[EUR] SOFÍA CONCEDE ENTREVISTA PARA A BBC
Apr 3, 2023 11:12:04 GMT
Post by adrian on Apr 3, 2023 11:12:04 GMT
[DIVULGAÇÃO PARA NOCHENTERA & IF THE WORLD WAS ENDING]
Finalizando o ciclo da turnê atual pelo continente europeu, Sofía é a convidada da semana pela emissora BBC, localizada no Reino Unido, para uma conversa franca a respeito de música e de representatividade. Esta é uma das entrevistas mais pessoais e emocionantes da artistas que, parafraseando a artista, não se acomoda diante de pressões estéticas.
Como a sua herança cultural influencia a sua música?
É interessante que você me pergunte isso justamente porque sou criticada por não ser
culturalista a ponto de me tornar símbolo da cultura mexicana, outros por supostamente
estar "esvaziando" a tradição musical com estereótipos e outros me chamam de "latina
falsificada". A minha música é permeada pela tradição, seja ela familiar ou coletiva. Ouvia
desde nova as canções de Thalia e me enxergavam naquela mulher. Isso é cultura. Os
ritmos as quais me identifico não surgiram do nada; foram influências passadas a mim
desde os primeiros anos de vida. É ofensivo dizer que pouco faço ou mostro da minha
cultura, sabe? Ela tá em todos os meus trabalhos. Essa herança veio das mulheres que
vieram atrás de mim, que foram lidas como símbolos sexuais e cantoras de segundo nível.
Estou lutando para quebrar tudo isso mantendo as características que me cabem. Já ouvi
dizer que faço pouco reggaeton e música urbana, em geral. E esses comentários
normalmente incidem sobre eu estar desvalorizando minhas raízes; mas no México não
temos apenas músicas desse gênero, muito pelo contrário. O pop é, e sempre foi poderoso
no lugar social em que vivi.
Quais são as suas maiores inspirações musicais?
Destaco algumas das mulheres mais incríveis que já conheci na vida: Patty Cantú, Thalia,
Maria Enchill e Cristina Soares. Essas artistas, no auge de seu sucesso, me mostraram que
era possível chegar lá.
Como você descreveria o som da sua música para alguém que nunca ouviu antes?
Descreveria como algo eclético. Vão existir pessoas que dizem que só canto as mesmas
coisas, mas é de uma atrocidade gigantesca com o trabalho de uma mulher latina. A minha
arte não é malabarista, muito pelo contrário. Eu amo diversificar, mas desde que tenha
aproximação com minhas raízes e eu esteja de gato a vontade para fazer. Para quem nunca
me ouviu, saibam que estão consumindo música repleta de amor e de boas intenções. Não
almejo ganhar notinha como sendo a best new track da semana; é muito pouco para aquilo que
me proponho.
Como você aborda a composição de novas músicas? Qual é o seu processo criativo?
Eu costumo me inspirar em minha vida e nas experiências que vivi. O processo criativo
pode ser diferente para cada música, mas geralmente começo com uma ideia ou uma letra
que me emocione e, em seguida, trabalho nela até que a música esteja completa. E isso
pode demorar mais ou menos, tudo depende da intensidade e da intencionalidade, por
exemplo, quando minha intenção é emocionar eu desenvolvi uma postura de aproveitar o
vivido em seu estado mais bruto, na hora dos acontecimentos. Tenho um caderno em que
vou anotando frases, sentimentos e percepções que considero potenciais para cantar e
escrever.
Como foi o seu início na música e quando você percebeu que queria seguir carreira
nessa área?
Meu início na música foi na igreja, cantando com minha família. Foi lá que percebi que
queria seguir carreira nessa área. Desde então, tenho trabalhado duro para melhorar
minhas habilidades e conquistar meus objetivos musicais. No entanto, ao ampliar a minha
própria percepção de mundo, larguei a igreja e segui minha própria vida no campo
espiritual, sem dogmas ou templos que te aprisionam. A questão religiosa foi
preponderante para que conseguisse chegar até aqui, mas não no sentido estrito de seguir
tal ou tal corrente, mas de acreditar que há sim uma força superior, divindade, que age até
mesmo nos menores desafios.
Como você escolhe as músicas que você vai gravar e lançar?
