SOFÍA - NOCHENTERA
Feb 27, 2023 0:33:15 GMT
Post by adrian on Feb 27, 2023 0:33:15 GMT
Título: Nochentera
Duração: 4 minutos e 30 segundos
O videoclipe se inicia em uma rua iluminada apenas pelo neon de uma placa posicionada no alto de uma espécie de teatro, mas que de teatro só possuía a imagem. Era, na verdade, uma casa de shows noturna e que abarcava as mais eloquentes e divertidas loucuras da classe alta e média da sociedade norte-americana. A câmera ia se posicionando frente a porta, como se estivesse grudada no peito de alguém. Uma mão feminina passou pela segurança e de repente todo o cenário mudou.
Duração: 4 minutos e 30 segundos
O videoclipe se inicia em uma rua iluminada apenas pelo neon de uma placa posicionada no alto de uma espécie de teatro, mas que de teatro só possuía a imagem. Era, na verdade, uma casa de shows noturna e que abarcava as mais eloquentes e divertidas loucuras da classe alta e média da sociedade norte-americana. A câmera ia se posicionando frente a porta, como se estivesse grudada no peito de alguém. Uma mão feminina passou pela segurança e de repente todo o cenário mudou.
Luzes de cores díspares, indivíduos de cabelos azuis, rosas, verdes, brancos estavam imersos numa confusão colorida de beijos, abraços e drogas. Outros dançavam ao som da batida, iluminados por pelo brilho estelar das bolas discos posicionadas no teto bem em cima da pista de dança. A mulher que conduzia a câmera deu as costas ao mar de gente e foi direto ao balcão do bar e pediu um shot de tequila. A imagem seguinte mostrou-a apenas ingerindo a bebida em um só gole.
Imagens distorcidas impediam que as faces dos sujeitos ali posicionados fossem distinguidas. Eram borrões em movimento, coberto pela luminosidade advindo de holofotes multicoloridos. Em outra cena um grupo de amigos, agora sim com rostos distinguíveis, bebiam com a mulher que carregava consigo a câmera. Estavam reunidos em um círculo, sentados em um sofá de formato circular e da cor roxa.
A mulher foi ao banheiro e enquanto aguardava na fila observava seus companheiros de noite. Do seu lado direito, duas mulheres estavam se beijando furiosamente, ambas bêbadas e quase sem roupas. Na esquerda, um homem e uma mulher pareciam brigar enquanto um terceiro indivíduo, agora outro homem, observava a cena com deleite. A cena seguinte é de um compilado de pequenos momentos da mulher no local: beijos, abraços, bebidas, fumaças, luzes e bolas discos.
De repente tudo parou. A música cessou. E a câmera paralisou. A mulher foi ao chão, desmaiou e, ao acordar, a primeira coisa que chamou a sua atenção fora o brilho das bolas discos suspensas. As pessoas gritavam seu nome (“Sofía!” “Sofía!”), mas seu olhar e pensamentos voltavam-se ao brilho. O movimento, as cores e a música retornaram em seguida quando ela foi levantada por seus amigos.
Estava agora em um hospital, deitada numa cama e vestindo um roupa cirúrgica. A câmera continuava em seu peito. Contudo, o hospital e a balada pareciam manter o mesmo padrão luminoso. As feições humanas eram impossíveis de serem distinguidas, luzes de cores diversas faziam os olhares da mulher uma verdadeira confusão colorida.
Em seguida, como se estivesse em pane as imagens se repetem e se repetem, assim como os versos da canção. Uma pancada é então ouvida e tudo cessa novamente. O escuro substitui as luzes. Estávamos agora em uma sala branca, bem equipada, em um centro médico. A câmera panorâmica viabiliza a identificação de certos elementos que dão a tônica do clipe: um bilhete pequeno é mostrado rapidamente, mas suficiente para perceber que o local se trata de uma clínica de reabilitação; chaves presas por um chaveiro que, como adereço, possuía a imagem de Sofía e de sua família; um porta retrato com a capa do álbum DESENCANTO.
A música retornou, mas seu som estava abafado pelas cobertas que cobriam um corpo humano. Os últimos versos foram ouvidos diretamente do som de um pequeno rádio de pilha. Os lençóis foram arrancados violentamente e descobrimos que Sofía estava na cama, internada e buscando por si própria. Suas feições eram de medo, mas ao mesmo tempo mostravam determinação. Em suas mãos um pequeno aparelho de música repousa. Ao findar da faixa, olhou para aquele que retirou seus lençóis e falou:
No sueñes más, Sofía. No te castigues.
Nunca, señor doctor. La noche entera pude revivir un poco de mi vida. Creo que las noches en vela son un destello de un futuro glorioso que me espera.