ULTRAVIOLET - KISSER
Aug 6, 2023 0:14:40 GMT
Post by jottavi on Aug 6, 2023 0:14:40 GMT
por Cha Mirae
I STAN ULTRAVIOLET! O segundo mini album do grupo é maravilhoso, ele tem uma doçura nele que me faz suspirar e a faixa final Kiss Me More me deixou até arrepiada com uma sensação confortavel como se eu estivesse em um cobertor bem quentinho, todas as faixas são lindas e evocam um ar amavel e sonhador que traz um prazer em escutar, se o primeiro mini album ja era um acerto, o KISSER é fullhouse pra industria, é gostoso demais de se ouvir, e eu ja mencionei que é de uma sonoridade deliciosa? é um album confortavel que eu protegeria num potinho!
90
por Choi Youngnam
Após alguns meses, o aguardado retorno do vencedor de Best New Artist do Grammy, “KISSER” de ULTRAVIOLET é lançado com um single que pode ser descrito como obra prima sonora. É extremamente necessário pontuar como os teasers individuais de cada integrante do grupo para esta era foram extremamente estonteantes de belos, já construindo a energia que o single “Kiss Me More” viria trazer. O filtro retrô com alta exposição simplesmente foi um movimento de mestre na criação do conceito visual que esta era teve, trazendo a influência dos anos 70 de peles com super-exposição e filtros estáticos. Infelizmente, isso termina nos teasers mesmo, não sendo bem traduzido na capa. Todos teasers em tons pastéis remetem muito bem a atmosfera que todas as músicas do álbum tem; leve, retrô, delicadas com um toque de romance, mas as cores extremamente saturadas tão escuras na capa, sem nenhum tipo de combinação deixam tudo muito desconexo. Laranja, azul escuro, roxo escuro e verde limão: a única história que contam essas cores juntas distribuídas sobre formas abstratas espalhadas e muito peso na criação de sombras é uma bem bagunçada.
O logo do ULTRAVIOLET para essa era é sem dúvidas em incrível destaque, que se fosse o único tom escuro e saturado na capa, poderia ser um grande acerto, mas em toda aquela bagunça, perde todo o brilho. Além disso, a escrita “KISSER the second mini-album” estraga mais ainda. Sim, é o nome do álbum, mas não cumpre o papel de adicionar nenhum elemento bonito, por estar tão mal posicionada, podendo ser confundida quase com algum elemento do fundo, e nem cumpre o papel de informar algo, já que está numa cor tão saturada igual todo o resto da capa, que falha até em criar qualquer destaque para o que seria algo importante. A contracapa pelo menos tem os elementos bem mais bem-distribuídos, mas a colorimetria continua uma bagunça, e eu não quero nem comentar sobre o trabalho tipográfico totalmente pobre nos nomes das faixas.
No primeiro álbum, até foi divertido e interessante, mas encontrar aqui que novamente, mais da metade do álbum não é cantado pelo grupo todo é um pouco desapontador. É compreensível que sendo um grupo grande, não é a coisa mais fácil do mundo dar linhas suficientes para doze meninas, mas em trabalhos tão curtos, duas faixas não é o suficiente. Essa estratégia funcionaria muito melhor num full-album com mais de oito faixas, onde teríamos tempo suficiente para ver como são as cores do ULTRAVIOLET juntas.
A primeira faixa “BLANC NOIR” é de cara, uma das melhores músicas que o ULTRAVIOLET já lançou. Os arranjos elegantes e ao mesmo tempo psicodélicos da faixa fazem uma das melhores atmosferas que uma música pode construir, e mesmo que a letra não seja nada inovadora, consegue amarrar o conceito dessa paixão jovial que o álbum conceitua. Flashback cumpre o papel de ser um momento mais lento do álbum, também sendo a música mais fraca dele. Daydream faz um papel muito melhor como a faixa que traz os elementos de Kiss Me More e Blanc Noir de um jeito diferente, e além de ser coesa, tem um dos instrumentais mais bem construídos do disco.
Ao fim das bsides cantadas separadas, se conclui que Blanc Noir se destaca muito mais que as outras duas, por ser algo tão intrigante comparado ao resto do álbum, e ainda por ser a primeira faixa, faz com que você espere muito das outras duas… sem receber o que quer.
Felizmente, a bside do grupo toda é uma faixa muito boa; Left And Right não so combina muito bem com a energia de Kiss Me More, como finalmente solidifica o álbum na sonoridade dreamy apaixonada. E claro, o carro chefe "Kiss Me More" como já dito antes, é uma sonoridade muito única no Kpop atual, e executada com um charme inegável pelas integrantes do ULTRAVIOLET.
É definitivamente um bom sucessor ao debut "JAWBREAK", mas por alguns erros, faz parecer que a gravadora tem medo de investir no potencial do grupo, dando algumas letras de composições genéricas, pouco investimento em produzir faixas, como se a intenção fosse lançar pra ver se dá certo, sem o devido cuidado para marcar todos os checks que o grupo tem a capacidade de marcar.
