Stefan Lancaster - Tales from Other Trails
Feb 18, 2023 16:29:05 GMT
Post by jottavi on Feb 18, 2023 16:29:05 GMT
por Nina Dobrev
Stefan Lancaster sempre, desde o início de sua carreira, é um artista que demora para ter novos lançamentos. Porém, a cada vez que retorna, podemos perceber algo; ele sempre trás uma coisa melhor que o seu projeto anterior. Com Tales from Other Trails, a ambição do artista não foi diferente e com certeza não passou despercebida.
Tales from Other Trails é uma experiência submerssiva, aonde nós conseguimos nos aprofundar em cada uma das histórias que são contadas, por conta da escrita do artista que faz você se sentir como se estivesse realmente dentro das histórias que nós somos apresentados.
A sonoridade dramática, agressiva e, por muitas de suas vezes, orquestral, é um ponto no qual nós conseguimos nos conectar ainda mais com o projeto, pois o instrumental acompanha os sentimentos da letra, fazendo tudo isso nos deixar ainda mais vidrados no álbum, prestando atenção em cada letra.
As contribuições de Agatha Melina e Golden Castles, são, talvez, a cereja do bolo, por conta que a sensacional interlude e File V são com certeza pontos altos do álbum.
O projeto de Stefan com certeza é um dos melhores do ano, mesmo que ainda tenha apenas começado, e estamos ansiosos para o desenvolvimento do conceito que o mesmo elaborou para esse álbum.
98
por Tony Winters
Tales From Other Trails é simplesmente incrível, original e muito denso, suas letras incorporaram de foram sucinta e respeitosa todos os casos que Stefan, ou na maior parte do tempo, seu alter-ego, Nathaniel, interpreta.
É inegável que existe muito trabalho feito aqui, mínimos detalhes planejados para afetar o ouvinte mais atento, ao ouvinte que apenas quer uma trilha para dirigir, e bom, em ambos os casos o projeto agrada muito, é quase improvável você não se sentir tocado pelo liricismo do projeto, mas caso você apenas queira um trilha de fundo, "Tales" consegue te satisfazer incrivelmente bem, é de fato, um álbum que você se imagina cantando alto enquanto dirige em uma viagem longa de estrada pela madrugada.
Obviamente, existem faixas muito potentes aqui, e são essas faixas que, possivelmente, são os melhores lançamentos do ano até agora. São elas: Intangible e Shattered Sight, obras primas que emocionam bastante, são baladas assim que não ficam datadas facilmente, suas letras são fervorosas e é fácil se identificar com elas, mas oque mais chama atenção são suas melodias, tem sem dúvidas um poder sem igual. Oceanic não fica para trás, com sua forma mais contida e suave, porém, outro destaque maior é Epilogue, que por ser a faixa final, surpreende por não ser como The Break, as duas faixas são as que nos vemos um eu-lirico mais diferente, que não cita um "conto" em específico, porém, o ponto de vista do cantor, ou de seu alter-ego, caso queira observar assim, mas entretanto, com certeza, Epilogue coloca um ponto final muito preciso nesse álbum que é precisava de um outro momento monumental como nas faixas citadas acima, pois, elas mesmas poderiam ser ofuscado o álbum por inteiro, e assim se fechando de forma satisfatória.
93
por Minseok Park
Voltando aos trilhos após anos afastado da indústria musical, Stefan Lancaster se delicia com um conceito de mistério e cheio de enigmas, usando até um alter ego denominado Nathaniel F. Ceasars.
O álbum se inicia com a faixa “Prologue”, mas realmente começa a ter vida em “Relative Distance”. Com uma letra macabra, a faixa é surpreendente - mas creio que o álbum todo segue essa linha misteriosa e até sanguinária -. O instrumental é surpreendente e imersivo, trazendo uma energia completamente de melancolia. “Morality Experiment” já traz um outro caso. Tendo o instrumental mais ligado ao Rock e uma composição que fala sobre abusos - tanto sexuais quanto psicológicos -, onde o eu lírico se questiona as causas disso ter acontecido. É uma boa faixa.
“Obliviate” começa a apimentar o lado Rock do disco, também aflorando a agressividade do projeto, mas também parece irônico a letra falar sobre uma quebra de uma zona de conforto enquanto o caso explicita uma invasão domiciliar. E aí entra “Intangible”, uma faixa de cinco minutos, e que eu diria que seja uma das - se não a - letras mais brilhantes, tudo aqui fica explícito, o desejo de agradar o outro em um relacionamento abusivo, o momento que falta a conexão, principalmente quando envolve agressões.
Uma pausa para o café, conseguimos sossegar dos mistérios em “Intermission”, faixa que também foi composta pela Agatha Melina. Mas o sossego é pouco, já que retornamos na animada “Metafiction”, a melhor faixa do projeto. Com um instrumental ótimo e uma letra marcante, o dedo do Golden Castles nessa faixa realmente parece deixar tudo de ouro. Não tem como não gostar dela, mas também meus méritos para o Stefan, que também trabalhou duro. “Shattered Sight” continua na energia da faixa passada, surpreendendo com a intensidade dela. Diria que após a interlude, o álbum subiu de nível de uma forma absurda, as faixas dessa etapa são mais envolventes, com ótimas composições e instrumentais ótimos.
E andando na reta final do disco, temos “Oceanic”. Uma ótima faixa, a letra também tem pontos de destaque - “Why did I never dive into something / That could bring much more meaning / To existing?” foi muito tocante -. A majestosa “Cheers to Living” é surpreendente - quase xinguei ouvindo -. A letra é excelente e o instrumental é “de botar a cobra pra fumar”. E finalizando tudo, ouvimos o “Epilogue”. Cortando um pouco da energia da faixa passada, ela encerraria o álbum de um modo calmo, suave e até relaxante, mas o final puxa a energia pesada com um instrumental forte.
Não sei qual o propósito do Stefan em trazer um álbum dessa forma, talvez seja para chocar, impactar, talvez ele estava viciado em ouvir podcasts de casos não-resolvidos, ou apenas quis trazer algo diferente, mas diria que as letras são surpreendentes, nos fazendo se conectar com os casos que acompanham as faixas. Os instrumentais também são ótimos e sempre tem certos destaques. O álbum também traz uma coesão simples, mas que pode ser efetiva em certos casos como esse. “Tales from Other Trails” é completamente diferente de tudo que já ouvi aqui. Meus parabéns, Stefan Lancaster, se seu desejo era surpreender e trazer um projeto de boa qualidade em sua volta, conseguiu.
91