Escolher as músicas que vou gravar e lançar é um processo cuidadoso. Procuro músicas
que expressem minha mensagem e minha personalidade. Isso envolve a identificação atual
com a letra, com o instrumental e outros elementos. É difícil, sabe? Já escolhi tantas
músicas as quais me arrependi de ter colocado no mundo e, simultaneamente, outras que
me arrependi de ter descartado. Ao mesmo tempo penso que também sejam cativantes
para meus ouvintes. Afinal, o meu público é o alvo para os quais lanço minhas músicas. O
pessoal se interpela com o comercial, mas um não pode se sobressair um ao outro. O
complicado é que esse equilíbrio é bem difícil de ser alcançado
Quais são os maiores desafios que você enfrenta como artista latino-americana?
Como artista latino-americana, enfrento muitos desafios. A barreira do idioma é um deles,
especialmente quando se trata de tocar para um público que não fala espanhol. Há também
muitos estereótipos negativos associados à cultura latina que podem afetar a forma como
minha música é percebida. Mas estou determinada a superar esses obstáculos e levar
minha música para o mundo todo. Quero mostrar a riqueza e a diversidade da cultura latina,
bem como as histórias e experiências únicas que ela tem a oferecer.
Qual é a sua opinião sobre o papel da música na cultura latino-americana?
A música é uma parte fundamental da cultura latino-americana. É uma forma de expressão
que nos une e nos ajuda a celebrar nossas tradições e nossas raízes. É uma forma de
contar histórias e de transmitir mensagens importantes para as novas gerações. Fico
decepcionada quando essa cultura é desrespeitada por outros artistas, cuja síndrome de
colonizador os impede de perceber artes etnicamente diversas com ricas de significado.
Como você vê o futuro da música latino-americana?
Vejo um futuro brilhante para a música latino-americana. Cada vez mais artistas latinos
estão sendo reconhecidos globalmente, e acredito que isso só tende a crescer. Posso citar
aqui a Lia Falcone, o Awa, a Blanca Flores, Rique, Vittor, Ícaro e tantos outros. Há muita
talento na região e muitas histórias para contar. Espero que a música latina continue a
evoluir e a influenciar a música global. Estamos conseguindo cada vez mais espaço nessa
indústria que só privilegia músicas de determinados grupos étnicos.
Qual é a sua opinião sobre a representação da cultura latino-americana na indústria
da música global?
Acredito que a representação da cultura latino-americana na indústria da música global
ainda é limitada e estereotipada em muitos aspectos. Muitas vezes, as pessoas tendem a
pensar em música latina como algo restrito a certos gêneros e ritmos, quando na verdade
há uma grande variedade de estilos e sons na música latino-americana. Também acho que
ainda há muito trabalho a ser feito para garantir que artistas latino-americanos sejam
devidamente reconhecidos e valorizados no cenário musical global. Mas acredito que
estamos fazendo progresso e que a música latina está cada vez mais presente e respeitada
no mundo todo.
Como você equilibra a sua vida pessoal com a sua carreira de cantora?
Equilibrar minha vida pessoal com minha carreira de artista é, definitivamente, um desafio,
mas é algo que acho muito importante. Eu tento manter um equilíbrio saudável entre
trabalho e lazer, fazendo pausas regulares para passar tempo com minha família e amigos,
viajar e me exercitar. Também faço questão de reservar algum tempo para mim mesma
todos os dias, para relaxar e recarregar as energias. Acho que é importante cuidar de mim
mesma para poder ser uma artista melhor e mais inspiradora.
Qual é a sua música favorita que você já gravou e por quê?
Minha música favorita que já gravei é "Berlín", porque tem uma mensagem poderosa sobre
o amor e a importância de seguir sua vida, apesar do sentimento ainda existir. Nessa
canção, que inclusive foi número um mundialmente, experimentei sensações angustiantes
como a dor, a paixão, os chifres [risos]. Foi algo diferente para mim na época, já que foi o
carro-chefe do meu segundo álbum, e continua sendo uma das minhas favoritas até hoje.
Qual é a mensagem que você espera passar para os seus ouvintes através da sua
música?
A mensagem que espero passar para meus ouvintes através da minha música é sobre
amor, positividade e empoderamento. Quero que as pessoas se sintam inspiradas e
motivadas a seguir seus sonhos, e acreditam que a música tem o poder de unir pessoas e
de mudar o mundo. Sempre espero que minha música seja uma fonte de alegria e
inspiração para quem a escuta, e que ela possa ter um impacto positivo na vida de alguém.
Como você se prepara para uma apresentação ao vivo?