A equipe da GHOSTED está passando por dificuldades técnica neste mês de Junho, então não foi possível realizar um aprofundamento paranormal para o disco Kiss Me More. Escutei o álbum em minha casa, ao lado de um espelho de prata, para poder trazer alguma medida paranormal à esta crítica; a imagem se manteve límpida em praticamente todo o disco, tendo algumas distorções quando foi refletida a capa do projeto, chegando até a embaçar, mas nenhum reflexo tomou proporções preocupantes.
78
por Jong Seokmin
Com uma perspectiva bem diferente do que foi apresentado em seu EP de estreia, as vencedoras do Best New Artist do GRAMMY retornam com “Kisser”. Mas será que esse projeto reflete essa aclamação ou deixa a desejar?
Começamos com “BLANC NOIR”, um Dance-Pop bem energético que expressa um amor que é incandescente. Sendo cantada apenas por três integrantes, ela é uma faixa divertida. Trazendo uma vibe retrô para os holofotes, “Flashback” é uma faixa um pouco mediana. Podemos sim entrar na onda e sentir o que ela quer transmitir, mas soa um pouco genérico até de mais.
“DAYDREAM” usa e abusa da mesmice. É uma faixa que consegue ser bastante fraca, não adicionando nada e soando até um pouco estranha. Ela não estabelece uma ligação com nada que já foi apresentado – e com o que será apresentado –. “LEFT AND RIGHT” é uma faixa até que interessante, sendo bem rítmica e uma introdução agradável para a faixa-título.
E então, vem ela. “KISS ME MORE” é a faixa que foi escolhida para representar o EP. Ela é uma canção boa, bastante refrescante e contagiante, mas diria que a execução dela não foi bem feita. Senti como se tivesse faltando algo para completar a canção nesse projeto, mas parece muito deslocada.
Foi um EP muito bagunçado. Mesmo que as músicas compartilham de uma energia semelhante, cada uma não parece se conectar, sendo similar apenas a um conjunto de músicas aleatórias guardadas em um local e lançadas. Respondendo a pergunta inicial, o projeto deixa muito a desejar. É uma queda enorme sairmos de um dos melhores projetos de K-pop dos últimos anos para algo que não parece te prender, te fazer ouvir mais e mais ou cativar. “Kisser” não consegue suprir nenhuma expectativa que havia sido criada, mas digo que ainda foi interessante ver esse lado morno e suave do grupo que havia começado com faixas completamente frenéticas e agitadas.
70
por Roberto Fernandes
Desafiando a paciência de seus ouvintes, a banda ULTRAVIOLET lança o seu segundo mini-álbum misturando elementos do k-pop, do synthpop, pop e R&B. O que se percebe, entretanto, é um despreparo da banda em se manter coesa. À despeito ou não da qualidade das canções, uma não parece se encaixar com a outra, ocasionando uma ruptura significativa entre harmonia e conexão com o público ao qual está querendo atingir. Os excelentes visuais que acompanham o novo projeto não sustentam por si um conjunto de músicas dispostas sem nenhuma conexão entre si.
Blanc Noir, a faixa que abre o álbum, é de longe a mais cativante. A letra, apesar de não apresentar inovação nenhuma, o que não é algo ruim, muito pelo contrário; é simples, e a sua simplicidade é a sua maior arma. O trio de cantoras mostra harmonia entre si.
Flashback é o ponto em que o álbum começa a desandar em seu propósito. É comum que, em um trabalho mais longo, a coesão seja o aspecto mais procurado por produtores e artistas, por ser considerado um elemento básico de um disco. Alguns fãs podem atacar esse mero jornalista, ao apontar que é um trabalho limitado e não a conclusão de algo ainda maior, não é possível negar que não houve trabalho cuidadoso em relação à harmonia entre as faixas. O auge da primeira faixa é perdido nesta segunda.
Daydream é outra faixa memorável de um trabalho mediano. A letra envolvente e o ritmo que prendem o ouvinte e o fazem esquecer do desastre anterior. A banda aposta em conteúdo lírico altamente romântico, às vezes até mesmo melodramático.
Left and Right é tão mediana quanto o álbum. O seu primor é o refrão, enquanto todo o resto é "mutável". Novamente, nenhuma pretenção de conceito ou de grandiosidade lírica, apenas uma canção pop para se divertir. Ponto positivo.
A faixa que encerra o projeto, Kiss Me More, é uma canção agradável de se ouvir, apesar de não combinar com a estética das artistas, o que denota uma superação do estereotipo infantil de muitos artistas do segmento coreano. Aliás, uma das poucas coisas positivas deste trabalho, é elevar o potencial individual e coletivo de cada uma das cantoras, talentosas o suficiente para carregar uma música sozinha, mas também que funcionam bem em conjunto com as demais.
Em resumo, não é um álbum ruim, mas não é bom. Blanc Noir e Daydream salvam este projeto de um amarelo gema. O presente veículo recebeu em suas mãos um trabalho de um gênero que não é da especialidade de nenhum dos redatores, uma das razões pelas quais se notou um distanciamento entre o ouvinte e as músicas. Contudo, música é música apesar do gênero. KISSER é um álbum sem pretensões: não promete nada e entrega o que promete, nada.
61