Especial Portraits: Golden Castles & Shadows of the Night
May 25, 2023 19:20:05 GMT
Post by luis on May 25, 2023 19:20:05 GMT
De um lado, tenho uma das bandas mais históricas que o Reino Unido já viu. Seu pai e sua mãe conhecem cada hit, cada nota que dominou as rádios por anos, juntas a uma doce voz que seria reconhecida em qualquer lugar. Um quarteto com um anjo ruivo bem no centro. Do outro lado, tenho aqueles que por muito tempo tem sido chamados de "novo rock". São história, tem inúmeros hits e são donos do disco rock mais vendido de todos os tempos. Honestamente? Não acho que preciso citar nomes. Esse é um encontro geracional de um impacto incomparável. Nessa sala eu tenho comigo o início e o futuro do rock. O princípio e o hoje.
Boa noite Netflix e a todos de casa. Boa noite, Shadows of the Night. Boa noite, Golden Castles. Uma salva de palmas pra essas duas bandas maravilhosas, por favor. Eu sou Pamela Niven, e esse é o especial "Portraits".
(Todos aplaudem, emocionados)
Electra (Shadows of the Night): Posso começar? Eu só queria dizer: muito obrigada por nos receber. É intrigante demais fazer parte desta conversa. Um prazer.
Nanwom (Golden Castles): Tá brincando? A gente está do lado do Shadows of The Night. Tipo, foda pra caralho. Isso sim é intrigante. E que prazer, nossa. (Risos).
Pamela: Bem, eu vou explicar pra vocês como vai funcionar isso aqui hoje. Eu vou fazer as perguntas sem plural. Quem se sentir confortável pra responder, responda. Qualquer um, dos dois lados. Vamos lá? Bem, a diferença entre gerações é um tema que sempre intrigou qualquer estudante de música. Como você acredita que isso impactou sua música e o relacionamento com seu público?
Archie (Shadows of The Night): Eu respondo essa. Hm, pro Shadows of The Night, a diferença entre gerações foi uma jornada... fascinante. Surgimos durante os anos 2000 e nossa música se conectou profundamente com a juventude daquela época. Eu acho que agora, anos depois, temos fãs que cresceram com nossa música e também estamos alcançando um público mais jovem que descobriu nossas músicas por meio de vários meios. Tipo, quem esperava que Bloody Mary fosse ressucitar da forma que foi? É incrível testemunhar esse apelo intergeracional da nossa música.
Leo Kwan (Golden Castles): Nossa, sim. Com certeza. Como uma banda mais nova, a gente entende essa diferença entre gerações como um desafio e ao mesmo tempo, uma oportunidade. Nossa música ressoa fortemente com as pessoas mais jovens que estão navegando em suas próprias experiências e emoções. Mas mesmo assim, sempre pretendemos preencher essa lacuna incorporando elementos do passado que possam ser apreciados pelas gerações mais velhas. É sobre encontrar um terreno comum através da música. Sabe? Isso é se tornar atemporal, de certa forma.
Pamela: Acha que existe um Reino Unido definido em Massive Attack e outro Reino Unido definido em Ocean of Tears? São dois resets culturais, não é?
Abby (Golden Castles): Que modestia, sério (Risos). Eu nunca confirmaria uma porra dessas. Nunca chegamos nem perto de Massive Attack, tá brincando?
Electra (Shadows of the Night) Ah, fala sério! Minha filha sabe cantou essa música a adolescência inteira. Até eu sei cantar essa música (Risos). Eu considero mesmo um new classic. Talvez nem tão new assim. Vocês tão se aproximando dos 10 anos de carreira, até onde eu sei.
Sun-hi (Golden Castles): É verdade... bem, eu só torço pra que a próxima banda do Reino Unido consiga levar isso também. Essa parte do rock não pode morrer, jamais. Tenho muito orgulho do que a gente fez. Mais orgulho ainda do que vocês fizeram. Sabe, Shadows of the Night são o standart. Ponto.
Pamela: Uau. É fantástico ouvir isso dos dois lados, porque... vocês foram febres em momentos tão diferentes. Eu amo dizer que vivi e ainda vivo os dois. Amo o rock e amo essa histeria que bandas como vocês carregam pra onde quer que vão. Essa magnitude... Como você percebe a evolução da indústria da música ao longo dos anos, e qual o papel que o conflito entre gerações desempenhou nessa transformação?
