Entrevista (CRYSTAL) - Programa (Estrelas), "Envolver".

 🌼 - É uma honra estar aqui, e quero que vocês fazem parte de todo o começo!!
- Eu sempre cantei em bares, meu cachê era de 150 reais por noite e olha lá, vim de um subúrbio aonde a vivência não é das boas e tão pouco privilegiada, as pessoas são datadas em ritmo de marginalização e violência, mas eu quero mostrar que na favela também existe arte e cultura. Os bailes foram da onde eu vim, a furacão me abriu um leque de oportunidades e eu sou extremamente grata a eles, tenho vinte e três anos, mas canto desde os onze. Meus pais não acreditam muito que eu possa estourar no mundo a fora, mas quero provar para eles e outros, que favelada tem seu espaço sim.

🌼 - Quando assinei com a Caju labs, eu só exigi algo, que eu pudesse lançar um álbum somente em português, e de funk, eles toparam apesar de me empurrar uma ideia de mais pop, mas eu cravei o pé para que isso não acontecesse, eles renderam e eu com o medo...., mas deu tudo certo e eu já tenho ele pronto, foram composições minhas de anos, que vem desde a minha adolescência.

🌼 - Meu álbum de estreia é trilíngue, trabalhei nas línguas portuguesa, Espanhola e Inglesa, que sou fluente graças a minha mãe que me matriculou em uma escola de Inglês. A gravadora e o meu produtor queriam me levar ao mundo, assim como eu sonho, quero mostrar o poder de uma Brasileira que batalha e luta por um espaço que massacra pessoas latinas, sim, Amanda Beatriz Cavalcante Silveira, terá uma carreira internacional.


🌼 - O nome Crystal vem de uma homenagem a minha vó, dona Emília Crystal, uma mulher do bem, minha inspiração, guerreira, e que fazia as minhas roupas nesses showzinhos que eu cantava nos bailes de Honório Gurgel *Lágrimas escorrem dos olhos de Crystal*. Ela é o meu tudo e sempre será, eu prometi a ela que honraria o que ela me falava antes de partir, ela foi uma das pessoas, ou se não, a maior que acreditou no meu potencial, tenho muitas saudades, mas sei que aonde ela estiver, está cuidando de mim sempre.