Quando me preparo para uma apresentação ao vivo, tento me concentrar em vários
aspectos diferentes. Primeiro, tento ter certeza de que estou bem ensaiada e que conheço
as letras e as melodias muito bem. Também me concentro em minha aparência, escolhendo
roupas que me façam sentir confortável e confiante no palco. Eu sempre faço exercícios
vocais antes de uma apresentação para garantir que minha voz esteja forte e saudável.
Outra coisa que faço é estudar a plateia e tentar entender o que eles esperam da
apresentação. Por fim, tento manter uma mente aberta e estar presente no momento, para
que eu possa me conectar com o público e dar a melhor apresentação possível.
Quais são os seus planos futuros para a sua carreira musical?
Meus planos futuros para minha carreira musical incluem continuar a lançar novas músicas,
aprimorar minha técnica vocal e de performance, e fazer mais turnês e shows ao vivo.
Também gostaria de colaborar com outros artistas e produtores em projetos musicais
interessantes. Quero continuar a crescer como artista e a explorar novas possibilidades
musicais. Tem muita coisa boa vindo aí.
Quais são as suas maiores inspirações musicais?
Destaco algumas das mulheres mais incríveis que já conheci na vida: Patty Cantú, Thalia,
Maria Enchill e Cristina Soares. Essas artistas, no auge de seu sucesso, me mostraram que
era possível chegar lá.
Como você descreveria o som da sua música para alguém que nunca ouviu antes?
Descreveria como algo eclético. Vão existir pessoas que dizem que só canto as mesmas
coisas, mas é de uma atrocidade gigantesca com o trabalho de uma mulher latina. A minha
arte não é malabarista, muito pelo contrário. Eu amo diversificar, mas desde que tenha
aproximação com minhas raízes e eu esteja de gato a vontade para fazer. Para quem nunca
me ouviu, saibam que estão consumindo música repleta de amor e de boas intenções. Não
almejo ganhar notinha como sendo a best new track da semana; é muito pouco para aquilo que
me proponho.
Como você aborda a composição de novas músicas? Qual é o seu processo criativo?
Eu costumo me inspirar em minha vida e nas experiências que vivi. O processo criativo
pode ser diferente para cada música, mas geralmente começo com uma ideia ou uma letra
que me emocione e, em seguida, trabalho nela até que a música esteja completa. E isso
pode demorar mais ou menos, tudo depende da intensidade e da intencionalidade, por
exemplo, quando minha intenção é emocionar eu desenvolvi uma postura de aproveitar o
vivido em seu estado mais bruto, na hora dos acontecimentos. Tenho um caderno em que
vou anotando frases, sentimentos e percepções que considero potenciais para cantar e
escrever.
Como foi o seu início na música e quando você percebeu que queria seguir carreira
nessa área?
Meu início na música foi na igreja, cantando com minha família. Foi lá que percebi que
queria seguir carreira nessa área. Desde então, tenho trabalhado duro para melhorar
minhas habilidades e conquistar meus objetivos musicais. No entanto, ao ampliar a minha
própria percepção de mundo, larguei a igreja e segui minha própria vida no campo
espiritual, sem dogmas ou templos que te aprisionam. A questão religiosa foi
preponderante para que conseguisse chegar até aqui, mas não no sentido estrito de seguir
tal ou tal corrente, mas de acreditar que há sim uma força superior, divindade, que age até
mesmo nos menores desafios.
Como você escolhe as músicas que você vai gravar e lançar?
Escolher as músicas que vou gravar e lançar é um processo cuidadoso. Procuro músicas
que expressem minha mensagem e minha personalidade. Isso envolve a identificação atual
com a letra, com o instrumental e outros elementos. É difícil, sabe? Já escolhi tantas
músicas as quais me arrependi de ter colocado no mundo e, simultaneamente, outras que
me arrependi de ter descartado. Ao mesmo tempo penso que também sejam cativantes
para meus ouvintes. Afinal, o meu público é o alvo para os quais lanço minhas músicas. O
pessoal se interpela com o comercial, mas um não pode se sobressair um ao outro. O
complicado é que esse equilíbrio é bem difícil de ser alcançado
Quais são os maiores desafios que você enfrenta como artista latino-americana?
Como artista latino-americana, enfrento muitos desafios. A barreira do idioma é um deles,
especialmente quando se trata de tocar para um público que não fala espanhol. Há também
muitos estereótipos negativos associados à cultura latina que podem afetar a forma como
minha música é percebida. Mas estou determinada a superar esses obstáculos e levar
minha música para o mundo todo. Quero mostrar a riqueza e a diversidade da cultura latina,
bem como as histórias e experiências únicas que ela tem a oferecer.