Josh (Shadows of The Night): Eu estudo isso (risos). Vou falar meio engessado, mas bem: A indústria da música passou por grandes mudanças desde o início. Esse avanço da tecnologia e das plataformas digitais revolucionou a forma como a música é consumida e distribuída pras pessoas. Isso permitiu o crescimento de uma variedade maior de gêneros e estilos. Hoje em dia, a gente tem música de todos os tipos pra todo lugar, muito mais que antigamente. Eu acho que a diferença de gerações tem desempenhado um papel nessa evolução, introduzindo novas perspectivas e demandas. Isso desafia os músicos e a indústria a se adaptarem e se manterem relevantes. É mesmo, muito difícil, ser uma banda criativa hoje em dia. Acho que eles entendem isso.
Abby (Golden Castles): Pra caralho, pode crer. Com o surgimento dos streamings e das redes sociais, acho que a música se tornou mais acessível a todas as gerações. E como uma banda mais nova, nós sempre abraçamos as oportunidades oferecidas pelas redes pra nos conectar com ouvintes de todas as idades. Isso nos permite quebrar barreiras e alcançar um público mais amplo. Sabe, hoje em dia só a rádio e uma aparição na TV não basta. Tenho certeza que isso nos anos 90 era uma mina de ouro pro sucesso.
Archie (Shadows of the Night): Eu ainda lembro de quando ouvi minha primeira música na rádio e acho que foi um dos melhores dias da minha vida. Acho que o equivalente a isso hoje em dia seria ouvir sua música no Tiktok, né? (Risos).
Nanwom (Golden Castles): Não somos tão novinhos assim! Mas tá, quando eu ouvi um vídeo no Twitter com Something is Missing tocando, senti meu coração parando. Isso é tão doido (Risos).
Pamela: Considerando suas experiências, que conselho vocês dariam uns aos outros?
Electra (Shadows of The Night): Eu diria a eles pra permanecerem fiéis à sua arte e acreditarem em si mesmos. A crítica é inevitável e muitas vezes vai até além de uma lacuna de compreensão entre minha geração ou a de vocês. Mas é crucial confiar em seus instintos e criar música que ressoe com você e seus fãs. Aceite as diferenças e use-as como combustível para ultrapassar ainda mais seus limites. Sabe? Isso é rock, eu acho.
Namwon (Golden Castles): Hm, sim, eu concordo demais. Acho que é importante ser autêntico e honesto na sua música. O meu conselho pra vocês é: Não tenham medo de experimentar e arriscar. Lembrem-se que a música tem o poder de transcender gerações e criar conexões. Mantenham-se apaixonados e focados em suas visões, e o público certo vai encontrar vocês. Bem, eu encontrei. Todos nós (risos).
Pamela: Quando vamos ver a junção desses dois atos históricos?
Leo Kwan (Golden Castles): Bem, nós felizmente tivemos o prazer e o privilégio de trabalhar com essa banda na produção da nossa música The Pump, que vai estar no nosso disco novo, o Minotaur. Hm, é uma música de êxtase. Uma surra de instrumentos e vocais e felicidade direta da raiz, sabe? Não vejo a hora de cantar ao vivo. Somos muito gratos, mesmo. Aprendemos lições pra vida toda. Na verdade, sempre aprendemos com vocês. Vocês foram o fundamento pra GC estar aqui hoje.
Archie (Shadows of the Night): Cara, nós amamos a experiência de participar dessa música com vocês. Vocês falam que aprenderam com a gente mas na verdade, e eu sei que meus colegas de banda vão concordar, fomos nós que aprendemos muito. A resiliência e amizade de vocês é linda. E a forma que vocês se soltam e criam cada detalhe é realmente muito foda. Nós aprendemos muito, principalmente a se renovar. A história nunca para de ser feita.
Electra (Shadows of the Night): Acho que esse é o último álbum de vocês... Boa sorte com a caminhada na vida. Vocês são artistas e pessoas incríveis, muito jovens e com um futuro enorme pela frente. Ainda existe um oceano inteiro. Vão com tudo.
Pamela: Posso ver um abraço?
(Os quatro do GC e os três dos SOTN se juntam num abraço grupal, cheio de lágrimas e comemorações. No fim, eles unem as mãos e comemoram).
Pamela: E eu queria dizer obrigada a todos vocês por esse encontro maravilhoso. Foi um prazer ter Shadows of The Night e Golden Castles aqui hoje. Mais que isso, foi um prazer ter Archie, Pete e Electra. Nanwom, Abby, Leo e Sun-hi. São pessoas incríveis com histórias incríveis, que vão muito além que só uma música nas paradas. Suas músicas tem a capacidade de inspirar e fazer a ponte entre as gerações. Eu quero só uma selfie, por favor!
(Pamela tira uma selfie com todos os sete, sorrindo e um pouco emotiva).
Pamela: Muito obrigada, mesmo. Esse foi o especial Portraits. Tchau tchau!