa rapidamente de uma forma proveitosa, tendo alguns destaques como "Starstruck" – uma faixa que merece ser o próximo single desse álbum –, já que segue numa vibe tão suave, mas ao mesmo tempo energética, sendo a melhor faixa do projeto todo. Ou até mesmo “Used To Know Me”, uma canção carregada do Disco-Dance que você pode extravasar enquanto ouve e se diverte de verdade. Mas nem só de felicidade vive um álbum da Leah. “Homesick” é uma grande faixa, mas soa tão distante do projeto, uma faixa Pop Ballad com piano no meio de duas canções agitadas me dá nos nervos.
O álbum encerra com a faixa-título, uma ótima canção – fico muito feliz por ter sido single e dar o nome desse álbum, já que entra no top 3 de melhores músicas do disco – e serve como uma ótima finalização, deixando tudo mágico. Um verdadeiro “dance perfection”, que merece muita atenção.
Acredito que o projeto tenha um problema de sequência, já que a cada momento, por mais que tivessem músicas similares, a energia era cortada completamente. A primeira faixa tem uma estilo musical, a segunda já era outro, a terceira a mesma coiso, na quarta faixa, o seguimento se continua até a sexta música, já que ela é uma canção mais lenta, e mesmo tendo outras canções pudessem compartilhar da mesma sonoridade, sempre tinha uma música que cortava isso. O maior empecilho, diria que é, a organização, já que sim, todas as músicas conversam em si, mesmo tendo suas singularidades, mas parecem estar de algumas formas despejadas e jogadas pelo álbum. Mal podemos aproveitar o Eurodance de “Success, Money & Fame”, que outra canção aparece. Mal podemos aproveitar o Disco de “Pain & Disgrace” que outra canção aparece.
Um ponto que não deveria ser levado em muita consideração aqui: as composições. Como é um álbum focado em dança, diria que ele se preocupa mais em entregar letras mais rasas e que possam entreter o público do que passar uma mensagem de verdade ou ter aquela “mão na consciência” enquanto dança. Wandering Spirit é para dançar, e apenas isso.
Wandering Spirit é uma ótima forma de iniciar a sua carreira. Tem muitas canções ótimas e que podem ter um destaque na indústria caso a Rocket e a Leah trabalhem de uma forma precisa, assim como trabalharam no Lucca Lordgan e Hina Maeda, duas estrelas do público Teen atual. Torço para que ele seja levado a sério futuramente e que a Leah possa ter o seu destaque nessa indústria. A DICE estará ansiosa para ouvir seus projetos futuros.
76
por Troy Winters
Uma cantora pop e um álbum de estréia que entrega o que se é esperado disso, Leah nos entrega diversas facetas suas em seu primeiro projeto, despertando o interesse por o que ela pode entregar, e de início, é fácil se animar com suas faixas, mas que com o passar do tempo, e a chegada de baladas mais íntimas e menos cadenciadas, matam a energia que o álbum criava.
Aqui nós temos um bom 'display' do que Leah pode oferecer, trazendo o eletrônico, indo para batidas retros e até baladas, porém, esses três lados da cantora não parecem conversar entre si, e por se tratar de um álbum de estreia isso não é um problema, mas é esperado que conseguimos ouvir e enxergar uma melhor posição em seus próximos trabalhos, com conceitos sendo uma base melhor para estruturar as canções. O que brilha aqui são as letras, que entregam como a cantora compõe, expondo como se sente não temos um problema sequer nisso, sendo o destaque do álbum, é possível que a cantora consiga um bom crescimento se seguir evoluindo sua composição que já é ótima, podendo se tornar excelente para a música pop.
72