Qual é a sua opinião sobre o papel da música na cultura latino-americana?
A música é uma parte fundamental da cultura latino-americana. É uma forma de expressão
que nos une e nos ajuda a celebrar nossas tradições e nossas raízes. É uma forma de
contar histórias e de transmitir mensagens importantes para as novas gerações. Fico
decepcionada quando essa cultura é desrespeitada por outros artistas, cuja síndrome de
colonizador os impede de perceber artes etnicamente diversas com ricas de significado.
Como você vê o futuro da música latino-americana?
Vejo um futuro brilhante para a música latino-americana. Cada vez mais artistas latinos
estão sendo reconhecidos globalmente, e acredito que isso só tende a crescer. Posso citar
aqui a Lia Falcone, o Awa, a Blanca Flores, Rique, Vittor, Ícaro e tantos outros. Há muita
talento na região e muitas histórias para contar. Espero que a música latina continue a
evoluir e a influenciar a música global. Estamos conseguindo cada vez mais espaço nessa
indústria que só privilegia músicas de determinados grupos étnicos.
Qual é a sua opinião sobre a representação da cultura latino-americana na indústria
da música global?
Acredito que a representação da cultura latino-americana na indústria da música global
ainda é limitada e estereotipada em muitos aspectos. Muitas vezes, as pessoas tendem a
pensar em música latina como algo restrito a certos gêneros e ritmos, quando na verdade
há uma grande variedade de estilos e sons na música latino-americana. Também acho que
ainda há muito trabalho a ser feito para garantir que artistas latino-americanos sejam
devidamente reconhecidos e valorizados no cenário musical global. Mas acredito que
estamos fazendo progresso e que a música latina está cada vez mais presente e respeitada
no mundo todo.
Como você equilibra a sua vida pessoal com a sua carreira de cantora?
Equilibrar minha vida pessoal com minha carreira de artista é, definitivamente, um desafio,
mas é algo que acho muito importante. Eu tento manter um equilíbrio saudável entre
trabalho e lazer, fazendo pausas regulares para passar tempo com minha família e amigos,
viajar e me exercitar. Também faço questão de reservar algum tempo para mim mesma
todos os dias, para relaxar e recarregar as energias. Acho que é importante cuidar de mim
mesma para poder ser uma artista melhor e mais inspiradora.
Qual é a sua música favorita que você já gravou e por quê?
Minha música favorita que já gravei é "Berlín", porque tem uma mensagem poderosa sobre
o amor e a importância de seguir sua vida, apesar do sentimento ainda existir. Nessa
canção, que inclusive foi número um mundialmente, experimentei sensações angustiantes
como a dor, a paixão, os chifres [risos]. Foi algo diferente para mim na época, já que foi o
carro-chefe do meu segundo álbum, e continua sendo uma das minhas favoritas até hoje.
Qual é a mensagem que você espera passar para os seus ouvintes através da sua
música?
A mensagem que espero passar para meus ouvintes através da minha música é sobre
amor, positividade e empoderamento. Quero que as pessoas se sintam inspiradas e
motivadas a seguir seus sonhos, e acreditam que a música tem o poder de unir pessoas e
de mudar o mundo. Sempre espero que minha música seja uma fonte de alegria e
inspiração para quem a escuta, e que ela possa ter um impacto positivo na vida de alguém.
Como você se prepara para uma apresentação ao vivo?
Quando me preparo para uma apresentação ao vivo, tento me concentrar em vários
aspectos diferentes. Primeiro, tento ter certeza de que estou bem ensaiada e que conheço
as letras e as melodias muito bem. Também me concentro em minha aparência, escolhendo
roupas que me façam sentir confortável e confiante no palco. Eu sempre faço exercícios
vocais antes de uma apresentação para garantir que minha voz esteja forte e saudável.
Outra coisa que faço é estudar a plateia e tentar entender o que eles esperam da
apresentação. Por fim, tento manter uma mente aberta e estar presente no momento, para
que eu possa me conectar com o público e dar a melhor apresentação possível.
Quais são os seus planos futuros para a sua carreira musical?
Meus planos futuros para minha carreira musical incluem continuar a lançar novas músicas,
aprimorar minha técnica vocal e de performance, e fazer mais turnês e shows ao vivo.
Também gostaria de colaborar com outros artistas e produtores em projetos musicais
interessantes. Quero continuar a crescer como artista e a explorar novas possibilidades
musicais. Tem muita coisa boa vindo aí.